domingo, 28 de janeiro de 2018

Terra em transe


por Flávio Sépia 

*Cartão de embarque -  No Brasil polarizado continua difícil a vida dos políticos que embarcam em voos comercias. Em um ano eleitoral, essa turbulência tende a chacoalhar cada vez mais reputações. O mais recente check in para o escracho foi feito do ministro do STF, Gilmar Mendes. Um vídeo que circula nas redes mostra o coro de "Fora Gilmar", "Amigo de Daniel Dantas, Aécio Neves".  Veja no You Tube AQUI

* E o aliado? - A pré-candidata à Presidência da República, Marina Silva, defendeu ontem a Lava Jato, em BH,  durante lançamento da candidatura do ex-deputado João Batista Mares Guia ao governo de Minas. Ela pediu à Justiça rapidez nos processos que envolvem outros políticos. No mesmo dia, um pedido de investigação sobre propina recebida por Aécio Neves, de quem Marina era aliada nas últimas eleições, foi arquivado pelo STF, por prescrição de prazo. Era uma denúncia que fazia parte da delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.

* O canal de Imprensa do site do STF: registra "A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a extradição do argentino Gonzalo Sanchez, acusado da prática do crime de sequestro contra opositores do regime militar entre os anos de 1976 e 1983. No julgamento da Extradição (EXT) 1270, por maioria, os ministros entenderam que não ocorreu a prescrição de tais crimes. A extradição foi requerida pelo governo da Argentina sob a acusação de prática dos crimes de homicídio, tortura e cárcere privado, realizados quando Sanchez era militar da Marinha argentina. O governo da Argentina sustenta que os crimes da ditadura militar são considerados crimes contra a humanidade e, como tal, imprescritíveis, segundo a Convenção sobre a Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e dos Crimes contra a Humanidade e a Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas". Já os crimes da ditadura no Brasil...

Reprodução Daily Star Sunday

* A chacina ocorrida em Fortaleza (CE), na madrugada de sábado, quando 14 pessoas foram assassinadas por traficantes, e a excelente matéria da repórter Vera Araújo, hoje, no Globo, sobre a parceria entre traficantes e milicianos e o consequente avanço do crime organizado no interior do Estado do Rio de Janeiro mostram que a atual política de repressão às drogas - que é o motor da expansão do crime organizado - não faz efeito. E enxugar gelo, como dizem policiais que estão na linha de frente. Apesar disso, o Brasil está cada vez mais distante de experimentar novos caminhos na luta contra o tráfico de drogas e na questão dos usuários, como vários países têm feito, casos do Uruguai, Holanda, e até Estados Unidos.

* Fortaleza é muito procurada por europeus, em função da rota aérea menor. Jornais ingleses, italianos e alemães relacionaram a chacina à condição de destino turístico da cidade. A região de praias paradisíacas é apontada como uma das mais perigosas do Brasil.

Márcia Tiburi na Guaiba. Clique AQUI

Requião na Guaíba. Clique AQUI

* Sobre a polêmica envolvendo a filósofa Márcia Tiburi, que se recusou a debater com o representante da direita radical Kim Kataguiri, do MBL, em um programa ao vivo na Rádio Guaíba:  ao convidá-la, o radialista Juremir Machado não informou a Márcia que ela participaria na verdade de um debate com o ativista. Nesse caso, faltou ética profissional ao radialista, que tinha a obrigação de comunicar as condições  as características e os demais convidados do debate. Simples. Kim Kataguiri acabou "debatendo" com Roberto Requião. O senador destruiu o oponente, que simbolicamente pediu a chupeta. Requião também apontou a falta de ética do radialista por não informá-lo da presença do ativista da direita radical. "Sabe o que é Taylorismo? Não? Deixa eu explicar", foi um dos momentos, entre outros, em que Requião escaneou o cérebro do líder do MBL

Aula nas estrelas

A professora Christa McAuliffe quando treinava para a missão
espacial da Challenger. Foto Nasa

por Ed Sá 
Na data de hoje, em 1986, a professora Christa McAuliffe estava a bordo do ônibus espacial Challenger, que explodiu logo após a decolagem.

Ela levava material para dar uma aula direto da Estação Espacial, com transmissão para milhares de escolas.

Christa, com os demais astronautas, Francis Scobee, Michael J. Smith, A. Resnik, Ellison Onizuka, Ronald E. McNair e Gregory B. Jarvis, não sobreviveu ao acidente.

As aulas da professora McAuliffe foram esquecidas durante 32 anos. Agora, o seu plano didático foi recuperado e finalmente a aula será filmada no espaço, segundo a CNN. Os astronautas Joe Acaba e Ricky Arnold, ambos ex-professores, homenagearão Christa McAuliffe no próximo mês de março, na Estação Especial, concluindo as lições que ela planejou sobre a ação da gravidade nos líquidos e as Leis de Newton.


A cabine do Challenger recuperada no oceano. Foto Nasa/Collect Space

Objetos pessoais dos astronautas. Foto Nasa/Collect Space

A Nasa mantém no Kennedy Space Center, na Flórida, um espaço onde podem ser vistos partes da fuselagem, peças e objetos pessoais dos astronautas recolhidos no mar após a tragédia. Segundo a Nasa, os tripulantes morreram no momento da explosão. Apesar disso, circularam várias versões sobre o acidente. Uma delas, apurada pela revista Miami Herald Tropic, concluiu que o cockpit da nave só foi destruído ao se chocar contra o oceano. Assim, a tripulação teria sobrevivido por pouco mais de dois minutos até o impacto. A dúvida provavelmente jamais será esclarecida. Uma única gravação que teria sido captada na cabine da Challenger logo no começo da queda, segundo a revista, registra apenas uma expressão: "Oh"!  

sábado, 27 de janeiro de 2018

Campanha da Globo sofre bullying... "Que Brasil eu quero para o futuro"? Quero que vá...


