
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
domingo, 31 de março de 2013
Viomundo: mídia digital alternativa sob ataque
Kaká pode pintar no time do Flamengo. Acredita?
por Eli Halfoun
Mas do que gols e de boas partidas, que, aliás, andam faltando, o futebol brasileiro vive de especulações em torno da contratação de craques. A mais recente vem da Itália onde o site Calcio Mercato informa que Kaká está na mira do Flamengo e pode vestir a camisa do clube ainda esse ano. O Flamengo vive (como todos os clubes brasileiro) complicado momento financeiro, o que, segundo o site, não seria problema porque para a contratação milionária de Kaká o Flamengo contaria com o apoio da Adidas. Apoio que já existe: a partir de maio o Flamengo estréia uma nova camisa criada pela Adidas como parte do contrato de patrocínio assinado no final do ano passado. O contrato, que começa a vigorar em maio, prevê que o Flamengo receberá R$ 380 milhões em dez anos. De saída o clube receberia R$ 10 milhões de luvas e a garantia de R$ 35 milhões por ano. Não é pouco se o dinheiro for realmente aplicado no clube para saldar dívidas (especialmente as trabalhistas) e enfim formar um time que valorize a camisa rubro-negra. (Eli Halfoun)
Bruna Marquezine pode fazer Neymar ficar no Brasil até 2016
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Bruna Marquezine, a Lurdinha, sambando no Alemão em cena da novela "Salve Jorge". Fotos: TV Globo/Divulgação |
A importância das modernas vovós na vida moderna
por Eli Halfoun
Não é de agora que se ouvem comentários geralmente críticos afirmando que as meninas de hoje com até no máximo 18 anos engravidam irresponsavelmente. Irresponsavelmente, ou seja, sem cuidado preservativo. Pode até ser, mas a gravidez adolescente não é novidade desse tempo dito moderno. Em outras épocas, a gravidez também surgia no início da juventude. A diferença é que agora as meninas-mulheres parem porque sabem que não precisarão necessariamente criar seus filhos geralmente entregues aos cuidados das avós. Em outras épocas as meninas casavam cedo (muito cedo) para terem seus filhos e os criavam mesmo que para isso tivessem que abrir mão da juventude de diversão e muitas vezes irresponsabilidade. Há outro importante fato na gravidez adolescente de agora: atualmente mulheres de qualquer idade conquistaram mais lugar nos estudos (faculdades) e no mercado de trabalho. Para que possam estudar e trabalhar a única opção e solução é deixar os filhos no colo bondoso das avós, mesmo daquelas que também trabalham fora, ou seja, a maioria. As vovós que passam a ser a mãe da mãe e mãe dos netos são de fundamental importância na sociedade moderna e de certa forma no aumento da população infantil. As vovós também têm finalmente suas presenças reconhecidas com justiça, o que sem dúvida tem feito diminuir a crença de que "avó é para estragar o neto e fazer todas as suas vontades". Não é mais: agora avó é para criar o neto (ou netos) e criar significa educar e dar limites, porque, afinal, limite é o que encontramos e enfrentamos a vida inteira.
O fundamental reconhecimento das avós está presente também (e nem poderia ser diferente) nas novelas. Em "Salve Jorge" a vovó Lucimar (belo trabalho da atriz Dira Paes) é presença importante na criação do neto e na decisão de Morena (Nanda Costa) ter aceitado ir para o exterior: sem a constante presença da avó-mãe ela não poderia ter viajado tão tranquilamente como viajou antes de saber que estava entrando numa fria. É a segurança depositada nas avós que permite aos casais aceitarem propostas de empregos no exterior.
