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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Há 100 anos: o estranho Réveillon de Jack Torrance • Por Roberto Muggiati



No final do polêmico filme de Stanley Kubrick, O iluminado (1980), a câmera focaliza numa foto de époc
a Jack Torrance (Jack Nicholson) num Baile do Quatro de Julho de 1921, matando a charada: Jack era um fantasma do hotel assombrado no alto das montanhas.

Circula também a mesma foto datada de New Year’s Eve 1921, ou seja, o réveillon de cem anos atrás no Outlook Hotel. Kubrick pretendia fazer a foto ele mesmo, com mais de uma centena de extras. Quando lhe caiu nas mãos uma foto de época que preenchia tudo aquilo que queria, desistiu da ideia. 

Obviamente, como o hotel fechava no rigoroso inverno, a foto original foi tirada num baile de comemoração da data nacional americana, em pleno verão, reparem nos decotes generosos e nos braços nus das senhoras.

Kubrick alterou muita coisa do livro de Stephen King (The Shining) em que se baseou o filme, principalmente datas e números. O misterioso quarto 237, tão importante no filme, foi explicado por Kubrick num making of do Iluminado. A distância entre a Terra e a Lua é de 237 mil quilômetros. O cineasta admite que queria se penitenciar por ter filmado em estúdio, por encomenda da NASA, a chegada do Homem à Lua, em 1969.


Stephen King detestou o filme, Kubrick deu o troco. Reparem na foto do filme (e comparem com a foto antiga) como o cineasta, além de inserir Jack, inseriu – um pouco acima na vertical, num espaço vazio, a foto de King, com seus óculos e a cara de coruja típicos.

Quem quiser ir mais fundo nesta complicada história, é só entrar no link

https://alancook.wordpress.com/2013/06/08/midnightandthestarsandwho/ 

O jornalista Alan Cook enumera tantos enigmas que seus textos equivalem ao número de páginas de um romance longo; mas, não posso negar, é um relato fascinante.

Só uma palavrinha sobre a canção retrô ao final do filme: é Midnight, the Stars and You, pelo cantor de maior sucesso dos anos 1930 – e também um dos sujeitos mais azarados da história. Sul-africano/britânico nascido em Moçambique em 1898, depois de uma série de empregos avulsos (foi até barbeiro e jóquei), entrou como vocalista numa orquestra de dança que excursionava pelo Sudeste da Ásia. Demitido em Surabaia, na Indonésia, conseguiu chegar a Londres e deu a volta por cima: foi contratado como crooner da orquestra de Ray Noble. Casou-se em 1932 e na noite de núpcias encontrou a mulher na cama com o melhor amigo. Acabou achando a paz no segundo casamento e tornou-se um dos cantores de maior sucesso do mundo, gravando mais de mil músicas em quinze anos de carreira. Em 1941, com a Inglaterra debaixo dos bombardeios nazistas, Bowlly se apresentou num cinema de High Wycombe, nos arredores de Londres. Amigos tentaram convencê-lo a passar a noite na cidade, ele preferiu pegar o último trem e ir dormir em casa. Uma mina lançada de paraquedas pela Luftwaffe explodiu em seu prédio de apartamentos no bairro de St. James, Londres, matando-o no auge do sucesso, aos 43 anos.

Ouçam Al Bowlly em Midnight, the Stars and You, de 1934:

https://www.youtube.com/watch?v=2WlBRWT-feQ


domingo, 15 de agosto de 2021

Feliz 88, meu caro Roman! • Por Roberto Muggiati

Roberto Muggiati entrega Polanski, em 1988, foto do cineasta quando fez sua primeira visita à Manchete,
 em 1974. Ao fundo o jornalista Arnaldo Bloch e Anna Bentes Bloch. Foto: Acervo Pessoal

Roman Polanski faz 88 anos neste 18 do 8. 88 é o símbolo do infinito duas vezes, de pé lado a lado. Polanski é a celebridade do mundo mais perseguida por maldições, que caíram à sua volta ao longo dos anos, mas nunca o atingiram. 

