domingo, 19 de fevereiro de 2017

Manchete no Carnaval 2017: cenas cariocas...

Os ensaios técnicos da escolas lotam o Sambódromo. Essa aí é o Salgueiro. Foto Alexandre Macieira/Riotur

Comissão de frente da Unidos do Tuiuti acertando a coreografia. Foto Alexandre Macieira/Riotur

No Imprensa que Eu Gamo. Pra quem quiser experimentar saiba que é uma misturinha de cachaça, leite condensado e hall preta. Estou falando da receita bebida... Foto Fernando Maia/Riotur

O Spanta Neném, na Lagoa. Foto Fernando Maia/Riotur

Beleza pura no Me Esquece. Foto Fernando Maia/Riotur

Bateria nota 10. No Me Esquece. Foto Fernando Maia/Riotur

Anjo desgarrado no bloco Só o Cume Interessa, na Praia Vermelha, com o topo do Pão de Açucar, o cume homenageado, ao fundo.  Foto Fernando Maia/Riotur

Bloco Céu na Terra. O recado das ruas para a reforma da Previdência do ilegitimo Temer, aquela que concede benefício só depois do popular requerente rebolar no cemitério. Foto Fernando Maia/Riotur
No Chame Gente. Foto Fernando Maia/Riotur

Chame Gente, São Conrado. Foto de Alexandre Vidal/Riotur

No mesmo bloco, a la Mick Jagger. Foto 


Spanta Neném: abençoada pelo Redentor. Foto Fernando Maia/Riotur
Cordão do Boitatá. Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil

Porta-bandeira do Boitatá. Não é mole a missão com o Rio 40 graus. Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil

Cordão do Boitatá. Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Tem certeza de que o Rio está em crise? Talvez não. Em qual outro lugar do mundo você pode assistir a um sofisticado torneio de tênis e, em seguida, se quiser, degustar um baby beef sob patrocínio da renúncia fiscal? Zé Marmita também quer cantar funk ostentação...

por O.V.Pochê

A Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado do Rio de Janeiro é patrocinadora master do torneio de tênis Rio Open, no Jockey Club, a partir da próxima segunda-feira. A Lei do Incentivo ao Esporte e o Ministério dos Esportes também dão uma força. A renúncia fiscal costuma ser o atrativo para o apoio das marcas privadas. A Prefeitura do Rio entra como parceira oficial.

Curiosamente, até agora, matérias publicadas na mídia sobre o torneio omitem os patrocínios públicos que estão claramente explícitos no site oficial do Rio Open, na aba Patrocinadores.

Que que tá pegando? Os políticos normalmente gostam de badalar esses apoios que, afinal, angariam prestígio e  mostram ao povão que as autoridades estão trabalhando. Até bancavam anúncios custosos para dar o recado. Avisar à galera eleitora, mesmo que o povão não possa ir ao Jockey por circunstâncias sociais que independem dos promotores do torneio.

Vá lá, a omissão do patrocínio público pode ter sido um esquecimento, um lapso que será corrigido nos próximos dias, Ou, quem, sabe, alguém achou melhor não atiçar as críticas ao uso de eventuais verbas públicas para um evento de elite no momento em que o país passa perrengue, o Estado do Rio de Janeiro está revezando a cueca pelo avesso porque não tem dinheiro para mandar lavar e a prefeituras já avisou - embora não se saiba de pôs em prática-, que 2017 é ano de aperto bíblico de cinto.

O momento é difícil, até o Secretário de Transportes do município está com o nome a perigo pendurado em dívidas de impostos que deve, não nega, mas quer pagar a perder de vista.

Tudo isso vem à tona diante das espantosas denúncias de que o Rio deixa de arrecadar quase 200 bilhões de reais em função da generosa distribuição de incentivos, sem critérios visíveis, enquanto o rombo fiscal nas contas, apesar de tudo, não chega a 55 bilhões de reais. segundo números que circulam na mídia.

Talvez os políticos tenham preferido não dar tanta visibilidade, pelo menos na mídia, à participação pública porque os tempos são de carne de pescoço. Isso e o fato de outra denúncia recente ter surpreendido os cariocas: carnes nobres, como bife de chouriço, baby beef, picanha e black angus servidas nos restaurantes mais seletivos recebem um tempero de renúncia fiscal.

Não importa se o Zé Marmita não sente nem o cheiro da iguaria: mesmo assim um pouco do imposto dele vai pro prato alheio.

Falei Zé Marmita? Beleza, então, já que é Carnaval vamos ouví-lo nesse sábado ensolarado enquanto o mundo ideal não chega: um evento privado bancado por dinheiro privado, com Zé Marmita na arquibancada pagando do próprio bolso e ainda degustando um baby beef sem incentivo fiscal e cantando um funk ostentação.

VEJA E OUÇA "ZÉ MARMITA" NA VOZ DE MARLENE, CLIQUE AQUI



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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Ensaio fotográfico de alto risco: modelo arrisca a vida em um dos prédios mais altos do mundo




por Jean-Paul Lagarride 

A modelo russa Viki Odintcova, 23, posou para um ensaio assinado pelo fotógrafo Alexander Mavrin no topo da Cayan Tower, um dos edifícios mais altos do Dubai, nos Emirados Árabes.