Já em "Flor do Caribe" a "vóinha" interpretada por Laura Cardoso (que atriz maravilhosa) criou os três netos depois que a filha (mãe dos hoje filhos criados) sumiu no mundo. "Guerra dos Sexos" também tem uma avó muito presente: está claro que embora não tenha tido necessidade de fazer qualquer tipo de sacrifício Charlô (agradavelmente interpretada por Irene Ravache) foi presença importante na criação das netas Juliana e Analu
Não importa o motivo: justiça é ver e aplaudir com carinho a presença (na maioria das vezes sacrificada) das vovós modernas na moderna vida de hoje. (Eli Halfoun)
Uma nova lei da ficha limpa pode enfim fazer uma necessária faxina na CBF
por Eli Halfoun
As coisas podem ficar complicadas para os atuais e futuros diretores da CBF se Ivo Herzog, (filho do jornalista Wladmir Herzog, brutal e vergonhosamente assassinado pela ditadura) conseguir fazer com que seja criada a lei da ficha limpa para a maior (deveria ser também a melhor) entidade do futebol brasileiro que, como se sabe, está repleta de acusações de uso indevido e outras falcatruas. O que se pretende é que a lei da ficha limpa barre (como tenta fazer na política, os diretores ou candidatos a que tenham seus nomes envolvidos em processos e acusações de mal-feitos, como costumas dizer a presidente Dilma Rousseff. Ivo Herzog continua também mobilizado em tirar através de abaixo assinado José Maria Marin da presidência da entidade. Como tem sido fartamente noticiado Marin tem sido acusado de ter influenciado politicamente no assassinato de absurdo e violento, mais um, cruel momento da ditadura. Esse tipo de conduta dedo-duro o Brasil não perdoa. Nem pode ou deve perdoar em hipótese alguma simplesmente para que não aconteça nunca mais. (Eli Halfoun)
ESM/Rio/2013
sábado, 30 de março de 2013
Ação policial melhora audiência de “Salve Jorge”, mas “queima” a imagem de bons atores
Empresas usam a internet para cobrar o que o consumidor não deve
Cardeal de São Paulo e amigo numero um do Papa quer mudanças radicais na igreja
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Papa Francisco: celebração, ontem, Sexta--Feira Santa, no Coliseu. Foto: L'Osservatere Romano |
Rihanna no Brasil em novembro com nova turnê
Vamos homenagear a boa (e antiga) MPB para continuar o sonho de Emilio Santiago
sexta-feira, 29 de março de 2013
Nos porões da publicidade...
A jornalista Regina Augusto lança o livro “No Centro do Poder", que denuncia a ligação das agências de publicidade com a ditadura militar brasileira. A jornalista aborda o período através da trajetória de Petronio Correa, da MPM, agência que surfava nas verbas controladas pelos militares. O clima era altamente suspeito: não havia concorrência pelas contas, o que valia era quem indicava as agências aos generais. "No Centro do Poder" focaliza um ponto que ainda deveria render livros e reportagens investigativas: a participação de empresários no apoio e engajamento na ditadura. Houve financiamentos privados para porões e "casas da morte", onde até crianças foram torturadas, houve apropriação de empresas pertencentes a pessoas que era ligadas a governos anteriores ao golpe (com a transferência de bens dessas empresas para "amigos" dos militares), obras públicas sem concorrência, superfaturamento, houve grande jornal que emprestou carros para órgãos de repressão, executivos sádicos que davam o dinheiro mas pediam para visitar centros de tortura em funcionamento, empresas que cediam fornos industriais para incineração de corpos de opositores do regime, transferências de propriedade de terras para militares, favorecimento de grupos na concessão de terras ricas em minério etc etc. Grande parte dessas denúncias tem sido comprovada em depoimentos tardios mas válidos de militares e policiais arrependidos que participaram da máquina da morte da ditadura.
É longa a trágica folha corrida que a Comissão da Verdade deveria investigar.
Leia: "As crianças têm que ser protegidas da cafajestice do CQC"
Fernanda Machado na capa da VIP de abril
A atriz Fernanda Machado, capa da Vip, estará na próxima novela das 9, “Amor à Vida”, de Walcyr Carrasco.
Editor provoca: para a Esquire, mulheres são apenas ornamentos e não cérebros...
por JJcomunic
O editor da Esquire, Alex Bilmes, provocou polêmica segundo o Guardian. Admitiu que a revista usa mulheres como "ornamento", da mesma forma que publica fotos de um carro "cool".
"As mulheres que a revista apresenta são enfeites", disse ele, falando durante uma conferência Advertising Week Europa em Londres. "Eu poderia mentir, se você quiserem e dizer que estamos interessados em seus cérebros também. Nós não estamos". Ressaltou que estava sendo apenas honesto. E acrescentou que as revistas femininas fazem a mesma coisa. Bilmes ainda provocou a plateia ao citar o exemplo da atriz Cameron Diaz, 40 anos, que foi capa recente da Esquire. "A maioria das revistas femininas não coloca mulheres mais velhas."
