"A Revolução Francesa só aconteceu quando a guilhotina começou a funcionar."
Victor Hugo
(1882-1885)
"A Revolução Francesa só aconteceu quando a guilhotina começou a funcionar."
Victor Hugo
(1882-1885)
Nélson Rodrigues na Manchete. Reprodução Foto de Paulo Scheuensthul |
Nélson Falcão Rodrigues (1912-1980) – o yin e o yang de nossa literatura.
Por que trago Nelson à cena nesta altura do campeonato? Porque, com a reedição dos seus romances pela HarperCollins, ele se tornou um de nossos ficcionistas mais publicados. Depois, porque encontrei no camelô da esquina por dez reais uma edição nova em folha de A cabra vadia/Novas confissões, 470 páginas de um Nelson-por-ele-mesmo. Vou dar só uma amostra, que é a primeira das 85 confissões, intitulada “O ex-covarde”, onde ele desfia o rosário de tragédias da família Rodrigues:
“Sofri muito na carne e na alma. Primeiro foi em 1929, no dia seguinte ao Natal. Às duas horas da tarde, ou menos um pouco, vi meu irmão Roberto ser assassinado. Era um pintor de gênio, espécie de Rimbaud plástico, e de uma qualidade humana sem igual. Morreu errado ou, por outra, morreu porque era ‘filho de Mário Rodrigues’. E, no velório, sempre que alguém vinha abraçar meu pai, meu pai soluçava: – ‘Essa bala era para mim.’ Um mês depois meu pai morria de pura paixão. Mais alguns anos e meu irmão Joffre morre. Éramos unidos como dois gêmeos. Durante 15 dias, no Sanatório de Corrêas, ouvi a sua dispneia. E minha irmã Dorinha. Sua agonia foi leve como a euforia de um anjo. E, depois, foi meu irmão Mário Filho. Eu dizia sempre: – ‘Ninguém no Brasil escreve como meu irmão Mário.’ Teve um enfarte fulminante. Bem sei que, hoje, o morto começa a ser esquecido no velório. Por desgraça minha, não sou assim. E, por fim, houve o desabamento de Laranjeiras. Morreu meu irmão Paulinho e, com ele, sua esposa Maria Natália, seus dois filhos, Ana Maria e Paulo Roberto, e sua sogra, D. Marina. Todos morreram, todos, até o último vestígio. Falei do meu pai, dos meus irmãos e vou falar também de mim. Aos 51 anos, tive uma filhinha que, por vontade materna, chama-se Daniela. Nasceu linda. Dois meses depois, a avó teve uma intuição. Chamou o Dr. Sílvio Abreu Fialho. Este veio, fez todos os exames. Depois, desceu comigo. Conversamos na calçada do meu edifício. Ele foi muito delicado, teve muito tato, mas disse tudo. Minha filha era cega.”
Nelson não menciona outro drama imenso. Ele, que gostava, de se proclamar o Reacionário e cutucar as esquerdas, teve o filho Nelsinho, militante opositor da ditadura militar, preso e torturado e, só então, depois de obter a soltura do rapaz junto aos generais de plantão, reviu suas posições e passou a defender a “anistia ampla, geral e irrestrita”.
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Guimarães Rosa. Reprodução |
Nélson Rodrigues também morreu num domingo, três dias antes do Natal de 1980, de complicações cardiorrespiratórias, e foi enterrado também no cemitério de São João Batista – onde sepultaram Guimarães Rosa no mausoléu da Academia. Detalhe: no fim da tarde daquele domingo, o falecido Nélson fazia treze pontos na Loteria Esportiva, num "bolão" com seu irmão Augusto e colegas de O Globo.
Tive o privilégio de conhecer Nélson Rodrigues em carne e osso. Quando adentrava a redação da Manchete, bradava no seu vozeirão abaritonado:
“Salve, Adolpho Bloch, o Cêcil B. de Maille (sic) do jornalismo!”
Era generoso nos apelidos. Um de nossos colegas, o bronzeado e atlético Cláudio Mello e Souza, foi contemplado com dois: O Remador do Ben Hur e O Havaiano de Ipanema. Numa de suas últimas matérias para a revista Manchete, sobre sua peça A serpente, em 1978, um Nélson já adoentado submeteu-se pacientemente a posar para uma foto com uma ridícula cobra de pano enrolada no pescoço.
Na obra clássica de Doménikos Theotokópoulos, El Greco, Jesus enquadra os corruptos do templo |
"Tendo Jesus entrado no pátio do templo, expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo; também tombou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos comerciantes de pombas. 13 E repreendeu-os: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; vós, ao contrário, estais fazendo dela um ‘covil de salteadores’”.
