sábado, 24 de outubro de 2009

Família Obama fotografada por quem já fez Manchete

Foi divulgada a foto oficial dos Obama, atuais inquilinos da Casa Branca. A autora de imagem, Annie Leibovitz, que é uma espécie de fotógrafa oficial da família, conhece a turma há cinco anos e já apontou a câmera para o clã em várias ocasiões, incluindo um ensaio para a Vanity Fair.
Certa vez, a jornalista Daisy Prétola, uma das autoras do livro Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou (Desiderata), foi ao Copacabana Palace para entrevistar a modelo Jerry Hall, então top das top, que estava no Brasil para sessões de fotos justamente com a Annie Leibovitz. Ao se apresentar como repórter da revista Manchete, falando com a modelo, ao lado da fotógrafa, e ressaltando que pretendia fazer uma matéria para a capa, Daisy se surpreendeu ao ouvir da badalada Leibovitz que conhecia e admirava a revista brasileira e gostaria de fazer as fotos. E mais, não cobraria nada pelo trabalho. Para Adolpho Bloch, melhor assim e assim foi feito. Jerry Hall foi capa da Manchete, fotografada por Annie Leibovitz, uma das mais disputadas profissionais do mundo.
E aí estão Obama, Michelle, Malia e Sacha clicadas pela mesma autora de um certa capa da Manchete no começo dos anos 80. (Foto Annie Leibovitz/Divulgação/Casa Branca)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Prêmio Imprensa Embratel

O Prêmio Imprensa Embratel divulga finalistas. Os vencedores serão conhecidos no dia 11 de novembro, em cerimônia no Rio de Janeiro. São 52 trabalhos que concorrem em 17 categorias, além do Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho para o melhor trabalho. Os nomes dos profissionais premiados serão conhecidos na festa de entrega dos troféus, no Rio de Janeiro. A edição 2009 teve 1.219 trabalhos inscritos de todo o país. São 956 trabalhos nacionais e 263 regionais concorrendo a 18 premiações.
Confira a relação de finalistas, por categoria:
Jornal e Revista
A ENFERMARIA ENTRE A VIDA E A MORTE / A MULHER QUE ALIMENTAVA, de Eliane Brum - Revista Época;
FAVELA S.A., de Sérgio Ramalho, Cristiane de Cássia, Dimmi Amora, Fernanda Pontes, Selma Schmidt, Carla Rocha e Luiz Ernesto Magalhães - Jornal O Globo;
OS ANTI-HERÓIS - O SUBMUNDO DA CANA, de Joel Silva e Mário Magalhães - Jornal Folha de São Paulo;
Televisão
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, de Alan Severiano e equipe - TV Globo – Rio;
ESCRAVOS DO SÉCULO 21, de Mauricio Ferraz e equipe - TV Globo – Rio;
O HORROR DA PEDOFILIA, de Lúcio Sturn, com participação de Alline Passos e Christina Lemos - TV Record;
Jornalismo investigativo
A FARRA DAS PASSAGENS, de Lúcio Lambranho, Edson Sardinha e Eduardo Militão - www.congressemfoco.com.br;
A MÁFIA DA MERENDA ESCOLAR, de Vinicius Mello Costa - TV Record;
CASO ZOGHBI, de Andrei Meireles e Matheus Leitão - Revista Época;
FILA DA VIDA ESTÁ PARADA, de Pâmela Oliveira - Jornal O Dia;
Reportagem Econômica
ATÉ ONDE VAI ESTA CRISE (E COMO ELA PODE AFETAR O BRASIL), de Angela Pimenta, Tatiana Gianini, Tiago Maranhão e Luciene Antunes - Revista Exame;
CRISE ECONÔMICA, de Ana Paula Padrão e equipe - TV SBT;
O BRASIL QUE EMERGIRÁ DA CRISE, de Ricardo Allan, Vânia Cristino, Mariana Flores, Letícia Nobre, Edna Simão, Vicente Nunes, Luciana Navarro, Karla Mendes e Luciano Pires - Jornal Correio Braziliense;
Responsabilidade Socioambiental
A MORTE LENTA DA FLORESTA DO MAR, de Leonardo Cavalcanti - Jornal Correio Braziliense;
ESTÁ EM SUAS MÃOS, de Paulo Rebelo, Luciana Veras, Júlia Kacowiez, Thiago Marinho, Eduardo Costa, Phelipe Rodrigues, Marcel Tito, Taciana Góes e Tatiana Sotero - Diário de Pernambuco;
TRÁFICO DE ANIMAIS: NA ROTA DA EXTINÇÃO, de Fábio Diamante e equipe - TV SBT;
Reportagem esportiva
A COPA DO MUNDO É NOSSA, de Helvídio Mattos e equipe - ESPN Brasil;
APARTHEID - PORTUGUESA SANTISTA, de Marcelo Outeiral e equipe - TV Globo Rio; ARAGUARI, PIONEIRAS DO FUTEBOL FEMININO, de Renato Peters e equipe - TV Globo – Rio;
Reportagem Fotográfica
CRISE, QUE CRISE?, de Marcelo Carnaval - Jornal O Globo;
LADRÃO EM FUGA, de Adenilson Nunes - Jornal Correio da Bahia;
TIROS E SOCOS NAS LARANJEIRAS, de Daniel Ramalho - Jornal do Brasil;
Reportagem cinematográfica
ATOL, A BELEZA MARINHA DENTRO E FORA D\'ÁGUA, de Josimar Parahyba - TV Globo Nordeste;
FLAGRANTE SUPERVIA, de Eduardo Torres - TV Globo – Rio;
JOVEM MORTE, de Junior Alves - TV SBT;
Rádio
CAMINHAR SOBRE RODAS: A VIDA DOS USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS NO BRASIL, de Cristina Coghi e Fernando Gallo - Rádio CBN;
OBESIDADE INFANTIL: UMA EPIDEMIA CONTEMPORÂNEA, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense;
PERIGO NA TELA: O VÍCIO DO NOVO SÉCULO, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense;
Jornalismo cultural
100 ANOS DE CARTOLA, de Lívia Carla - Rádio MEC;
MACHADO DE ASSIS - 100 ANOS DE MEMÓRIA, de Ana Lúcia do Vale e Kamille Viola - Jornal O Dia;
MACHADO DE ASSIS SOMOS NÓS, de Schneider Carpeggiani e Fabiana Moraes - Jornal do Commercio / PETecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia;
Veículo Especializado
CAMINHOS DIGITAIS DO CEARÁ, de Thiago Cafardo, Luiz Henrique Campos e Demitri Túlio - Jornal O Povo;
RETRATO DE UMA DÉCADA, de Gilberto Pavoni Junior, Vitor Cavalcante, Felipe Dreher e Ana Lúcia Moura Fé - Information Week Brasil;
SEGURANÇA NO E-COMMERCE, de Sandra Cunha - Revista SecurityTecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia;
Veículo Não-Especializado
INTERNET, de Patrícia Travassos - TV SBT;
TECNOLOGIA PARA ESPECIAIS, de Julia Tavares - Rede Minas de Televisão;
VOCÊ JÁ USOU O TWITTER? SOB O OLHAR DO TWITTER, de Renata Leal e Ivan Martins - Revista Época;
RegionalCentro-Oeste
MENINOS SEM FUTURO, de Vinicius Jorge Sassine - Jornal O Popular;
O CAMINHO DA ILUSÃO, de Carmen Souza - Jornal Correio Braziliense;
OS DIREITOS DA INFÂNCIA, de Erika Klingl - Jornal Correio Braziliense;
Nordeste
ARQUIVO MORTO - MÁFIA DAS EXECUÇÕES EM FORTALEZA, de Demitri Túlio, Cláudio Ribeiro e Thiago Cafardo - Jornal O Povo;
FERIDAS ABERTAS DA FOME, de Carol Almeida e Ciara Carvalho - Jornal do Commercio / PE;
VÍTIMAS DA OMISSÃO, de Isly Viana e equipe - TV RecordNorte;
DA ESCURIDÃO PARA A LUZ, Silvio Martinello - Jornal A Gazeta;
TRABALHO ESCRAVO, de Nyelsen Martins e equipe - TV Record;
WAIMIRI-ATROARI, MASSACRES, RIQUEZAS E MISTÉRIOS, de Ricardo Oliveira e Orlando Farias - Jornal Amazonas em Tempo;
Sudeste
CONSELHO DE MARAJÁS, de Alana Rizzo, Amaury Ribeiro Jr. e Alessandra Mello - Jornal Estado de Minas;
INFÂNCIA INTERROMPIDA, de Jussara Soares - Jornal Diário de São Paulo;
O GOLPE DO SINAL AMARELO, de Antero Gomes - Jornal Extra;
Sul
A EPIDEMIA DO CRACK, de Itamar Melo e Patrícia Rocha - Jornal Zero Hora;
GOLPISTAS DA MENSAGEM PREMIADA DETALHAM ESQUEMA QUE ATINGE VÍTIMAS NO RIO GRANDE DO SUL, de José Renato Ribeiro - Rádio Gazeta AM 1.180;
MÁFIA LARANJA, de Mauri König - Gazeta do Povo

