Mostrando postagens com marcador prefeitura do rio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador prefeitura do rio. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 8 de março de 2022

Carnaval total em abril? E sem máscaras?

por Ed Sá

A Prefeitura do Rio de Janeiro tornou opcional o uso de máscaras em ambientes fechados. Antes, havia liberado o acessório em situações ao ar livre. A decisão é criticada por cientistas. Embora o controle da pandemia esteja à vista, cidades do Grande Rio com enorme integração com a capital não exibem números expressivos de vacinação. 

Vale o bom senso. Ocorrendo aglomeração, use sua máscara em qualquer ambiente.

De qualquer forma, a decisão pode abrir alas para um carnaval total. A prefeitura já havia liberado os desfiles das escolas de samba em abril, segundo o calendário abaixo: 

20/04 (Quarta-feira) – Série Ouro – Liga RJ

21/04 (Quinta-feira) – Série Ouro – Liga RJ

22/04 (Sexta-feira) – Grupo Especial – Liesa

23/04 (Sábado) – Grupo Especial – Liesa

24/04 (Domingo) – Desfile das Crianças – Aesm-Rio

26/04 (Terça-feira) – Apuração

30/04 (Sábado) – Campeãs – Liesa

Com o fim da obrigação de uso de máscaras, caso as estatísticas da pandemia no Rio permaneçam em queda, é possível que os blocos de rua, até agora não oficialmente autorizados, recebam sinal verde para botar o carnaval nas ruas também em abril. A conferir.

domingo, 11 de junho de 2017

Boni pede demissão de Conselho de Turismo e revela que Prefeitura do Rio ameaça atravessar o samba no Carnaval 2018...

Reprodução
O Carnaval é um dos principais produtos culturais e turísticos do Rio de Janeiro.

Entre blocos e Sambódromo - aí incluídos os dias de ensaios abertos - e quadras das escolas com shows a partir de outubro, a festa atrai milhões de pessoas (em 2016, apenas nos dias de carnaval propriamente dito, foram 5 milhões de foliões) e gera receitas com turismo em torno de R$ 3 bilhões.

Tudo isso está em risco.

Convidado pelo prefeito Crivella, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, participava de um Conselho de Turismo que pretende contribuir com projetos para melhor aproveitamento do potencial do setor, no Rio.

Na semana passada, Boni, decepcionado com o marasmo, se desligou do Conselho. "Queria fazer inovações, mas não acontece nada, ficará tudo como está ou pior", confessou o empresário à coluna Gente Boa, do Globo.

Boni conhece carnaval e foi o responsável pela parceria entre as escolas de samba, representadas pela Liesa, e a TV Globo, que, queiram ou não, foi acordo fundamental para o crescimento do evento a partir da década de 1970.

A Globo, no ritmo dos seus interesses comerciais e de entretenimento, claro, entrou com uma extraordinária divulgação dos desfiles; e as escolas profissionalizaram o evento embaladas pelo talento de nomes como Joãozinho Trinta, Fernando Pamplona, Rosa Magalhães, Laíla, Max Lopes, Arlindo Rodrigues, Renato Laje, Paulo Barros, Leandro Vieira e tantos outros.

As revistas Manchete e Fatos & Fotos também tiveram participação histórica na valorização do carnaval, isso desde anos 1950 e 1960, com amplas coberturas. Em 1984, inauguração do Sambódromo, a Globo, então fazendo violenta oposição ao governo Leonel Brizola, não quis transmitir os desfiles. A Rede Manchete agradeceu, pediu passagem, ficou com a exclusividade naquele ano, registrou grandes audiências e ainda mostrou a Mangueira campeã. No ano seguinte, Boni colocou a Globo de volta na avenida em parceria com a Rede Manchete. Esse acordo durou vários anos. As revistas Manchete, Fatos & Fotos, Amiga e a Rede Manchete dividiam uma área de conteiners de produção no Sambódromo com a Rede Globo e, certamente, muitos repórteres do grupo Bloch viram o Boni em campo, na pista e na concentração, comandando pessoalmente a cobertura global.

Além de uma reconhecida paixão pelo carnaval, o então todo-poderoso da Globo tinha entre seus amigos alguns dos mais famosos patronos das escolas de samba. Jamais escondeu isso. Com els, dividia mesas na Plataforma, uma espécie de templo carioca encravado no Leblon.

Por tudo isso, no Conselho de Turismo de Crivella, Boni era o PhD do carnaval.

Já estamos em junho e se Crivella não disse a que veio nem em relação à própria administração e parece indeciso entre ser prefeito e orar em missão religiosa no exterior, porque daria atenção ao Carnaval? O prefeito sequer recebeu os representantes das escolas. No momento, os trabalhos na Cidade do Samba estão paralisados, o sorteio da ordem dos desfiles pode ser suspenso, funcionários foram demitidos, e não se sabe quanto será investido em forma de subvenção (e esse investimentem torno de 60 milhões de reais é um dos motores dos cerca de 3 bilhões que a cidade fatura, com turismo, consumo e serviços, durante o Caraval). Os blocos, também protagonistas da festa, têm queixas, a Riotur promete mudanças, mas a indefinição é o enredo do momento  em todas as alas.