Reproduções/UOL

A campanha da Globo que pede que o povão envie vídeos que ilustrem a pergunta "Que Brasil eu quero para o futuro" entrou em área de turbulência. Em vez dos cenários cor-de-rosa sugerido pelo Jornal Nacional, a galera está mandando clipes feitos em lixões, estrada esburacada, cracolândia etc. A notícia está no UOL. Segundo o portal, se a coisa for nesse ritmo, a Globo acelera o plano B: mandar seus jornalistas de cada praça fazer vídeos assépticos segundo o estilo sugerido por William Bonner. As redes sociais estão fazendo bullying com a campanha do "Brasil sonhado".

Leia a matéria no UOL, AQUI

Apple cai na folia. Veja videoclipe de selfies carnavalescas com Iza e Moraes Moreira

Os cantores Iza e...

...Moraes Moreira gravaram clipe carnavalesco para a Apple

Tem gringo no bloco. A Apple lançou a campanha "O Carnaval é seu" com Moraes Moreira e Iza cantando marchinha. O videoclipe foi gravado com Iphone X e tem a linguagem visual das selfies.
VEJA AQUI

Meme é o "uber" dos cartunistas...





Apesar de ter nascido como subproduto da Guerra Fria, a internet incorporou uma porção subversiva Implodiu modelos de negócios, desburocratizou a troca de informações, abriu espaço para todo tipo de opiniões e empreendimentos, até os mais inimagináveis, aproximou e afastou pessoas, inaugurou novos tipos de crimes, criou moedas e deu velocidade supersônica à especulação financeira.

Mídia digital, streaming, Spotfy, Airbnb e milhares de outros aplicativos invadiram cidadelas e deixaram vítimas no caminho.

Os cartunistas também ganharam concorrentes poderosos.




A internet nem existia quando Ziraldo inaugurou no O Cruzeiro a seção Fotopotocas, que depois virou revista. Em forma gráfica, as fotopotocas eram as memes analógicas. Ziraldo não sabia disso, mas a fórmula de descontextualizar uma imagem e nela aplicar uma dose de humor ou gozação transformaria milhões de internautas em cartunistas digitais.

E a rede é rápida. Um fato ou uma foto que chame atenção e logo alguém - os autores quase sempre ficam anônimos - cria uma meme que viraliza em questão de segundos e atinge milhões de pessoas.

A meme é o "uber" dos cartunistas. 

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Capa da Vanity Fair está causando nas redes sociais. Foto tem pernas e mãos sobrando e James Franco foi limado digitalmente da imagem



por Clara S. Britto  

A Vanity Fair mantém uma longa tradição de fazer uma capa dupla anual em homenagem a Hollywood. A revista reúne as principais estrelas da temporada.

A capa desse ano está provocando duas barulhentas polêmicas.

O ator James Franco teria sido fotografado com o grupo, mas teve sua imagem apagada digitalmente após ser denunciado por assédio sexual. O ator nega, repete que as denúncias são inconsistentes, mas teria sido limado da foto mesmo assim.

A segunda polêmica está fazendo a festa das redes sociais. Há doze celebridades na foto de Annie Leibovitz que somam 25 mãos e igual número de pernas. A atriz Reese Witherspoon ganhou uma perna extra e já respondeu com bom humor aos questionamentos dos fãs: "Todo mundo sabe agora que eu tenho três pernas. Espero que me aceitem como eu sou", disse.

A imagem que mostra a terceira mão da Oprah. Reprodução

A dona da terceira mão fantasma seria Oprah Winfrey, que teria uma mão na anca, outra no colo e mais uma abraçando Reese Witherspoon.

James Franco estaria originalmente entre Graydon Carter e Robert de Niro, preenchendo o vazio que restou na imagem.

A Vanity Fair não se pronunciou quanto aos pés e mãos excedentes, mas confirmou ao Hollywood Reporter que James Franco foi mesmo apagado pelo photoshop.

A capa reúne, ainda, Nicole Kidman, Tom Hanks, Michael B. Jordan, Zendaya, Jessica Chastain, Claire Foy, Michael Shannon, Harrison Ford e Gal Gadot,

Na capa da Time, Trump comanda o bloco do eu sozinho...


Museu guarda memória da imprensa automotiva


Placas utilizadas pelas revistas durante reportagens de testes de carros. Reprodução site Miau
Revistas em exposição no Museu da Imprensa Automotiva. Reprodução site Miau


Idealizado pelo jornalista Marcos Rozen, o Museu da Imprensa Automotiva (Miau), na Vila Romana, em São Paulo, preserva a memória das coberturas especializadas, dos testes e críticas de jornais e revistas. O acervo de 10 mil itens, entre outros aspectos da história da indústria automobilística, mostra  o espaço que os carros tinham na mídia.



Da Quatro Rodas à Auto Esporte, passando pelas seções de automóveis dos principais jornais e de revistas não especializadas, há uma estante de exemplares à disposição dos pesquisadores. 


No caso das revistas da Bloch, EleEla, Manchete e Fatos & Fotos davam espaço permanente ao assunto, além das grandes coberturas dos salões de automóveis nacionais e internacionais. Nessa editoria, foram destaques os saudosos José Lago e José Rezende Mahar, os jornalistas Fernando Calmon - com 50 anos de profissão completados no ano passado e atuante na coluna Alta Roda, do UOL -, e Henrique Koifman, repórter e um dos apresentadores do programa Oficina Motor, do GNT. Cada um na sua década, eles registraram os primeiros passos, os modelos que marcaram época, os lançamentos e a evolução da industria automobilística. 