Vote na Melhor Capa do Ano






















A ANER, Associação Nacional de Editores de Revistas, promove a escolha da Melhor Capa do Ano. Nas reproduções, algumas publicações que concorrem ao título. Quem quiser pode votar no link Melhor Capa do Ano

Destak em alta

A partir de segunda-feira, 26, o jornal Destak passa a circular em São Paulo com 200 mil exemplares. Na sexta, alcançará 250 mil exemplares, segundo o diretor comercial do Destak, Claudio Zorzett. A publicação estará em 500 pontos fixos, além de 200 entregadores na rua, em 180 cruzamentos. O Destak passa a ser o jornal com maior circulação na cidade de São Paulo, segundo o IVC - Instituto Verificador de Circulação.

Correspondente da guerra urbana

Você quer fazer um tour pela Guerra do Rio? Visite o site do fotógrafo Ayrton Camargo, profissional que foi da Manchete, e se sinta por dentro dos combates em imagens de 360º. Entre no link.
A guerra carioca, por Ayrton Camargo

Na rua, na chuva e sem renda

por Eli Halfoun
Quem é obrigado a circular, mesmo que seja de carro, pelas principais avenidas do centro do Rio o faz apressado e nervoso (é o medo), mas mesmo assim dá para perceber um grande número de pessoas que se acumulam debaixo de marquises, especialmente na altura da Central do Brasil: nem todos são, ao contrário do que se pensa, moradores e rua. Pelo contrário: são trabalhadores que têm onde morar (mal, é verdade), mas que não podem retornar às suas casas por falta de dinheiro para as passagens de ônibus, trem, seja lá o que for. A matemática é, ao contrário daquela praticada oficialmente, simples: se o cidadão trabalhador sai do trabalho e volta para casa não terá dinheiro para voltar ao trabalho no dia seguinte e muito menos para comprar o feijão com arroz do dia a dia da família.Esse é mais um problema social ao qual não se dá a menor bola e o resultado é o aumento de itinerantes “moradores” de rua. Vejamos: quem ganha R$ 500 ou R$ 600 mensais (nenhum trabalhador desses que realmente pegam no pesado), ganha mais do que isso não pode pagar no mínimo R$ 10 por dia de passagem até porque trabalharia somente para pagar a condução. Dirão os patrões ( e os governos) que existem os vales transporte e refeição, mas nem todas as empresas os distribuem como deveriam. Além do mais sabemos todos que esses vales são na maioria das vezes, trocados por dinheiro vivo para cobrir despesas do obrigatório sustento diário (saco vazia não fica em pé, como se diz popularmente).O elevado preço da (das) passagem tem provocado também o desemprego de muitas diaristas: nenhum patrão, que geralmente também é um mal pago assalariado, pode dispor todos os dias de R$ 10 ou R$ 15 para a passagem, além da diária que nem anda tão baratinho assim. A conseqüência é o desemprego: a classe média (a que mais utiliza esse tipo de serviço) não tem condições de arcar com mais uma despesa mensal com de diarista e passagens, o que a faz abrir mão do quase sempre necessário auxílio de uma faxineira, que, aliás, trabalham cada vez menos aumentando o número de empregados informais. Não é muito raro ver em lojas estabelecimentos assim: ”precisa-se de balconista que more perto”. Não, o patrão não está preocupado com o desgaste físico do empregado no corre-corre da locomoção diária, mas sim em não ter quer desembolsar o vale transporte ou outro vale qualquer que geralmente não vale nada. O alto preço das passagens (e essa já é outra discussão) está cerceando a liberdade do trabalhador de ir e vir. Ou ele vem e não volta (haja marquises) ou simplesmente não vem mais e acaba aumentando a estatística de um desemprego que não deixa esse país caminhar realmente (e não necessariamente a pé) pra frente. Pra frente como se a população é obrigada – e cada vez mais – a estacionar debaixo de qualquer marquise imunda.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

TV mundial


O You Tube experimenta transmitir acontecimentos ao vivo. Está a um passo da TV mundial. O site fez isso durante uma coletiva de Barack Obama e agora se prepara para transmitir ao vivo, no dia 25 de outubro, uma show da banda U2. Poderá ser visto em 16 países, Brasil incluido. É só entrar no You Tube, canal da banda, às 20h30, horário de Los Angeles, 15h30 hora do Brasil.