Foi esse quadro de falta de transparência, excesso de burocracia, influências políticas e amadorismo que Boni, sem fantasias, colocou na rua.


sábado, 18 de março de 2017

UPA: tratamento VIP e cinco estrelas. Quebrei a cara em Botafogo e recorri ao SUS. E não é que cuidaram bem de mim?


por Roberto Muggiati

Tropecei no meio-fio e mergulhei de cabeça no asfalto da rua. Imediatamente um rapaz e uma moça me ajudaram a levantar, queriam que eu encostasse na calçada. Agradeci e expliquei que morava perto e estava bem. Não estava tão bem assim.

O detalhe hediondo: eu tinha comprado um potinho de curau temperado com canela e o carregava como um bem precioso, mas de repente curau, sangue e canela se misturaram, ainda hesitei antes de jogar o pote fora. Em casa, avaliei o prejuízo: joelhos e palmas da mão ralados, o joelho esquerdo inchado e doendo e uma devastação geral no rosto na lateral do olho direito. A maçã do rosto escorchada, com perda de uma parte da pele. Um talho obsceno na pálpebra superior direita que obviamente requeria sutura. “Que saco,” pensei, “deixa pra lá.” Eram sete horas da tarde e eu nem havia almoçado, trabalhava para pagar as contas, tendo completado 63 anos de jornalismo nos idos de março, dia 15. Mas ainda persistem fiapos de bom senso nesta velha carcaça. Separei o livro que estou lendo, Os belos e malditos, de Fitzgerald, e – desobedecendo meu programa Transporte Zero – peguei um táxi até a UPA de Botafogo, esperando o pior dos horrores.

Entrei e me surpreendi: o ambiente parecia acolhedor, ar condicionado, tudo certinho. Muita gente esperando, aquilo me afligiu. Mas a mocinha da recepção logo sentiu que meu caso requeria “pronto atendimento”, como a sigla UPA promete. Achou que precisaria de sutura, tirou minha pressão (13/10) e me encaminhou adiante, dez minutos depois me convocam para a triagem na Classificação de Risco. Uma jovem robusta que, depois fiquei sabendo, sofreu um tombo parecido, senão pior que o meu, me levou para uma sala onde uma enfermeira simpática, a Jaci, fez os primeiros curativos. Ela comentou comigo que era imensa a quantidade de pessoas que davam entrada na UPA em consequência de ferimentos provocados por quedas devidas ao péssimo estados dos pisos e calçadas.

Veio então o cirurgião, Diego Nascimento, aplicou a anestesia e suturou quatro pontos. Um pessoal solidário, humano, rindo da própria desgraça – os salários atrasados – adorei a UPA de Botafogo. Mil vezes melhor e menos engessada do que o meu antigo Plano de Saúde Adventista Silvestre (religião embutida nunca dá certo). Na única emergência em que recorri ao Silvestre – e tive que subir até quase ao sovaco do Cristo Redentor – fui pessimamente tratado. Esperei das três da manhã até as onze, para ser medicado de uma luxação num dedo.

Lembro ainda de outro episódio, quinze anos atrás, com fortes lesões nas costelas, sem saber se tinham quebrado – meu filho me desovou na emergência do Miguel Couto, onde fui também muito bem tratado. E atendido em menos de hora e meia, com chapa de raios-X , laudo e medicação.
Voltando às reflexões costuradas com a enfermeira Jaci, enquanto o doutor suturava minhas pálpebras, concordamos que o acidente com a colega dela e meu tombo terrível tinham tudo a ver com o mau estado do piso das calçadas da cidade.

"Eu me feri por causa de um
buraco na calçada do
Palácio da Cidade, a mansão de festas
do prefeito carioca,
na Rua São Clemente". 
Depois, ainda, me dei conta do simbolismo do acontecido: eu me feri por causa de um buraco na calçada do Palácio da Cidade, a mansão de festas do prefeito carioca, na Rua São Clemente. Nada acontece por acaso, a vida é rica em associações, e o desastre me aconteceu justamente no dia do terceiro aniversário da operação Lava-Jato. Concluindo, lembrei-me de uma declaração contundente lida dias antes, feita pelo procurador Deltan Dallagnol e publicada pelo blog da Política Brasileira.