Nasceu em Paris em 1933, filho único de poloneses, o pai judeu, a mãe católica de ascendência russa. Num gesto desastrado do pai,  a família voltou em 1936 para a Polônia, um dos principais alvos do antissemitismo de Hitler. A mãe morreria em Auschwitz; o pai, internado num campo de extermínio austríaco, seria um dos raros judeus poloneses a escapar do Holocausto. E o menino Roman sobreviveria em fuga na zona rural quase na mendicância, escondendo-se em fazendas de famílias católicas. (O pianista, filme sobre um judeu de Varsóvia que consegue o milagre de sobreviver aos seis anos de guerra, é fortemente autobiográfico.) 

Quando a guerra terminou Roman tinha doze anos e acabaria reencontrando o pai: da opressão nazista, passaram a viver os terrores do estalinismo.

O talentoso Polanski abriu as portas do mercado internacional com Faca nágua em 1962. Em agosto de 1967 começou a rodar O bebê de Rosemary, em que uma jovem inocente é escolhida por um grupo satânico para parir o filho do demônio. Ela mora em Nova York no sinistro edifício Dakota, onde John Lennon seria assassinado treze anos depois. A atriz principal, Mia Farrow, ameaçou abandonar as filmagens quando recebeu no set, diante de toda a equipe, das mãos de um oficial de justiça, um inesperado pedido de divórcio de Frank Sinatra, trinta anos mais velho, com quem foi casada dois anos.

No dia 9 de agosto de 1969, em Los Angeles, o bando de Charles Manson chacinou a mulher de Polanski, Sharon Tate – grávida de oito meses e meio – mais uma amiga e dois amigos que passavam a noite de sábado em sua casa, e também o jovem caseiro. As paredes da casa foram pixadas de palavrões escritos com o sangue das vítimas. Foi um trágico equívoco: os Polanski tinham alugado a casa do filho de Doris Day, Terry Melcher, produtor musical que se recusou a gravar Manson, cantor e guitarrista medíocre com ambições a superstar Como vingança, Manson mandou os fanáticos da sua “Família” matarem todo mundo na casa, acreditando que Melcher ainda morava nela. Polanski deveria estar lá naquela noite, mas à última hora foi retido em Nova York para assinar um documento na segunda-feira.

Encontrei Polanski pela primeira vez pouco antes, no Rio, em março de 1969, no 2º Festival Internacional de Cinema, onde ele concorria com O bebê de Rosemary.  Numa brincadeira de mau gosto (Roman é um eterno moleque, adoro esse lado dele...), tentou jogar Jane Birkin na piscina do Copacabana Palace, a moça passou raspando por mim como um foguete e quase me arrastou consigo para as águas. (Jane estrelava Wonderwall, filme com a trilha sonora de George Harrison). 

Em 1974, voltei a encontrar Polanski, desta vez com Jack Nicholson, na visita que fizeram à Manchete promovendo o filme Chinatown. A grande encrenca da sua vida o esperava em 1977 na casa de Jack Nicholson em Los Angeles. Escalado pela revista Vogue para fotografar uma ninfeta de treze anos numa piscina, Polanski não perdeu a viagem e transou com a menina, levemente dopada por um Boa Tarde, Cinderela. Acusado de abuso sexual, ficou preso 74 dias e foi solto após pagar fiança. Ao saber em 1978 que seria preso definitivamente, Polanski alugou um jatinho e escapou pelo México. Há 43 anos, a justiça norte-americana o caça implacavelmente, embora a “ninfeta”, hoje uma rechonchuda senhora de 58 anos, tenha perdoado Polanski. Em 2009, foi preso na Suíça – onde tem uma casa em Gstaad – e quase extraditado para os EUA.