Vire fera contra a intolerância...
Novo comercial das Havaianas estreia neste domingo
quinta-feira, 28 de março de 2013
A ditadura nas telas. Imagens e relatos do golpe de 1964
Exposição "Joaquim Paiva - Fotografias" no Sesc Copacabana
Metrô surrealista... e não é o do Rio de Janeiro
Ronaldo: um comentarista de futebol que sabe das coisas
por Eli Halfoun
A Globo anunciou oficialmente que Ronaldo Fenômeno Nazário será um de seus comentaristas nos jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Em outra época a imprensa ia estrilar como aconteceu várias vezes, porque o ex-jogador estará ocupando o lugar de um jornalista profissional que é quem pode atuar como comentarista. Sempre foi uma "grita" exagerada da imprensa: a utilização de ex-jogador como comentarista tira no máximo o lugar de um ou dois jornalistas. Quem esteve dentro de campo e conhece os bastidores e as táticas do futebol têm mais chance de fazer comentários mais acertados como, aliás, mostram Casagrande, Júnior e Neto que é hoje o mais polêmico comentarista do futebol paulista. Além do mais a televisão sempre utilizou a desculpa de quer não estava contratando um profissional para a área da jornalística, mas sim convidando um profissional do esporte para comentar o que ele faz com mais base. Não se sabe se Ronaldo será um bom comentarista (Romário não deu pé), mas leva jeito para se dar bem: sabe falar, sabe ver o jogo e só precisa enxergar as partidas, os técnicos e os jogadores com um olhar isento, ou seja, não permitir que o fato de ter sido companheiro da turma influencie em sua opinião e não permita que diga exatamente e apenas o que viu. Na Globo Júnior e Casagrande revelaram-se bons de papo e são tão respeitados como comentaristas quanto foram como jogadores. É a mesma coisa que convidar ex-jornalistas para comentar ou julgar prêmios literários e de reportagens. Eles conhecem jornalismo como os ex-jogadores conhecem futebol. (Eli Halfoun)
Xuxa: 50 anos de sonhos e meiguice que nos fazem eternas crianças
por Eli Halfoun
Aos 50 anos completados essa semana Xuxa não perdeu (nunca perderá) a meiguice quase infantil que certamente herdou de seus muitos anos de convívio profissional e pessoal com as crianças. Xuxa é hoje não só a mais famosa apresentadora brasileira, mas também uma referência cultural do país e também uma espécie de espelho que devolve ao passado milhares de hoje adultos que cresceram vivendo e sonhando com ela nos programas de uma televisão que na época não era tão importante hoje, mas já era muito importante.
Xuxa cresceu, o público infantil cresceu e com esse crescimento surgiram novos interesses, o que sem dúvida explica o motivo de Xuxa não ter mais um grande público infantil: as crianças de agora continuam sonhando sim (criança que não sonha não tem infância, assim como adulto que não sonha não tem presente nem futuro), mas estão mais literalmente antenadas com as novas realidades tecnológicas: qualquer criança prefere hoje manusear o computador a assistir a um programa dito infantil como os que Xuxa apresentou durante anos com um inegável e fantástico sucesso. Xuxa foi tema de estudos porque nunca se conseguiu explicar como ela conseguia ser a voz de todas as crianças e ter o imenso poder de fazer sua palavra valer para impor qualquer ideia (ao menos para discuti-la) e para vender todo tipo de produto infantil ou os dirigidos aos adultos, ou seja, os papais que reverenciavam Xuxa porque ela alegrava seus filhos e mais do que isso permitia que os papais ficassem na deles enquanto Xuxa "cuidava" das crianças como se fosse uma eficiente babá eletrônica. Não importava muito o quanto se criticava a televisão como babá eletrônica. Xuxa simplesmente fez o seu papel e cumpriu sua missão com perfeição.
