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terça-feira, 8 de julho de 2014

E o vento não levou...

Ao fim da partida, jogadores brasileiros aplaudem a torcida no Mineirão. Em entrevistas, vários pediram desculpas pela derrota surpreendente para a Alemanha. Os 7x1 vão deixar marcas dentro e fora do campo. 



Fotos Getty Images e AFP para a Fifa-Divulgação
por Gonça 
Sempre ouvi falar no Maracanazo. Não sabia que testemunharia o Mineirazo. Mas os tempos são outros. Talvez esse dia fique marcado apenas como uma pequena tragedia em um jogo de futebol. Nada mais do que isso. Há muito a considerar. A agenda de treinamento (viu-se que a seleção treinou pouco), o calendário (as seleções da Europa treinam com mais frequência (jogam a Eurocopa, que tecnicamente exige mais dos times do que uma Copa América), jogam Eliminatórias fortíssimas e até têm a facilidade geográfica de disputar amistosos mais relevantes. No momento em que a seleção brasileira é formada por jogadores que jogam na Europa, torna-se mais difícil treinar o time. Há muito, o Brasil não tem esquema tático ensaiado. Valorizar os ogadores que atuam em times nacionais? Pode ser. Talvez a CBF e as federações tão ricas possam participar desse esforço para revitalizar clubes como Vasco, Flamengo, Palmeiras, Botafogo e tantos outros que já foram a base de seleções quase imbatíveis. 
É preciso repensar a relação com a imprensa, com patrocinadores. A seleção está exposta excessivamente. Tem "donos". Se alguém tenta pôr ordem na casa, como o Dunga (e o rigor da seleção na África do Sul foi uma espécie de resposta à zorra total que foi a Alemanha), é violentamente combatido. Dessa vez, Felipão se rendeu às pressões e abriu tudo. Bom exemplo é a Alemanha que se isolou no sul da Bahia ao contrário do Brasil que ficou na feira livre de Comary. 
Talvez o Brasil também esteja carente de treinadores atualizados.
Enfim, hora de pensar e refazer. 
E o vento, que jamais varreu o Maracanazo da memória nacional, trouxe agora para as novas gerações esse triste Mineirazo. 

#étoiss; Seleção 11+Neymar está pronta para encarar a Alemanha. Força, Brasil!!!!!

Eh Toiss - Foto Ricardo Stuckert - CBF Divulgação

Fred faz o gesto de apoio a Neymar, que virou hit na rede e está gravado no avião da Seleção. Foto CBF-Divulgação

domingo, 6 de julho de 2014

11+Neymar - "Eh Toiss!": jogadores da seleção fazem o gesto de Neymar e se preparam para retribuir com vitórias o esforço do amigo.



Fotos Rafael Ribeiro, CBF-Divulgação
por BQVManchete
Durante exercícios regenerativos na piscina de Comary, os jogadores Thiago Silva, Fred, David Luís, Fernandinho, Oscar, Julio Cesar, Paulinho e Maicon deram uma força a Neymar repetindo um gesto que o jogador costuma fazer para os amigos: braços em "T", de "Eh Toiss", variação do popular ´"É Nóís". O que circula em Comary é que, apesar das preocupações de Felipão e Parreira, o clima entre os jogadores se normaliza e é decisão deles retribuir o esforço que Neymar fez até aqui. Em campo, serão 11+Neymar  

A ingenuidade do Neymar e como parar a Alemanha

Felipão e Parreira: dúvidas no horizonte. Seleção busca esquema e estratégias para superar a ausência de Neymar. Foto de Rafael Ribeiro - CBF- Divulgação
por Nelio Barbosa Horta
A agressão sofrida por Neymar deveria ser punida pela FIFA com bastante rigor (o jogador da Colômbia podia ser preso, na hora, e encaminhado, a um Presídio de Segurança Máxima). Na Colômbia, o jogador Escobar foi assassinado com 12 tiros na cabeça por ter marcado gol contra, na Copa do Mundo de 1994. O Neymar, que joga um futebol fantástico, lindo, mas muito ingênuo, tem que aprender com os argentinos a como se defender quando um trator chamado Zuñiga vier pelas costas para uma agressão tão covarde como a que ele sofreu no jogo de sábado passado.
Qualquer pessoa que já bateu uma bolinha, sabe, num simples olhar, quando vai ser atacado pelas costas e se defende. O futebol, hoje, é muito diferente daquele das Copas mais antigas: ele se aproxima mais do futebol americano. Com uma diferença: no futebol americano os jogadores usam capacetes, perneiras e joelheiras e todo tipo de proteção possível. Acho que a FIFA precisa atualizar o sistema de segurança e proteção dos jogadores, principalmente na cabeça, onde vários atletas sofreram cortes profundos depois de uma “chifrada” aplicada pelos adversários.
Alemanha: Para o jogo com a Alemanha, penso que o Brasil deveria usar um esquema diferente para tentar compensar a ausência do Neymar.
Um esquema com quatro zagueiros:

                                       Júlio Cesar

Maicon                    David Luiz             Dante         Henrique
        
      Paulinho                Fernandinho               Luiz Gustavo

Daniel Alves                      Hulk                                Marcelo

Jogando com quatro zagueiros, três no meio, dando o primeiro combate e aproveitando a velocidade de Daniel Alves e Marcelo, que tem habilidade e pode surpreender a defesa alemã. O Hulk como centroavante, vai dar mais trabalho do que o Fred que está sem inspiração. Nelio Barbosa Horta (de Saquarema).

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Choro é pura emoção. Deixem os jogadores chorarem em paz

por Eli Halfoun

Amanhã tem seleção brasileira outra vez e certamente teremos choro em campo e na torcida que tem se (e nos) comovido em muitos momentos dessa empolgante Copa do Mundo. Aliás, o choro dos jogadores na sofrida partida contra o Chile foi motivo de muitas discussões e um assunto repetitivo na mídia de uma maneira geral. Não entendi ainda o motivo de dar tanta importância para as lágrimas de nossos jogadores. O choro é uma molhada (e salgada) demonstração de sentimento, seja de alegria, tristeza e muitas outras coisas. O choro é uma manifestação de sentimento e, portanto, um choro bom e necessário de chorar. A discussão de agora deve estar ligada à velha mentira de que “homem não chora”. Chora sim e é fundamental que faça isso para revelar o sentimento inteiro. Os jogadores da seleção tinham e têm muitas razões para chorar. Quando choram estão mostrando o amor que sentem pelo selecionado e, portanto, pelo país. Todo homem chora e não poderia ser diferente para os nossos atletas que vivem o maior momento de suas vidas e carreiras. Lágrimas emocionadas não significam apenas dor e nervosismo. São a cascata de todas as emoções e de todos os momentos que cercam nossas vidas. As lágrimas dos jogadores da seleção são na vitória ou na derrota lágrimas de quem com muito sacrifício chegou ao momento máximo de realizar a concretização do sonho maior que para eles é o de jogar na seleção representando um país sensível que chora o tempo todo. Homem que diz que não chora está mentindo ou não tem qualquer tipo de sentimento. Por mais que disfarcemos nenhum de nós resiste em derramar pelo menos uma lágrima diante de tudo o que a Copa está nos mostrando em campo e no magistral comportamento da torcida que nos tem dado um emocionante espetáculo de união, de paz e de comovida alegria. Se nossos craques precisarem chorar que chorem. Só nos resta chorar com eles. Na derrota ou na vitória, que certamente virá até o fim da competição e nos dará o tão sonhado hexa. (Eli Halfoun)

terça-feira, 1 de julho de 2014

Seleção vai treinar pesado hoje: treinamento de autoajuda...

por Omelete
* As notícias que vêm da República de Comary não são boas. A seleção estaria em crise. Cabeça no chão, bola pro mato. Como este blog já comentou, chama atenção a baixa frequência de treinamento do time com bola em coletivos. 
* A atual geração de craques é boa, Felipão convocou bem, mas algo não funciona. 
* O Globo de hoje traz matéria com um vizinho de Comary que observa da janela de casa a movimentação dos jogadores. Pouco treino com bola, quase todos em campo de dimensões menores, revela ele. O campo maior foi usado apenas duas vezes e abandonado, aparentemente por ter placas dos patrocinadores da Fifa (a CBF preferiria expor seus próprios patrocinadores cujas mensagens estão na margem dos campos não oficiais). 
* O fato é que o pouco tempo para treino na reta final parece ter sido mal aproveitado. Mesmo nessa semana do jogo contra contra a Colômbia, o fato se repete: o Brasil jogou sábado, hoje já é terça-feira e ainda não houve coletivo ou treino tático. Espera-se que os jogadores vejam a bola, hoje. 
* Mas só que não; noticia-se que quem vai hoje a Comary é uma psicóloga. Os jogadores estariam abalados, emotivos, chorões. * Bom, com todo o respeito à categoria, a história conta que se dependesse da psicologia, Garrincha sequer seria jogador de futebol. Seu teste na seleção, em 1958, teria apontado imaturidade, infantilidade, incapacidade de absorver orientações táticas, algo assim. No fim, os dribles do Mané, que não estão em compêndios acadêmicos, ganharam duas Copas.
* Dizem que em Comary há palestras, exemplos de superação, "testemunhos" análogos ao que se vê em igrejas etc. Foi aí que morou o perigo. 
* Os jogadores teriam assistido, inclusive, a um vídeo das vítimas das inundações em Teresópolis. Com toda a solidariedade que se deve aos sobreviventes da tragédia passada, esse tipo de coisa não deve contribuir em nada para o foco dos jogadores. Assim como excesso de folgas (tal como em 2006), o vai-vém de amigos, parentes e vips. 
* O grau de concentração off futebol poderia ser demonstrado na cena em que jogador volta do intervalo do jogo e, no corredor que dá acesso ao campo, não esquece de baixar a sunga repetidamente e exibir a cueca que ganhou de uma marca carioca. Se foi marketing pirata, como a Fifa desconfia e, por isso, estaria acionando a marca, a cabeça do "modelo casual" não estava apenas no jogo mas em "ativar" (termo que os publicitários usam) o merchan.     
* A torcida pelo Brasil continua claro. 
* Mas não será fácil. 
* Pela primeira vez na história do futebol brasileiro vamos incentivar uma seleção que depende da autoajuda.

