quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Terceirização

por Gonça
Há muita polêmica em relação ao Estado. Alguns políticos defendem que seja forte ou, pelo menos, presente nas áreas de saúde, educação, transporte, fiscalização dos mercados financeiros, dos serviços públicos, como energia, segurança etc. Outros, como os governantes do Brasil nos anos 90, pregam o desmonte do Estado e a mininização da máquina pública. A substituição do administrador público por agências privadas; a substituição do funcionário público por "terceirizados". As agências são instrumentos dos investidores e não dos consumidores. Quantos aos "terceirizados", a conta explode no bolso do contribuinte: milhões de terceirizados - como esses de Manguinhos que protestam hoje - levam calote das empresas e vão à justiça do Trabalho processar... o governo. E os tribunais, nesses, casos têm reconhecido a responsabilidade do contratante. Ou seja: empresas privadas, são milhares, ganham contratos, não pagam os seus funcionários, e a conta do terceirizado volta para o governo. Veja o caso da venda de ingressos no Maracanã. Era responsabilidade da Adeg e depois da Suderj. Havia denúncias de corrupção, favorecimento etc. Mas, em todo caso, todas as bilheterias do Maracanã eram abertas e a venda de ingressos era bem mais organizada. Quem ia ao Maracan, saia da praia, comprava seu ingresso e curtia uma bom futebol, sabe disso. Não tinha essa de dormir na fila noites e noites seguidas. Já há alguns anos, o Estado saiu desse processo. Os clubes são os responsáveis. Até concordo, é um espetáculo privado, que cada um cuide do seu. Mas a bagunça se instalou. Até mortes já aconteceram. O Estado, como ontem, nas lamentáveis cenas do Maracanã, só entra com a polícia na hora das brigas.

É bom jogar um pouco de bom senso nessa polêmica. Existe corrupção no Estado e que se combata. Mas a tal ausência do poder público só favorece as classes privilegiadas. Houve uma época, quando eram marqueses e condes, que nem Estado existia. Era o tempo do "L'état c'est moi!". Essa é a idéia?  (Na reprodução, ao lado, o da peruca é o  Luiz XIV, que cometeu a famosa frase)

Um comentário:

deBarrros disse...

É dificil entender o porque do ódio alimentado pelos POLÍTICOS "progressitas" às Empresas Privadas. E fazem as comparaçòes destrutivas em favor da Empresas Públicas como se essas Empresas fossem o modêlo incomparável de administração e atendimento ao público em geral. Essa é a grande mentira da esquerda "progressista", porque sempre hpuve bagunça, brigas, intervenções da polícia e até mortes nos tempos da ADEG e depois SUDERJ. As filas tambem eram intermináveis com gente que levava até barracas e cozinha para passarem noites e dias na espera da fila. As Empresas Públicas tambem atrasavam e ainda atrasam salários, décimos terceiros e aí não por falta de dinheiro mas por roubo de seus funcionários do dinheiro do pagamento.
lAs Empresas Privadas não são o grande modêlo da adminstração, mas são elas que alavancam o progresso e que fazem o país crescer, apesar de serem roubadas diariamente pelos agentes fiscalizadores do governo que não fiscalizam e vivem acharcando essas Empresas, apesar do grande saláriio que recebem do Estado.
O Estado não tem que estar presente no processo industrial e comercial do país. Ele não tem condições nem preparo para adminstrar uma Nação, porque é pela sua própria natureza corrupto e corruptor.