Olha só o Opash aí na revista Amiga na década de 70. (a página acima, em preto e branco, foi reproduzida do blog Memória da TV). A propósito, no Brasil não há uma política cultural de preservação dos fatos e imagens da televisão. Muita coisa foi destruída pelas próprias emissoras ao longo de décadas. Blogs e sites de especialistas ou de telespectadores têm feito parte desse papel na Internet. Segue o link: http://memoriadatv.blogspot.com/
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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domingo, 23 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Na casa do Opash só dá barraco
Cara, esse Opash, da novela Caminho das Indias, é um tremendo sofredor. A família do sujeito é um encrenca só. É barraco toda hora. Quer ver?
- Primeiro, ele não sabe quem é o pai, só agora começa a desconfiar que a mãe deu uma saidinha pelo mercado fora do casamento;
- o neto não é filho do filho e sim de um dalit, gente que ele abomina;
- a nora inventa uma barriga de espuma e o pobre Opash acredita e fica feliz com a perspectiva de outro neto;
- a filha mais nova se mandou de casa;
- o filho casou com uma estrangeira, coisa terrível também para ele;
- o outro filho teve um caso com outra estrangeira;
- ambas engravidaram; com isso, além do neto dalit, é avô de dois indu-brasileiros, o que não é fácil de aturar;
- vai descobrir que o cara que mais odeia, Shankar, é, na verdade, seu pai;
- a guria neta afana objetos da casa dele para dar para um moleque dalit com quem brinca de médico no matagal perto de casa;
- a nora, que foi operadora de telemarketing, ajudou um empresário brasileiro a dar um desfalque na firma da própria família;
- o tal Opash ainda consegue sustentar toda essa galera, que só de chá toma galões de meia em meia hora, vendendo tecidos em uma lojinha como essas que no Saara tem aos montes;
- a família é de suicidas em potencial, todo dia alguém ameaça se atirar em um poço com um pedra amarrada no pescoço;
- ele só leva vantagem em uma coisa: mora um bando de gente na casa mas dá para levar o serviço com uma empregada só já que o chá, que vem sempre com porção de biscoito Globo, a única coisa que a cozinha da casa oferece, é preparado pelas noras que lhe dão comida, roupa lavada e fazem a faxina;
- a faxina na casa mas menos nos banheiros, sim porque o Opash ainda é obrigado a conviver com um banheiro entupido meio Central do Brasil já que a família é de uma casta que não pode lavar o vaso e também não pode chamar uma faxineira dalit que os deuses vão engrossar.
- aliás, a família deve gastar uma grana de Atroveran, porque quando tem um problema bebe água do Ganges, rio mais poluído do que o canal do Mangue, ter diarreia lá deve fazer parte dos costumes e tradições;
- morando numa zorra dessas, Opash só fica feliz quando sai de casa. Isso se ao abrir a porta não der de cara com uma viúva ou com uns caras esquisitões que dão uma azar do cacete. Nessa hora, Opash tem um ataque, vira uma Shiva enlouquecida, bate o pé, rola um pânico que a família corre para acalmar.
- para encontrar a paz, ele só tem o conforto da religião. Só que o único sacerdote com quem reza e pede conselho é um tremendo vigarista, vive de arrumar casamentos para descolar uma comissão ou de consultar os astros mediante uma quantia quando Opash tem dúvida em fazer ou não algum negócio ou tomar um decisão. É o guru 171.
- tem que rolar uma campanha: salvem as baleias, salvem os pandas, salvem o Opash.
- no capítulo seguinte, tudo começa de novo. (foto divulgação Tv Globo)
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