sábado, 14 de junho de 2014

Brasil Sucupira surreal (e eleitoral): "governo" diz que foi pênalti, "oposição" diz que não e que há complô para dar a Copa ao Brasil...

Segundo os comentaristas, não foi puxão, apenas um toque delicado e amistoso. Então, tá. Reprodução

"Especialistas" dizem que isso aí foi apenas um carinho, coisa de fair play. Reprodução  Internet/TV
por BQVManchete
Pênalti é regra que rivaliza com a do impedimento como as mais discutidas do futebol. É interessante acompanhar a repercussão da penalidade sofrida por Fred no jogo contra a Croácia. Há de tudo. Como a Copa, no Brasil, virou "projeto do PT", há, segundo as pesquisas, muita gente torcendo contra e passou a ser bombardeada pela oposição e por grande parte da mídia, foi até engraçado ver um jornalista (que nem é de esporte, é mais de economia) defender apaixonadamente que foi pênalti e insinuar (acreditem) no rádio que pode haver um complô entre a Fifa e o PT para favorecer a eleição de Dilma, daí o árbitro japa ter validado o gol do Brasil. 
Então é isso, ser ou não ser pênalti também virou uma questão de política eleitoral entre governo e oposição? Faltava isso na Sucupira do século 21. Felipão está preocupado: se a própria mídia brasileira propaga que o jogo foi "roubado", corre-se o risco de, a partir de agora, os árbitros passarem a ser mais rigorosos contra o Brasil. Pode ser, ninguém vai querer ser acusado de favorecer o dono da casa. 
Ontem a Fifa - mas vão dizer que deve ser parte do "complô" - comunicou que o juiz agiu certo e que antes da Copa, em reunião com todos os treinadores, deixou claro que os árbitros iriam coibir agarramentos dentro da área, incluindo aquele "judô" que sempre acontece entre atacantes e marcadores antes da cobrança de escanteios. As imagens da TV não repetiram a cena do pênalti no Fred vista do ângulo acima. O Jornal Nacional fez matéria exaltando que há 35 câmeras filmando cada jogo mas também não exibiu ontem essa imagem captada do lado oposto. Fred foi puxado pelo croata com a mão esquerda (a própria camisa denuncia que houve o puxão, não foi apenas um toque como Arnaldo César Coelho defende) e mostra a "chave de braço" que desequilibra o atacante brasileiro na hora do chute. Fred pode até ter exagerado na queda, mas estava de frente para o gol e se preparava para chutar. Mas um atacante que faz gol até sentado deixaria de chutar (já que segundo os "especialistas" o puxão foi "de leve" e não o atrapalhou) apenas para encenar como "ator" uma cena estapafúrdia (isso sem ter certeza de que o árbitro marcaria o pênalti)? 
Sei não... além de politicamente eleitoral, Sucupira está ficando burra. 
Ou Fred não quer ganhar a Copa. Prefere o Oscar 2014 de Melhor Ator.  