Conheça o site do Museu da Imprensa Automotiva. Clique AQUI



Verão Valverde: estrela das Havaianas, musa do camarote, rainha do baile do Copa, aqui é Isis

Havaianas: celebridade na praia

por Ed Sá

O verão é de Isis Valverde. De férias após a novela A Força do Querer, a atriz será a Musa do Camarote N° 1, no Sambódromo, e Rainha do Baile do Copa. Mas ganhou o posto de estrela da temporada ao protagonizar o segundo comercial das Havaianas, o da celebridade na praia.

Uma Havaiana para cada desejo.

O primeiro, lançado no fim do ano passado já teve grande repercussão. O tema foi "Cores e Superstições" de Réveillon. Branca pra não faltar paz, amarela para não faltar dinheiro, azul pra não faltar serenidade e vermelha para não faltar... sexo.
Para ver comercial da Praia, clique AQUI

Para ver o filme das Cores, clique AQUI


Instituto Rio Branco admite pela primeira vez uma diplomata negra. E a instituição existe há 73 anos...

Reprodução/Site Fala Piauí
Luana Alessandra Roeder, 28 anos, abandonada ao nascer na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, e posteriormente adotada pela agrônoma alemã Reinhild Roeder - que morava na praia de Barra Grande, litoral do Piauí - cursou Relações Exteriores na Universidade de Brasília.

No último dia 15, ela tomou posse no Itamaraty depois de aprovada no concurso público do Instituto Rio Branco.  O site Fala Piauí celebra a conquista da jovem piauiense.

O primeiro embaixador negro foi Benedicto Fonseca Filho, nomeado pelo ministro Celso Amorim, apenas em 2010. O Itamaraty empreende, hoje, ações afirmativas e fornece bolsas para afrodescendentes, mas, ao longo da sua história, acumulou episódios de racismo.

O ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, já revelou uma anotação no relatório do seu exame psicotécnico, quando fez concurso em 1980: “tem uma auto-imagem negativa, que pode parcialmente ter
origem na sua condição de colored”, escreveu o avaliador. E na entrevista com diplomatas, Barbosa ganhou um "regular" no quesito "aparência". Parte dessas informações estão no estudo "Da exclusão à inclusão consentidas: negros e mulheres na diplomacia brasileira", de Karla Gobo.

Luana é a primeira negra diplomata do Itamaraty, embora o Rio Branco tenha sido fundado em 1945, e chega 100 anos depois da primeira mulher, branca, diplomata, nomeada em 1918. Registre-se que depois disso o Itamaraty fechou as portas às mulheres: a segunda diplomata branca só assumiu um cargo em 1953, por força de um mandato de segurança.

Luana ganha o direito de representar o Brasil no ano em que serão comemorados os 518 anos do Descobrimento, os 198 de Independência e os 130 anos da Lei Áurea.

O site do Instituto Rio Branco ainda não registrou no seu canal de notícias a nomeação da primeira mulher negra.

Trump pede emprestado para a Casa Branca quadro de Van Gogh e museu oferece outra obra de arte: uma privada em ouro maciço



Reprodução Washington Post

Reprodução You Tube
por Ed Sá 

Essa é de deixar Sérgio Cabral e seu banheiro hi tech com inveja.

A Casa Branca pediu emprestado ao Guggenheim uma obra de Van Gogh  provavelmente para enfeitar o quarto do Tio Trump. O  museu negou o pedido. Alegou que o quadro "Landscape with Snow", do pintor holandês, seguiria para uma exposição na Europa. A notícia está no Washington Post.

A conclusão possível é que os curadores da instituição acharam que uma privada em ouro maciço combinava muito mais com a sensibilidade artística de Donald Trump.

A privada é também uma obra de arte, chama-se "Estados Unidos", e foi criada pelo artista plástico iconoclasta Maurizio Cattelan.  Foi exposta no Guggenheim, em Nova York, no ano passado, e foi utilizada, e não apenas vista, por mais de 100 mil pessoas. Fazia parte da simbologia imaginada pelo artista os visitantes depositarem seus fluidos e sólidos nos "Estados Unidos".

Leve sua cervejinha, cachaça, picanha, maminha e farofa. Estudantes convidam para churrasco amanhã no triplex do Lula

por O.V.Pochê 

Como os juízes já oficializaram que o triplex é do Lula, a UNE está convocando os estudantes para uma churrasco, amanhã, no edifício Solaris, no Guarujá.  “Traga sua cervejinha gelada, uma cachacinha e venha protestar com os compas no churras de inauguração do apartamento novo do Lula! Afinal, os novos vizinhos do presidente precisam conhecer os amigos dele!”, diz o convite para Facebook. A notícia está no Brasil de Fato.

Pelo jeito, serão vários churrascos: mais de 20 mil pessoas já comunicaram seu interesse no "Churra do Povo".

Além da UNE, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto está liberado para ir ao triplex. Durante o comício na Praça da Repúblicas, em São Paulo, o próprio Lula, dono do imóvel, segundo a Justiça, autorizou acesso: "Já falei para o Boulos (Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST) mandar o pessoal dele ocupar o apartamento. Já que é meu, então ocupem!”, afirmou o proprietário do imóvel, segundo o TRF-4.

O Jornalistas Livres ironiza que Lula pode até ser dono, quem sabe, de toda a orla do Guarujá. O site revela que em 1982 (veja recorte abaixo), o Estadão parou as máquinas para denunciar que o operário tinha uma casa de veraneio no balneário paulista. Se alguém encontrar o endereço e conseguir a escritura, Lula poderá oferecer a residência para ser o point para outros churrascos festivos com fartura de cerveja gelada. O verão agradece.

 

Por uma Pichincha...

