Esta loja do McDonald’s em Moscou já foi a maior de toda a rede no mundo. Reprodução NextaTV |
O golpe mais brutal que os Estados Unidos aplicaram na economia russa em represália à invasão da Ucrânia foi a paralisação das 850 lanchonetes da cadeia McDonald’s espalhadas pelo país. Desesperados, os consumidores da pátria armada de Putin correram para comprar a peso de ouro os últimos hambúrgueres, batatas fritas e sorvetes. Houve quem abarrotasse sua geladeiras dos cobiçados sandubas e um caso extremo foi o martiriológio de pianista Luka Safronov, que se algemou à porta de uma franquia moscovita e acabou detido por policiais. Safronov proclamou que os hambúrgueres do McDonald’s “estão se tornando um símbolo de violação das liberdades”.
Um cidadão moscovita abarrotou sua geladeira de Big Macs comprados a peso de ouro. Reprodução Twitter |
O CEO do McDonald’s na Rússia, Chris Kempczinski9, disse que a empresa se une ao mundo para condenar a agressão e a violência contra a Ucrânia. Os funcionários russos continuarão recebendo seu salário integral enquanto durar a paralisação da rede. KFC e Pizza Hut também fecharam suas portas na Rússia.
Não é só a fast food que protesta. Itens de luxo também tiveram suas vendas à Rússia suspensas, como caviar, trufas, charutos e champanhe.
O tirano Vladimir Putin certamente não será privado das delícias do mundo em seu bunker. Mas vale perguntar: teria ele, a esta altura do campeonato, algum motivo para estourar e degustar uma Veuve Clicquot ou um Dom Perignon?