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No ano passado, o governo liberou saques do FGTS como, diziam, um incentivo ao consumo. "Vai movimentar a economia", bradavam economistas e comentaristas.
Como o buraco era mais embaixo, o pessoal usou a grana para pagar dívidas e o crescimento do PIB em 2019 foi o vexame que se viu.
Agora os "xênios" de Brasília tiram da cartola outra "mágica", de novo usando FGTS, originalmente um seguro social para apoiar trabalhadores demitidos. Dessa vez, a coisa é muito pior. Os "xênios" querem que o trabalhador saque neste ano o montante a que teria direito entre 2020 e 2022. Só que o valor - e os bancos vão adorar isso - deverá ser utilizado como garantia de empréstimos feitos no sistema financeiro. Funciona assim: como os trabalhadores usaram o FGTS para sair do vermelho, o governo agora providencia que a massa se encha de dívida novamente.
Fica claro que este governo não tem programa de crescimento, mas apenas improvisos que alimentam o mercado financeiro. Quem apostar que a atual equipe econômica não conhece obra, investimento publico, nunca foi apresentada a um tijolo, a um caminhão de concreto, a um trator, a um guindaste, a uma instalação de alta tecnologia, um estaleiro, à construção de uma hidrelétrica, de uma estrada, o que vale dizer, não sabe criar sequer um emprego de carteira assinada, vai ganhar mole.
Nem gerar recursos eles sabem. O que tem abastecido o caixa são vendas de participações públicas em empresas, saque das reservas (que eram há anos o "colchão" que protegia o país e dava mais seguranças aos investidores estrangeiros), vendas de empresas, concessões (embora o governo já tenha transferido uma grana para concessionários que não pagaram as outorgas devidas) etc.
Em meio à "ladainha" das reformas, o Brasil consome, e não cria, recursos.
Até inventa um empréstimo aos trabalhadores cuja garantia é o dinheiro do próprio... trabalhador.
Não demora muito, os "xênios" de Brasília vão criar um secretaria especial para agiotagem, com direito a anúncio nos jornais: "empréstimo para negativados", "dinheiro rápido on line", "precisando de dinheiro? Crédito na hora".
3 comentários:
Pagar as dívidas contraídas pelo"empréstimo consignado "criado por governos petistas.
A diferença é que o consignado tem juros subsidiados em torno de 2%a 3% e foi criado para evitar que aposentados se endividassem, como estava acontecendo, com cheque especial. Alguns perderam até casas. Foi reivindicação de sindicatos e associações.
Outra diferença é que agora o sistema financeiro sai altamente beneficiado. Banqueiros estão batendo palmas.
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