Fritos e mal pagos

por Eli Halfoun
Dois mil policiais militares estão nas ruas (nos campos de batalha) para combater a marginalidade que nos tem atormentado. A mobilização tem, não há dúvidas, a principal missão de capturar os marginais que derrubaram o helicóptero que resultou na morte de PMs em serviço oficial. Diante dessa informação uma pergunta é inevitável: se agora é possível tirar dos quartéis dois mil policiais, onde eles ficam e atuam o ano inteiro? Não seria mais competente se esses mesmos dois mil policiais estivessem nas ruas todos os dias para tentar evitar que conflitos como os de agora sejam figurinha repetida, uma história que estamos cansados de conhecer? É verdade que enquanto (até quando?) policiais estiverem agindo próximo aos morros, onde se transformam em verdadeiros alvos humanos, as coisas por lá certamente ficarão mais calmas. Todo mundo sabe que sem poder agir em seus quartéis generais os traficantes procuram (e acham) outra maneira de faturar e assim colocam seus paus-mandados em locais movimentados para cometerem pequenos furtos ou grandes assaltos, o que significa que a maioria da população continua desprotegida. A polícia está, sim, mobilizada, mas essa guerra está longe de acabar: por mais que mostre serviço a polícia não tem (será que um dia terá) o mesmo poder de fogo dos marginais armados até os dentes.Agora mesmo os jornais noticiam que foram apreendidos cinco poderosos fuzis (com poder idêntico aos que derrubaram o helicóptero) supostamente comprados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Cinco foram apreendidos, mas certamente muito outros chegaram às mãos dos bandidos. A Policia Militar enfrenta uma luta desigual contra um poderoso gigante armado. Mesmo com todo o momentâneo esforço da polícia só nos resta a esperança de que um dia o pequeno David (no caso a polícia) consiga derrotar o gigante bandido, que são os marginais. Enquanto isso ao acontecer e bom precaver-se (principalmente agora) nas ruas, onde os bandidos buscam novas fontes (e essas fontes somos nós) de renda. Pelo visto continuaremos fritos e mal pagos. Aliás, fritos sempre estivemos. Mal pagos também.

Bala perdida

Viver é muito perigoso, já dizia Guimarães Rosa. Viver no Rio de Janeiro nos dias de hoje é muito mais perigoso do que pensava o nosso laureado escritor. A bala perdida vai te encontrar dormindo em sua cama, saindo do cinema depois da última sessão ou chupando um picolé no quiosque do MacDonald ou mesmo flertando com a lourinha sentada ao seu lado no onibus 119. A bala perdida não tem hora certa nem lugar marcado. Ela chega nos momentos mais imprevisiveis que se pode imaginar. Não tem a história daquele cidadão que cansado da vida e por ser maluco mesmo queria se matar, mas não pelas próprias mãos resolveu se suicidar morto por bala perdida. Bem informado, sabia os dias e as horas que o BOPE ia invadir os "morros dos macacos"do Rio e corria para ficar entre o fogo cruzado entre o BOPE e os bandidos. Mas, as balas perdidas se recusavam a encontrar o senhor suicida. Elas, durantes essas ações mataram mais uns tres ou quatro pessoas, inclusive um menino de dez anos, que era puxado pela mão por sua mãe que fugia das balas que cruzavam as ruas onde ocorria o confronto. O senhor suicida permanecia muito vivo e muito irritado, quase perdendo a paciência por não conseguir atingir o seu objetivo. Durante à noite, onde se podia ver as balas traçantes, iluminadas, cortando o breu da noite, o senhor suicida corria atrás delas na esperança de se chocar com uma delas no meio do caminho. Nada dava certo. O senhor suicida começou a ficar famoso. A imprensa falada, escrita e televisiva passou a perseguir esse maluco na esperança de focar o momento decisivo desse encontro fatal que se tornaria a maior foto e a maior reportagem do século XXI. Em todo confronto entre a polícia e a bandidagem dos morros e no meio o senhor suicida, lá estava a mídia com toda a sua parafernália na espera desse momento. Na verdade alguns repórteres e fotógrafos foram atingidos por bala perdida. Um deles morreu no ato com uma bala perdida na cabeça. Alguns editores pensaram em contratar um atirador profissional para que no meio da ação, o atirador encondido em um terraço de um prédio qualquer, acertasse o senhor suicida e a sua reportagem estaria feita.
A tentativa foi feita mas o atirador profissional errou. Um dos jornais contratou uma enfermeira para acompanhar o senhor suicida e aonde ele ia ela ia atrás. A enfermeira era uma mulher bonita, nos seus quarenta anos e cumpriu fielmente o seu contrato,
No último confronto da polícia e os bandidos o senhor suicida não apareceu, esse confronto foi, na opinião dos entendidos o que mais teve bala perdida, Uma delas atingiu um cameraman jogando-o a tres metros de distância.
Desesperada, a Mídia procurou por todos os cantos da cidade o paradeiro do maluco suicida. O suicida não foi encontrado. No dia seguinte vieram a saber que o senhor suicida tinha fugido com a enfermeira e se achava escondido na prais de Búzios, em Cabo Frio, gozando alegremente das delícias do amor com a sua nova obsessão, a enfermeira Deollinda.

A bolsa e a vida


por Eli Halfoun

Não faz muito tempo quando se falava em assalto vinha imediatamente a frase “a bolsa ou a vida”, famosa e de certa forma descritiva também por conta de uma também famosa crônica. Hoje os ladrões não pedem mais a bolsa: vão logo e violentamente arrancando relógio, celular, carteira e se bobear também a nossa roupa.. e muitas vezes a vida. A bolsa da moda não é a que os ladrões nos tomam, mas a que o governo dá: a Bolsa Família já distribuiu exatos R$ 57,7 bilhões para 12 milhões de famílias, a metade no nordeste, o que prova uma vez mais que é preciso dar mais atenção (e não só dinheirinho) para o bravo povo de um nordeste que nem os nordestinos aguentam mais. A Bahia de tantas músicas e um alegre carnaval está em primeiro lugar entre os estados beneficiados: foram contempladas - se é que se pode chamar de prêmio a mísera gorjeta dessa Bolsa - 1,5 milhões de famílias baianas. Dados oficiais confirmam quer hoje 25% da população de 5.564 municípios recebe o benefício (varia entre R$ 22 e R$ 200) da Bolsa Família... e, pelo visto, mais nada. Não é nada, não é nada... é coisa nenhuma.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

E os jovens favelados?

É muito fácil do alto de um mandato de Presidente de um País soltar frases feitas, a torto e à direita, como se fosse salvar ou consertar situações como a do Rio de Janeiro com relação ao banditismo e o tráfico de drogas que domina essa cidade. Não será com Tropas Especiais de assalto que acabará com o bandido das favelas. Resultará em muitas mortes, é verdade, mas não acabará com o bandido. O banditismo no Rio se tornou um problema social e só com soluções sociais, a longo prazo, teremos, senão erradicado, pelo menos substancialmente reduzida a bandidagem que hoje impera e manda na cidade, que dizem "maravilhosa".
Escolas primárias muitas escolas no entorno das favelas. Postos de saúde, saneamento básico nas favelas, urbanização dessas favelas, transformando os seus barracos em moradias dignas e saudáveis. Fazendo essas obras o Rio terá recuperado os jovens favelados, que perdidos num mundo sem objetivos se voltam para o crime como única alternativa para a sua vida, pobre e miserável. Não será com a força e muita bala de fuzil AR-15, que esse problema será resolvido.