Nosso terceiro encontro foi em 88, quando ele visitou novamente a Manchete, com a atriz que se tornaria sua mulher até hoje e mãe de seus dois filhos, Emmanuelle Seigner. Adolpho Bloch o convidou para um chá das cinco en petit comité no restaurante do Russell, os dois se conheciam desde os anos 60, quando a sucursal da Manchete em Paris ficava no prédio de Polanski na Avenue Montaigne.  Polanski se atrasou porque ficou mais de meia hora na calçada numa intensa DR com a mulher. Chegou falando em russo: “Pô, Adolpho, chá? Você me convida para um chá? Eu queria mesmo é uma boa vodca polonesa!” Em segundos surgiu uma garrafa  glacialmente gelada de Wiborowa, a marca favorita de um cracoviano célebre, Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II. E o ucraniano e o polonês parisiense se enredaram num longo papo em russo, deixando o resto do pessoal por fora. 

Aproveitei a ocasião para entregar a Polanski uma cópia da foto dele com Jack Nicholson feita na visita de 1974. Pena que a Manchete tenha fechado as portas em agosto de 2000. Não fosse isso – estou seguro – teríamos recebido outras visitas do nosso querido amigo Roman.

PS • Especulando se o fato de Polanski ter filmado O bebê de Rosemary no edifício Dakota teria algo a ver com o assassinato de John Lennon, lembrei que, na verdade, foi Lennon quem, involuntariamente, teve um importante papel no assassinato de Sharon Tate em agosto de 1969.


No dia seguinte ao massacre, irritado com o
modus operandi dos membros da “Família”, Charles Manson os liderou noutra incursão em Los Angeles para ensinar a maneira correta de agir. Invadiu uma casa escolhida aleatoriamente e, com seus asseclas, assassinou o casal LaBianca. O marido, Leno, era dono de um supermercado; a mulher, morta com 41 punhaladas, chamava-se... Rosemary. Quando desencadeou a operação, Manson decretou que era chegada a hora de Helter Skelter – nome de uma das faixas do Álbum branco dos Beatles. A música, assinada Lennon-McCartney – era deliberadamente ruidosa e caótica, feita em resposta a uma provocação de The Who. Fascinado por ela, Manson a adotou como as trombetas do Apocalipse, anunciando uma série crimes e catástrofes que provocariam uma guerra racial nos Estados Unidos, da qual ele sairia como líder natural. A tal ponto que HELTER SKELTER figurou entre as palavras pintadas com sangue no local dos crimes. O promotor do Caso Tate-LaBianca, Vincent Bugliosi, publicou um livro sobre o processo intitulado Helter Skelter, que vendeu sete milhões de exemplares, virou filme, série de TV e até mangá. 

Ouça o Helter Skelter AQUI

https://www.youtube.com/watch?v=0NpoedlDxuU


Atualização em 19-8-2021  - 

Cabala nazista

De Edimburgo, meu filho me ensina que 88, nos países de língua germânica durante a 2ª Guerra significava “Heil, Hitler!” Sendo H a oitava letra do alfabeto, 88=HH. Polanski, assim, involuntariamente, homenageia com sua nova idade o Führer. Eu também, com meu nome. Nascido em 1937, meu pai queria que eu me chamasse Benito. Minha mãe não quis, de jeito nenhum. Então ele optou por Roberto. Um nome simples só na aparência: Mussolini o indicava para os apoiadores do nazifascismo porque suas três sílabas correspondiam às primeiras sílabas das capitais do Eixo: ROma + BERlim + TOquio. Meu pai – como todo mundo nos estados do Sul e até o próprio Presidente Getúlio Vargas – era simpatizante do Eixo. A propaganda foi uma arma terrível a mais que os Aliados tiveram de enfrentar. Nas manifestações diante do Palácio do Catete, no final dos anos 1930, os apoiadores do Duce e do Führer hospedavam-se no Florida Hotel. As letras do seu nome formavam o anagrama de Adolfo Hitler. Mesmo com essa sopa de letras infernal, o Eixo Kaput!, em boa gíriacarioca, sifu! (Roberto Muggiati)

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Cinememória - Lembra disso? Isolamento foi a causa do terror no filme O Iluminado



Continuando a série de Cinememória, de cenas inesquecíveis, chegou a vez de "O Iluminado", de 1980, com Jack Nicholson, terror psicológico baseado no livro homônimo de Stephen King filmado há 40 anos.