A corrupção mata

“A corrupção mata. A corrupção é uma assassina sorrateira, invisível e de massa. É um serial killer que se disfarça de buraco de estradas, de falta de medicamentos, de crimes de rua e de pobreza” (Deltan Dallagnol, procurador da República)

A frase acima, proferida no discurso do procurador, em discurso à Câmara dos Deputados, revela bem o caráter da corrupção no Brasil. Sem dúvidas, ela é o nosso maior problema. Por conta da corrupção, direta ou indiretamente, a economia do país encolhe, pais de família perdem seus empregos, a criminalidade aumenta, e os cidadãos pagam a conta.

Se o senso comum for observado, veremos que a sensação de impunidade, e de que “tudo ficará como está” impregna as mentes dos brasileiros e, mesmo que surjam iniciativas populares com o objetivo de promover alguma mudança no cenário, muito pouco acontece, e a esperança acaba por se esvair.

Dallagnol (na foto) falou para poucos presentes, a maioria, membros da sociedade civil, e esta é a maior prova de que nossos representantes estão pouco comprometidos com atitudes que possam mudar os rumos da política no Brasil.

Mas, independentemente dos políticos, a sociedade precisa se comprometer mais. O brasileiro precisa encontrar e recuperar o gosto pela política, precisa debater, viver, participar. As estruturas partidárias precisam se revigorar e atrair novos membros, uma nova geração realmente comprometida com a mudança. Os políticos precisam se comprometer com a reforma política.

O país precisa encarar a política da mesma maneira que os gregos a encaravam na idade de ouro da civilização ocidental, com entrega e seriedade. A esperança reside nos espaços online, e na força de mobilização que o debate nas redes sociais incita. E reside no papel que o brasileiro desempenhará nas urnas, daqui em diante.

Do contrário, a corrupção continuará vitimando: pessoas, sistemas e estruturas.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Blocos cariocas: não vai ter "cercadinho de coxinhas"...

por Flávio Sépia
O proliferação de áreas vips acaba de ganhar um nome bem mais adequado: "cercadinho de coxinhas". O novo apelido provocou risadas e carimbou o rótulo de breguice na turma protegida pela cordinha do bloco "Me Esquece", que desfilou no domingo passado no Jardim Botânico.
Esse tipo de "curral" em blocos e ensaios tende a abrigar tipos identificados com os "reis do camarotes". Quase sempre, figuras desengonçadas, sem intimidade com o samba. Sabe-se lá de onde vem essa gente.

Nos últimos anos, o oportunismo tem tentado abrir alas no carnaval do Rio de Janeiro. O carnaval de rua mais democrático do país é hoje um fenômeno, mas até a metade do anos 1980 vivia uma triste decadência. O Rio sempre teve uma forte tradição de blocos. São épicos os desfiles dos Boêmios de Irajá, Cacique de Ramos, Bafo da Onça, estes chamados de blocos de embalo, além do Cordão da Bola Preta, o mais antigo do país.

Mas houve aquele período - entre meados dos anos 1970 até 1985 - em que o carnaval de rua perdeu força. As atenções se voltavam para os desfile das escolas de samba, cada vez mais grandiosos. Nas ruas, com exceção de alguns antigos blocos de bairro que resistiam - como exemplo, o pequeno e bravo Cachorro Cansado, no Flamengo - e arrastavam algumas centenas de pessoas, com poucos jovens e muitos veteranos, o destaque cabia à Banda de Ipanema. Fora do Sambódromo e de algumas praças e esquinas das Zonas Norte e Sul, a cidade não parecia respirar o carnaval. Na Zona Sul, especialmente, o clima era de um monótono feriadão. Não havia ruas e avenidas superlotadas, como Salvador e Recife mostravam a cada ano.

A campanha das Diretas, que se transformou em uma festa política, deve ter devolvido aos cariocas o gosto pelas ruas já que foi a inspiradora de blocos que nasceram naquela década como o Simpatia é Quase Amor, o Bloco do Barbas, o Suvaco de Cristo, entre outros. Era a senha de uma revolução que não podia mais ser contida e retomou seu lugar nas ruas de todos os bairros. 

O sucesso crescente, os recordes de público, a repercussão na mídia brasileira e mundial e a afluência de turistas despertaram atenções comerciais e marqueteiras para surfar nessa onda popular. Vieram trios promocionais (que para disfarçar se intitulam "blocos") puxados por gigantescos carros de som. Em um primeiro momento, a prefeitura permitiu que tais trios ocupassem a Vieira Souto, Aterro do Flamengo e Avenida Atlântica, que não estava preparados para receber os gigantescos caminhões com som superpotente, o que tende a atrair ainda mais pessoas. Foi o desastre programado: canteiros da orla e jardins de prédios foram destruídos, ruas viraram banheiros e, em Copacabana, uma fato mais grave: a carreta de um trio se chocou contra cabos e provocou a queda e morte de uma menina. No ano seguinte, as autoridades editaram regras para conter as ameaças do "carnaval sem lei". Trios, que têm seu público, foram deslocados para as avenidas largas do centro da cidade e, este ano, para São Conrado; regras para vendedores ambulantes, instalações de banheiros, cercas para proteger jardins e canteiros, supervisão de bombeiro, serviços de atendimento médico, entre outras medidas, procuram dar estrutura aos blocos; além da política para conter o gigantismo a partir do remanejamento de blocos para outras regiões de fácil acesso e amplos espaços.