Foto; Reprodução Twitter
por Niko Bolontrin 

Kaká encerrou a carreira, mas segue o exemplo de Ronaldinho Gaúcho e entra no circuito de jogos-exibição. Assim como políticos, empresários, juízes, escritores e jornalistas faturam no mercado de palestras, os boleiros também têm direito à renda extra. O Barcelona de Guayaquil não informou o cachê do brasileiro. Melhor Kaká ficar de olho: o patrocinador é o Banco Pichincha e nome não deve ser à toa.

Redes sociais relembram Henfil...


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Do jornalista americano Glenn Greenwald ao assistir à performance da "Moro News", como foi apelidada nas redes sociais, ontem...

Exposição "Mantenha a Memória Viva" - Designer brasileira vence concurso internacional de pôsteres em memória das vítimas do Holocausto


Pôster criado pela designer brasileira Júlia Cristofi ficou em primeiro lugar no concurso.
O símbolo em hebraico significa "Vida".

(do UNIC Rio) 


O Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio) inaugura no dia 29 de janeiro no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, uma exposição com pôsteres em memória das vítimas do Holocausto, fruto de um concurso internacional vencido pela designer brasileira Júlia Cristofi.

O evento marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, lembrado em 27 de janeiro, data em que as tropas soviéticas libertaram Auschwitz-Birkenau, o maior campo de extermínio nazista.

A mostra “Mantenha a Memória Viva — Nossa Responsabilidade Compartilhada” fica em cartaz até 28 de fevereiro e tem entrada franca. É resultado de um concurso internacional promovido pelo Programa das Nações Unidas para Divulgação do Holocausto e a Escola Internacional para Estudos do Holocausto do Yad Vashem, com patrocínio da Fundação Asper e endossada pela Aliança Internacional pela Memória do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês). 

Um júri internacional selecionou os 12 melhores trabalhos a partir de 150 inscrições de designers e estudantes de design da Áustria, Bósnia e Herzegovina, Brasil, China, Hungria, Índia, Indonésia, Israel, Peru, Polônia, Rússia, Sérvia e Eslovênia. A mostra acontece simultaneamente na sede da ONU em Nova Iorque e em diversos países. O pôster criado pela designer brasileira apresenta imagens de sobreviventes do genocídio com o símbolo do Chai, que significa vida, em hebraico.

O diretor do UNIC Rio, Maurizio Giuliano, e o vice-presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), Claudio Goldemberg, participam do evento, que terá ainda a exibição de um vídeo com depoimentos de sobreviventes do Holocausto que moram no Brasil e a presença de representantes das comunidades judaica e cigana no Rio de Janeiro.

SERVIÇO

Abertura da Mostra “Mantenha a Memória Viva – Nossa Responsabilidade Compartilhada”
Dia 29 de janeiro – 11 horas - Ficará aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, com entrada franca, até o dia 28 de fevereiro.
Palácio Itamaraty – Av. Marechal Floriano, 196 – Rio de Janeiro

- O Palácio Itamaraty não permite a entrada de pessoas trajando bermudas ou shorts e não funciona nos finais de semana ou feriados (incluindo a Quarta-Feira de Cinzas).

Fonte: Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio)

Verissimo

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Jornalismo investigativo - Repórteres disfarçadas se infiltram em festa beneficente onde o assédio sexual é "liberado".


Reprodução Financial Times
Até aqui, a mídia dedicou espaço e páginas às denúncias de assédio sexual. A partir delas, de Hollywood ao Rio de Janeiro, de Paris a Londres, depoimentos foram colhidos, psicólogos foram ouvidos e os RHs da empresas passaram a se preocupar com o assunto e até a criar códigos de conduta para prevenir comportamentos inadequados entre seus funcionários.

Para o Financial Times, pelo menos, essa fase passou. O jornal britânico incluiu o assédio sexual entre as pautas do seu núcleo de jornalismo investigativo.

Embora especializado em economia, uma das suas matérias mais destacadas, hoje, denuncia grandes empresários londrinos, alguns ligados à prefeitura da cidade, de promoverem um leilão beneficente black tie  - uma tradição de 33 anos -, onde o assédio sexual teria corrido solto. Isso apesar do programa impresso distribuído aos participantes pedir que não assediassem sexualmente o distinto público ou a equipe do evento. Fazia sentido. Apenas homens foram admitidos no leilão, mas a exceção era o problema: belas recepcionistas contratadas, várias delas jovens universitárias que tentavam anabolizar a renda mensal. Os lotes em leilão incluíam, entre outros, uma noite em um clube de strip tease e bônus de cirurgia plástica, com o apelo nada sutil de "Adicione tempero à sua esposa". As recepcionistas eram informadas de que os homens poderiam ser "irritantes", mas que trabalhariam em um lugar "inteligente e sexy". Elas deveria usar sapatos pretos, roupas íntimas pretas, cabelos e maquiagem impecáveis. A produção do evento forneceria os vestidos. Entre o grupo que topou o serviço  - ser alta, magra e bonita eram pré-condições  - havia advogadas em busca de contatos, executivas de marketing, dançarinas e modelos.

Agora, a polêmica jornalística: o Financial Times infiltrou duas repórteres disfarçadas entre as hostess para tentar registrar o bundalelê de assédio explícitos. Ao lado da repercussão da matéria, o método investigativo também virou motivo de discussão entre comunicólogos. Insistência em pegar nas mãos das recepcionistas, convites para uma visitinha ao quarto do hotel eram comuns na noitada chique, No clima de consumo de vodca, uísque, o passo seguinte era puxar as jovens para o colo. Uma das meninas contratadas queixou-se de abuso quando precisava ir às mesas e lhe passavam a mão na bunda e nas pernas, outra contou às repórteres que um alto executivo havia lhe mostrado o pênis. Uma das garotas defendeu os empresários e alegou que eles apenas "flertavam" sem maires consequências. Além disso, o staff feminino era incentivado a interagir com os convidados. Pelo menos uma delas, definiu a noite como "divertida", com a vantagem de poder beber no emprego. De uma hostess, as jornalistas ouviram um desabafo: "Não acredito que estou aqui de novo" - e confessou que era a quinta vez que ela participava da festa exclusivamente por precisar de dinheiro.

