Previsível, já que a foto candidata ao ranking do ano não era exatamente aquilo que jornalões queriam ver.
Em meio a uma cobertura formal, de um desses prêmios corporativos sem muito importância, a lente do fotojornalista captou uma cena marcante.
Enquanto a maioria dos profissionais registrava sonolentos cumprimentos e tapinhas das costas, trocas de elogios e abraços, Padgurschi percebeu que um momento político revelador, pleno de caras e bocas, olho no olho, sorrisos e cochichos, desenrolava-se em um subplano do regabofe.
O fotógrafo, fotojornalista em essência, percebeu que a notícia estava ali e não no desfile brega de homenagens a engravatados.
A imagem, claro, explodiu nas redes sociais, viralizou, gerou dezenas de memes.
A dupla unida nos pixels da câmera de Padgurschi até ganhou um apelido: Morécio.
Muito mais do que os editores da grande mídia, os internautas souberam selecionar o que era lixo promocional e o que era notícia autêntica.
E até distinguir o que é ironia: um deles escreveu sobre a já histórica foto das duas personalidades em conexão: "É a síntese do respeito entre o que poderia prender e o que poderia ser preso".
2 comentários:
Essa foto se não é uma montagem é muito esquisita.
Não tem nada de montagem aí, J.A. Barros. Só na santa ceia.
Postar um comentário