domingo, 22 de março de 2020

Para não esquecer: há 30 anos o Collorvírus assolava o Brasil...

Há 30 anos, Collor tomava posse. A foto mostra o eleito e sua facção descendo a rampa e, simbolicamente, levando o Brasil para um buraco econômico e moral. Foto de Elza Fiúza/Agência Brasil

A data passou praticamente em branco. O coronavírus ocupa todos os espaços.

Mas em 15 de março de 1990, há 30 anos, uma praga assolava o Brasil. Fernando Collor tomava posse. Logo no dia seguinte, mandou confiscar a poupança de milhões de brasileiros. O neoliberalismo do novo governo logo seria potencializado com altas doses de corrupção.

O Collorvírus atacou todos os setores. Uma das medidas do "caçador de marajás" exaltado pela Veja , Globo, Manchete e outros veículos da direita - que aliás fizeram um evidente "jornalismo" de campanha, que lembrou muito o que elegeu o pai do Bananinha - foi acabar com uma secular estrutura pública de combate às edemias, presente em todos os estados brasileiros. Os guardas e médicos da Sucam, anteriormente chamada de Departamento Nacional de Endemias Rurais, combateram doenças como Chagas, malária, esquistossomose, febre amarela, filariose, tracoma, bócio endêmico, leishmanioses e dengue (em 1955 foi eliminado o último foco no país) nas pequenas cidades, nas áreas rurais e nas mais distantes fazendas e povoados. Uma organização que faz falta em dias como os atuais.

De resto, uma triste conclusão: o eleitor brasileiro não desenvolveu anticorpos nem imunidade contra esses profetas da incompetência que fazem do país uma das maiores ilhas de injustiça social do mundo.

2 comentários:

J.A.Barros disse...

E quem acabou com esse Departamento e com os seus "agentes Mata–mosquitos "foi o então presidente FHC. Depois disso a expansão se tornou incontida por que seus grandes inimigos "mata–mosquitos "tinham sido eliminados da vida urbana e interior deste pais. O mosquito transmissor da Dengue agradeceu comovido ao ex–presidente FHC

J.A.Barros disse...

Mas ele voltou como senador eleito pelo seu Estado de Alagoas. Alguém pode entender o eleitor brasileiro? Pelé tinha razão