Ao mesmo tempo em que amplia a circulação de informações muito além dos compromissos e interesses da mídia conservadora, as redes sociais carregam fake news.
Há várias iniciativas institucionais ou de aplicativos para tentar controlar esse fenômeno. A verdade é que nenhuma país chegou a consolidar regras que evitem as notícias falsas sem interferir na liberdade de expressão que é essencial à internet. É um debate em movimento.
As fake news são apenas parte do problema. A medida em que a campanha eleitoral começa a esquentar no Brasil, núcleos de mídia social de alguns presidenciáveis ensaiam suas estratégias digitais.
E, acredite, o jogo nem sempre será limpo e o seu smartphone, que carrega agendas ou dá acesso a grupos, poderá ser um alvo preferencial para multiplicar mensagens. Informe-se. Bons sites de tecnologia ensinam aos usuários como se proteger.
Leia 5 dicas:
1 - Cuidado com os apps gratuitos baixados fora de serviços confiáveis como o Google Play e AppStores. Durante a polêmica e recente campanha presidencial nos Estados Unidos, eles abriram a porta para roubo de dados, agendas, localização, levantamento de perfis, gostos, posições políticas etc. Links falsos também podem dar acesso aos seus dados. De posse dos contatos do seu círculo social, robôs, algoritmos e hackers eleitorais entram em ação e passam a enviar informações, notícias e avaliações positivas dos candidato. É possível também que você passe a ser convidado a participar de pesquisas de opinião. Não duvide: os "cabos eleitorais" digitais vão encher o seu saco. É melhor você se manter informado, checar notícias e analisar os movimentos dos candidatos através da mídia tradicional - se concorda com as posições dela - ou dos portais profissionais alternativos de esquerda. De qualquer forma, use o máximo de fontes, procure saber o "outro lado" , evite o "pensamento único". Fuja das "correntes", das contas de Facebook, do email, do Twitter e dos invasores de WhatsApp que espalham boatos sem citar fontes confiáveis ou atribuindo origem falsa a falsas notícias. Se você compartilha notícia falsa, passa a ser também responsável pela disseminação de mentiras.
2 - Vale a pena ter um programa de proteção contra mensagens indesejadas. O SMS Filter, por exemplo, bloqueia spams em mensagem de texto. E o SMS será muito usado na próxima campanha.
O sistema Android tem um app, o Blacklist, onde você escolhe o que é spam e bloqueia o mau elemento. As companhias telefônicas são obrigadas a cancelar recebimento de propagandas via SMS. De acordo com sua operadora, envie Sair para 888 (Claro), 55555 (Oi), 4112 (TIM) e 457 (Vivo). Se você não for atendido em 24h reclame com a Anatel no telefone 13331. No caso do WhatsApp, há recursos para bloquear os indesejados. E, para se manter informado, você tem a opção de solicitar convite para fazer parte dos grupos dos seus candidatos.
3 - Use o modo de navegação segura. Assim você acessará sites sem deixar pistas e sem armazenar cookies, senhas, histórico e dados de navegação. Antes de fechar o navegador do seu smartphone habitue-se a fazer logoff dos sites que foram abertos por meio de senhas.
5 - Alguns políticos vão importunar você através de telemarketing, sem pedir licença. Um bom bloqueador de números suspeitos de telefone vai manter esses picaretas digitais em silêncio.