Mas persistem alguns riscos. Se uma determinada cantora conseguiu pôr seu bloco nas ruas, outra cantora, que tem menos ligações e influência, também quer. Essa é a pendenga que sites de celebridades estão noticiado. Definir um critério mais preciso, sem favorecimentos, poderá ser uma questão para a prefeitura definir melhor nos próximos anos. Ou o "também quero" vai virar pressão.

Já o "cercadinho do coxinhas" não desiste. Como quem não quer nada, uns e outros insistem na fórmula. Aparecem, na verdade, como um inocente cavalo-de-troia dos marqueteiros para a sonhada implantação do abadá, a famigerada instituição baiana que loteia espaço público e divide a rua em classes.

Felizmente, a prefeitura tem reagido. Se esse ano o "Me Esquece" tentou montar sua área vip nas ruas do Rio com pessoas com camisas especiais, pulseiras de identificação e bebida liberada, há dois anos um grande "bloco" foi denunciado por vender "abadás" para espaço restrito. Hoje, em declaração ao Globo, o prefeito Eduardo Paes diz que a prática é inaceitável e quem criar "curral" pode ser impedido de desfilar em 2017. Os organizadores do blocos que levam baterias dizem ser necessária alguma proteção para os instrumentistas. Pode ser. Mas é preciso ter cuidado para que essa área não seja ampliada espertamente para receber a turma do "abadá" pago.

Diga-se que a maioria dos blocos não-comerciais, de origem espontânea, comunitária, parceira, que nasceram em bairros e não em agências de marketing e de "captação" de patrocínios, é contra o "cercadinho dos coxinhas".  O presidente do Suvaco, João Avelino, diz ao Globo:
- Carnaval de rua não precisa de cordas. Para o Suvaco, todo folião que nos dá a honra de aparecer para o desfile é convidado vip.
Vamos torcer para que a prefeitura do Rio permaneça sintonizada com o espírito livre do carnaval carioca. 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Um prefeito “street blocker”...

por Nelio Barbosa Horta (de Saquarema)
Não sei exatamente o que ele pretende: notoriedade, placa, colocar seu nome na história como o prefeito que revolucionou a Zona Portuária, também chamada de Porto Maravilha (alguns dizem que ele vai se lançar candidato à Presidência da República); ou se é, simplesmente, para, influenciado pelo prefeito Francisco Pereira Passos, infernizar a vida do carica e dos moradores dessa outrora Cidade Maravilhosa.
Foto de Fernando Frazão AG Brasil
Se o motivo são as Olimpíadas de 2016, podem esperar que ano que vem o Rio vai ficar intransitável, “parado”, porque não haverá tempo hábil para finalizar tanta obra. Será preciso um “guia” para andar pelas ruas. Até os GPS dos carros vão enlouquecer, levando as pessoas a “sabe Deus para onde”, se não houver um mapa interativo, com informações atualizadas diariamente e com “ajuda divina”.
O fato é que a quantidade de obras que estão sendo realizadas, (Zona Portuária, Centro da cidade, Avenida Brasil), com mudanças quase que diárias dos trajetos dos ônibus, fazem com que todas as pessoas (e os motoristas) que dependem de transportes para ir e vir para suas casas depois de um dia estressante de trabalho, ou de alguma consulta médica, passem o maior “sufoco”, “presas” em engarrafamentos e levem horas e horas para chegar aos seus destinos.
Foi o que aconteceu comigo e, tenho certeza, com muitas pessoas que têm horário para cumprir em seus trabalhos ou outros compromissos inadiáveis.
Depois de fazer vários exames na Policlínica de Bacaxá, ultra-sonografias e tomografias computadorizadas, fiquei por dois anos aguardando uma chamada para a operação de próstata e hérnia que preciso fazer. Recebi o aviso que deveria me apresentar no Hospital dos Servidores  do Estado, localizado na Rua Sacadura Cabral. Para chegar lá, peguei um ônibus às 5.30 horas da manhã em São Gonçalo, que, soube, me deixaria na porta do hospital. Consegui chegar às 8 horas, num trajeto de mais de duas horas. Até aí, nada demais...
Feitos os exames, que eram apenas de avaliação, o médico me disse que eu não precisaria operar agora e me receitou um medicamento bom, mas apenas paliativo. O pior estava para acontecer: saí do hospital um tanto decepcionado com a consulta e fui em busca de condução para voltar para Niterói ou São Gonçalo. Que condução? Andei pela Praça Mauá, Rua do Acre, Marechal Floriano, Presidente Vargas, Avenida Passos, Praça Tiradentes, Rua da Carioca,
Foto de Fernando Frazão AG. Brasil
Cinelândia e ninguém sabia onde eu poderia pegar o ônibus para atravessar a ponte. Pessoas, jornaleiros, bares, lojas, camelôs, até um fiscal de uma empresa de transportes. Ninguém, ninguém sabia como eu poderia embarcar em um ônibus para Niterói. Lembrei-me das barcas, mas já estava muito longe para voltar. Nesta busca infernal levei mais de três horas, até conseguir um, na Cinelândia, cujo motorista me disse que, no dia seguinte, o trajeto seria outro. UFA!
Pessoalmente, acho que o prefeito Eduardo Paes é bem intencionado. Mas bem que ele poderia fazer as obras um pouco mais devagar, ter começado antes, com planejamento, sem atropelos e sem tantas alterações nas linhas de ônibus.
Quem pega a Avenida Brasil todos os dias sabe do que estou falando... Tenho certeza, que, se o prefeito se aventurar nesta viagem, vai mudar, completamente, seu projeto urbanístico.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Prefeitura do Rio flexibiliza a Ordem Pública. Agora é moleza organizar evento.

