sexta-feira, 2 de agosto de 2013

“Boteco do Ratinho” resgata uma velha fórmula de mostrar sucessos musicais

por Eli Halfoun

Algumas das melhores canções da Música Popular Brasileira nasceram em mesas de botequins, especialmente em uma época em que compositores e intérpretes costumam reunir-se em botecos pra conversar, criar, formar parcerias, buscar inspiração. Botecos sempre foram uma espécie de estimulo para a criação musical e encontros de parcerias que ficaram famosas. Talvez seja exatamente esse formato de boteco simples e aconchegante que determine o sucesso do Boteco do Ratinho apresentado nas noites de quart-feira no SBT. É um musical sem maiores sofisticações e que mantém o aconchego dos velhos botecos muitos hoje transformados em lanchonetes frias e sem sabor, inclusive nas comidas. O Boteco do Ratinho  não pretende ser um espetáculo musical, o que não o faz ser pior do que qualquer outro pomposo. Os artistas convidados sentem-se livres para interpretar novos e velhos sucessos. Mesmo sem grandes recursos de arquivo, o prgrama ainda tem a preocupação de devolver ao público intérpretes que fizeram sucesso e que mesmo assim quase sempre acabam esquecidos. No gostosoe Boteeco do Ratinho desfilam músicas de todos os ritmos, o que é muito importante, as portas também se abrem para artistas que estão apenas iniciando o caminho do sucesso. A fórmula botequim-musical sempre existiu na televisão, mas diante das novas exigências de produções luxuosas acabam perdendo espaço. Espaço que  Ratinho está reabrindo com a mesma simplicidade com que se impôs como um dos apresentadores mais queridos da televisão. Ratinho e seu boteco se completam e acabam sendo completados por um público também simples que quer apenas ver seus cantores e ouvir música. Sem que os sucessos de ontem e de hoje precisem ser necessariamente embalados em luxo. (Eli Halfoun)

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