Justiça condena Zeca Camargo por supostamente ofender o falecido cantor Cristiano Araújo e a música sertaneja

Uma juíza de Goiás condenou o jornalista Zeca Camargo a pagar R$60 mil de indenização a João Reis de Araújo, pai do cantor sertanejo Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro em 2015, e aos seus empresários. Os autores da ação por danos morais, que dividirão a indenização, alegam que ao ler uma crônica na Globo News, Zeca Camargo foi preconceituoso e ofendeu a imagem do cantor e da música sertaneja. Zeca negou ter ofendido Cristiano, alegou que apenas expôs sua opinião de que ele não era ainda um artista de projeção nacional e que a crítica feita não foi ao seu trabalho, mas ao cenário musical brasileiro. .

Ainda cabe recurso à sentença. Caso confirmada, ela atingirá Zeca Camargo e o jornalismo. A liberdade de expressão será relativizada e os veículos de comunicação terão que rever seus conteúdos. O que é, por exemplo, "ofender a imagem da música sertaneja" ou de qualquer outro objeto de crítica? Zeca Camargo nem entrou nesse mérito, mas, daqui pra frente, confirmando-se essa sentença, não se pode dizer que esse tipo de música, como qualquer outra, pode ser ruim ou até intragável? O funk é muito criticado. Falar mal do funk pode, da música sertaneja, não? Sério?

Leia mais sobre a condenação de Zeca Camargo, clique AQUI

E veja o vídeo da crônica que motivou o processo. Clique AQUI

Lula antes da prisão. Em 1979, Manchete levou o operário ao Gallery e chocou a esquerda e a direita. Aconteceu pouco meses antes dele ser preso pela ditadura.

Jeff Thomas e Lula, no Gallery, em São Paulo, em 1979. A matéria "A classe operária vai ao paraíso"
foi publicada na Manchete com uma sequência de fotos. Infelizmente, com o desaparecimento do acervo
que pertenceu à Bloch, sobrou a reprodução acima


por Flávio Sépia  

Lula é a notícia, agora.

O Brasil se volta para o TRF-4 que confirmará em algumas horas a condenação anunciada do ex-presidente. É um momento crucial na trajetória de um personagem que, a partir da segunda metade dos anos 1970, se faz presente em praticamente todo enredo político do Brasil.

Em 1979, coube à Manchete dar a Lula uma dimensão de celebridade em um momento bem mais ameno. O metalúrgico e sindicalista tornou-se conhecido em todo do Brasil quando liderou, a partir de 1977, o movimento de reivindicação salarial dos trabalhadores e as greves da categoria em desafio à ditadura.

Havia curiosidade em torno do novo líder. A revista Fatos & Fotos, então dirigida por Zevi Ghivelder, encomendou ao colunista Jeff Thomas uma matéria com Lula. A ideia era fazer algo mais original e inusitado: levar o metalúrgico ao Gallery, então templo dos endinheirados paulistas e o máximo de sofisticação na época.

Jeff Thomas, cujo nome verdadeiro é Francisco de Assis Veras, figura folclórica do jornalismo desde o fim da década de 1950, frequentava tal ambiente, tinha os contatos e o caminho para chegar tanto a Lula quanto ao Gallery. E assim ele armou a matéria que nascia até com um título pronto: "A classe operária vai ao paraíso". Curioso é que o personagem vivido por Gian Maria Volonté no filme que foi um dos melhores daquela década é o operário Lulu Massa, quase homônimo do convidado de Jeff Thomas ao paraíso dos milionários paulistas.

A matéria foi feita, as fotos falavam por si. Bem comparando, a Fatos & Fotos era uma revista de 1ª Instância, para usar um termo de hoje, e o Manchete era o STF. Daí, a surpreendente e simbólica reportagem foi simplesmente sequestrada da F&F e levada para as páginas da Manchete.

Irônico, Jeff disse que, durante o jantar, Lula  respeitou a etiqueta. "Pegou os talheres com classe, mastigou de boca fechada e não falou de boca cheia", escreveu o jornalista enquanto limpava, talvez,  a baba politicamente incorreta que escorria da própria boca.

Lula foi criticado por aceitar a encenação, a esquerda rotulou a matéria de preconceituosa e a direita achou que a revista estava promovendo um "perigosos subversivo". Manchete repercutiu nas bancas e nos programas de TV, jornais comentaram a performance society do líder operário o o sindicalista foi várias vezes questionado por jornalistas.

Não se avexou, como se diz em Pernambuco, terra do Lula, e no Rio Grande do Norte, onde nasceu o potiguar-londrino Jeff Thomas: "Meu sonho é que todos os operários possam um dia ir ao Gallery", repetia com humor o futuro presidente aos repórteres que o procuravam para comentar a visita ao paraíso da elite empresarial..

Pouco meses depois, em 1980, Lula foi preso pela ditadura e condenado a três anos e meio de cadeia com base na Lei de Segurança Nacional por "incitação à desordem pública". Recorreu e foi absolvido no ano seguinte. Mas sua relação com qualquer sofisticação nunca mais passaria desapercebida. Em 2002, assim como no caso do Gallery, outra investida dele no grand monde seria motivo de críticas e se tornaria pauta nacional: depois de um dos debates da campanha presidencial, o ex-operário foi visto jantando no restaurante Osteria Dell'Angolo, em Ipanema, em uma mesa com cerca de 20 pessoas e... taças de vinho do caríssimo Romanée Conti.


