quinta-feira, 18 de julho de 2019

O Sr. Embaixador em Washington DC: Eduardo Bolsonaro vai morar no cafofo que já recebeu Roberto Campos, Walter Moreira Salles, Vasco Leitão da Cunha. Mário Gibson Barbosa e Paulo de Tarso Flecha de Lima

A residência oficial do embaixador brasileiro em Washington (Reprodução MRE)

E o prédio da Chancelaria, o local de trabalho vizinho à residência. (Reprodução/MRE)

A Embaixada do Brasil em Washington já foi bem frequentada.

Se assumir o cargo de representante brasileiro nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro circulará nos corredores da residência e nos gabinetes da Chancelaria
adjacente, na 3006 Massachusetts Avenue NW, onde já passaram figuras como
Walter Moreira Salles, Ernani do Amaral Peixoto, Roberto Campos, Vasco Leitão da Cunha, Mário Gibson Barbosa. Antonio Azeredo da Silveira, Marcílio Marques Moreira, Sergio Correa da Costa, Rubens Ricúpero e Paulo Tarso Flecha de Lima.

Ele pode não ter a mais remota ideia da função que os diplomatas citados já exerceram, mas vai morar igualmente bem. A residência do embaixador do Brasil, a Villa McCormick, como é conhecida, é uma referência arquitetônica em estilo neoclássico na capital norte-americana. É obra do arquiteto John Russell, que assinou outros prédios públicos em Washington DC. O prédio da Chancelaria, construído no terreno da residência, também tem planta ilustre. Em estilo moderno, foi projetado por Olavo Redig de Campos.

Se realmente for morar lá, é melhor Eduardo não desfazer as malas. O ministro
Paulo Guedes já declarou que pretende vender, quem sabe na black friday, os prédios das
embaixadas brasileiras em vários países.

A anunciada indicação do Bolsonaro júnior como embaixador tem provocado
polêmicas e gerado memes nas redes sociais. O alvo principal é o inglês do
sujeito. Há vídeos e áudios mostrando que o futuro embaixador fala o idioma de
Shakespeare com adaptações tropicais muito peculiares. Um desses vídeos,
gravado durante uma entrevista à Fox News registra momento de pânico do atual deputado ao não conseguir completar uma frase e obrigado-se a retornar à língua máter para admitir candidamente: "Caralho, deu branco". Sejamos justos: o inglês do Eduardo não chega ser o do treinador Joel Santana, que virou sua marca registrada intransferível. Certo que a pronúncia lembra um pouco a do indiano Hrundi V. Bakshi, personagem que o ator Peter Sellers viveu em "Um Convidado Bem Trapalhão". Uma diferença, talvez, é que no filme o inglês era intencionalmente caricatural sem espancar a sintaxe.

Uma das qualificações do indicado, além de ter admitido que já fritou hambúrger - isso também virou piada -  nos Estados Unidos, seria, segundo afirma o governo, o fato de ser amigo do Donald Trump e dos seus filhos. São assim, ó,  capazes de diálogos íntimos do tipo "how do you do, Dudu" e "how do you 'tru', Trump".
 

2 comentários:

Vieira disse...

Essa comparação com a lista de ex-embaixadores é até covardia

J.A.Barros disse...

Morar num cafofo desses é tirar o maior prêmio da Mega Sena que se pode pensar.