A censura avança

Depois da Globo, que, segundo informações veiculadas pela imprensa, instituiu normas internas sobre os blogs, twitters, sites etc dos seus contratados, os estúdios de Hollywood anunciam que pretendem restringir facebooks e twitters dos seus atores para evitar vazamento de imagens e conteúdos dos seus filmes. Atores como Cameron Diaz e Mike Myers já teriam renovado seus respectivos contratos sob as novas normas. Diz-se que a NBA, a liga de basquete americana, também estuda censurar atletas e treinadores. A livre circulação de informações parece assustar algumas instituições, a própria mídia, especialmente no segmento de entretenimento. Obviamente, empresas e entidades têm o direito de preservar informações essenciais de iniciativas, projetos e estratégias. Assim como os profissionais contratados e envolvidos nessas operações têm o dever de preservar tais informações. Mas é preciso cuidado para que tanto controle não venha a sufocar os direitos pessoais e as manifestações de opinião.
É o grande risco. E seria uma censura inadmissível.

Perguntar não ofende

por Eli Halfoun
1 - Por conta do recente conflito que mais uma vez apavorou a gente pacata do Rio, o presidente Lula ganhou a manchete do Jornal do Brasil com essa declaração: “É preciso limpar a sujeira que traficantes impõem ao Brasil”. Não só essa, mas corre o risco do Brasil acabar com toda a água e sabão do planeta se decidir realmente limpar toda a sua sujeira. Quando é que finalmente vamos fazer isso?
2 - Durante o recente, mas certamente não o último, conflito entre traficantes e policias no Rio o ministro da Justiça, Tarso Genro, veio a público e colocou à disposição do governo carioca a ajuda da Força Nacional de Segurança. O governador recusou dizendo um simples “ainda não precisa”. Não precisa como? Ainda como? Tá esperando o que: os bandidos tomarem conta de tudo, inclusive do Palácio Guanabara?
3 - Com imagens cedidas pelo SBT, que não tem muito do que se orgulhar em sua programação, a CNN em espanhol e a CNN internacional deram destaque ao conflito do Rio que chamaram ( e não sem motivo) de “quase uma guerra civil” lembrando em todos os textos que o Rio acaba de ser escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016. É bom que a gente não esqueça disso...
4 – Nem todos que assumem importantes cargos públicos no Brasil entram no jogo de tentar empurrar a sujeira e a verdade para baixo de um já imundo tapete. É o caso de Luiz Fernando Corrêa, diretor da Polícia Federal: “O Brasil não controla a diarréia como é que vai controlar o uso ilegal de drogas”. Precisa dizer mais?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A eleita

A senhora dona Dilma Roussef, candidata a Presidência da República do Brasil, daquele que não se pode dizer o nome, vem a púlblico e declara solenemente, com toda a empáfia e arrogância de quem sabe que é poderosa, que o Mensalão nunca existiu e o senhor José Dirceu é uma criatura perseguida e injustiçada, pelo seguimento político da sociedade e pela opinião pública. Parece até que não houve uma CPI do Congresso, que conclui que existiu sim o Mensalão, tanto que alguns corruptos foram cassados e entre eles o senhor José Dirceu. Com essa declaração, estapafurdia e idiota, a senhora dona Dilma Roussef desrespeita a decisão soberana e justa do Congresso.
O que podemos pensar sobre a CPI do Congresso depois das palavras dessa Senhora? Que o Congresso não tem idoneidade para tal decisão? Ou devemos acreditar piamente na afirmação da dona Dilma? Afinal ela será a primeira mulher a ser eleita Presidente do Brasil.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Viver a vida real...


A jornalista Eliane Furtado, que brilhou na Rede Manchete, foi convidada pelo autor Manoel Carlos para dar um depoimento ao fim do capítulo 30 da novela Viver a Vida. Belas palavras e um emocionante exemplo. Eliane, que é frequentadora deste paniscumovum, mantém o blog Sentença ou Renovação, um dos nossos recomendados aí ao lado na barra lateral. O detalhe curioso é que durante o depoimento aparece, ao fundo, à esquerda da imagem, em discretíssima participação, a jornalista Maria Alice Mariano, também deste blog e amiga da Eliane. Confira o vídeo no link Eliane Furtado em Viver a Vida

Maioria massacrada

Por Eli Halfoun
Não é preciso nenhuma estatística do IBGE para saber que a maioria da população que vive no Rio, (incluindo os que por injustiça social são obrigados a ocupar barracos caindo aos pedaços nos muitos morros - hoje favelas - que nos cercam) é de gente boa e honesta. Essa certeza joga pro alto a velha teoria de que a maioria sempre vence a minoria. Não é o que estamos vendo: os bandidos vencem – e de goleada – a maioria. Viramos prisioneiros de meia dúzia de marginais que nos fazem assustados reféns de nossa conquistada (mas, como se vê, nem tanto) liberdade de ir e vir. Não é possível que não haja uma maneira de nos livrarmos dessas algemas invisíveis. Não dá mais para ficar esperando por um milagre.A impressão que se tem é a de que governantes e alguns policiais graduados até gostam desses confrontos: é inegavelmente uma maneira de aparecer no noticiário, fazer mais e mais discursos demagógicos que se repetem há anos. Mas solução que é bom.... Até quem tem o dever (afinal, pagamos por isso) de nos proteger, ou seja, a polícia é cruelmente assassinada. E se violência gera violência, certamente não será com gentileza e muito menos com discursos que conseguiremos um pouco - pelo menos um pouco - de paz. Há sempre os que argumentam que é fundamental respeitar os direitos humanos, mas como fazer realmente isso se essa covarde minoria (só age em grupo e nunca mostra a cara) não se importa e não tem o mínimo de respeito por nossos direitos. Ora, também somos humanos. E a maioria. Quando se pede a intervenção das Forças Armadas o argumento de é o de que Exército, Marinha e Aeronáutica são para garantir a segurança de nossas fronteiras. Não seria, então, o caso de estabelecer fronteiras nos morros (quase todos) dominados pelo inimigo. Afinal, estamos (e não há como negar isso) em guerra. Outro argumento é de que não se pode invadir morros porque muita gente boa e honesta mora (mora?) neles. Não é o caso de tirar dos morros essa gente boa e honesta que tem servido como uma espécie de trincheira para os marginais? Aí combate ficaria bem mais fácil e justo. O que não se pode é continuar permitindo que a minoria vença a maioria. Até porque isso não tem lógica.