por Omelete
Já a Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura do Rio decreta o que já está sendo conhecido como a "Lei da Boate Kiss". Humor negro à parte, sob o pretexto de desburocratizar, a autoridade solta um "pacote de medidas" para ""flexibilizar" a realização de shows, eventos, festas, pajelanças, procissões, cultos etc. Basta ao interessado apresentar uma "autodeclaração" de que cumprirá as exigências de bombeiros, segurança, lei do silêncio, bons costumes, proibição de venda de álcool a menores e toda e qualquer regra civilizada. Vai ser na base da confiança. Partiuverão#. Embora tenha apenas uns 200 fiscais para combater as irregularidades, a Prefeitura acredita piamente que as festas vão ser realizadas sem superlotação e com saídas de emergência, a lei do silêncio vai ser respeitada e Papai Noel vai chegar abraçado com Saci Pererê e todo mundo montado na Mula Sem Cabeça. As associações de moradores, que costumam ajudar a controlar a bagunça até porque são eles que pagam o pato, não participaram das conversas para a "desburocratização".
Vale até fazer um formulário para facilitar o processo de "flexibilização". Mais ou menos assim:

FORMULÁRIO PRA DESCOLAR UM EVENTO NO RIO DE JANEIRO

"Meu parceiro Secretário de Ordem Pública. Eu, fulano, sou conhecido como gente boa, pode perguntar na vizinhança, e quero promover um evento. Minha firma tem CGC em dia e nome limpo na praça. Não estou negativado em nenhum banco. Pode deixar que vou garantir as posturas, sabe como é, segurança, o barulho das caixas de som e a empolgação da rapaziada. O evento é na rua e também em um salão, mas pode deixar que tem saída de emergência. Estamos esperando _____ pessoas mas vai que venham ____ mil amigos, nós damos um jeito, aperta aqui, arruma ali, tudo em segurança. Vai ter cachaça com mel mas criança não toma. A carne do churrasquinho é de segunda, mas seu Mané no Açougue garante. O Sr. Prefeito pode confiar porque aqui todo mundo é de atitude. Qualquer problema, fala comigo. Um beijo no coração". 

Do seu admirador_________________________________     Aprovado_____________

Assinale o compromisso:
Prometo respeitar a Ordem Pública:
(   ) Sim
(  ) Vou tentar
(  ) Deixa comigo

Marcar um X no evento solicitado: 
( ) Show
( ) Parada
( ) Procissão
(  ) Marcha
(  ) Culto
(  ) Roda de samba
( ) Pancadão
( ) Panelaço
(  ) Maratona do Chope
(  ) Virada de Música Eletrônica
(  ) Virada de Música Sertaneja
( ) 72 Horas de Música Gospel
( ) Rodeio na Av. Atlântica
( ) Maratona de Descarrego no Aterro
( ) Maratona de Expulsão do Demônio no Jardim Botânico
( ) Festa Seja o que Deus Quiser na Boate____________
(  ) Noite do Fim do Mundo no Clube_____________
( ) Festival do Passinho na Lagoa
(  ) Encontros de Trios Elétricos em Ipanema
(  ) 100 horas de Axé no Leblon
(  ) Oficina de Corpo Fechado no Posto 6
(  ) Grande Encontro Pra Trazer seu Amor de Volta na Praça Paris
(  ) Arrastão do Bem no Arpoador
( ) Evento Abrace a Prefeitura, no Piranhão
(  ) Outras modalidades

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A Praça Mauá retorna ao Rio... E o Centro da cidade reencontra o mar

A nova Praça Mauá vista do terraço do MAR (Museu de Arte do Rio). Foto de Jussara Razzé

A praça, o Museu do Amanhã, a ponte... A hastag  #cidadeolimpica, em primeiro plano, entrou nas selfies dos cariocas e turistas. 