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Bastidores da Copa (o que você não leu por aí). É a voz das arquibancadas...

por Omelete
No palco. Foto Fifa-Divulgação
- No quesito pernas e rebolado, Claudia Leitte ganhou de Jennifer Lopez. No item bunda, a gringa ainda é imbatível.
- O show e o espetáculo de abertura foram fraquinhos. Geralmente, espetáculos assim, diurnos, já perdem em imponência por não utilizarem jogos de luzes que valorizam formas e cores. Para a Copa ser transmitida pela TV para a Europa em horário decente, os jogos aqui não podem ser noturnos. A Fifa também deve ter economizado, parece ter sido baratinha a abertura. Outro fato foi o temor de alguma manifestação por parte dos participantes. Evitaram usar amadores, por exemplo, optando por profissionais com contrato assinado. A Fifa detesta que o futebol seja usado para manifestações políticas e religiosas. No máximo, aceita a promove campanhas contra violência e racismo, temas gerais.  
Foto Fifa-Divulgação

- Quando os refletores do Itaquerão piscaram, a galera logo falou que era sabotagem de manifestante. Foi piada mas com tantos interesses eleitorais querendo detonar a Copa, bom ficar de olho. Tensões à parte, a torcida brasileira fez seu papel no estádio.

- Ativistas foram para favela em São Paulo convocar o povo da comunidade para o protesto. O pessoal agradeceu o apoio mais preferiu ver o jogo e torcer pelo Brasil. Diz a Folha que os ativistas e cabos eleitorais torceram no local pela Croácia.

- Em Copacabana, manifestantes hostilizaram alguns torcedores que viam o jogo no Fifa Fest. Foram vaiados e a galera botou para correr um bando de black blocs e black teachers. Sim, alguns professores estavam lá, de novo ao lado da galera da baderna.

- Aliás, a Globo News mostrou cena interessante. Uma manifestante, aparentemente uma professora pelo slogan da camiseta, envolve-se em conflito com PMs, debate-se dramaticamente no chão e, em seguida, sai correndo. a câmera de um helicóptero acompanha. Ela, em seguida, se reúne a um grupo que abre mochilas e iniciam uma strip-tease cívico (a professora fica só de sutiã) e trocam camisas (a professora solta o cabelo antes preso), alguns pintam a cara, estratégia que substitui as máscaras no disfarce de fisionomias. Em seguida, voltam à "guerra" em autêntico "aos mestres, sem carinho". Acho que agora tem black teachers na rua.

- O caminho para o Brasil chegar à final é complicado e não está nada garantido. A Seleção tem bons jogadores mas tem falhas e deve encontrar pedreiras pela frente. É difícil apontar favoritos. Torcer é o que se pode fazer de melhor e é a razão da diversão no futebol. Aliás, futebol é apenas isso, diversão, não é política nacional, nem internacional, nem revolução ou contra-revolução. 

- Não é obrigatório aderir ao pessimismo. Alguns jornalistas, que acham que são inteligentes apenas se meterem o pau, analisam o jogo de uma forma que um desavisado que não atentar para o placar vai imaginar que o Brasil perdeu da Croácia. Se o Brasil for à final e golear a Espanha nem assim os caras vão se convencer. Nem deslumbrado, nem derrotista, isso sim é inteligência. 
Temer e Marcela na tribuna do Itaquerão. Reprodução Internet
Marcela Temer em foto de arquivo-VP

- Dilma aparece hoje em muitas fotos, de cara fechada, ao ser vaiada. Não é pra menos. Em protesto que começou na área de ingressos mais caros, segundo a Band, e espalhou-se em seguida, com o áudio do SporTV ecoando o "vai tomar no cu" (é importante registrar a frase exata para compreensão do nível da manifestação), torcedores que se opõem à presidente manifestaram sua opinião. A repercussão política da vaia desviou a atenção para algo muito importante, bem perto da presidente, na tribuna. A discreta e bela mulher do vice-presidente Michel Temer. Ela, que foi a estrela da posse do marido, lembram?, e saiu nas primeiras páginas de todos os jornais na época, pouco aparece.
Continua em forma. E Temer ainda quer ser candidato à reeleição. Vai pra casa, Temer!




- Hoje, em Brasília, Dilma respondeu às ofensas de baixo nível dos seus opositores ouvidas no Itaquerão, ontem: "Quero dizer para vocês que não vou me deixar perturbar por agressões verbais, (...) não vou me deixar atemorizar com xingamentos que não podem sequer ser escutados pelas crianças e pelas famílias", afirmou ao participar da cerimônia de inauguração de parte de um corredor expresso de ônibus no Distrito Federal. Dilma lembrou ainda da época em que foi presa política durante a ditadura militar e afirmou que nem tortura física a que foi submetida a tirou do seu rumo. "Aliás, na minha vida pessoal, quero lembrar que enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade, situações que chegaram ao limite físico, eu suportei agressões físicas, suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do meu rumo, dos meus compromissos, nem do caminho que tracei para mim mesma", disse. LEIA MAIS NO UOL, CLIQUE AQUI

- Manifestantes foram vistos tentando se afogar no Tietê  quando Neymar empatou. Um deles teria pensado em atear fogo às vestes autoimolando-se com um rojão. 