(na reprodução, a repercussão da guerra carioca no jornal italiano La Stampa)

deram um balão na mídia

Esse episódio do menino que voou mas não voou em um balão, nos Estados Unidos, é curioso. Mostra, acho, que pegadinhas típicas da internet chegam cada vez mais à mídia tradicional. No caso do garoto do balão, haveria, segundo a polícia americana, um "projeto de marketing" dos pais, que queriam ganhar fama e visibilidade para participar de um reality show. Há suspeitas também de que um emissora de TV sabia da farsa e ajudou a financiá-la. Hoje, qualquer um, com uma câmera, um editor de imagem e acesso ao You Tube pode simular uma situação "jornalística" ou de ficção e transformá-la em "notícia". No caso do baloeiro americano, as imagens correram o mundo com a informação de que o menino poderia estar ainda bordo ou já teria despencado do tosco balão. Todos "compraram" a "tragédia" sem desconfiança. A concorrência entre as TVs, principalmente, faz com que os editores joguem imediatamente no ar a suposta notícia e faturem a audiência. Sem checagem ou confirmação antes de pôr a farsa na tela outras armações da internet cairão na rede facilmente.

domingo, 18 de outubro de 2009

Site do fotógrafo André Dusek conta e mostra histórias reais de jornalistas

O livro Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou (Desiderata) inovou ao expôr sem segredos a trajetória de grandes veículos jornalísticos e revelar seus bastidores através da vida e das vidas de quem também ajudou a construí-los: repórteres, fotógrafos, editores, produtores, colegas do setor administrativo, diretores etc. O resultado foi um surpreendente, curioso, humano e bem-humorado retrato das redações de revistas como Manchete, Fatos&Fotos, Fatos, Amiga, Desfile, Pais&Filhos, Ele&Ela, Mulher de Hoje, Carinho e outras publicações da extinta Bloch Editores. Nessa tendência, em que os protagonistas são os profissionais que fazem a linha de frente do jornalismo, o fotógrafo André Dusek lançou o site fotocoleguinhas.com com os registros que fez de colegas em entrevistas, plantões e viagens pelo mundo. Entre as histórias curiosas, Dusek narra um episódio entre Gervásio Baptista, o fotógrafo, que brilhou na Manchete e é um dos colaboradores da coletânea Aconteceu na Manchete, e o guerrilheiro Che Guevara. No site, estão reunidas imagens curiosas e "causos" como esse do grande Batistinha. Confira no link Imagens e Histórias da Imprensa

sábado, 17 de outubro de 2009

Rio sob ataque e o Brasil curtindo o fim de semana


O exército francês patrulha o aeroporto Charles De Gaulle e pontos movimentados de Paris. É um reforço legítimo à ação da polícia. Aqui, as Forças Armadas recorrem à Constituição como argumento para permanecer nos quartéis enquanto o pau está comendo aqui fora. Curiosamente, ao longo da história recente, o Exército, a Aeronáutica e a Marinha deixaram o quartel por várias vezes para derrubar governos civis e atropelar precisamente a Constituição que agora tanto, e no caso, "respeitam". A Zona Norte do Rio foi atacada hoje, militarmente, por traficantes. Até helicóptero foi abatido. Policiais militares foram mortos, ônibus foram incendiados. Dizem os especialistas que, hoje, a polícia militar do RJ e grupos de ação especial da Polícia Civli estão mais bem preparados para combate do que as Forças Armadas. Faz sentido. Tanto que já foram requisitados para operações da ONU no Timor Leste e no Haiti. Talvez por isso seja até compreensível que as Forças Armadas prudentemente prefiram ficar na moita. Quem tem tem medo. O Ministério da Defesa pede ao governo mais equipamentos. Caças, tanques, submarinos. Pra que? Pra ficar estacionados nos quarteis, nas bases, nos ancoradouros? É melhor gastar esse dinheiro nos necessários veículos terrestres blindados e helicópteros idem para a PM e a Polícia Civil do RJ. A guerra, infelizmente, é aqui. Se o Brasil vai sediar uma Copa e o Rio uma Olimpíada é hora de agir com os argumentos que o crime armado ouve e entende. É preciso empreender a uma distribuição igualitária da segurança, ou não é? Quem pode contrata guarda-costas particulares e bem armados. Os demais cidadãos só contam com as forças públicas. Na reprodução da imagem da Globo News, a entrevista coletiva do Secretário Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame.

Primavera carioca


Hoje começa o horário de Verão no Rio. Temperatura de 19 graus. Verão?

Na próxima eleição, vote na piada

Pensando bem, há diferença entre o Vesgo e políticos? Entre Sabrina Sato de mini e Suplicy de sunga? Bancadas do CQC, do Pânico, do Casseta, bancadas ruralistas, evangélicas, da saúde, das empreiteiras... Dá para distinguir discurso na tribuna e piada na TV? Onde acaba um e começa a outra? Quem é figurante, quem é protagonista? O país tem constituição ou tem roteiro? Chega de intermediário, vote direto nos humoristas, é isso? Sei não, é tudo praça da alegria e zorra total.

Fogo sobre Arte: uma triste composição (31 anos depois da tragédia do MAM, incêndio consome obras de Hélio Oiticica)



Esta dramática capa da Manchete (foto de Flávio Ferreira) é de 22 de julho de 1978. A revista trazia a emocionada cobertura do incêndio que destruiu o acervo do Museu de Arte Moderna, feita pelo saudoso jornalista e crítico de arte Flávio de Aquino. O fogo consumiu um acervo de mil quadros, entre os quais telas e esculturas de Picasso, Dali, Magritte, Max Ernst, Paul Klee, Matisse, Portinari, Segall e Guignard, além de 80 trabalhos do maior pintor uruguaio, Joaquim Torres Garcia. Na época, restaram as cinzas, nada aconteceu, a direção do MAM não foi responsabilizada, a lição não foi assimilada, e outros museus, no Brasil, permanecem como bombas-relógios sujeitos a destruições semelhantes ou a roubos frequentes de obras de arte. Agora, o drama se repete. Dessa vez, em uma residência particular, não em uma instituição, mas a perda cultural é igualmente incalculável. Na última sexta-feira, um incêndio destruiu parte da casa do arquiteto Cesar Oiticica, irmão do artista plástico Hélio Oiticica, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. O fogo atingiu uma sala onde estavam guardadas instalações, pinturas e esculturas do artista plástico. O prejuízo material teria sido estimado em 200 milhões de dólares mas o que as chamas consumiram foi cultura brasileira de valor jamais mensurável. A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro criou, em 1996, o Centro de Artes Hélio Oiticica, na Praça Tiradentes. Recentemente, os jornais registraram uma polêmica entre parentes do artista, responsáveis pela sua obra, e representantes da Secretaria Municipal. O desentendimento teria levado a família a retirar peças de Oiticica expostas no Centro. Segundo Cesar Oiticica, 90% das obras do irmão foram agora destruidas. A Secretaria teria proposto à família um comodato que permitisse que o acervo ficasse guardado no Centro de Artes mas, diz a secretária Jandira Feghali, a proposta não foi aceita. A sala que guardava o acervo na residência da família tinha, segundo Cesar declarou à imprensa, controle de umidade e temperatura mas não se sabe ainda o que provocou o fogo ou se havia dispositivos de segurança ou alarmes adequados. Após a morte do artista, em 1980, foi criado o Projeto Hélio Oiticica, destinado a preservar sua importante obra. Nas ilustrações que acompanham este post, as reproduções da capa da Manchete com o incêndio do MAM e de Hélio Oiticica em uma página do livro Marginália - Arte & Cultura na Idade da Pedrada, de Marisa Alvarez Lima.

E o Muro de Berlim se foi mas gerou filhotes...

em um mundo partido que mantém longe os indesejáveis. Um paredão divide Israel e Palestina; o outro separa Estados Unidos e México.