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Pensou que o desconto chegaria até você. O Globo alerta |
O governo Bolsonasro anuncia cortes de impostos e redução de alíquotas em combustíveis e alimentos. A mídia noticia e os brasileiros sufocados por inflação, desemprego, informalidade e achatamento salarial sonham com alguma alívio no bolso. No começo tudo é festa. De olho na reeleição, o presidente, o Centrão, ministros etc faturam no jogo eleitoral. Passados alguns dias, como cita o Globo em matéria hoje, a verdade começa a aparecer. Empresários e a cadeia do mercado absorvem a maior porção ou tudo na redução ou no fim dos impostos. É o que sempre acontece. Foi assim com os combustíveis em iniciativas anteriores do tipo. Isso já aconteceu com reduções de ICMS e IPI. Há alguns anos, o governo reduziu o IPI dos carros. O consumidos foi beneficiado? Necas. As montadoras alegavam que a maior demanda por determinados modelos neutralizava o desconto. No fim de fevereiro, o governo anunciou o corte do IPI em carros (alguns modelos tiveram desconto de cerca de 18%). Em março, sites especializados no mercado, apontaram que, para o consumiror, nada tinha mudado. Ninguém fiscaliza se o desconto chega ou não chega ao consumidor.
A Associação Comercial de São Paulo mantém o Impostômetro, um totalizador do pagamentos de tributos. Beleza. Mas deviam inaugurar o Sonegômetro. Quando muitos deixam de pagar, os impostos logicamente ficar mais altos para quem cimpre suas obrigações fiscais. Seria educativo o Sonegômetro.
Quer ver outra forma de enganar o contribuinte-consumidor-usuário? Em função da estiagem recente que afetou as hidrelétricas, a geração de energia ficou mais cara pelo uso de termelétricas movidas a gás, diesel e carvão. O governo vai ajudar as distribuidoras com dineiro público e já avisa que o consumidor pagará na conta de luz o montante bilionário. Estranhamente, mídia e economistas chamam a ajuda de "empréstimo". Para o cidadão comum, emprestimo é algo que o tomador se compromete a pagar. No caso desse "empréstimo", a mídia não esclarece. E fica a pergunta: se o governo vai "emprestar" os bilhões às distribuidoras e deixa claro que recolherá depois o valor na conta dos consumidores, quando as distribuidoras pagarem o "empréstimo" os consumidores receberao de volta o que "emprestaram" ao govero?
Se isso não acontecer, a bufunfa não é "empréstimo" e sim doação. Certo?
Esse aspecto interessante que não me escapa: o pastor recorre ao valioso ouro. Podemos esperar outras transações usando valores consagrados em tempos antigos? A mirra, por exemplo, era muito apreciada pelos efeitos terapêuticos. O incenso era bem cotado. Nos vilarejos mais imundos e onde mortos jaziam ao ar livre, essa resina aromática - acreditava-se que a fumaça subia aos céus - chegava a valer mais do que o ouro. Entende-se. O mau cheiro devia ser um grande problema na época. Tanto que o olíbano, outra resina perfumada, também era commoditie. Era chamado de "suor dos deuses" e concorria em valor com o ouro. Podia ser usado como analgésico. Era produto de exportação e também servia para pagamento de dívidas e para limpar o nome nos "serasa" da Galiléia. A canela e o açafrão eram coisa fina. Supondo que um religioso influente da época pretendesse obter, digamos, a exclusividade de uma rota para transporte de especiarias, o "homem de bem" poderia prometer a autoridade um mimo em forma de carregamento de canela. Obteria a concessão, certamente.
As pedras preciosas, claro, mandavam bem no mercado da corrupção. Além do valor em si, carregavam poderes místicos que lhes davam ainda maior importância. Se quisesse ter a mulher de um potentado com aliada, uma joia de jasper era tiro certo, simbolizava a paixão; sárdio, crisólito e calcedônia eram apreciados como reforço nos lobbies empreendidos por negociantes.
Fica a ideia aos corruptos atuais. Em vez de carregar volumosas malas de dinheiro e entupir apartamentos com sacos de notas de 100 e 200 reais, poderão transportar com discrição pedras valiosos, incenso e mirra. As duas últimas também facilitariam a lavagem de dinheiro e evitariam problemas legais. Duvido que o Banco Central fiscalize o mercado de especiarias é e improvável que a justiça eleitoral exiga dos políticos candidatos declaração de bens em olíbano e açafrão.