Museu do Amanhã, concepção do arquiteto espanhol Santiago Calatrava

O edifício que abrigou o jornal "A Noite"e a Rádio Nacional passa por obras de recuperação. É um símbolo art déco da Mauá. Projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire, que lhe dá o nome, e pelo brasileiro Elisário Bahiana, era, em 1929, o maior da América Latina. Gire também projetou o Copacabana Palace.



Portal e espelho d'água do Museu do Amanhã
MAR: a Escola  do Olhar integrada ao pavilhão de exposições no Palace d. João VI

Estação Marítima de Passageiros do Porto do Rio, antiga sede do Touring Clube. 

Trilhos do VLT na Praça Mauá
Instalação dos trilhos do VLT na Rio Branco. A avenida foi fechada ao tráfego, ontem. O prefeito Eduardo Paes vai avaliar se o fechamento será o fechamento será permanente aos domingos.
Escavações para a montagem dos trilhos na Rio Branco revelam vestígios coloniais que...

são monitorados e catalogados por arqueólogos. Fotos J.E.Gonçalves

O Rio recebeu de volta, ontem, um espaço que foi roubado à cidade há mais de 50 anos. Quando, em nome da preferência aos carros, foi construída a Avenida Perimetral, a Praça Mauá entrou em decadência e sumiu da vista e do uso dos cariocas. Com a derrubada do viaduto, e sua substituição por um túnel, a Praça restaurada reintegra-se à cidade e aos cariocas e turistas. A devolução da Mauá também representará o retorno, em 2016, de outro símbolo urbano: o bonde. Agora, chamado de VLT, o sistema que inicialmente ligará a Rodoviária ao Aeroporto Santos Dumont tem seus trilhos aos pés da estátua do Barão de Mauá. Se, no culto ao automóvel, a Perimetral foi uma anomalia estética, acabar com os bonde foi uma atitude que ficou entre a burrice e a suspeita. Enquanto algumas capitais europeias modernizavam seus sistemas, o Rio, que tinha uma das maiores malhas ferroviárias urbanas do mundo, destruía seu principal transporte coletivo. Outras capitais brasileiras seguiram o mesmo caminho, que levou em seguida aos caríssimos e fracassados troleybus, desativados poucos anos depois na maioria das cidades. Entre o fim de um sistema e a implantação de outro, que não deu certo, milhões de dólares saíram dos trilhos. O dinheiro do contribuinte virou fumaça, assim como as ruas com a proliferação dos poluentes "lotações" e ônibus. Foi preciso mais de meio século para o Rio começar a resgatar a colossal estupidez dos políticos, administradores e parceiros privados da época. Se cabe a crítica ao passado, registre-se o presente mérito da Prefeitura do Rio. "Nem em meus sonhos mais atrevidos imaginei que poderíamos estar aqui, na Praça Mauá, abrindo este espaço para a população da nossa cidade. Sempre digo que uma cidade sem Centro é uma cidade sem alma", disse Eduardo Paes, durante ao entregar a praça ao povo.
Praça Mauá, 1930. Reprodução

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Portal Memória Carioca: conheça o ponto de encontro das recordações afetivas do Rio

Praia de Copacabana. Do Portal Memória Carioca. Foto enviada por Virgínia Fonseca.

Candidatas ao concurso de Rainha do VI Centenário. Do Portal Memória Carioca. Foto enviada por Adail Franco de Sá
Antigo microfone do Cassino da Urca. Do Portal Memória Carioca. Foto enviada por Ricardo Cravo Albin.
Como parte das iniciativas do Comitê Rio450, a Prefeitura do Rio lança o Portal Memória Carioca. A ideia é que o Portal seja um aglutinador da vida da cidade sob o ponto de vista dos seus habitantes. Você pode enviar digitalmente fotos, documentos e depoimentos. Em um consulta pública que somou mais de 100 mil votos, os próprios carioca sugeriram essa forma de homenagear a cidade. Ao compartilhar seus momentos, você estará construindo a história do Rio.
Conheça e saiba como participar do 
Portal Memória Carioca. Clique AQUI 

.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Alô, Eduardo Paes, olha só o bom exemplo que vem da cidade do Porto, Portugal. A terrinha está ligada...