Queda do Muro de Berlim, 20 anos

No próximo dia 9 de novembro, o mundo festejará os 20 anos da queda do Muro de Berlim. As picaretas que demoliram o paredão e as fortificações policiais que dividiam Berlim marcaram o começo do fim da Guerra Fria e a reunificação das duas Alemanhas. Clique neste link e veja como era o Muro. Tour virtual em Berlim
Atenção, quando acessar, veja a indicação Player e assinale a opção Flash Stream Low Bandwidth/60 kpps. A imagem perderá um pouco de definição mas ganhará velocidade

Fé demais e fé de menos

por Eli Halfoun
Parece que a política absorveu de vez algumas besteiras que fazem parte do futebol como, por exemplo, a mania que os técnicos insistem em ter de fazer mistério (um mistério, aliás, que não esconde absolutamente nada) em torno do time a ser escalado, como se qualquer torcedor, ao contrário do técnico, não soubesse isso de cor. A política vai pelo mesmo caminho: os políticos, que não são técnicos em nada (excetuando as falcatruas) tentam fazer mistério em torno dos nomes que acham governar muito ruim, mas mesmo assim querem o bem pago cargo de Lula. Enquanto os cientistas políticos (sempre eles que quase nunca acertam nada) acham que Lula pode surpreender (surpresa é?) e continuar no poder por conta de sua aprovação imensa, mas intransferível (te cuida Dilma Roussef) popularidade, o povo pode não saber ainda em quem votará, mas já sabe quais os políticos que estarão nos palanques implorando por seus votos – até porque nessa hora (só nessa) todos os políticos lembram (pena que tenham memória curta) que o povo existe. E é importante. Ninguém tinha dúvidas de que Ciro Gomes seria (será) candidato, mas ele só admitiu isso (é o tal do mistério nada misterioso) quando disse apenas um “sou” para um repórter-ator do CQC, que o pegou quando ele se encaminhava apressadamente (devia estar, como se diz popularmente, muito apertado) ao banheiro. Ou seja: a campanha de Ciro Gomes começou no caminho do banheiro. Espera-se que como acontece geralmente com todos tudo na política também não acabe lá.

Palpite triplo

1) Joguinho chato aquele de ontem da seleção sub-20. Seria bom esses garotos assistirem a uns DVDs de artilheiros atuais - com DNA de goleadores, como o Luis Fabiano, o Messi - ou de gerações anteriores como Roberto Dinamite, Zico, Vavá, Careca... Vai ver eles entenderiam que a construção da jogada e a troca de passes devem culminar com o chute a gol. Simples. Futebol não é roda-de-bobo com trocas de passes e firulas sem destino. E, ao contrário do que a TV quis justificar, nem acho que o time perdeu tantos gols assim: quando os meninos chutavam a gol era um totó fraquinho que o goleiro de Gana pegava na boa; quando a bola era cruzada na área, os caras saltavam pouco e as cabeçadas invariavelmente saiam de baixo pra cima e naturalmente seguiam a direção natural da bola... rumo às alturas. É só conferir no replay. Derrota merecida.
2) O jornal diz hoje que Dunga quer controlar tudo na Seleção. Acho ótimo. Grande parte da imprensa esportiva deixou passar sem comentários a farra que aconteceu na Copa da Alemanha. Tudo era festa, alguns jornalistas conhecidos até foram jantar e tomar um vinhozinho com o Parreira com direito a foto e tudo. A ida de jogadores para boates acontecia na cara de todos mas - lembram?- só se tornou pública quando uma agência de notícias europeia distribuiu a foto do fato. Às vésperas do jogo contra o Japão, por exemplo, jogadores de folga (isso, eles tinha folga depois de cada jogo e podiam fazer o que quisessem. E pensar que, em 1958, Garrinha tinha que pular o muro da concentração, na Suécia, para dar umazinha) foram para boates em Dusseldorf. A grande imprensa noticiou? Não. Com a Copa no brejo, apareceram as críticas. Mas aí inês era morta. Resumindo: Dunga está certo em acabar com a festa, impôr horários, não privilegiar TV que entrava na concentração na hora em que queria, Pânico, Cassetas, Jornal Nacional praticamente não saiam dos treinos, está certíssimo em pôr um ponto final nos tais espaços vips e privilégios para convidados dos patrocinadores com trânsito livre até no vestiários. Alguém duvida de que parte da críticas que o treinador sofre tem origem nessa nova disciplina?
3) Há pouco foi o atletismo, agora atletas do ciclismo foram flagrados nos exames antidoping. Melhor as confederações abrirem guerra contra esses falsos esportistas e afastarem a turma de vez. É caso de polícia e envolve tráfico de substâncias controladas ou proibidas. É hora de fazer a faxina e abrir espaço para as novas gerações que pretendem chegar limpas aos Jogos Olímpicos do Rio.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tela quente: vem polêmica aí

O filme Lula, o filho do Brasil, dirigido por Fábio Barreto e com roteiro de Denise Paraná, deveria ter sua pré-estréia em novembro, no Open Air, no Jockey Club Brasileiro mas a apresentação foi cancelada. Como o longa deve chegar aos cinemas apenas em janeiro, os produtores temiam a pirataria. Veja um trecho no link Lula, o filme

Globo vende Diário de São Paulo: bye, bye Sampa


Em 2001, O Globo desembolsou 200 milhões de reais para adquirir de Orestes Quércia o jornal Diário de São Paulo, ex-Diário Popular. O projeto dos Marinho era concorrer com os grandes jornais paulistanos e, para isso, a Infoglobo mudou o nome do veículo e tentou reposicionar a publicação. Aparentemente não deu certo e, em 2007, os editores voltaram a focar no segmento popular. Fundado em 1884, o Diário chegou a vender nos anos 80/90, sob a direção do jornalista Jorge Miranda Jordão, em torno 150 mil exemplares. Vendia, agora, menos de 60 mil exemplares, atrás da Folha, Estadão, Agora e Lance. O Diário foi vendido para J.Hawila, dono da TV Tem, da Rede Bom Dia de jornais e do grupo de marketing esportivo Traffic.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Descubra como os escritores criam

