Não é apenas a imagem do Brasil que a cada dia se suja mais lá fora. Ações práticas, por parte do governo, elevam o nível de rejeição ao país em vários setores. O Globo de hoje publica uma matéria sobre as últimas votações dos representantes brasileiros, agora alinhados com ultradireita, no Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Para aferir o nível de vexame, veja abaixo um resumo:
* O Brasil se absteve de votar uma resolução que determinou a abertura de uma investigação sobre milhares de execuções extrajudiciais por parte da polícia das Filipinas. O atual e bizarro presidente do país é um dos queridinhos do governo Bolsonaro.
* Em votação de uma resolução contra o casamento infantil forçado, o Brasil preferiu ficar a favor de ditaduras islâmicas, como a do Egito, para excluir do texto "o direito à saúde sexual e reprodutora".
* A embaixadora brasileira Maria Nazareth Farani Azevedo votou a favor de uma proposta de ditaduras islâmicas, no caso Arábia Saudita e Bahrein, contra recomendação de educação sexual de crianças e adolescentes. E também apoiou proposta do Paquistão sobre o mesmo tema excluindo direito de acesso universal à educação sexual.
Felizmente, por se aliar à opressão e ao atraso, o Brasil perdeu todas essas votações. Mas a percepção no exterior é que o país é um antro de fanáticos.
Ainda no campo diplomático não há sinais de menos fundamentalismo político e religioso. Bolsonaro anuncia que pretende nomear seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Estados Unidos.
Um dia após o anúncio, Eduardo foi ao Itamaraty pedir apoio à indicação, que deverá ser submetida a aprovação no Senado. Ao tentar mostrar competência para o cargo, ele citou que fala inglês, fez intercâmbio e até fritou hambúrguer nos Estados Unidos. Em consequência da nomeação do filho de Bolsonaro para Washington, Trump retribuiria enviando para Brasília, como embaixador dos Estados Unidos, o filho Eric Trump.
A notícia de que Eduardo Bolsonaro vai virar embaixador circula na internet desde ontem. Memes, críticas e até quem não acredite e ache que é piada predominam na rede. Um dos conteúdos mais acessados é um vídeo que comenta o inglês do futuro embaixador a partir de uma entrevista que ele deu para a Fox News. Embora aparente ler as respostas em um teleprompter, ele tropeça no idioma da Trump. O inglês básico serve para quem vai fazer compras em Miami, atender a um pedido de hambúrguer ou mandar likes para a ultradireita americana, mas não ajuda a um embaixador que discutirá propostas e complexos acordos diplomáticos.
Veja o vídeo AQUI
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sexta-feira, 12 de julho de 2019
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