Antes que eu me esqueça: não me venham falar em intolerância religiosa. Pastores que fazem politica são políticos e devem ser tratados como tal sempre que estiverem nessa atividade. Intolerância religiosa é outra coisa. É, por exemplo, atacar e incendiar terreiros de religiões afro-brasileiras e destruir imagens de santos católicos.
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Altos voando alto. Reprodução |
Consolo póstumo não existe, mas os carrascos dos gaúchos Grêmio e Internacional foram eliminados nessa fase. O Mirassol paulista pelo Azuriz paranaense; o Globo FC potiguar pelo Brasiliense (DF). Dois times parelhos, o Goiás despachou o Criciuma: mais um catarina fora, no rastro de Chapecoense, Figueira e Avaí. O Cascavel paranaense, que eliminou a Ponte Preta, foi eliminado agora pelo Tocantinópolis. Falta só um jogo na segunda fase: o Vitória baiano encara em casa, no Barradão, dia 23, o estreante Glória, de Vacaria (RS), que eliminou o Brasil de Pelotas. Os nomes são fortes: será a glória do Vitória? Ou uma zebraça: a vitória do Glória?
Bolsonaro |
Política e cocar não combinam. É azar na certa. A história do Brasil comprova. O problema, segundo indígenas, é que os caciques só usam o adereço quando feito de animais que seguem vivos após cederem algumas penas. Se isso não acontecer - e é mais comum o abate da ave - não são positivos os presságios. Os políticos desconhecem a origem dos cocares promocionais que exibem e, por isso, pagam caro.
É longa a lista dos líderes que cederam ao marketing e se deixaram cobrir por cocares vistosos. O último foi Bolsonaro. Que a lenda não o poupe. O cocar do Bolsonaro (foto ao lado) parece mais hollywoodiano, retrofitado pela Secretaria de Comunicação do Planalto. Bolsonaro tem dados mostras de que é azarado crônico, condição que se alia à sua notavel incompetência. Sua gestão teve a pandemia da Covid-19, desabamentos mortais de barratgens, secas até no Sul do país, incêndios recordes no Pantanal e na Amazônia, falta de chuvas que impactaram a energia elétrica e o bolso dos brasileiros, enchentes fatais e até a guerra na Ucrânia que joga nas alturas o preçosno Brasil. Imaginem a uruca agora que ele usou cocar.
Lula |
Dilma |
por José Esmeraldo Gonçalves
A Frase do Dia, no post anterior, é oportuna. Os canais de notícias fazem atualmente um jornalismo baseado principalmente em análises de "especialistas" convidados e opiniões de âncoras e comentaristas contratados. Nesse aspecto é um espécie de "internetização" do jornalismo, um turbilh~qao de opiniões e "sacadas'.
Os repórteres que ainda resistem bravamente são geralmente escalados apenas para ouvir assessorias de imprensa e autoridades - é a praga do jornalismo declaratório - e, às vezes, tentar saber o que o "outro lado" pensa.
Matérias investigativas nos canais por assinatura? Diz aí uma só. Curiosamente, muitos poderão lembrarão que é o velho e semanal Fantástico, da TV Globo aberta, ainda investe com frequência em reportagens investigativas. Jornais como Folha de São Paulo e Estadão ainda surpreendem de vez em quando com matérias investigativas. No digital, têm se destacado os portais Metrópoles, UOL, BBC Brasil e, especialmente, sites de jonralismo independente, como Brasil de Fato, Intercept, Ponte, Agência Publica, Lupa, além de muitos pequenos veículos regionais qie fazem um contrapónto à mídia neoliberal.
Somando Globo News, CNN BR, Band News, Record News, JP News, vão ao ar diariamente mais de 50 especialistas opinando sobre os mais diversos assuntos. São tantos que já deve ter criança querendo ser "especialista" quando crescer. O jornalismo de palestrante só não cresce mais porque quando um convidado surpreende ao analisar um fato qualquer sob ângulo contrário à orientação politica, econômica, religiosa etc das empresas de comunicação entra para um índex de eternos desconvidados.
Bom, a fórmula deve dar boa audiência já que todos a seguem.
