segunda-feira, 21 de março de 2022

Fotomemória da redação: cena do exótico Hotel Novo Mundo

 

A foto acima, que foi enviada ao blog por J.A.Barros, ex-diretor de Arte da revista Manchete. Registra um grupo de jornalistas que trabalharam na Bloch após um almoço no Hotel Novo Mundo durante a divulgação do livro "Aconteceu na Manchete, as história que ninguém contou". A imagem é, provavelmente, de 2008. A Manchete já não existia, faliu em 2000. O Novo Mundo resistiu por mais alguns anos. Hoje é um residencial. No térreo ainda funciona um bar, que era um concorrido point etílico das redações das revistas das Bloch. Atualmente abriga-se no térreo do antigo hotel o Bar do Zeca Pagodinho. Na foto: Beatriz Lajta, Alberto Carvalho, Carlos Heitor Cony, Daysi Prétola, Roberto Muggiati, Maria Alice Mariano, J.A.Barros, Lenira Alcure, Jussara Razzé e José Esmeraldo. O Novo Mundo era histórico e com histórias. Dignas de um filme. Afinal, o cinema gosta de tramas em hoteis. Quem não viu "O Grande Hotel Budapeste", "Grande Hotel", "Encontros e Desencontros", "O Exótico Hotel Marigold" e - que não se ouse duvidar das lendas no Novo Mundo - até mesmo um Hotel Overlock de  "O Iluminado".

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Nessa época o ar que respirávamos era ainda saudável e leve, ao contrário do de hoje que é quase irrespirável e pesado. O céu que nos cobre não é mais azul celeste, é um azul pesado e triste. O sol não mais nos aquece, nos frita se demorarmos mais de meia hora nas ruas. A brisa que soprava e refrescava nossas mentes e corpos se tornou vendavais que nos derruba e arranca dos varais as roupas que secavam expostas ao sol. Transformaram o Hotel Novo Mundo - onde em noites iluminadas pelas estrelas. em seus confortáveis ninhos, horas de amor acabávamos adormecidos e felizes - em apartamento residenciais. Ah!!!, nossas agradáveis reuniões se acabaram. O Novo Hotel acabou, mas nós não acabamos ainda e continuamos como testemunhas de um brasil triste e infeliz.