por Eli Halfoun
Aqui mesmo nesse movimentado Panis, o Gonça praticamente esgotou o assunto em torno da polêmica (diria até grosseira, mesmo que verdadeira) declaração de Caetano Veloso ao manifestar seu apoio à candidatura Marina Silva à Presidência da República (“É inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro”). Assim como qualquer um, Caetano tem, sim, o direito de pensar o que quiser e o também democrático direito de expressar sua opinião, até quando o faz com a mesma grosseria que aponta no presidente. Anotem aí: esse episódio não ficará apenas no disse-me disse. Lula certamente vai reagir e também está em seu pleno direito democrático. Certamente a intenção de Caetano não era a de ganhar espaço na mídia que esse ele e seu indiscutível talento musical nem precisam mais, mas a bombástica declaração repercutiu e continuará repercutindo e dividindo opiniões, o que é saudável no também saudável jogo democrático. O mais engraçado é que esse agora falastrão Caetano era duramente criticado quando com preguiça baiana limitava-se a responder com um “é”, “pois é” u um simples “sei não” as perguntas que lhe eram feitas. Ninguém gostava (virou até motivo de gozação) do tom monossilábico de Caetano como parece não estar gostado agora quando ele mostra não ter papas na língua. Essa discussão ainda renderá muito e acabará sem qualquer conclusão como, aliás, acontece sempre na política. Então vamos ficar assim: eles que são nordestinos que se entendam”. Se é que é possível.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
2 comentários:
Caro debarros, foi, de fato, uma noite especial. Para nós, que não buscamos os 15 minutos de fama, nem cinco, nem um, ficou o resultado de um trabalho de três anos que registra fatos e gente das redações onde passamos boa parte das nossas vidas profissionais.De certa forma, este blog é extensão e consequência do Aconteceu.
Um leitor no Globo de hoje vai na mosca: Caetano deveria respeitar os analfabetos porque ele mesmo é um analfabeto em música, não compõe em partitura, não lê pautas etc. E mesmo assim fez belas músicas.
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