Maria das Graças Meneghel continua sendo um fenômeno e ainda o maior fenômeno da televisão brasileira como conta e mostra a sua história. É verdade que ela não conseguiu atrair como público de seus ditos programas adultos o público infantil que viu e ajudou a crescer. Os meninos de ontem encontraram outros caminhos na vida e outros interesses na televisão, o que é perfeitamente compreensível, mas não apaga a histórica passagem de Xuxa pela televisão brasileira e até mundial. Se os "programas adultos" de Xuxa não fazem o mesmo sucesso que fizeram seus programas infantis não se pode deixar de perceber que mesmo assim sal palavra tem força para desencadear qualquer movimento social ou político. Foi assim quando ela revelou ter sido molestada sexualmente na infância. Criou imediatamente uma atenção maior para um problema que sabemos todos costuma ser comum no país (e no mundo), mas que parecia adormecido até que Xuxa o acordou com seu grito.
Aos 50 anos Xuxa continua vendendo uma imagem de meiguice. São poucos os homens que sonham com ela os sonhos sexuais, o que não significa que ela tenha deixado de ser uma mulher atraente, mas os homens preferem (e procuram) nela a meiguice que os faz voltar aos tempos de criança. Ela não poderia oferecer nada melhor ou mais doce para qualquer homem. (Eli Halfoun)
quarta-feira, 27 de março de 2013
Avisem ao Feliciano que teimosia é burrice
São Paulo vista do alto em livro-sanfona com 20 de páginas
O irônico gol de Ypojucan
Para ganhar é preciso anunciar. Essa é a fórmula milionária dos apresentadores populares
Ratinho: uma chance para os talentos que as “cidades grandes” não conhecem
Ministra adoça o bico tucano de Aécio Neves no Senado
terça-feira, 26 de março de 2013
Acredita nisso? Engenhão vai ser interditado por riscos na cobertura
Temos o hábito de culpar o governo por tudo. Há motivos, certamente, mas na maioria das vezes, o culpado mora ao lado e não é funcionário público. O problema não é o Minha Casa, Minha Vida, nem a ponte nova, nem o viaduto recém-inaugurado, nem o conjunto habitacional, nem a estação de esgoto que nunca funcionou, nem a estrada que é recuperada e uma semana depois já apresenta buracos, nem a Vila Olímpica que foi construída pro Pan 2007 e até hoje tem problema. O problema são as construtoras e os engenheiros brasileiros. Ou,se não são os engenheiros, que estes apontem porque muitas das suas construções são precárias. Que apontem, no curso das obras, a possível utilização de materiais de baixa qualidade. Que os conselhos corporativos de engenheiros e arquitetos denunciem as arapucas que são armadas sobre usuários desses espaços público e privados. Que as áreas técnicas do Estado, Município ou Governo Federal voltem a se equipar (já que foram desmontadas pelo neoliberalismo tucano e Lula, Dilma, governadores e prefeitos seja lá de que partido forem mantiveram essa fragilidade oficial que interessa aos poderosos) para acompanhar essas construções. E a pergunta perfeitamente oportuna: os estádios que estão sendo construídos para a Copa, nessa pressa toda, são seguros? Quem garante? Ou isso se esclarece ou os engenheiros brasileiros vão precisar de um exame do tipo da OAB (que acaba de reprovar 90% dos postulantes à advocacia) antes de plantarem estruturas sobre as cabeças do povão.
