quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Nas entrelinhas 2

Dizem que o poderoso Padre Cícero, no começo do século passado, nos confins do sertão, enveredou pela área financeira e criou um sistema que o povo chamou de "Engulidêra. Seria uma espécie de pirâmide. Funcionava como um tosco 'fundo de investimentos". O sujeito "aplicava" 10 mil réis na "Engulidêra" e daí a três meses recebia 30 mil réis. A notícia se espalhou e atraiu os mais endinheirados e os remediados. A "Engulidêra" ganhou fama de boa pagadora e os "investidores" foram chegando. Até que a pirâmide desmoronou. Por mais que entrasse dinheiro novo, o fundo não conseguia remunerar de acordo com o prometido. Simplesmente parou de pagar e não devolveu o dinheiro aos "investidores". A solução, para estes, era montar no cavalo e ir a Juazeiro do Norte cobrar o devido. Alguém se arriscou a isso? Diz a história que não. Juazeiro era uma cidadela do Padre Cícero. Para chegar à boca do caixa seria preciso atravessar as trincheiras dos jagunços. Melhor deixar pra lá. Cada caso é um caso mas não deixei de lembrar dessa história ao ler, hoje, que um fundo de professores do Canadá jogou dinheiro na fogueira das empresas X.  Têm 18% no turbilhão de um delas. O que se conclui? Professor não dá sorte nem aqui nem lá.
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2 comentários:

J.A.Barros disse...

É mais uma história de um um homem que ficou muito rico com a fortuna que o seu pai lhe passou ainda em vida. Esse homem muito rico chegou a ser citado pela revistas "Forbe's" na lista dos podres de ricos do mundo. e ficou muito rico com o dinheiro que não era dele e agora esse dinheiro está escorrendo entre os seus dedos como areia escapa de suas mãos quando tenta segura-la para construir seus castelos de areia.Mas todo castelo de areia é destruido quando as ondas do mar invadem as suas praias.

W. Costa disse...

E não estão querendo transformar esse padre em santo????!!!!!