No Porto, ônibus com wifi. Reprodução/Venian
Cerca de 600 autocarros, como dizem os patrícios, e dezenas de táxis já circulam com wifi gratuito. O mais inovador é que o projeto desenvolvido pela Venian, uma startup ligada à Universidade do Porto, permite que ônibus e táxis funcionem como roteadores, levando a conexão a milhares de motoristas, além dos seus próprios passageiros. A rede criada a partir desse sistema tem alto impacto comunitário. Os roteadores podem coletar dados de veículos e do funcionamento da própria cidade, desde uma colisão no trânsito buracos na via, quedas de árvores. Sensores especiais podem detectar tudo isso e até informar se as latas de lixo de determinado bairro estão cheias e transmitir as informações para os centros de dados da prefeitura. O sistema desenvolvido pelos portugueses é pioneiro em todo o mundo. Seria um bom presente para a Rio 2016. 

domingo, 21 de setembro de 2014

Mais um acervo preservado. Fotos do jornal Última Hora carioca estão disponíveis para pesquisa no Arquivo Público de São Paulo.

por BQVManchete
Memória garantida. Foi finalizada mais uma etapa do processo de digitalização do Fundo Última Hora – sob guarda do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Aproximadamente 800 mil fotografias que pertenceram ao Departamento de Arquivo Fotográfico do jornal Última Hora foram organizadas, digitalizadas e tratadas, além de disponibilizadas para pesquisas. Trata-se de material acumulado pelo jornal Última Hora do Rio de Janeiro entre os anos de 951 e 1971, em negativo flexível e em papel de gelatina e prata. O trabalho de recuperação das fotos teve início em 2006 no Centro de Acervo Iconográfico e Cartográfico (CAIC). Concluída a atual fase, a restauração prossegue até a disponibilização integral do Fundo Última Hora.
CONHEÇA O PROJETO DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. CLIQUE AQUI
Para a história do jornalismo brasileiro, o projeto do CAIC é um marco. E uma indicação de que talvez muitas coleções ainda em risco possam ser salvas. Para isso, bastaria que outras instituições como o Ministério da Cultura, Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Associação Brasileira de Imprensa se interessassem pelas coleções que ou permanecem sumidas ou fora do alcance de pesquisadores, escritores e estudantes. Para citar alguns exemplos cariocas: com exceção do arquivo do O Cruzeiro e do O Jornal, ambos dos Diários Associados e hoje sob guarda do jornal Estado de Minas, das fotos que pertenceram ao Correio da Manhã, agora em poder do Arquivo Nacional, do material do Jornal do Brasil digitalizado e preservado pela empresa sucessora, sabe-se pouco dos rumos dos acervos de veículos extintos como a revista Senhor, do Diário de Notícias, Pasquim, da Editora Vecchi, Diário Carioca, Revista da Semana. Desconhece-se também a situação do arquivo da Tribuna da Imprensa. Uma caso grave, já emblemático, é o sumiço do arquivo que pertenceu à falida Bloch Editores, que editava Manchete, Fatos & Fotos. Amiga, Desfile, Mulher de Hoje, Pais & Filhos, Geográfica, EleEla, Jóia, Domingo Ilustrado, Tendência, e dezenas de outros títulos.

sábado, 14 de dezembro de 2013

"Ópera inacabada": o "fantasma" do Russell. Inaugurado há 40 anos, Teatro Adolpho Bloch, no prédio que pertenceu à Manchete, permanece fechado.

(da redação da JJcomunic)
O Rio não trata bem seus teatros. E isso é quase histórico. Dois exemplos em uma mesma calçada. A rua do Russell, na Glória, já abrigou dois importantes teatros. Um deles, mais antigo, que fez parte da história cultural do Rio, era o Teatro Glória. Foi abaixo. Não resistiu à picareta do empresário Eike Batista, que adquiriu o Hotel Glória, recebeu financiamento de linha especial do BNDES para reformá-lo para a Copa do Mundo e transformou o local em obra inacabada, até quando não se sabe. Aparentemente, o único projeto concluído com sucesso pelo seu "império" em queda foi ironicamente a demolição do Teatro Glória. 
Quase vizinha, na mesma rua, há outra sala-fantasma: o Teatro Adolpho Bloch. Através de José Carlos Jesus, presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores, Geraldo Matheus Torloni, que foi diretor do Theatro Municipal e trabalhou na Manchete, onde também dirigiu o teatro, encaminhou ao blog um tema que preocupa a todos que se empenham para que o Rio tenha uma importância cultural à altura do dinamismo da cidade, dos cariocas que a amam e dos milhões de visitantes que recebe. É um assunto que, por tudo isso, deve interessar também à Prefeitura do Rio, à Secretaria de Cultura e ao carioca Eduardo Paes. A sugestão é fazer um "procura-se" dirigido aos atuais proprietários, no sentido de motivá-los a reabrir o belo teatro do prédio que pertenceu à Manchete. Segundo Geraldo Matheus, apesar de terem em mãos no mínimo quatro propostas de arrendamento da sala, os responsáveis sequer respondem ou dão satisfação às empresas que se propõem a recolocar em funcionamento o Teatro Adolpho Bloch. Não atendem telefone, não respondem a emails. Fecham a cortina. 
Assim aconteceu com o Teatro Copacabana, que está abandonado há mais de 15 anos. Os proprietários do Copa também não dão a menor satisfação à cidade. Alguém lembra do Teatro Fênix? - pergunta Geraldo Matheus, que explica: "Ficava na Rua México, esquina com Almirante Barroso. Era o segundo maior teatro do Rio. Até que os proprietários, a família Guinle, resolveram demolí-lo. Na época, em protesto, a classe teatral ocupou o local por dias e noites para impedir a derrubada, que só foi possível depois que os donos se comprometeram a construir outro teatro. Assim surgiu o novo Fênix, com 600 lugares, na Lagoa Rodrigo de Freitas e que nunca funcionou como teatro. Só como auditório da TV Globo. O Fênix foi derrubado depois e no lugar foi construído um edifício residencial de luxo. E tudo isso em plena vigência de uma lei que o nosso maravilhoso Raimundo Magalhães Junior, quando foi vereador no antigo Distrito Federal, fez aprovar na Câmara dos Vereadores. E essa lei impedia (e acho que ainda impede pois a lei não foi desaprovada até hoje, que eu saiba) que qualquer teatro no Rio de Janeiro fosse demolido ou transformado em outro ramo de negócios (tipo igreja Evangélica, etc...)".  
No caso do Teatro Adolpho Bloch - que pelo que se sabe foi reformado junto com o prédio assinado por Oscar Niemeyer e que, por isso, é tombado - os donos dos edifícios que abrigaram a Bloch Editores e a Rede Manchete, aparentemente não querem que a sala, classificada pelos artistas como uma das melhores do Rio, funcione. É assim, fora de cena, o triste aniversário de 40 anos do Teatro Adolpho Bloch.