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Folha de São Paulo: Arnaldo Niskier e Ruy Castro recordam Cony

A MEMÓRIA DE CONY


por Arnaldo Niskier (para a Folha de São Paulo, 12/01/2018)


Clique na imagem para ampliar


CONY AO PIANO


por Ruy Castro (para a Folha de São Paulo,20/01/2018)

Poucos sabem, mas, em matéria de música, Carlos Heitor Cony gostava mesmo era de ópera. Em música popular, no entanto, tinha dois amores – dois compositores dos anos 1930. Um, brasileiro, Ary Barroso (1903-1964), de quem ficou amigo e com quem conversou muitas vezes. Outro, americano, não era Cole Porter, nem George Gershwin, mas o hoje quase esquecido Nacio Herb Brown (1896-1964).

Brown é o autor das canções ouvidas no filme “Cantando na Chuva” (1952), de Gene Kelly e Stanley Donen. Seu parceiro nelas é o letrista Arthur Freed, produtor do filme e mandachuva dos musicais da Metro durante décadas. Freed era tão poderoso que Kelly, Fred Astaire, Judy Garland e o próprio Vincente Minnelli eram seus subordinados no estúdio. E sua ideia para “Cantando na Chuva” era a de usar as canções que ele e Brown tinham feito no passado, para gloriosos musicais em preto e branco, e costurar uma história ao redor delas.

Entre outras, essas canções eram “All I Do is Dream of You”, “You Were Meant for Me”, “Should I?”, “You Are my Lucky Star”, “Beautiful Girl”, as espetaculares “Broadway Melody” e “Broadway Rhythm”, e a canção-título, “Singin’ in the Rain”. Cony gostava delas desde que as conhecera naqueles mesmos filmes, que vira em criança nos anos 1930.

Corta para o futuro. Por algum tempo, há anos, tive em casa um piano -para as visitas, claro, porque não toco nem “O Bife”. Um dos poucos que se sentaram ao seu teclado foi Cony. E o que ele iria tocar? Sugeri-lhe “Paradise”, “Temptation”, “You Stepped Out of a Dream”, todas de Brown.

Mas Cony preferiu “Alone”, que Allan Jones cantava para Kitty Carlisle em “Uma Noite na Ópera” (1935), dos Irmãos Marx. E, assim, por alguns minutos em pleno século 21, Nacio Herb Brown reviveu no Leblon. 


O listão dos nomeados para o Oscar 2018 e os candidatos ao Framboesa de Ouro de piores do ano

OS FINALISTAS DO OSCAR 2018

(Veja os nomeados para as principais categorias. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 4 de março)

Melhor filme 
Me chame pelo seu nome
Dunkirk
O destino de uma nação
Corra!
The Post
Lady Bird: É hora de voar
A forma da água
Trama fantasma
Três anúncios para um crime

Melhor diretor
Guillermo del Toro - A Forma da Água
Christopher Nolan - Dunkirk
Paul Thomas Anderson - Trama Fantasma
Greta Gerwig - Lady Bird: É Hora de Voar
Jordan Peele - Corra!

Melhor atriz
Sally Hawkins - A Forma da Água
Frances McDormand - Três Anúncios Para um Crime
Meryl Streep - The Post:A Guerra Secreta
Margot Robbie - Eu, Tonya
Saoirse Ronan - Lady Bird: É Hora de Voar

Melhor ator 
Timothée Chalamet - Me chame pelo seu Nome
Daniel Kaluuya - Corra!
Gary Oldman - O Destino de Uma Nação
Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.
Daniel Day-Lewis - Trama Fantasma

Melhor roteiro original 
Doentes de amor
Corra!
Lady Bird
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime

Melhor roteiro adaptado
Me chame pelo seu nome
O artista do desastre
Logan
Molly's Game
Mudbound: Lágrimas sobre o Mississippi

Fotografia
Dunkirk
A forma da água
Blade runner 2049
O destino de uma nação
Mudbound

Melhor Edição de som
Baby driver
Blade runner 2049
A forma da água
Star wars: Os últimos jedi
Dunkirk

Melhor Atriz coadjuvante
Mary J. Blige - Mudbound
Leslie Manville - Trama Fantasma
Alison Janney - Eu, Tonya
Laurie Metcalf - Lady Bird: É Hora de Voar
Octavia Spencer - A Forma da Água

Melhor Ator Coadjuvante
Willem Dafoe - Projeto Flórida
Richard Jenkins - A Forma da Água
Christopher Plummer - Todo o Dinheiro do Mundo
Sam Rockwell - Três Anúncios Para um Crime
Woody Harrelson - Três Anúncios Para um Crime

Melhor filme em língua estrangeira: 
Uma mulher fantástica
The Insult
Loveless
Body and Soul
The Square

Melhores efeitos visuais
Blade Runner 2049 (Leia crítica aqui)
Guardiões da Galáxia Vol.2
Kong - A Ilha da Caveira
Star Wars - Os Últimos Jedi
Planeta dos Macacos

Melhor montagem 
Em ritmo de fuga
Dunkirk
I, Tonya
A Forma da Água
Três Anúncios Para um Crime

Melhor trilha sonora 
Dunkirk
Trama Fantasma
A Forma da Água
Star Wars - Os últimos jedi (Leia crítica aqui)
Três Anúncios Para um Crime


Os Piores Filmes do Ano - Os Prêmios Razzies (Golden Raspberry Awards - Framboesa de Ouro) serão 
entregues na véspera do Oscar.