- Na sua coluna de hoje, Veríssimo escreve, espantado: "O Itaquerão não desabou". Isso sim foi surpresa. Li tantas matérias sobre o caos, as falhas, o improviso... achei também que o estádio iria ao chão. Ufa!

- Um mesmo jornal diz em uma coluna que a Infraero obrigou as companhias aéreas a cortar 60 lugares em cada avião para evitar problemas em aeroportos. Parece absurda a informação (talvez seja desmentida amanhã). Se assim fosse, as empresas voariam com um prejuízo grande e teriam direito a indenização. E a legislação nem deve permitir isso. Mas o principal é que a tal nota da coluna contradiz matéria do próprio jornal, mesma edição, que diz que não há problemas de falta de passagens, algumas empresas estão até dando descontos. 

- Agentes de turismo afirmam que os "especialistas" e a mídia que fizeram previsões de falta de lugares em vôos não são do rama e não contaram com duas coisas: muita gente da América do Sul veio de carro. São milhares que vieram do Chile, Argentina, Colômbia, Paraguai etc. Viajem em grupos a custo muito mais barato do que o deslocamento aéreo do exterior para o Brasil e aqui, internamente. 

- Os "especialistas" e a mídia também não avaliaram que os estádios recebem em média 60 mil pessoas. Quem tem ingresso ainda se dispõe a viajar para ver sua seleção jogar em capitais mais distantes. Mas é bem menor o contingente de torcedores que, sem ingresso, encara uma viagem até Manaus só para curtir nas ruas o jogo da sua seleção. Por isso, não há multidões diluvianas acorrendo aos aeroportos de lá pra cá em um país de dimensões continentais como o Brasil. 
Na onda da Copa, Patricia Jordane, a ex-de Neymar, está no Paparazzo, fotografada por Faya. Veja do site Paparazzo, clique AQUI
Atualização: hoje, dia 16, a coluna Gente Boa publica uma nota sobre a "ex de Neymar. O jogador acionou seus advogados, segundo o Globo, e pretende processar a Playboy por causa da chamada de capa da edição da revista que traz Patricia Jordane na capa. "O jogador diz que não a conhece e que se sentiu usado", diz a coluna Gente Boa.  -  

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Deu no IG - A Seleção começou mal. Porteira aberta? Felipão amoleceu?



Reprodução IG

Técnico repetiu formação que venceu a Espanha há um ano em atividade que teve festa dos jogadores para Luciano Huck

O técnico Luiz Felipe Scolari fez o primeiro treino com definição de titulares da seleção brasileira na manhã desta quinta-feira na Granja Comary, em Teresópolis. A 14 dias da estreia na Copa do Mundo contra a Croácia, dia 12 de junho, em São Paulo, a CBF concedeu acesso especial ao apresentador Luciano Huck, que interrompeu a atividade ao lado dos filhos Joaquim e Benício. Do lado de fora do CT da seleção, crianças da região de Teresópolis gritaram os nomes de Neymar, Felipão e Fred, mas não tiveram acesso liberado pela CBF. (Reprodução IG)
LEIA MAIS NO PORTAL IG, CLIQUE AQUI
(da Redação BQVManchete)
Ontem mesmo, este blog analisou a questão de privacidade da seleção importante em um momento em que começa a treinar para valer, treinamento este que terá que se desenrolar em menos de duas semanas. Tempo que deve ser bem aproveitado. Este BQVM chegou a lembrar as portas abertas da concentração da seleção na Alemanha, em 2006, escancaradas "bundalêlê" de celebridades. O treinador Dunga pagou caro por impedir a mesma "festa" na África do Sul, em 2010. Foi alvo de campanha intensa e demolidora. Felipão, como Dilma Rouseff, tem fama de "gerentão". Dilma anda com essa imagem arranhada. Felipão começou mal. O "durão" amoleceu? Segundo o IG, pelo menos uma celebridade chegou a interromper o treino, hoje, em Comary. A foto mostra um espécie de cercadinho vip. Se isso for um indício de que a concentração se transformará em locação para programas de TV e área de lazer para famosos, a bagunça vai se instalar. Todo mundo vai querer fazer selfie com os jogadores, incluindo políticos amigos da cúpula da CBF. Depois de 64 anos, o Brasil volta a sediar uma Copa. Há vários livros que contam como foi prejudicial para a seleção, na época, a romaria de figuras públicas que queriam "tirar uma casquinha", como se dizia naqueles tempos, junto aos craques. Diz-se que na noite anterior ao jogo contra o Uruguai, os jogadores foram dormir tarde tantos eram os apertos de mão e tapinhas nas costas que tiveram que aturar. Com a derrota na final, a seleção virou maldita e os famosos de então sumiram para voltar a aparecer junto aos jogadores só após a Copa de 58. Eles gostam de tempo bom. Segundo a matéria publicada no IG, crianças de Teresópolis queriam chegar perto dos jogadores mas foram barradas. Jornalistas presentes a Comary revelaram que o jogador Hulk fez questão de ir ao encontro dos barrados no "baile", deu autógrafos e tirou fotos ao lados dos torcedores. A maioria dos jogadores não gosta desse assédio de figuras partilham, nesses momentos, a exposição dos craques na mídia. Vários estão disputando posição e gostariam de de fixar nessa tarefa. Mas não são eles que vão dizer não à invasão. Se fizerem isso provavelmente se tornarão alvos de campanhas. 
Pouco poderão fazer se a "chefia" abrir as porteiras.  

