quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Insegurança fardada...

por Eli Halfoun
Leio nos jornais que o comando da Policia Militar afastou das ruas um policial nervosinho que atacou a imprensa e transeuntes com uma fúria de gás (poderia ter sido com um revólver). Estou em dúvida se esse é mesmo um castigo ou um benefício: no momento qualquer policial reza para ser afastado das ruas, onde está sendo realmente obrigado a trabalhar mesmo que na maioria das vezes trabalhe muito mal e com total incompetência. A fúria de um soldado não pode ser vista como uma crise individual doentia: ela reflete o comportamento da maioria dos policiais durante as manifestações e também em outras situações as quais a PM esteja envolvida. Ficar fora e longe dos tumultos para realizar trabalhos internos certamente era o que o policial esperava, mas o fato é que demonstra total despreparo com uma absurda fúria, da qual pode ser. A agressão do policial contra profissionais de imprensa que, como ele, estavam nas ruas trabalhando não se justifica de forma alguma. Repórteres e fotógrafos devem ter total liberdade para exercerem seus ofícios, mas pelo visto essa liberdade não interessa muito a um grupo de policiais porque a imprensa os denuncia, fiscaliza e coloca claramente para o povo como estamos mal servidos em termos de segurança. Policiais que agridem histericamente o povo não representam em hipótese alguma qualquer segurança. Pelo contrário: são a insegurança fardada. Nossos pais nos ensinaram que a polícia era para nos proteger. Não podemos mais ensinar isso aos nossos filhos. (Eli Halfoun)

3 comentários:

J.A.Barros disse...

Durante a minha vida aprendi que em qualquer conflito existem sempre dois lados, ou duas versões, senão duas ou mais testemunha que narram o conflito pelos seus pontos de vistas emocionais ou não.
Ante de qualquer conclusão – nem me refiro a julgamento – devíamos ouvir ou pelos tentar entender as razões das agressões. Sim, porque nos casos citados se houve agressão de policiais pode ter havido agressões de civis manifestantes.
Sinceramente, não sei qual a atitude certa que o policial deve ser tomada em face de agressões não só a ele, mas a propriedades públicas e privadas, como vem ocorrendo nessas manifestações populares.
O que é importante é que a polícia, como órgão repressor e cuidador da ordem pública deve impor respeito e medo a infratores e marginais. Em todos os países do mundo a polícia é órgão repressor e mantenedor da ordem pública alem de protetor da sociedade como um todo.
Há anos atrás a policia usava cavalaria montada por políciais pra dispersar manifestantes nas ruas. Hoje, nesse moderno mundo, ela usa em vez de cavalos, gás de pimenta bombas lacrimogêneas. Imagina, nem usam mais os cassetetes de madeira.
O que será que os coleguinhas da imprensa falaram para o policial que usou spray de gás de pimenta contra eles?

Miguelito disse...

Só não entendo como e porque a polícia não obriga manifestantes mascarados a se identificarem. Anonimato em divulgações de opiniões ou em manifestações que expressem opinião e vetado pela Constituição. Li que em Recife a polícia vai mandar tirar máscaras ou levar para a delegacia a fim de que se identifiquem.

J.A.Barros disse...

Esse manifestantes, alguns sãp presos e logo depois são soltos. Não há nenhuma investigação sobre o porque da conduta deles nessas manifestações e quebradeiras? Fica tudo por isso mesmo? Quem são eles? Se fazem parte de algum grupo político? Se são treinados para fazer a baderna e enfrentar os policiais?
Simplesmente são soltos e na noite seguinte eles voltam a quebrar bens públicos e privados. O que há realmente por trás dessas manifestações?