Pior Filme
Baywatch: Marés Vivas
Emoji: O Filme
As Cinquenta Sombras Mais Negras
A Múmia
Transformers: O Último Cavaleiro

Pior Atriz
Katherine Heigl (Unforgettable)
Jennifer Lawrence (Mãe!)
Dakota Johnson (As Cinquenta Sombras Mais Negras)
Tyler Perry (Tyler Perry's Boo 2! A Madea Halloween)
Emma Watson (O Círculo)

Pior ator
Tom Cruise (A Múmia)
Johnny Depp (Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias)
Jamie Dornan (As Cinquenta Sombras Mais Negras)
Zac Efron (Baywatch: Marés Vivas)
Mark Wahlberg (Transformers: O Último Cavaleiro e Pai Há Só Um… Ou Dois)

Pior ator coadjuvante
Javier Bardem (Mãe! e Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias)
Russel Crowe (A Múmia)
Josh Duhamel (Transformers: O Último Cavaleiro)
Mel Gibson (Pai Há Só Um… Ou Dois)
Anthony Hopkins (Collide – A Alta Velocidade e Transformers: O Último Cavaleiro)

Pior atriz coadjuvante
Kim Basinger (As Cinquenta Sombras Mais Negras)
Sofia Boutella (A Múmia)
Laura Haddock (Transformers: O Último Cavaleiro)
Susan Sarandon (Mães à Solta 2)
Goldie Hawn (Olha Que Duas)

Pior diretor
Michael Bay (Transformers: O Último Cavaleiro)
Darren Aronofsky (Mãe!)
James Foley (As Cinquenta Sombras Mais Negras)
Alex Kurtzman (A Múmia)
Anthony Leonidis (Emoji: O Filme)



Os "influencers" e a prática do jabaculê digital...

por Pedro Juan Bettencourt

Como subproduto das redes sociais surgiu o jabaculê digital. Trata-se da prática dos influenciadores da internet, aqueles que acumulam muitos seguidores, de promover produtos em meio à interação com os seus públicos. Muitos recebem cachês em dinheiro e outros pedem presentes às marcas e grifes em troca de um elogio. E há denúncias sobre influencers que insinuam falar mal do produto caos este não lhe dê algum "benefício". A tática não é nova. Assis Chateaubriand. como conta o livro Chatô, de Fernando Morais, pedia dinheiro a empresários e políticos e, se alguém negasse, veria a vingança estampada nas páginas da sua poderosa rede de jornais.

O hotel White Moose, em Dublin, na Irlanda, talvez cansado de ser assediado por jabaculeiras resolveu resolveu encarar a influenciadora britânica Elle Darby. Com 91 mil seguidores no You Tube e 80 mil no Instagram, ela pediu a Paul Stenson, dono do hotel, hospedagem gratuita em troca de falar bem do White Moose. Stenson negou o jabá, tornou pública a proposta e proibiu a entrada de influenciadores no local. Ele foi criticado pelos fãs de Darby, mas recebeu apoio de empresários que não aguentam mais o assédio dos influencers e, principalmente, não confiam nesse tipo de publicidade, já que muitos sites oferecem venda de seguidores-robôs e fazem bombar contas artificialmente. 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

É guerrilha! Agência de publicidade oferece "cartazes de combate" para ilustrar manifestações contra o assédio sexual




Uma agência de publicidade de Nova York, a Barker, com uma equipe onde 70% são mulheres, criou uma série de cartazes que podem ser baixados gratuitamente. A ideia é facilitar a difusão de mensagens femininas contra o assédio sexual. Os cartazes podem ser impressos ou gravados em camisetas para ilustrar as várias marchas de mulheres que ocupam as ruas das cidades americanas. Há opções para as militantes mais radicais e para as mais cordiais. Veja mais no site Creativity AQUI

O mundo bizarro do presidente com filtro

por O.V.Pochê

Temer é oficialmente um presidente com filtro. A prova está aí ao lado.

Moreira Franco, em dupla com um marqueteiro apropriadamente chamado de Elsinho Mouco, se encarrega de lavar a jato o noticiário eliminando as críticas ao ilegítimo. Só passa notícia boa. Um mundo filtrado por Moreira Franco só pode ser bizarro

Tá explicado porque Temer pensa que está agradando e toda noite ao voltar do 'serviço' conta em casa que foi informado pelo Mouco que os críticos são surdos e a voz do povo está levantando a sua bola.

Temer só toma conhecimento do que é cor de rosa choque. Vazou que seu livro de cabeceira é Poliana, de Eleanor H. Porter, e o "jogo do contente" é a diversão do Jaburu.



A coluna de Lauro Jardim, ontem, e a Folha, hoje, comentam a nova política de comunicação do Planalto. Deduz-se que Temer parou de ler jornais e revistas. Quase parou, ainda deve acompanhar o folhetim prisional dos parças Geddel e Cunha. Na verdade, para saber se eles deduraram alguma coisa e já ir separando muda de roupa e  escova de dentes.

Fora isso, recebe os "relatórios" do Moreira e do Mouco. Eles tentam aliviar. A Folha e o colunista não contam, mas vazou no barbará do Planalto que se um jornal publica que a febre amarela é uma ameaça, os filtradores minimizam, dizem que o amarelo pálido será a cor preferida dos brasileiros na folia. Amarelo é a febre do Carnaval? Temer fica feliz por saber que o povo está se divertindo. Se a mídia destaca que o presidente vai responder a um questionário sobre supostas falcatruas no Porto de Santos. Moreira e Mouco relevam, "relaxa, é apenas um formulário para concorrer a um cruzeiro no Caribe". Temer ri e comemora antecipadamente: "ganhá-lo-ei".


Não é fácil a vida dos assessores. A nova estratégia de comunicação do Planalto é a 203ª a ser posta em prática em quase dois anos. A mídia bem que tenta ajudar. Os colunistas de economia se esforçam para mostrar ao povo que o Brasil é o mais novo "Barcelona" do desenvolvimento. A Veja fez até uma capa oferecendo um caminho vencedor para a conquista da popularidade. Deu em nada. Um grupo de jornalistas encenou uma coletiva para Temer brilhar. O homem foi exaltado até como bonito e conquistador. Virou mico. Armaram uma viagem de Temer à Noruega, como "estadista". Quase deu certo. O problema é que ele pensou o tempo todo que estava na Suécia. Quis até conhecer o estádio onde o Brasil foi campeão em 1958.

