Pensou que o desconto chegaria até você. O Globo alerta |
por Flávio Sépia
O governo Bolsonasro anuncia cortes de impostos e redução de alíquotas em combustíveis e alimentos. A mídia noticia e os brasileiros sufocados por inflação, desemprego, informalidade e achatamento salarial sonham com alguma alívio no bolso. No começo tudo é festa. De olho na reeleição, o presidente, o Centrão, ministros etc faturam no jogo eleitoral. Passados alguns dias, como cita o Globo em matéria hoje, a verdade começa a aparecer. Empresários e a cadeia do mercado absorvem a maior porção ou tudo na redução ou no fim dos impostos. É o que sempre acontece. Foi assim com os combustíveis em iniciativas anteriores do tipo. Isso já aconteceu com reduções de ICMS e IPI. Há alguns anos, o governo reduziu o IPI dos carros. O consumidos foi beneficiado? Necas. As montadoras alegavam que a maior demanda por determinados modelos neutralizava o desconto. No fim de fevereiro, o governo anunciou o corte do IPI em carros (alguns modelos tiveram desconto de cerca de 18%). Em março, sites especializados no mercado, apontaram que, para o consumiror, nada tinha mudado. Ninguém fiscaliza se o desconto chega ou não chega ao consumidor.
A Associação Comercial de São Paulo mantém o Impostômetro, um totalizador do pagamentos de tributos. Beleza. Mas deviam inaugurar o Sonegômetro. Quando muitos deixam de pagar, os impostos logicamente ficar mais altos para quem cimpre suas obrigações fiscais. Seria educativo o Sonegômetro.
Quer ver outra forma de enganar o contribuinte-consumidor-usuário? Em função da estiagem recente que afetou as hidrelétricas, a geração de energia ficou mais cara pelo uso de termelétricas movidas a gás, diesel e carvão. O governo vai ajudar as distribuidoras com dineiro público e já avisa que o consumidor pagará na conta de luz o montante bilionário. Estranhamente, mídia e economistas chamam a ajuda de "empréstimo". Para o cidadão comum, emprestimo é algo que o tomador se compromete a pagar. No caso desse "empréstimo", a mídia não esclarece. E fica a pergunta: se o governo vai "emprestar" os bilhões às distribuidoras e deixa claro que recolherá depois o valor na conta dos consumidores, quando as distribuidoras pagarem o "empréstimo" os consumidores receberao de volta o que "emprestaram" ao govero?
Se isso não acontecer, a bufunfa não é "empréstimo" e sim doação. Certo?
4 comentários:
Essa enganação é antiga. O desconto do imposto geralmente se transforma em mais lucro para o fabricante, empresa de serviços como água, gás etc.
Sempre desconfiei dessas generosidades que governos. de quando em vez, anunciam ao público. O que me deixava mais intrigado, revoltado era porque o governo chorando por mais arrecadação, presenteava as montadoras de carros, com substancial diminuição dos impostos e mês depois as montadoras anunciavam aumento, também substancial, nos preços de seus carros. Alguma coisa, para mim não batia bem. Por que pagando menos impostos as montadoras aumentavam os preços do seu produto.? Nunca consegui entender essa aritmética ou essa jogada de governo e a industria privada. A verdade é que o governo e a industria nunca saiam perdendo, o grande perdedor era o consumidor, o povo. A história nos conta que os grandes Impérios, se mantinham nas cobranças dos impostos e promoviam guerras, para nas conquistas de outros Impérios arrecadar mais impostos. Imposto, a palavra mágica, que por séculos e séculos enriqueceu Impérios.
É uma contradição a postura desse governo. Se foi contra a campanha contra o COVID-19. a Pandemia que assolava e matava , porque na sua opinião, com o " Lockdown ", o comércio fechado, a arrecadação dos impostos cairia, e o seu governo ficaria sem dinheiro, e hoje vem com proposta de suprimir impostos sobre exportação. Bem, estamos entrando em plena campanha para as eleições de outubro deste ano e os pacotes generosos, aparentemente beneficiando o povo, começam a serem decretados. Mas esse povo, cansado, explorado. castigado hoje tem os olhos e mentes bem abertos, para saberem o caminho certo que devem tomar, na hora de usar nas urnas a sua arma mais letal: o VOTO.
Hoje li sobre empresas de cigarros que devem bilhões ao governo em faltactruas de impostos. É boa a ideia do Sonegêmetro, mas emprsários que mamam em sonegação não vão topa.
Postar um comentário