domingo, 22 de março de 2020

Covid-19: desconfie das estatísticas (infelizmente a situação pode ser pior)

Benjamin Disraeli, ex-primeiro ministro  britânico no século 18, é autor da frase abaixo:

- "Existem três tipos de mentiras, aquela com pernas, aquela com pernas longas e as estatísticas".

Disraeli, se vivo fosse, acrescentaria um quarto tipo: as estatísticas do coronavírus. Se os números da economia que sustentam os comentários dos jornalistas de mercado costumam ser furados pela dura realidade - sejam os da suposta "retomada" do crescimento, os do desemprego, os da venda no varejo etc - imaginem as cifras da atual pandemia.

Entre os mortos no Brasil  há mais de um caso de pessoas que sequer constavam do número de infectados. A Itália registra problema semelhante. A revista Panorama apontou situações não detectadas pelas autoridades locais e citou um exemplo: o de um cidadão que telefonou para o seu médico particular dizendo que estava com febre, foi aconselhado a tomar remédio à base de paracetamol. Mesmo assim, no dia seguinte a febre subiu, acompanhada de uma leve dificuldade para respirar. O médico, por telefone, diagnosticou Covid-19 e mandou que ele ficasse em quarentena e só fosse ao hospital no caso de agravamento da respiração. Lá, os serviços públicos não são informados de casos desse tipo. Aqui, um hospital em São Paulo deixou de relatar pelo menos cinco doentes.

Quer dizer, existe o doente clandestino.

Não importa sua idade, siga os conselhos dos médicos: fique em casa, cumpra rigorosa quarentena, lave bem as mãos e desinfecte produtos recebidos.

Fique de olho em uma controvérsia não muito esclarecida. Vários países aconselham o uso de máscaras por pessoas não infectadas, quando em público ou em contato com alguém. No Brasil, autoridades dizem que a máscara não protege, talvez por temer desabastecimento. Mas, mesmo em quarentena, faz sentido usar máscara ao atender entregas, por exemplo. Faça isso, se possível. Se os profissionais de saúde as usam nos seus ambientes de trabalho, significa que esse é um recurso válido de proteção.

2 comentários:

J.A.Barros disse...

Claro, de uma maneira ou outra a máscara sempre sempre mais um método para conter a contaminação pelo coronavírus.

J.A.Barros disse...

E quem acabou com esse Departamento e com os seus "agentes Mata–mosquitos "foi o então presidente FHC. Depois disso a expansão se tornou incontida por que seus grandes inimigos "mata–mosquitos "tinham sido eliminados da vida urbana e interior deste pais. O mosquito transmissor da Dengue agradeceu comovido ao ex–presidente FHC