No palco do Teatro Adolpho Bloch: A Comédie Française apresenta "Le Partage du Midi", de Paul Claudel. 

Em 1975, show de Sergio Mendes e Gracinha Leporace.

"Amadeus, em 1982. 

"O Homem de la Mancha, com Bibi Ferreira, Paulo Autran e Grande Otelo, inaugurou o Teatro Adolpho Bloch em 1973. 

"A Morte do Caixeiro Viajante", de Arthur Miller. 

Em 1997, "Salomé", com Christiane Torloni, o último espetáculo encenado no palco da Manchete. 

A platéia do Teatro Adolpho Bloch. Fotos: Reproduções revista Manchete

domingo, 2 de junho de 2013

Trem do Corcovado: confusão e arrogância

Foto: Reprodução O Globo
Trata-se de uma concessão pública, mas cadê o respeito ao usuário? A prefeitura parece impotente para exigir que o trem do Corcovado atenda os turistas. E a justiça ainda concede liminar para garantir ao eterno dono do pedaço o caos. A arrogância é tamanha que nem explicações à imprensa a empresa se digna a dar. Basta perguntar a quem veio ao Rio no feriadão e teve a péssima ideia de ir ao Redentor. Parece ser um território ao qual o poder público não tem acesso, um bolsão com regras próprias. É a lei do lucro acima de tudo e prejuízo público sem a obrigatória contrapartida do bom serviço. Quem perde é o Rio. Alô Eduardo Paes.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A foto mais famosa (e a mais pirateada) da MPB é de Paulo Scheuenstuhl para a Manchete

Foi no terraço da casa de Vinicius de Moraes, em agosto de 1967. Os maiores nomes da MPB se reuniam para planejar um campanha de valorização e resgate das marchinhas de carnaval. A foto é exclusiva, foi feita pelo fotógrafo Paulo Scheuenstuhl para a Manchete. É uma das mais pirateadas - no sentido de ser publicada sem o devido crédito - da MPB. O Globo de hoje publica a famosa foto com um vago e indevido crédito de "divulgação". A propósito, o acervo fotográfico que pertenceu à extinta Bloch Editores foi leiloado. A ARFOC, o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro e a Associação de Ex-Empregados da Bloch Editores já enviaram correspondência ao comprador e não obtiveram resposta. Fotógrafos que trabalharam para a Manchete, Fatos & Fotos, Amiga. Desfile e outras revistas gostariam de saber com quem está o acervo - cujo direitos autorais lhes pertencem - em que condições está guardado e o que o comprador pretende fazer com mais de 10 milhões de cromos, negativos e reproduções que são patrimônio cultural e jornalístico do Brasil. Os profissionais que lá atuaram também se mobilizam para que o Ministério da Cultura, Museu da Imagem e do Som, a Prefeitura do Rio de Janeiro, Arquivo Nacional e outras instituições ajudem a desvendar o paradeiro de um dos maiores arquivos fotográficos do mundo. Por enquanto está tão desaparecido como a ossada de Dana de Teffé e o menino Carlinhos sequestrado nos anos 70. Ambos, aliás, objeto de numerosas fotorreportagens guardadas no acervo que virou mistério.