Mostrando postagens com marcador transparência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador transparência. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Responda rápido: orçamento secreto é a cueca invisível?


por José Esmeraldo Gonçalves

O tempo é de absurdos e a mídia, talvez por enfado, acaba "normalizando" o inimaginável e confundindo o lodo com a água limpa.
 "Orçamento Secreto" é um negócio que vem com carimbo de má intenção. Até uma organização criminosa como o PCC anota em cadernetas com espiral, que ainda existem, a movimentação financeira da casa. Às vezes a polícia apreende esses anais do crime, espécie de ata de sessão da bandidagem. 
Pois o Congresso "legaliza" o uso escondido do dinheiro do povo, claramente em troca de votos no plenário, sem que o povo tenha direito de saber quem botou a mão na grana ou possa auditar a transação. Os engravatados das legislações não mostram a caderneta.

O título do Globo, hoje, é desses que "normalizam" a jogada. Não é só O Globo.  Nós  nos acostumamos com o surreal.  A boiada tanto passa, o trator também, que não surpreendem mais.

O jornal praticamente diz que "Orçamento secreto", pode, terá teto, ufa, mas só falta transparência. Ah, bom. Agora explica, como um orçamento secreto pode ter transparência?  Nunca pode. Não é feito para ser visto.

Resta constatar que o Brasil evolui: dinheiro na cueca, sujeito correndo com mochila cheia de milhões, malas rechonchudas de propinas, apartamento atulhado de pixulés, tudo isso fica no passado folclórico. 

"Orçamento secreto" é o cuecão no modo invisível. Com uma grande vantagem: não é detectável em aeroportos.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

A polêmica do VAR: os nerds têm mesmo que decidir jogos?

No atual Brasileirão o VAR tem se afirmado como mais uma instância de erro. Tornou-se uma espécie de muleta para árbitros inseguros. Na dúvida, eles dividem a responsabilidade com os nerds que operam o sistema.

Na prática, o VAR virou o Google dos árbitros

O Vasco, na última rodada, foi a nova vítima. A bela arrancada de Pikachu rumo ao segundo gol foi inutilizada pelos "sábios do mouse" ao alegar erradamente que em lance anterior outro jogador do Vasco, Rossi, teria feito falta em Matheus Henrique, do Grêmio. Àquela altura, o segundo gol do Vasco poderia ser decisivo. Perdendo do 2X0, o Grêmio, no mínimo, teria que avançar e se expor.

O Vasco pedirá punição do árbitro, mas, é aí, os três pontos já eram. Há quem diga que o cruzmaltino, enfraquecido, perdeu força para se defender e virou saco de pancadas do apito. A conferir. Mas o fato é que o Brasil se esforça para desmoralizar o VAR.

O que os árbitros tanto conversam com o técnico via rádio? Até para confirmar lateral, eles dialogam.

Se os árbitros não eram infalíveis e o VAR também não é, a redundância tem potencial de causar muita confusão. Até aqui, não veio para explicar, mas para confundir, como dizia o Chacrinha.

O VAR é um elemento válido no jogo, mas o protocolo deve ser aperfeiçoado. Por que não adotar o sistema do vôlei, que está em vigor há anos e não provoca tanta polêmica? Cabe o árbitro marcar e a cada treinador um número determinado de pedidos de revisão eletrônica. Só em caso relevante, quando os dois treinadores já esgotaram seus pedidos, o árbitro tem direito a recorrer à eletrônica.

Outra medida que ajudaria a baixar o nível de desconfiança: transmitir no sistema de som do estádio o diálogo do árbitro com os nerds do VAR. É assim no futebol americano: o juiz anuncia suas decisões para todo o estádio ouvir. Não seria problema já que, teoricamente, VAR e juiz não teriam nada a esconder. Torcedor paga ingresso para saber de todos os detalhes do jogo. E, agora, que um diálogo via rádio pode decidir uma partida tanto quanto uma jogada de um craque a galera quer saber o que as autoridade do jogo tanto conversam.

A transparência agradece.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Assim é mole ser empresário... Faltou dinheiro no caixa é só pedir ao governo

por JJcomunic
Parece piada, mas no Brasil é bom levar a sério essas ofensivas sem-vergonha. As companhias aéreas brasileiras estão tocando a campainha do Tesouro. Alegam que estão tendo prejuízos e pedem injeção de verbas públicas, uma ajudinha de alguns bilhões. Bom, vamos aos fatos: com alguns surtos de exceção, as aéreas brasileiras tratam mal os passageiros, não são pontuais e botam culpa nos aeroportos, não dão informações, visando lucro e lucro usam o mesmo avião como uma van aérea para atender o Brasil de Norte a Sul, não mantém reserva técnica suficiente, e, com isso,, basta um aeroporto dessa rota fechar por mau tempo para a malha toda entrar em caos. E os aeroportos reformados ou privatizados não vão resolver esse problema. Se o governo der dinheiro e isenção para as aéreas, você vai pagar duas vezes: como consumidor e como contribuinte. Curiosamente, quando essas companhias nadavam em lucros não repassaram as sobras ao mesmo Tesouro que querem agora assaltar. Não seria justo? Os executivos dessas empresas precisam abrir suas contas antes de pedir dinheiro público. Cadê a planilha? Inclui mansões e jatinhos em nome da pessoa jurídica. Incluiu a viagem do filhão para Las Vegas? O iate de luxo está na lista. O suposto prejuízo está honestamente demonstrado? A competência e boa administração idem? E as bilionárias aquisições que algumas fizeram não foram lucrativas? Se o governo for atender a todo negócio privado em crise, não haverá arrecadação que chegue. Não seria o caso de abrir as linhas domésticas para empresas estrangeiras e deixar o mercado (não é o deus supremo?) resolver? Elas reclamam do dólar mas esquecem de dizer que o preço das passagens que cobram dos brasileiros é extorsivo em qualquer moeda.Espera-se que Dilma, que diz estar ouvindo a voz das ruas, não entre nessa roubada. O lobby é forte e nem a mídia - que tanto se preocupa com o que o país gasta com o Bolsa Família e outros programas sociais - costuma criticar essas transferências de dinheiro do setor público para o privado.