quarta-feira, 27 de março de 2013

O irônico gol de Ypojucan


Hulk em ação contra a Rússia. Foto Mowa Press/CBF/Divulgação
por deBarros
Há muitos anos o Vasco foi jogar na Argentina e o seu centro avante era o Ypojucan. Alto e muito bom de bola, um craque para aqueles tempos em que se jogava um futebol de classe. Nesse jogo, Ypojucan irônico, fez um gol de letra contra o time argentino.
O problema é que os argentinos não entenderam a ironia de Ypojucan e saiu a maior pancadaria dentro do campo de futebol e o jogo acabou.  Também não entendi a sua frase senhor jorznalista: "A Russia merecia a vitória no primeiro tempo. Ironicamente, foi conseguir o gol no segundo..."
Será que o gol do russo foi de letra, igual ao do Ypojucan?
Acompanho, o máximo que posso, os jogos dos campeonatos de futebol na Europa. Procuro ver sempre os jogos do Real Madri e cansei de ver o Kaká caindo pela esquerda do campo, como se fosse um ponta, cruzando para área do adversário. Por acaso está errado?
Gosto de ver o Chelsea jogando e muito mais agora com Oscar brilhando nos campos ingleses e engraçado, às vezes caindo pela esquerda e outras pela direita  como nos tempos do Mano Menezes – e voltando para o centro do ataque.  Na Seleção, pelos seus comentários, tanto Kaká como Oscar não deveriam jogar nessas posições.
No jogo contra a Itália, pela opinião de vocês –  "experts" em futebol – o Hulk não jogou nada, mas no jogo contra a Russia foi o melhor jogador,  apesar de entrar no segundo tempo, caindo pela esquerda como fazia o Kaká que foi condenado por isso.
Vocês não querem o Scolari como Técnico, não é verdade?. Um dos seus coleguinhas, crítico de futebol, ao lado do narrador do jogo Brasil e Russia declarou que não gostava do jeito de jogar da Seleção e achava que o Felipe Scolari deveria ouvir a opinião do Parreira. Quer dizer: o Parreira – na opinião dele – é que deveria escalar o time e estabelecer o esquema tático do jogo.
Bem, aí o Felipe é demitido do time e Parreira passa a ser o técnico. Como Parreira como técnico a bagunça e a indisciplina da Copa de 2006, na Alemanha,  seria reeditada.
Será que vão conseguir chegar a esse ponto? Bem, até a Copa de 2014 muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Primeira crítica: Seleção tem que melhorar muito


Neymar em ação. Foto CBF/Mowa
A estreia da seleção de Felipão no Wembley. Foto CBF/Mowa