Os noruegueses não gostaram e o embarcaram de volta para o seu mundo bizarro. 

Esse mesmo, bem aqui onde moramos.


A política do filtro tem falhas. Só dará certo se Temer nunca mais sair do palácio. No último domingo, sem o Mouco para quebrar o galho e com Rodrigo Maia, genro de Moreira, ao lado, ele caminhou do Jaburu ao Alvorada. Riu quando foi chamado de "golpista", deve ter entendido "estadista", "ladrão", que ouviu "lindão" e foi xingado de "bandido, que soou aos seus ouvidos como "querido".

E foi em frente, feliz da vida.

Veja o vídeo AQUI 

domingo, 21 de janeiro de 2018

Não dê mole: em ano de eleição, alguns staffs de políticos podem tentar roubar seus dados e agenda de celular. Eles são bons nisso...

por Pedro Juan Bettencourt 

Ao mesmo tempo em que amplia a circulação de informações muito além dos compromissos e interesses da mídia conservadora, as redes sociais carregam fake news.

Há várias iniciativas institucionais ou de aplicativos para tentar controlar esse fenômeno. A verdade é que nenhuma país chegou a consolidar regras que evitem as notícias falsas sem interferir na liberdade de expressão que é essencial à internet. É um debate em movimento.

As fake news são apenas parte do problema. A medida em que a campanha eleitoral começa a esquentar no Brasil, núcleos de mídia social de alguns presidenciáveis ensaiam suas estratégias digitais.

E, acredite, o jogo nem sempre será limpo e o seu smartphone, que carrega agendas ou dá acesso a grupos, poderá ser um alvo preferencial para multiplicar mensagens. Informe-se. Bons sites de tecnologia ensinam aos usuários como se proteger.

Leia 5 dicas: 

1 - Cuidado com os apps gratuitos baixados fora de serviços confiáveis como o Google Play e AppStores. Durante a polêmica e recente campanha presidencial nos Estados Unidos, eles abriram a porta para roubo de dados, agendas, localização, levantamento de perfis, gostos, posições políticas etc. Links falsos também podem dar acesso aos seus dados. De posse dos contatos do seu círculo social, robôs, algoritmos e hackers eleitorais entram em ação e passam a enviar informações, notícias e avaliações positivas dos candidato. É possível também que você passe a ser convidado a participar de pesquisas de opinião. Não duvide: os "cabos eleitorais" digitais vão encher o seu saco. É melhor você se manter informado, checar notícias e analisar os movimentos dos candidatos através da mídia tradicional - se concorda com as posições dela  - ou dos portais profissionais alternativos de esquerda. De qualquer forma, use o máximo de fontes, procure saber o "outro lado" , evite o "pensamento único". Fuja das "correntes", das contas de Facebook, do email, do Twitter e dos invasores de WhatsApp que espalham boatos sem citar fontes confiáveis ou atribuindo origem falsa a falsas notícias. Se você compartilha notícia falsa, passa a ser também responsável pela disseminação de mentiras.

2 - Vale a pena ter um programa de proteção contra mensagens indesejadas. O SMS Filter, por exemplo, bloqueia spams em mensagem de texto. E o SMS será muito usado na próxima campanha.
O sistema Android tem um app, o Blacklist, onde você escolhe o que é spam e bloqueia o mau elemento. As companhias telefônicas são obrigadas a cancelar recebimento de propagandas via SMS. De acordo com sua operadora, envie Sair para 888 (Claro), 55555 (Oi), 4112 (TIM) e 457 (Vivo). Se você não for atendido em 24h reclame com a Anatel no telefone 13331. No caso do WhatsApp, há recursos para bloquear os indesejados. E, para se manter informado, você tem a opção de solicitar convite para fazer parte dos grupos dos seus candidatos.

3 - Use o modo de navegação segura. Assim você acessará sites sem deixar pistas e sem armazenar cookies, senhas, histórico e dados de navegação. Antes de fechar o navegador do seu smartphone habitue-se a fazer logoff dos sites que foram abertos por meio de senhas.

4 - Não deixe de instalar e atualizar o antivírus no seu smarphone.

5 - Alguns políticos vão importunar você através de telemarketing, sem pedir licença. Um bom bloqueador de números suspeitos de telefone vai manter esses picaretas digitais em silêncio.

Caixa Cultural abre exposição de fotos inéditas de Pierre Verger



Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil Brasil)

A exposição "Dorminhocos" reúne 145 imagens inéditas do fotógrafo e antropólogo Pierre Verger. São fotos produzidas nas décadas de 1930 a 1950, em vários países, mostrado pessoas em momentos de descanso. Baianos, pernambucanos e maranhenses estão entre os retratados brasileiros. O material exposto na Caixa, Rio de Janeiro, pertence ao acervo da Fundação Pierre Verger, em Salvador, e ficará em cartaz até 18/3/2018. Pode ser visitada de terça a domingo, das 10h às 21, na Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro.

Fotógrafo recria anúncios antigos para mostrar o machismo na publicidade



O fotógrafo Eli Rezkallar refez anúncio antigos trocando de lugar modelos masculinos e femininos. Nas peças publicitárias dos anos 50 e 60, as mulheres eram estigmatizadas como serviçais dos homens. No alto, a "dona de casa" faz um carinho em uma enceradeira; acima, outra vira tapete. A matéria está no Daily Mail, onde o o fotógrafo lista outros exemplos. Clique AQUI