por Eli Halfoun
O Brasil está bem servido
em termos de empresas especializadas em pesquisas, mas mesmo assim é o Ibope
que mantém a credibilidade em pesquisas de audiência de televisão. O Ibope é
uma espécie de sinônimo de audiência e, portanto, de sucesso: são suas
pesquisas que determinam o que acontecerá nas emissoras de televisão com a programação.
Os resultados que o Ibope apresenta ainda são muito questionados pelas
emissoras que embora reconheçam e aceitem a liderança da Globo discutem os
resultados que lhes tem dado pouco público para programas que acreditam ter um
maior número de telespectadores. Esse, digamos, monopólio do Ibope na televisão
pode não acabar tão cedo, mas sem dúvida sofrerá um grande baque com a chegada
ao Brasil da GfK, empresa comandada por um grupo alemão e que já mede a
audiência de emissoras de televisão em mais de cem países (Estados Unidos,
Holanda e Portugal, entre muitos outros). O grupo alemão da GfK tem mandado
muitos representantes ao Brasil para agilizar o início de seus trabalhos. Já se
sabe, por exemplo, que as redes Record, Bandeirantes, TV e SBT estão dispostas
a de certa formas bancar a novas medições de audiência que a GfK controla com a
instalação de aparelhos (terá 35% a mais do que Ibope) em residências. O custo
anual para o funcionamento da GfK no Brasil está estimado em 50 milhões anuais
e, além dos contratos com as emissoras de televisão, o grupo alemão espera fechar
acordos com as maiores agências de publicidade do país. Se tudo correr como se
espera queira ou não queira a Globo terá de assinar contrato com a GfK que pretende
ser o órgão de maior credibilidade em audiência no país. Ninguém tem dúvidas de
que qualquer que seja o órgão de pesquisa utilizado a Globo manterá a indiscutível
liderança de audiência, mas é possível prever sem errar que a audiência das
outras emissoras também aumentará um bocado. (Eli
Halfoun)
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