sábado, 10 de agosto de 2013

Dilma começa a recuperar índices de aprovação


por Gonça
A mídia partidária e apocalíptica pregou que o país teria apagão, que a inflação estava fora de controle e ia disparar, que os índices de inadimplência seriam estratosféricos, que a Petrobras estava a caminho da falência, que a Jornada Mundial da Juventude seria um caos, faltariam hotéis (depois passou a dizer que sobrariam vagas porque o público esperado seria muito abaixo do previsto, no que quebrou a cara de novo), aeroportos entrariam em colapso, o chupa-cabra voltaria a atacar criancinhas etc etc. A pregação sobre disparada da inflação obviamente não é gratuita: a mídia quer estagnação, aumento do desemprego e explosão dos juros para favorecer o capital. Quer que o governo trave o desenvolvimento e privilegie investimentos especulativos. Os elementos que analisam a economia são na verdade uns folgados que lêem os boletins da "agências de risco" (que ajudaram a jogar o mundo na crise e têm credibilidade zero, trabalham sob contrato de especuladores para enganar massa de acionistas, especialmente os minoritários) e espalham o caos como "verdade" para agradar os patrões. Outro dia, um jornal teve a cara de pau de defender cinicamente em editorial o crescimento da taxa de desemprego. O receita do fdp é jogar trabalhadores na rua. Saudoso, certamente, dos tempos de FHC que em dois mandatos teve taxas de empregos ridículas e remunerou fartamente o capital. Para garantir seu precioso michê, o editorialista escreveu que o governo deve fazer tudo e muito mais para "não manter o mercado de trabalho aquecido". O detalhe é que essa bobagem foi escrita no dia em que dados oficiais informavam que a taxa de emprego crescera 0,2% frente ao mês anterior.
O fato é que a crise internacional não acabou,o Brasil não está imune aos seus efeitos, mas as trombetas que dizem que a" mãe de todas as tragédias" vem aí são apenas eleitoreiras e já alinhadas para a campanha de 2014. Mas não será tão fácil, cara pálida: o povo nas ruas já mostrou que vai defender os avanços sociais da última década e quer muito mais. Perdeu, playboy. vai ser difícil a volta da política society dos anos 90.  

4 comentários:

J.A.Barros disse...

Até hoje, nenhum presidente deixou de ser reeleito

Gonça disse...

Independentemente disso, sou contra a reeleição para todos os cargos executivos e para mandados parlamentares. Política no Brasil tem que deixar de ser profissão. Senador, deputado, vereador, presidente de clube, de associações, de sindicatos e até diretor de puteiro devem exercer apenas um mandato e ir cuidar da vida. E não pode indicar parente para continuar a maracutai.

Wilson disse...


a campanha para mais inflação vem desde janeiro. E foi tão maciça que claro que isso influenciou comerciantes e a indústria e os levou a aumentar preço temendo que ao repor estoques ou comprar insumos os valores estivessem mais altos. A mídia prestou um péssimo serviço ao país. Mas nem isso é novidade pra quem apoiou o golpe militar e a eleição do Collor, fez campanha contra as Diretas-Já, contra os Cieps, conspira contra contra o SUS, contra universidades públicas e por aí vai

J.A.Barros disse...

O político brasileiro ainda não está amadurecido para um regime de reeleiçãp. Muitos outros países adotam esse sistema e pelo que parece vem dando certo.Mas no Brasil não. A ganância, a cobiça, a vaidade e arrogância são os sentimentos que prevalecem nas postura dos políticos. O presidente é eleito e no dia seguinte a sua cabeça está voltada para a reeleição e todos os seus movimentos políticos são dirigidos para esse objetivo.
Concordo que 4 anos não resume um tempo suficiente para realizações no governo. Pensei que com os 4 anos mais de governança o presidente teria o tempo suficiente para as suas realizações. Me enganei. Nos 4 anos seguintes em que o presidente trabalharia mais acontece exatamente o inverso: é quando passa a trabalhar muito menos e dedicar o seu tempo em viagens ao exterior.
Ainda continuo a achar que 4 anos é pouco. Talvez poderia com uma reforma constitucional acabar com a reeleição e o mandato presidencial passaria a ter 5 anos.