quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Serasa é uma ilegítima faca nos peitos dos consumidores

por Eli Halfoun
O Tribunal Superior Eleitoral colocou em questão a validade do fornecimento de dados pessoais de eleitores ao Tribunal. Essa não é a única questão que deve ser debatida, inclusive judicialmente, em torno de um órgão privado que fatura um bocado para bancar o dedo duro mor dos consumidores. Tudo bem que o comércio e as operadoras financeiras (aquelas que quase sempre fazem empréstimos com juros abusivos) têm o direito de se preservarem contra os maus pagadores - maus pagadores que muitas vezes eles mesmos criam oferecendo todo tipo de mentirosas vantagens. A verdade é que o Serasa, que não passa de um grande negócio e quase sempre se atribui um poder que não tem para fazer ameaças que não pode. O Serasa funciona como uma espécie de faca nos peitos do consumidor, mesmo quando o consumidor está com todos os pagamentos regularizados.
É comum o consumidor em atraso colocar o pagamento em dia e ainda assim continuar com o nome sujo na suja lista do Serasa. Não me parece que um comércio como todos os outros tenha o direito de prejudicar os consumidores e ditar as normas que bem entender. Nunca em benefício do consumidor.
Além do mais fornecer nome e outros dados de consumidores devedores é uma invasão de privacidade e privacidade é um direito constitucional de todos os cidadãos. Não discuto a validade do comércio se proteger contra os maus pagadores, mas para isso é preciso em primeiro lugar encontrar uma maneira de não fazer isso colocando o nome do consumidor numa espécie de rol da morte. Tem mais: o Serasa não pode manter o nome de nenhum credor por mais de cinco anos em seu banco de dados, ou seja, depois desse período o nome de quem quer que seja deve ser apagado da chama lista negra, o que não acontece prejudicando ainda mais a vida de que quer e precisa continuar vivendo sem sentir-ser um criminoso fichado. Cada estabelecimento comercial deveria ter o seu próprio banco de dados até porque muitas vezes o consumidor deixa de pagar a determinada loja ou financeira porque Já pagou o equivalente a dívida que mantinha em atraso e continua sendo cobrado (praticamente extorquido) a pagar juros sobre juros. Essa sim uma exploração que devia parar em uma lista negra de maus vendedores e maus cobradores. Resumindo: o funcionamento do Serasa, que repito não é um órgão público, precisa ser revisto para que não continue cometendo mais essa afronta contra o povo. (Eli Halfoun)

2 comentários:

Gus disse...

Voce consumidor prejudicado ikegalmente por esse orgao procure um advogado da sua cidade. A lei esta do seu lado. Orgaos de defesa dos consumidores podem irientar você.

Ebert disse...

Parece um orgão nazista, fascista, de espionagem, a KGB do capitalismo