O filme de Stanley Kubrick tem cenas incríveis. Destacamos aquela em que Shelley Duvall, atriz maravilhosa, se dá conta da loucura do marido pelo que ele escreveu do seu “romance”. É quando ela percebe que ele está completamente perdido.

Em tempo de quarentena, registre-se que o personagem de Nicholson (Jack Torrence) é contratado  como vigia de um hotel em uma remota cidade do Colorado e começa a demonstrar problemas mentais causados pelo... isolamento. Torna-se encrenca e a cada dia mais agressivo.
Boa quarentena para você.
VEJA A CENA AQUI

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Cinememória - "Indians!" : a la Jack Nicholson, uma receita para a quarentena...


Pesquisas apontam que aumentou o consumo de bebidas em casa durante a quarentena. Em parte, o fechamento de bares e restaurantes incentivou o reforço das adegas e prateleiras caseiras. Em parte, a ansiedade e o tédio ajudaram a encher os copos.
O fato é que tem muita gente se sentindo como o advogado George Hanson, o personagem de Jack Nicholson que se incorpora à dupla Billy e Wyatt, vividos por Dennis Hooper e Peter Fonda. Ele é o bebum do grupo. Sempre que virava um shot falava "indians" entredentes enquanto o álcool queimava na garganta. Foneticamente correto, ele pronuncia "injuns".
O que se diz é que a famosa fala foi um "caco" do ator. Nessa cena, ele dedica "a primeira do dia", uma farta dose do uísque Jim Bean, ao "velho D.H. Lawrence".
O escritor defendia que os Estados Unidos deviam se reconectar à identidade perdida,  à cultura indígena, à terra e seus espíritos, como o continente aborígene que foi um dia.
Tudo a ver com a busca dos cavaleiros das Harley Davidson que zoaram no filme Easy Rider.
Então é isso: "indians!" para todos nós em interminável quarentena. (José Esmeraldo Gonçalves)

VEJA A CENA DE JACK NICHOLSON AQUI

domingo, 21 de julho de 2019

"Easy Rider": o filme que nasceu pra ser selvagem agora é cinquentão...


por José Esmeraldo Gonçalves 

As duas motocicletas que levaram Hollywood de carona direto para a contracultura estão de volta aos cinemas americanos em 400 salas e versão restaurada 4K.

Quando "Easy Rider" ("Sem Destino", no Brasil) foi lançado em 14 de julho de 1969, há 50 anos, as salas americanas exibiam "Hello Dolly", "Airport" e "Patton". O filme custou menos de meio milhão e arrecadaria mais de 250 milhões de dólares, apenas nos Estados Unidos. Na vida real, o que estava em cartaz era a guerra do Vietnã, Charles Manson e o rescaldo tardio das cinzas da era Kennedy. Por aí pode-se imaginar o impacto que a trama causou nas plateias americanas. Talvez duas produções anteriores tenham dado pinta de que Hollywood estava mudando: "Bonnie and Clyde" e  "The Graduate", de 1967, deixaram algumas escoriações no mundo perfeito de "Hello Dolly", mas ainda não eram aquele filme-marginal que faria o público largar a pipoca.

O ronco inconfundível das motocicletas Harley de "Easy Rider" ecoou no conservadorismo ao mesmo tempo em que levou uma geração de jovens americanos desiludidos, que já não acreditavam nos "valores wasp" (branco, anglo-americano e protestante, na sigla em inglês), a se identificar com Wyatt( Peter Fonda) e Billy (Denis Hooper). O envolvimento dos dois atores, aliás, foi muito além de apenas interpretar os personagens principais. Fonda co-escreveu o roteiro, ao lado de Terry Spouthern, e Hopper dirigiu o filme. "Easy Rider" não marcava a estréia de Jack Nicholson, mas foi o papel do advogado pinguço George que lhe deu o status de estrela. Ainda no elenco, Karen Black, Luana Anders, Luke Askew, Toni Basil, Warren Finnerty, Sabrina Scharf e Robert Walker.

