por Eli Halfoun
Quando em recente entrevista o governador Sergio Cabral, do Rio, pediu aos manifestantes que não ocupem mais e sistematicamente a rua em frente ao prédio em que mora no Leblon, fez o pedido quase dramático de um pai preocupado, como quase todos os pais, com o bem-estar de sua família e com o conforto de seus filhos pequenos, que são mais vítimas das manifestações do que o próprio e já muito atingido Cabral. O pai pede paz em nome de seu filhos que, afinal, nada têm a ver com os desmandos que ele, o pai, pode ter cometido no governo. Aqui nesse espaço não é, pelo menos agora, o momento de discutir o governo Sergio Cabral, mas sim o de não concordar e não aceitar os exageros das quais seus filhos meninos não têm sido poupados. De saída devo dizer que não votei em Sergio Cabral, mas mesmo assim reconheço que em alguns aspectos ele realizou um bom trabalho para os cariocas. Faltou e falta muito, mas talvez seja hora de dar-lhe mais um crédito de confiança, desde que é claro ele ande na linha no trabalho e na ética política. Não sou contra as manifestações e pelo contrário apoio integralmente até porque sempre soube que o povo deve gritar nas ruas para reivindicar. Já gritei muito e se hoje não tenho vontade e capacidade física de continuar indo para as ruas continuo gritando. Meu grito não tem a menor intenção de afetar e acusar a pessoa Sergio Cabral, mas sim o de reivindicar que ele melhore o nosso estado e sei que capacidade para isso não lhe falta. Talvez faltem mais e melhores informações e fundamentalmente mais vontade política (e quando digo vontade excluo terminantemente qualquer tipo de maracutaia). Concordo com que as manifestações tentem acordar o governador Sergio Cabral, mas é exagerado que atinja também sua família. Afinal, nenhum filho deve ser condenado e castigado pelo o que seu pai fez - ou deixou de fazer. A mulher e os filhos de Sergio Cabral não governam o estado, não tem a menor influência em absolutamente nada que aqui aconteça e como qualquer mãe e filhos, merecem formar uma família feliz e viver em paz. O pai Sergio Cabral também deve e merece ser poupado. Já como governador é outra história, mas que deve ser escrita na portas do Palácio Guanabara, que é a sede do governo e não o lar do governador. No momento o que parece é que como acontecia antigamente com as novelas estão confundindo o personagem com o ator. A maioria do público já aprendeu que, por exemplo, as maldades do personagem Felix de "Amor à Vida" nada têm a ver com a vida pessoal do ator Mateus Solano que o interpreta, aliás, muito bem. É preciso parar de confundir o governador Sergio Cabral com o Sergio Cabral pai - um pai preocupado e que foi com uma evidente dor que pediu para que seus filhos sejam poupados. Como qualquer manifestante pediria por um filho. (Eli Halfoun)
2 comentários:
Conheci o Sérgio Cabral (pai) na Redação do finado "vespertino" Diário da Noite, jornal verde, de saudosa memória. Ele , como eu, iniciava uma longa carreira pelos jornais do Rio e, particularmente pelo JB onde também trabalhamos juntos. Repórter vibrante, sensato, batalhador, escritor e político competente, não merecia ter, como filho, um governador tão vaidoso e alheio aos apelos e as necessidades do povo, carente e com poucas perspectivas de um futuro mais promissor. Também não concordo com os ataques pessoais à família, mas a saúde, a educação e a segurança precisam de mais investimentos. Chegou a hora de acreditar nos Municípios. Acorda governador!!!!!
Caro amigo. Estamos com muita pena do "pobre" pai do governador Sérgio Cabral. Afinal o seu filho o nomeou Ministro de um Tribunal e logo depois se aposentou por esse tribunal sem nunca ter trabalhado nele. e se aposentou com todos os vencimentos de real valor com que são contemplados esses privilegiados da burocracia brasileira. É difícil até imaginar a quanto corresponde o valor dessa aposentadoria. Estamos mesmo com muita pena do "pobre" pai do Governador Sérgio Cabral.
Postar um comentário