por Nelio Barbosa Horta
Sem os dois laterais, Daniel Alves visivelmente fora de forma, nem parece aquele jogador que encantou os espanhóis, e com o fraquíssimo Adriano pela esquerda, que mais parecia o “João” dos tempos do Garrinha, a seleção do Felipão poderia ter levado uma goleada da Inglaterra, não fosse a boa atuação do Júlio Cesar.
Não que a Inglaterra seja uma seleção espetacular, mas tem toque de bola, marca pressão o campo todo e se fecha em bloco não dando chance para os atacantes brasileiros, que estão acostumados a pegar “moleza” pela frente.
Para um jogo em que não haveria tempo para treinar, era preferível que o treinador usasse a base de algum time brasileiro, com alguns (pequenos) enxertos. Poderia ser a base do Corínthians, ou do Fluminense ou do Santos ou ainda do Atlético, que fariam uma melhor apresentação. Neste jogo, via-se claramente que os jogadores do Brasil procuravam se livrar da bola o mais rápido possível, às vezes entregando–a aos adversários, como fez o Arouca que, ao atrasar mal, proporcionou o segundo gol da Inglaterra.
O Fred marcou o gol do Brasil e quase marca outro, chutando no travessão com o goleiro inglês já batido. Foram as únicas vezes em que o artilheiro do Fluminense apareceu. É outro que não tem preparo físico para ajudar na marcação, quando não está com a bola. Esteve melhor que o Luiz Fabiano, inteiramente apagado no primeiro tempo. No pênalti, o Ronaldinho telegrafou onde ia chutar e perdeu.  Na sequência  houve outro pênalti no Neymar que o juiz, português, não teve coragem de marcar.
Para os próximos amistosos, antes da Copa das Confederações (faltam quatro meses), espera-se uma seleção com jogadores mais bem treinados e com o perfil de seleção. O Brasil não é mais o bicho-papão no futebol, por isso está lá atrás no “ranking” mundial de seleções, mas a torcida brasileira, que não gosta de perder, quer ver uma seleção competitiva e brigando pela bola, coisa que está faltando, e muito, nesta seleção. (Nelio Barbosa Horta, de Saquarema)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Moça inteligente...Dessa repórter, a Seleção não reclama

Esta é Inés Sainz, a repórter da TV Azteca, do México, que estava cobrindo o treino da Seleção, hoje à tarde, em Port Elizabeth. Fala sério, com uma jornalista desse porte, quem precisa do  Alex Escobar?

Um bela homenagem...

Veja as fotos. No alto, a torcida sul-africana e funcionários do The Fairway Hotel, a casa da seleção brasileira em Joanesburgo, homenageando os craques que se despediam rumo a Port Elizabeth. Nas outras imagens, acima, Kaká e Robinho chegam ao Protea Marine Hotel, em Port Elizabeth, a nova escala do Hexa. (Fotos: Divulgação/CBF)

domingo, 23 de maio de 2010

A "clausura" de Dunga contra o "circo" da mídia...

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Alemanha, 2006
A Copa da Alemanha atraiu celebridades. Olha Ana Maria Braga aí, na torcida, em Munique. Tudo indica que na África do Sul, sem o 'charme' da Europa, serão menores a badalação e o assédio vip. Melhor para o Dunga, perspectivas de um período de treinamento mais tranquilo... 
por Gonça
Parte da mídia está em campanha contra Dunga pelas restrições que o treinador impõe ao acesso de repórteres e fotógrafos à Seleção. Chamam de "esquema de clausura", de "severo isolamento", reivindicam que o "povo" tenha contato com os jogadores, como se estivessem de fato preocupados com isso. Quando podem, os jornalistas vão ouvir os jogadores e tentam arrancar um protesto contra as novas regras que protegem os treinamentos da equipe. E se surpreendem ao escutar Daniel Alves dizer que é importante ter privacidade e acrescentar que "no Barcelona é assim". Contam que na Copa de 50, às vésperas do jogo Brasil X Uruguai, foi tão grande o assédio de políticos e figuras da sociedade carioca em visita à concentração, paparicando os jogadores até altas horas, que Ademir, Barbosa, Zizinho, Juvenal, Bigode, Danilo e companheiros mal conseguiram dormir. Acreditem: na Copa da Alemanha não foi muito diferente.
Dunga tem apenas 25 dias para treinar a Seleção, é compreensível que pretenda aproveitar bem o período, já que não é mais possível dispor de mais de 60 dias de treinos como aconteceu com Zagalo na Copa de 70.  
Em 2006, o time passou 22 dias reunido mas - quem estava lá viu -, gastou boa parte desse tempo recebendo o Pânico, os Cassetas, Fátima Bernardes, Susana Vieira, além da imprensa esportiva em geral e, em particular, ilustres colunistas para mesas de queijos e vinhos, sem contar o tempo despendido por certos craques em boates suiças e alemãs. Estão certos Dunga e os jogadores, que precisam ficar concentrados na preparação. Se vão ganhar a Copa são outros quinhentos, mas o caminho mais profissional é esse aí. Precisamos de informação, mas entre a "clausura" de Dunga e o "circo" da mídia deve haver um bom ponto de equilíbrio. A coletivas existem pra isso, não?
(Poster da Fifa/Reprodução)
Fotos:Gonça