Não por acaso. comentários dos "especialistas" e da aglomeração de comentaristas contratados rendem polêmicas e retuítes nas redes sociais. É tamanho o fluxo de opiniões que é impossível evitar que muitas delas sejam desbaratadas e se transformem em discussões nas redes sociais.,
Veja o caso da atual polêmica envolvendo o Telegram. O aplicativo está no foco de um investigação sobre crimes digitais na internet. Fake news, ataques à democracia, calúnias, mensagens políticas ilegalmente impulsionadas, racismo, preconceito, misoginia, incitação à violência são conteúdos que desembestam nas redes sociais e no Telegram aparentemente com maior intensidade. O ministro Alexandre Moraes mandou tirar o Telegram da tomada. Alguns "especialistas" e comentarisas divergiram. Os jornalistas neoliberais defenderam a liberdade total e chamaram o ato do STF de "censura". Um deles, Jorge Pontual, da Globo News, pregou como se fosse um missionário do liberalismo ao dizer que as fake news devem ter transito livre e que cabe ao ouvinte, assinante, leitor decidir sobre o que é fake e o que não é. Felizmente, no mesmo programa, a comentarista Flávia Oliveira esclareceu que o Telegram, ao contrário do que Pobntual argumentou, foi bloqueado por não atender a nenhum das intimações do STF e por não ter representante legal no Brasil - apenas um advogado que cuida de direitos autoriais. Não foi desligado por veicular conteúdo falso ou não. Foi penalizado por não dar bola para a Corte máxima da democracia brasileira. Se tivesse atendido ao STF, como fez, por exemplo, a justiça alemã em caso semelhante, teria sido possível bloquear apenas os canais criminosos e não todos os usuários.
O STF informou ontem que o Telegram finalmente atendeu à determinação do ministro Alexandre Moraes quanto às questões criminais e demais demandas jurídicas. O aplicativo finalmente instalará um representante formal no Brasil, deixando a cladestinidade virtual. Com isso foi liberado para voltar a funcionar.
Restou aos coleguinhas que chamaram a decisão do STF de "censura", a subida "honra" de estar junto e connectado a Jair Bolsonaro.
“O especialista é um homem que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, e por fim acaba sabendo tudo sobre nada.”
GEORGE BERNARD SHAW (1856-1950)
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Foto Lev Shevchenko, Instagram |
"Repara que o outono é mais estação da alma do que da natureza"
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
“A tolerância chegará a tal ponto que as pessoas inteligentes serão proibidas de fazer qualquer reflexão para não ofender os imbecis.”
A Rússia está no alvo de todo tipo de sanções. Mas nada deve ser mais dramático do que a participação do Brasil na estratégia ocidental contra o país de Putin. Há sinais de pânico em Moscou. Cerca de 40% de tudo que o que o Brasil exporta para a Rússia é... amendoim. Pois é, como poderão sobreviver sem a leguminosa rica em ômega-3 e vitamina B? Grande parte do amendoim made in Brazil é consumido em forma de aperitivo naquelas tigelinhas largadas nos balcões dos bares e manuseadas por mãos que vão e voltam dos banheiros. É também usado para fazer doces. Nessa brincadeira, os russos compraram do Brasil, no ano passado, mais de 250 milhões de dólares desse tira-gosto típico do Bananão (apud Ivan Lessa). A Ucrânia também compra amendoim do Brasil, mas bem menos, cerca de 3 milhões de dólares anuais. O apagão de amendoim na Rússia poderá brochar a população. Como se sabe, a leguminosa leva a fama de competente energético sexual. Se os russos já se estressam com a falta de Big Mac, imagine a irritação na cama com a carência de amendoim. Isso sim pode derrubar Putin. Que mané OTAN que nada. O mérito será da subdesenvolvida pauta de exportação da pátria amada.
O futebol brasileiro viveu a fase dos mecenas, ricos comerciantes e industriais que botavam dinheiro nos clubes. Teve em seguida a era dos cartolas "izpertos" que se eternizavam nas diretorias, eram apaixonados pelo futebol mas já não tão transparentes no caixa. Passará agora à fase das SAF e dos donos dos times, começando pelos quase falidos como Cruzeiro, Vasco, Botafogo e outros na fila do que imaginam ser o paraíso. Não é. Os compradores de times estão aí para fazer negócio e ganhar dinheiro. Claro que vão querer botar a mão no patrimônio dos clubes, seja o dos contratos dos jogadores, os lucros da formação e venda de atletas, os imóveis, centros de treinamento e estádios, patrocínios, direitos televisivos, prêmio, sedes etc. Querem porteira fechada. É o caso do Ronaldo Fenômeno no Cruzeiro. Começou "fofo", mas começa a jogar duro. E o Cruzeiro com a corda no pescoço dificilmente resistirá ao avanço do investidor. Esse modelo deverá predominar no Botafogo e no Vasco. A SAF não está pra brincadeira. O futuro comprovará.
"A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.”