Hoje adicionei na barra vertical aí à direita alguns links para blogs amigos ou sites interessantes. Um deles, o blog Pausa do Tempo, da jornalista Valéria Martins, informa sobre uma série de encontros que ela criou, em parceria com o diretor do Laborátório Estação, David França Mendes, para responder a uma estimulante questão: Como os escritores criam?
(Os encontros começam na semana que vem e as inscrições estão abertas no site: http://www.grupoestacao.com.br/laboratorio/)
Valéria diz, com razão, que "todo mundo que gosta de escrever quer saber como os escritores criam". O interessantíssimo tema dos encontros me lembra um livro lançado pela Paz e Terra em 1968, Escritores em Ação. Não sei se foi reeditado, mas guardei um exemplar. Trata-se de um série de entrevistas concedidas por grandes escritores à célebre Paris Review, um revista publicada por americanos na Europa. O coordenador da coletânea, Malcolm Cowley, imagina que há quatro fases na composição de uma história: "primeiro, vem o germe da narrativa; depois, um período de meditação mais ou menos consciente; a seguir, o primeiro rascunho e, finalmente, a revisão (...) que poderá conduzir à redação de vários rascunhos, chegando quase a constituir uma nova obra".
Os escritores, nos seus "processos criativos", são surprendentes. William Faulkner dizia que, para ele, o ambiente não tinha a menor importância. "O melhor emprego que me ofereceram foi o de dirigente de um bordel. Em minha opinião, é o meio perfeito para um artista trabalhar. (...) O lugar é quieto durante as horas matinais, o melhor momento do dia para trabalhar. Há bastante vida social à noite. (...). O único ambiente de que o artista necessita é o que lhe possa proporcionar paz, solidão e qualquer prazer que possa obter por um preço não muito elevado. Segundo minha experiência, as únicas ferramentas de que necessito para meu ofício são papel, comida e um pouco de uísque". Georges Simenon revelou que logo que tinha o começo de uma história não conseguia aguentar muito tempo. "Tomo minha lista telefônica para a escolha dos nomes, apanho meu mapa da cidade para ver exatamente onde as coisas acontecem. E, decorridos dois dias, começo a escrever. O começo será sempre o mesmo, é quase geometria; tenho tal homem, tal mulher, em determinados ambientes. Que poderá acontecer-lhes, a fim de levá-los a situações extremas? Eis aí a questão". Alberto Moravia refazia várias vezes cada livro. "Agrada-me comparar o meu método com o de pintores de há muitos séculos, trabalhando, por assim dizer, de camada em camada. O primeiro rascunho é bastante cru, longe de ser perfeito e, de algum modo, completo - embora mesmo então, mesmo nesse ponto, já tenha sua estrutura final e sua forma já seja visível". Henry Miller contou que não tinha método especial. "Geralmente ponho-me a trabalhar logo após o breakfast. Sento-me logo diante da máquina. Se vejo que não sou capaz de escrever, desisto. Mas não há, via de regra, fases preparatórias". Segundo HM, as idéias lhe surgiam em momentos tranquilos, silenciosos, quando fazia a barba ou até ao conversar com as pessoas. Dizia que Paris fazia bem à sua arte exatamente pelo convívio nas ruas, nos cafés. Aldous Huxley escrevia capítulo a capítulo, isto é, gostava de terminar um, completamente, antes de partir para a sequência. Enfim, cada um na sua, cada um criando e teclando à sua maneira. Não tenho dúvidas de que a série de encontros Como os escritores criam?, promovida pela Valéria, é indispensável a quem quer desvendar um pouco este admirável e fascinante ofício.

Imaginação sem divisão de classes

Para roubar, bandido colarinho branco e bandido pé-sujo gastam imaginação. De um lado, paraísos fiscais, empresas de fachadas, propinas, sonegação, remessa ilegal de dólares, contrabando, notas frias etc. Do outro, "saidinha", sequestro-relâmpago, clonagem de cartões, chupa-cabra em caixas eletrônicos etc. Em São Paulo, a onda agora é a "gangue da marcha ré". Consiste em engatar a dita cuja e demolir portas de loja usando a traseira de jipões ou utilitários 4x4. E a Copa vem aí... Neguinho vai roubar a bola do jogo, a taça e bater a carteira do juiz.

Memória da farra em dose dupla

Ontem, dois importantes colunistas - Elio Gaspari, do Globo e Luiz Fernando Vianna, da Folha - jogaram alguma luz sobre a farra das privatizações nos anos 90, aquela feita com cortina de fumaça e farta indigestão de "moedas podres". A propósito da crise sobre o controle de gestão da Vale, Gaspari relembrou o "golpe de mestre" dos artífices da venda da empresa: foi "vendida", mas curiosamente a participação pública, ou seja, o investimento público (Tesouro, BNDES, Fundos) lá ficou, ainda folgadamente majoritário. Só que um "acordo de acionistas" deu o controle ao grupo liderado pelo Bradesco, que comanda a Vale com 21% das ações até hoje e foi quem nomeou para dirigí-la o atual presidente da empresa, Roger Agnelli. "A Vale foi privatizada em 1997. Num lance exemplar da privataria tucana, o dinheiro da Viúva continua lá mas a senhora não manda", escreveu Gaspari.
A outra empresa privatizada pelo PSDB, a Supervia dos trens suburbanos cariocas, foi o assunto da coluna de Luiz Fernando Vianna, a própósito do recente quebra-quebra promovido por usuários revoltados com os serviços prestados pela concessionária. Em 11 anos - escreveu o colunista - a Supervia recebeu do governo estadual 285 milhões de reais e vai receber mais 500 milhões até 2016, sem falar de um financiamento do Banco Mundial obtido pelo governador Sérgio Cabral.
Na maioria dos casos, a privatização é necessária, certo? (acho apenas que serviços públicos não deveriam entrar nesse pacote). O problema é que, aqui, empresas foram presenteadas a preço vil e "moeda podre". E a maioria, mesmo após "privatizada", não largou as tetas estatais. Empresas privadas e livre iniciativa são motores essenciais a qualquer país, mas que a iniciativa se livre também dos cofres do governo. Ou será que é impossível empreender sem uma chupetinha amiga no tesouro público?
Um bom e suprapartidário tema para a próxima campanha eleitoral.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

No Rio ensolarado, gaiato coloca boné no Zózimo

Rio hoje

Olho vivo na Copa 2014

O governo estaria estudando igualar as condições de financiamento público para reforma e construção de estádios públicos e privados. Até agora, a determinação era ceder a bufunfa apenas a governos estaduais e prefeituras. Serão empréstimos a juros baixos com três anos de carência e dez para pagar. Nada contra. Mas que essa graninha dos nossos impostos que vai mais uma vez para o setor privado tenha algumas condições embutidas. Por exemplo, que os proprietários sejam obrigados a ceder gratuitamente estádios e ginásios, por determinados períodos, para treinamento e prática esportiva de atletas e alunos de escolas e universidades públicas. Seria o mínimo, em matéria de contrapartida social para ter direito ao subsídio do estado. Senão, vai ser a moleza de sempre.

Se a Arena do Pan é casa de shows, que tal transformar o Canecão em quadra esportiva?

Em meio à repercussão da conquista do Jogos Olímpicos Rio 2016, já se falou aqui sobre o precário aproveitamento das caríssimas e modernas instalações do Pan 2007. Pois o Globo de hoje mostra a triste realidade: o Rio se prepara para receber pela primeira vez em 27 anos o Sul-Americano de Levantamento de Peso mas os atletas, na falta de ginásio para treinar, estão se exercitando no... Velódromo. Que também será o palco improvisado das competições oficiais. De olho na Olimpíada, a imprensa, obviamente, critica e deve criticar muito, está no seu papel essencial, aspectos da formação, preparação e treinamento de atletas, além da qualidade de ginásios, piscinas e pistas. Mas tem omitido que ali bem ao lado do Velódromo há um sofisticado ginásio construido para o Pan, com verbas públicas, e hoje transformado em casa de shows. Não está na hora de o poder público estudar uma maneira legal de desfazer os tais arrendamentos de estádios e arenas e cedê-los ao COB, por exemplo? Se não fosse o COB que, por falta de empresários interessados, assumiu o Velódromo e o Parque Aquático Maria Lenk, o Sul-Americano de Levantamento de Peso iria acontecer aonde? No Canecão? As instalações para as Olimpíadas ficarão prontas às vésperas de 2007 ou no próprio ano dos Jogos. Muito antes disso, os atletas vão precisar de locais decentes para treinamentos. Alô, Eduardo Paes, diz aí!

