por Eli Halfoun
Se até agora na política tudo acabava em pizza, corremos o risco de ver tudo acabar em panetone nesse período de festas. Essa é a nova maneira de se referir aos escândalos que nunca são punidos. Alheio ao que dizem dele o panetone, se impõe cada vez mais nas mesas natalinas: a previsão é de que esse ano sejam vendidos 18 milhões de panetones, um milhão a mais das vendas do ano passado. O aumento de vendas está diretamente relacionado com a variedade de marcas e de sabores, o que inclui panetones destinados a consumidores de baixa renda. Levantamento dos fabricantes revela que no ano passado o produto atingiu 49% dos consumidores da classe C, 32,6% das classes D e E, enquanto as classes A e B consumiram 59,5% da produção, a maioria em São Paulo e região sul que representam 69% das vendas anuais.
Panetone também é cultura: portanto, saiba o que está comendo: o panetone tem sua origem em Milão e apesar das variações de agora sua receita original inclui apenas passas e frutas secas no recheio. O verdadeiro panetone italiano tem a cor interna mais amarelada do que o panetone feito no Brasil porque usa mais ovos e menos gordura. O nome surgiu no século XVII na Lombardia quando um padeiro chamado Toni criou essa alternativa do pão doce tradicional. No inicio era chamado de pane Toni até virar (oh! quanta originalidade) panetone e ganhar vários tipos de recheios doces e agora também salgados. Em Brasília, certamente o panetone será aromatizado com arruda e recheado com maços de dinheiro.
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