Proposta de redução de salário foi o que tirou Ana Paula Padrão da Record
por Eli Halfoun
Cuidar de suas empresas não foi o motivo maior da saída da apresentadora Ana Paula Padrão da Record. O que apressou o pedido de demissão da jornalista foi a proposta da emissora de reduzir seu salário mensal de cerca de R$ 300 mil para R$ 120 mil, o que a aproximaria dos salários dos outros apresentadores jornalísticos da emissora. A redução de salários na Record faz parte de uma nova estratégia econômica que já demitiu 85 jornalistas e radialistas. Outros 40 profissionais do setor devem ser demitidos breve. Talvez sejam substituídos por pastores que acham que sabem tudo e geralmente não sabem nada, a não ser passar a sacolinha para recolher dízimos. (Eli Halfoun)
Ministro do Esporte também que distância do presidente da CBFA
por Eli Halfoun
Não anda na fácil a vida do presidente da CBF, José Maria Marin, junto as chamadas altas autoridades do país. Não é só a presidente Dilma Roussef que quer distância dele e evita recebê-lo para qualquer tipo de conversa. Agora Aldo Rebelo, o ministro do Esporte, também trata de manter distância de Marin. A decisão foi tomada depois que o ministro teria ouvido uma gravação na qual Marin se refere a ele com críticas contundentes. O ministro tem dito que não ouviu gravação nenhuma. Mesmo assim não quer papo com o presidente da CBF que pelo visto vai acabar falando sozinho. E ainda assim falando demais. (Eli Halfoun)
Famosos posaram para fotos em suíte de hotel
por Eli Halfoun
Quem estiver em São Paulo por esses dias tem a oportunidade de ver a partir de amanhã (dia 27) uma exposição inédita e diferente: a cantora e fotógrafa britânica Deborah Anderson mostra na Paralelo Gallery, em Pinheiros, fotografias de seus dois livros ("Paperthin", de 2004 e "Room", de 2009). São fotos de artistas famosos que posaram na suíte 23 do Península Hotel localizado em Beverly Hillss. Tem fotos diferentes de, entre muitos outros, Lindsay Lohan, Sharon Stone, Cindy Crawford, Pink, Fergie, Minnie Driver, George Cloney e Elton John. São no mínimo fotos curiosas. E só. (Eli Halfoun)
Fernanda Lima não dá moleza para o marido Rodrigo Hilbert
por Eli Halfoun
Os bastidores do SP Fashion Week são tão animados quanto os desfiles e com histórias curiosas e engraçadas. Uma que tem sido repetida envolve a apresentadora e atriz Fernanda Lima (atualmente ela faz doutorado em arte e filosofia na PUC-Rio): conta-se que quando uma repórter lhe perguntou o que ela faria se seu marido, o ator Rodrigo Hilbert, aparecesse em uma sex tape. Ela foi rápida e convincente na resposta: "Eu mataria ele. Apareceria com o papel do divórcio na mão e na outra mão uma tesoura". Nem precisou dizer o quer faria com a tesoura. (Eli Halfoun)
Rodrigo Faro é a nova e ousada escola criada por Chacrinha
por Eli Halfoun
Quem acompanha a programação da televisão de uma maneira geral (ou seja, não como prisioneiro da Globo) sabe do sucesso de Rodrigo Faro como apresentador do programa "O Melhor do Brasil" (título pretensioso e exagerado) na Record. Faro impôs sua presença ao criar um digamos apresentador diferenciado. Até sua chegada todos os apresentadores eram (e são) absolutamente iguais: um tem mais carisma, o outro mais personalidade, outro mais credibilidade, outro mais simpatia, mas todos são apenas condutores de atrações escolhidas pelas produções dos programas que supostamente comandam. Alguns até interferem na escolha das atrações, mas mesmo assim seu único papel que desempenham no palco-estúdio é o de ser uma ponte entre o programa e os convidados.
Só Chacrinha teve na época em que ninguém tinha coragem de arriscar, a ousadia de criar um apresentador diferente dos quadradinhos apresentadores da época. Chacrinha foi irreverente, vestiu umas fantasia colorida, buscou uma mais popular das linguagens e criou a maior identificação entre público e apresentador que a televisão conheceu em toda a sua história.
Rodrigo Faro não é um Chacrinha, mas também rasgou o chamado traje social substituindo-o por camiseta, calça jeans e tênis, roupa que mais o aproxima dos jovens e do público de uma maneira geral até porque jeans, camiseta e tênis é uma espécie e uniforme que pelo menos nisso aproxima todas as classes sociais vestida igualmente. Rodrigo Faro também leva outra e grande vantagem em relação aos outros apresentadores: o fato de ser um bom ator permite que ele se vista de vários personagens e desenvolva um trabalho mais completo e realmente diferente. Faro pode não agradar todo o tipo de público, mas suas atuações como ator-apresentador é na maioria das vezes irrepreensível. Não se pode negar que ele transformou a maneira de apresentar programa de auditório e que tem mostrado um talento (e uma simpática presença) que garante um merecido e inegável sucesso. Sucesso. (Eli Halfoun)