por Gonça
Sem querer concorrer com a bela foto postada pela Jussara logo abaixo, aí vai um flagrante que fiz há pouco ao voltar de Campinas. E uma imagem menos poética da mesma Baía de Guanabara. A área depois da ponte na direção do fundo da baía virou um "estacionamento" de navios. Mais perto de Niterói, dá para ver que alguns barcos estão desativados e virando sucata. E há um exagero de plataformas de petróleo, balsas, guindastes flutuantes, pesqueiros espalhados pela baía. Esse navios deixam vazar óleo e, embora seja proibido lavar tanques e jogar a água suja no mar, a maioria faz isso. Perguntas de um leigo: algúem sabe como funcionam os esgotos desses navios, há estações de tratamento a bordo? E os navios de cruzeiros que carregam milhares de passageiros tratam seus dejetos ou não os tratam? Tratados ou não, são lançados ao mar? Imagino que, se assim for e considerando que cerca de 70% da superfície do planeta está ocupada por oceanos, o mundo, como diria apropriadamente o Lula, vive na merda. Literalmente.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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2 comentários:
A Baia da guanabara deixou de ser poética há muito e muito tempo. O seu principal poluidor não é ninguem mais do que a Empresa Estatal que – dizem os "progressistas"– é do povo brasileiro. A Petrobras, há alguns anos atrás deixou fundeados na Baia, na altura da Ilha do Fundão, quase uns dez navios, todos, todos da extinta Cia de Navegaçào da Petrobrás, que por estar extinta os abandonou naquele local. A irrespondabilidade ficou séria, porque com os movimentos das marés os navios se aproximaram perigosamente da Ponte Rio-Niterói, passando ser uma ameaça a integridade desse monumento e quase aconteceu o desastre maior. Durante uma tempestade violenta que se abateu sobre a Baia, um dos navios chegou a se chocar contra os alicerces do vão central da Ponte, quase se tornando uma tragédia nacional, porque esse choque ocorreu durante o "rush", na hora de maior movimento de carros atravessando a Ponte em direção à Niterói.
A Petrobras, agora, estaciona tambem, na Baia, as suas plataformas de petróleo, que não estão mais em uso e se tornaram obsoletas. Viraram ferros velhos. E o que fazer com elas? –Deixe-as lá no canto da Baia, que ninguem vai notar. É assim que trabalha a empresa do Povo Brasileiro
amigo debarros, você deve concordar que não importa se o lixo naval é estatal ou privado, é tudo lixo. A baía não pode ser um cemitério de navios. Há barcos do extinto Lloyd, embarcaçoes arrestadas pela alfândega, pesqueiros, velhos rebocadores de estaleiros mas a maioria, segundo dados da secretaria de indústria naval e petróleo, é da massa falida da Cia Star. O maior vazamento de óleo de um navio abandonado registrado na baía foi dessa companhia. Autoridades da Capitania dos Portos e da Feema afirmam que muitos estão envolvidos em processos judiciais trabalhistas e não podem ser removidos. Enquanto isso, a baía corre riscos.
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