Orlando Brito - Reprodução Instagram |
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Esta loja do McDonald’s em Moscou já foi a maior de toda a rede no mundo. Reprodução NextaTV |
Um cidadão moscovita abarrotou sua geladeira de Big Macs comprados a peso de ouro. Reprodução Twitter |
O CEO do McDonald’s na Rússia, Chris Kempczinski9, disse que a empresa se une ao mundo para condenar a agressão e a violência contra a Ucrânia. Os funcionários russos continuarão recebendo seu salário integral enquanto durar a paralisação da rede. KFC e Pizza Hut também fecharam suas portas na Rússia.
Não é só a fast food que protesta. Itens de luxo também tiveram suas vendas à Rússia suspensas, como caviar, trufas, charutos e champanhe.
O tirano Vladimir Putin certamente não será privado das delícias do mundo em seu bunker. Mas vale perguntar: teria ele, a esta altura do campeonato, algum motivo para estourar e degustar uma Veuve Clicquot ou um Dom Perignon?
Está aberta a temporada de venda de armas. Reprodução O Globo |
"Políticos e fraldas devem ser trocados com frequência, e pelos mesmos motivos."
MARK TWAIN (1853-1910)
Carro movido a gasogênio. Fot reproduzida ddo livro Der Käfer II, de Hans-Rüdiger Etzold |
O Vasco, o Gigante da Colina, foi a Petrolina e se apequenou. Foi eliminado da Copa do Brasil nos pênaltis pelo Juazeirense, com direito a vexame do Nenê.
Os dois catarinas também dançaram. O Figueirense foi eliminado pelo Cuiabá nos pênaltis e o Avaí tomou um 2x1 do Ceilândia numa noite encharcada na Ressacada. A esta altura o torcedor número um do Avaí, o supercampeão de tênis Guga – está perdendo a paciência com o seu timinho.
Cartolas do Ceilândia pagam promessa. Imagem reproduzida de vídeo do GE.
Em compensação, os dirigentes do Ceilândia (DF) que acompanharam seu time a Floripa, atravessaram o campo da Ressacada de joelhos em gesto de agradecimento. A imagem do canal GE do Portal G1, viralizou nas redes sociais No primeiro jogo, o Ceilândia eliminou o Londrina. Já o Pouso Alegre (MG), que eliminou o Paraná, deu trabalho ao Coritiba na segunda fase e só perdeu nos pênaltis. Aguardem os próximos capítulos.
por Ed Sá
A Prefeitura do Rio de Janeiro tornou opcional o uso de máscaras em ambientes fechados. Antes, havia liberado o acessório em situações ao ar livre. A decisão é criticada por cientistas. Embora o controle da pandemia esteja à vista, cidades do Grande Rio com enorme integração com a capital não exibem números expressivos de vacinação.
Vale o bom senso. Ocorrendo aglomeração, use sua máscara em qualquer ambiente.
De qualquer forma, a decisão pode abrir alas para um carnaval total. A prefeitura já havia liberado os desfiles das escolas de samba em abril, segundo o calendário abaixo:
20/04 (Quarta-feira) – Série Ouro – Liga RJ
21/04 (Quinta-feira) – Série Ouro – Liga RJ
22/04 (Sexta-feira) – Grupo Especial – Liesa
23/04 (Sábado) – Grupo Especial – Liesa
24/04 (Domingo) – Desfile das Crianças – Aesm-Rio
26/04 (Terça-feira) – Apuração
30/04 (Sábado) – Campeãs – Liesa
Com o fim da obrigação de uso de máscaras, caso as estatísticas da pandemia no Rio permaneçam em queda, é possível que os blocos de rua, até agora não oficialmente autorizados, recebam sinal verde para botar o carnaval nas ruas também em abril. A conferir.
por Niko Bolontrin
Nos últimos meses, como os fatos indicam, aumentou a violência entre torcedores do futebol. Agressões, mortes, ofensas racistas já são contabilizadas em vários confrontos. Abel Ferreira, o vitorioso treinador do Palmeiras, revelou em coletiva que duvida se poderá permanecer em um país onde o hábito de ver futebol pode ser brutal e até mortal. Por tudo isso, os jogadores deveriam evitar provocar torcedores adversários. Isso piora a situação e amplia o clima de guerra. Resulta em conflitos. Claro que há entre os torcedores grupos que não precisam de incentivo para brigar e matar: são os bandos ligados a faccões criminosas. Esses são um problema crônico de segurança pública. Em todo caso, ir à margem do campo para provocar torcedores, como fez um jogador do Flamengo no último domingo, em nada ajuda.
Se as torcidas querem guerra bem que poderiam se voluntariar para lutar na Ucrânia. Garanto que a maioria que vai aos estádio ver o jogo ajudaria a pagar a passagem para Kiev. De ida.