Ajoelhou tem que rezar

Recentemente, este blog comentou a explosiva mistura política+religião em curso no Brasil e estimulada por todos os partidos. Da criacionista Marina Silva aos "devotos" Serra e Dilma, está todo mundo surfando na fé. Bom que fossem apenas posições pessoais, sem que a religião estivesse marcando projetos, atos administrativos, isenções fiscais e até desvios de verbas públicas. A liberdade religiosa que a Constituição garante não pode ser sinônimo de imposição ou ditadura religiosa. Sob o título "Que se Cuidem os Infiéis", a revista Carta Capital dessa semana mostra, em reportagem de Gilberto Nascimento, como grupos evangélicos e católicos estão avançando sobre os meios de comunicação. Já são milhares de estações e retransmissoras de TV e emissoras de rádio. As redes ainda com características "leigas" perdem, com a influência de políticos, retransmissoras regionais. Na difusão dessa imensa cadeia, um objetivo claro e assumido: montar bancadas de vereadores, prefeitos, deputados, senadores e, enquanto aguardam força para lançar candidato próprio, ter poder decisório na Presidência da República, seja lá quem for o vencedor da próxima corrida ao Planalto. Preceitos fundamentalistas religiosos já viraram leis em várias cidadades e estados do Brasil. Nesse ritmo, não será ficção imaginar que em alguns anos teremos arremedos de "talibãs" tupiniquins batendo nas nossas portas. Será a versão carola e crente do fatídico "ame-o-ou-deixe-o".

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vídeo ultramarino

Maitê Proença fez piada portuguesa... em Portugal, os patrícios se ofenderam, consideraram os comentários preconceituosos e exigem que a atriz peça desculpas. O vídeo, que foi exibido no GNT em 2007, vazou na internet e tem milhares de acessos no You Tube. A polêmica foi acirrada agora a partir de um reportagem publicada pelo "Jornal de Notícias", de Lisboa. O canal divulgou uma nota pedindo desculpas aos portugueses.
Com licença de Camões, veja o vídeo no link "assinalado"...
Maitê em Portugal

Muggiati dará curso sobre 100 anos de Jazz

Em novembro, nos dias 9, 16, 23, 30, o jornalista e escritor Roberto Muggiati dará um curso sobre 100 Anos de Jazz no Pólo de Pensamento (Rua Conde Afonso Celso, 103 - Jardim Botânico - CEP 22461-060 Tel. (21) 2286-3299 e 2286-3682).

Confira a programação:

9 de novembro
O que é jazz? Blue note: a célula-mater. A matéria-prima do jazz: standards, blues etc. (Ilustração musical do cd What's Jazz– uma aula magistral do maestro Leonard Bernstein).
16 de novembro
A história do jazz: como e onde surgiu. Componentes sociais e geopolíticos que deram início ao gênero musical. As primeirasmanifestações do jazz e suas características.
23 de novembro
Um panorama de estilos: o jazz tradicional e suas primeiras gravações. As Big Bands; a revolução do bebop; os anos 1950/1960/ 1970; a Bossa Nova; a ascensão da fusion; a volta de Miles Davis; as novas divas e os novos Sinatras.
30 de novembro
O erudito descobre o jazz: Ernest Ansermet e Sidney Bechet. O jungle sound de Duke Ellington e a arte africana. Jazz e dança:do Cotton Club a Hollywood. Anos 1960: a Igreja de St. John Coltrane. A imagem do jazz no século 21.
Muggiati é jornalista e escritor. Autor dos livros O que é jazz, Blues: da lama à fama e Improvisando Soluções: O Jazz como exemplo para alcançar o sucesso, entre outros, como a coletânea Aconteceu na Manchete - As Histórias que Ninguém Contou. Trabalhou na BBC em Londres, período em que viu e ouviu de perto gigantes como Duke Ellington, Thelonious Monk, Miles Davis, Chet Baker, Bud Powell, Bill Evans, Gerry Mulligan e Dexter Gordon. Foi diretor da revista Manchete.

Olha o carro aí!


Por Eli Halfoun
Todos reclamam do confuso e violento trânsito das principais capitais brasileiras. Entre os maiores “chiadores” estão justamente os que a bordo de seus carros são os responsáveis pelas “barbeiragens” e esquecem que quando não estão escudados por seus veículos também são pedestres e, portanto, alvos fáceis para os motoristas (se é que assim se pode chamar a maioria que dirige irresponsavelmente).
O trânsito é, sabemos todos, mas nem assim nos mancamos, uma das principais causas de morte no Brasil. Se a nossa educação tiver que ser avaliada por nossa conduta nas ruas (no trânsito, mais especificamente) pode-se concluir facilmente que formamos um povo completamente mal educado. Pode ser que isso mude (será difícil, muito difícil) agora que a Câmara dos Deputados promete votar (digo promete porque nunca se sabe quando os senhores deputados irão trabalhar ao menos um pouquinho) a revisão do Código de Trânsito Brasileiro, o que se faz fundamental agora que receberemos, com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, milhares de visitantes. Entre as novas propostas estão:


1) redução de velocidade máxima permitida nas rodovias,


2) aumento de idade mínima para passageiros de motos.


3) proibição de circulação de motos entre os carros,


4) multas mais pesadas para quem pratica rachas,


5) prazo maior de detenção para quem causa a morte de alguém por dirigir embriagado. Seriam sem dúvida ótimas medidas se as leis fossem realmente cumpridas nesse país ainda tupiniquim, mas como por aqui as leis não pegam, o trânsito continuará sendo uma poderosa arma contra esse povo que já tem que se defender diariamente de tantas ameaças.
É verdade que a culpa geralmente é do motorista, mas não se pode esquecer que muitas vezes é o pedestre o mais abusado (não espera o sinal fechar, atravessa fora das faixas, faz um zig-zag entre os veículos e caminha margeando a calçada e não na calçada como deveria fazer para sua própria, mas nem sempre total proteção). Por isso talvez seja o caso de revisar (ou criar uma nova) a lei de conduta do pedestre. Pedestres educados são capazes podem, sim, de acabar com os motoristas mal educados. Pode-se argumentar que seria mais uma lei para ficar apenas no papel, mas só até o dia em que aprendermos a cumprir a lei.
Que não pode continuar sendo só a do mais forte

Deu no Jornalistas & Cia...

A Editora Três lancará em janeiro uma nova publicação. Trata-se da revista "2016". Serão 30 edições. A série se encerra com a cobertura completa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.