Não é exagero dizer que as duas motos também se tornaram superstars. Na verdade, a produção usou quatro Harley-Davidson Hydra-Glides personalizadas. Eram máquinas construídas entre 1949 e 1950 que pertenceram a esquadrões policiais. O filme acabou consagrando a estilo Chopper, caracterzado, entre outras adaptações, pelo garfo alongado e amortecedores dianteiros compridos. A bordo dessas motos desenrola-se a trama. Wyatt e Billy (os nomes eram uma referência a Wyatt Earp e Billy the Kid) vendem uma partida de cocaína e, com o dinheiro, aceleram as motos desde a Califórnia até New Orleans, onde pretendiam curtir a Mardi Gras. Na estrada, cavalgam a metáfora da liberdade, que não deixa de lhes cobrar o alto preço das tensões da América.



As cenas inesquecíveis de Easy Rider se associaram à memória musical. A trilha sonoro é tão explosiva quanto o filme. As motos roncam ao som de "Born to Be Wild", o rock do Steppenwolf, "If 6 was 9", de Jimi Hendrix, "If you want to be a bird", do Santo Modal Rounders, "Don't Bogart Me", do Fraternity of Man ou "Kyrie Eleison", com The Electric Prunes, música religiosa transformada em "viagem" psicodélica, e a única escrita para o filme, "Ballad of Easy Rider", de Roger McGuinn.

"Sem Destino" chegou ao Brasil em janeiro 1970, em plena ditadura. A coisa aqui estava preta, mas o filme não foi vetado. o que não quer dizer que teve vida mansa nas telas. Foi censurado para menores de 18 anos e, na maioria das capitais, ficou em cartaz por apenas uma semana.

Para as gerações que chegaram atrasadas, vem aí a chance de ver "Easy Rider" em 4K, o que significa resolução até melhor do que a original.

VEJA UM TRECHO DO FILME E OUÇA "BORN TO BE WILD", DO STEPPENWOLF, AQUI

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Conheça os homens que marcaram o estilo masculino de vestir

Sinatra: chapeus

Jack Nicholson, camisas
Clooney, grisalho

Woody Allen: por não querer ser quem não é
por Eli Halfoun
Quando se pensa que não há mais nada para inventar em termos de listas que só servem para encher lingüiça em espaços de jornais e revistas, surge mais uma. Agora é a revista GQ americana que publica a relação das personalidades quer mais influenciaram o modo masculino de vestir. A relação tem mais de 60 personalidades e o destaque maior ficou com Charles Chaplin, o Carlitos, considerado o homem que mais influenciou o estilo masculino. Para justificar a escolha a revista diz: “Quando você escolhe um chapéu, isso define você imediatamente. Alguns dos homens mais estilosos do século – como Frank Sinatra e Johnny Depp - são associados aos seus chapéus”. Além de Chaplin, a revista destaca Al Pacino com sua jaqueta preta; Alain Delon pelas camisas abertas; Brad Pitt como exemplo de vestir black tie; Bruce Lee pelos óculos escuros nunca maiores que o rosto; Elvis Presley pelas gravatas usadas em qualquer ocasião; Frank Sinatra sempre impecável; Fred Astaire, o primeiro a usar gravata como cinto; George Clooney pelos cabelos grisalhos; Jack Nicholson pelas camisas jeans; James Dean pelas armações (de óculos) grossas, Javier Bardem pelas camisas resistentes usadas sem gravata; Johnny Depp pelos detalhes de mangas arregaçadas, a gola e o tênis batido; Marcelo Mastroianni pelas abotoaduras; Marlon Brando pelos ternos sem ombreiras; River Phoenix pelo estilo rebelde e Woody Allen por nunca tentar ser quem não é. Diante dessa relação, só resta uma alternativa: crie seu próprio estilo. Quem sabe você também não acaba ditando moda.