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A seleção não é do Dunga. É nossa

por Eli Halfoun
A seleção de Dunga (até parece que não é a seleção brasileira e, portanto, de todos nós) continua sendo severamente criticada. Não é novidade: não há na história do nosso também histórico pentacampeonato convocação que não tenha merecido restrições e críticas contundentes (só calarão a boca dos críticos quando a seleção vencer... e vencerá). Agora Dunga ganhou um forte aliado: Pelé também entrou em campo para tentar apagar a fogueira e tem dito em entrevistas que se dependesse dele, que é torcedor “doente” do Santos, convocaria todo o time santista, mas que entende o fato de Dunga não ter convocado Neymar e Ganso e ter escolhido jogadores mais experientes. Assim como toda a torcida e todos os hoje severos críticos Pelé sabe que na Copa que se realizará, em 2014, no Brasil, os dois jovens craques estarão prontos para mostrar esse mesmo futebol que está encantando a torcida. Pelé que foi para sua primeira Copa com 17 anos (idade de Neymar) tem sido usado como exemplo em idade na comparação com Neymar, mas o eterno Rei do Futebol revela que antes de ir para sua primeira Copa tinha feito partidas com a seleção, o que não aconteceu com Neymar. Ninguém tem dúvidas de que se tivesse sido testado com a “amarelinha", Neymar estaria na relação de Dunga. Neymar não foi testado simplesmente porque não houve tempo para isso e o treinador foi praticamente obrigado a apostar na experiência que em Copa do Mundo vale tanto ou mais do que o futebol, a habilidade com a bola nos pés.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Rumo à África do Sul

A lista do Dunga:
Ataque: Luis Fabiano, Nilmar, Robinho, Grafite
Meio-campo: Gilberto Silva, Felipe Melo, Josué, Kléberson, Elano, Ramires, Kaká e Júlio Baptista
Zaga: Lúcio, Juan, Luisão e Thiago Silva
Laterais: Maicon, Daniel Alves, Gilberto e Michel Bastos
Goleiros: Júlio César, Gomes e Doni

domingo, 6 de setembro de 2009

Diz aí, Globo!!!!!


Este blog já elogiou o técnico Dunga, que é, ou era, muito criticado pela mídia menos pelo seu trabalho e mais pela característica pessoal de não abaixar a cabeça para jornalistas. Ontem mesmo, durante a coletiva logo após a vitória de 3x1 sobre a Argentina, lá dentro em Rosário, o treinador irritou-se, com razão, com a pergunta de um repórter sobre as falhas da defesa argentina ao não deter o "jogo aéreo" brasileiro. Antes de responder que apenas um dos três gols havia resultado de bola alta na área, o que já invalidava o raciocínio do repórter, Dunga rebateu que o autor da pergunta partia da premissa de que o Brasil não havia jogado bem mas sim que a Argentina tinha jogado mal. "E sempre assim", disse o treinador, sublinhando corretamente a prepotência da mídia e mostrando como é difícil para a imprensa brasileira reconhecer méritos a não ser nos seus "amigos", protegidos ou aliados. Dunga venceu a Copa América, a Copa das Confederações e classificou o Brasil para a África do Sul com três rodadas de antecedência. Não é pouca coisa. A Argentina mesmo, com um time de craques, está aí penando para ir à Copa. Dunga é um treinador experiente, um bom estrategista? Talvez não, talvez lhe falte ainda experiência. Mas já mostrou que tem um rumo e a dez meses da Copa já pode dizer que tem o time quase armado (mas anotem aí: a imprensa ainda vai fazer campanha para a convocação de Ronaldo, esteja gordo ou alcance o milagre de perder os quilos extras). E Parreira, eleito pela mídia e que não sofreu tal campanha? E um bom treinador? Não. É um burocrata que permitiu o desastre de 2006 e, em 94, só convocou Romário (que seria apontado como o melhor jogador da Copa) porque estava desesperado e a ponto de não se classificar para o mundial dos Estados Unidos (classificou-se, aliás, no último jogo). Mas tudo isso que eu estou falando é blá-blá-blá de torcedor. Quero mesmo é mostrar essa primeira página do caderno de esportes do Globo. O "enterro' de Dunga, em 2008, há menos de um ano, mereceu a capa. A classificação, ontem, a última meia página. E na capa do jornal, uma foto de quatro colunas na metade inferior da página, aquela que os editores consideram menos "nobre". A primeira metade, a que fica exposta na banca com o jornal dobrado é, tradicionalmente, a de maior visibilidade e "prestígio".