Em uma das imagens que ela própria postou, um dos assistentes de produção, também precariamente equilibrado, a segura com um das mãos a cerca de 300 metros de altura.

Viki, que tem mais de três milhões de seguidores nas redes sociais, ganhou alguns elogios pela coragem mas recebeu muitas criticas. "Bonita por fora, idiota por dentro", comentou um internauta.


VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Ao receber o Prêmio Camões de Literatura, escritor Raduan Nassar critica o golpe e as ações repressivas do governo Temer: "Vivemos tempos sombrios, muito sombrios".

Leia o discurso de Raduan Nassar feito hoje de manhã, no Museu Lasar Segall, em São Paulo, diante de autoridades do Brasil e de Portugal. 

Segundo a Folha de São Paulo, o ministro da Cultura do governo ilegítimo, Roberto Freire, foi vaiado quando subiu ao palco para responder ao escritor. 

A Folha ainda afirma que Raduan deveria falar por último mas, prevendo ou tendo sido informado de que o discurso do agraciado seria político, Freire mandou inverter a ordem dos pronunciamentos para fazer um improviso agressivo final em resposta ao autor de "Lavoura Arcaica". 

O clima foi de constrangimento, palavrões e algumas demonstrações de descontrole oficial. 

Raduan falou o que 62% dos brasileiros (número dos que reprovam Temer, segundo recente pesquisa CNT/MDA) gostariam de dizer ao staff do PMDB no poder.

"Excelentíssimo Senhor Embaixador de Portugal, Dr. Jorge Cabral.

Senhor Dr. Roberto Freire, Ministro da Cultura do governo em exercício.

Senhora Helena Severo, Presidente da Fundação Biblioteca Nacional.

Professor Jorge Schwartz, Diretor do Museu Lasar Segall.

Saudações a todos os convidados.

Tive dificuldade para entender o Prêmio Camões, ainda que concedido pelo voto unânime do júri. De todo modo, uma honraria a um brasileiro ter sido contemplado no berço de nossa língua.  

Estive em Portugal em 1976, fascinado pelo país, resplandecente desde a Revolução dos Cravos no ano anterior. Além de amigos portugueses, fui sempre carinhosamente acolhido pela imprensa, escritores e meios acadêmicos lusitanos.

Portanto, Sr.Embaixador, muito obrigado a Portugal.

Infelizmente, nada é tão azul no nosso Brasil.

Vivemos tempos sombrios, muito sombrios: invasão na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo; invasão na Escola Nacional Florestan Fernandes; invasão nas escolas de ensino médio em muitos estados; a prisão de Guilherme Boulos, membro da Coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto; violência contra a oposição democrática ao manifestar-se na rua. Episódios todos perpetrados por Alexandre de Moraes.

Com curriculum mais amplo de truculência, Moraes propiciou também, por omissão, as tragédias nos presídios de Manaus e Roraima. Prima inclusive por uma incontinência verbal assustadora, de um partidarismo exacerbado, há vídeo, atestando a virulência da sua fala. E é esta figura exótica a indicada agora para o Supremo Tribunal Federal.

Os fatos mencionados configuram por extensão todo um governo repressor: contra o trabalhador, contra aposentadorias criteriosas, contra universidades federais de ensino gratuito, contra a diplomacia ativa e altiva de Celso Amorim. Governo atrelado por sinal ao neoliberalismo com sua escandalosa concentração da riqueza, o que vem desgraçando os pobres do mundo inteiro.

Mesmo de exceção, o governo que está aí foi posto, e continua amparado pelo Ministério Público e, de resto, pelo Supremo Tribunal Federal.

Prova da sustentação do governo em exercício aconteceu há três dias, quando o ministro Celso de Mello, com suas intervenções enfadonhas, acolheu o pleito de Moreira Franco. Citado 34 vezes numa única delação, o ministro Celso de Mello garantiu, com foro privilegiado, a blindagem ao alcunhado “Angorá”. E acrescentou um elogio superlativo a um de seus pares, o ministro Gilmar Mendes, por ter barrado Lula para a Casa Civil, no governo Dilma. Dois pesos e duas medidas

É esse o Supremo que temos, ressalvadas poucas exceções. Coerente com seu passado à época do regime militar, o mesmo Supremo propiciou a reversão da nossa democracia: não impediu que Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados e réu na Corte, instaurasse o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Íntegra, eleita pelo voto popular, Dilma foi afastada definitivamente no Senado.

 O golpe estava consumado!

 Não há como ficar calado.

 Obrigado"

Atriz de Harry Potter reinaugura a Playboy livre...

Reprodução

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Scarlett Byrne como Pansy nos filmes
de Harry Potter. Divulgação
Logo após anunciar que a nudez voltará às suas páginas em março, a Playboy americana divulga em rede social fotos da atriz Scarlett Byrne, uma das suas próximas atrações.

Byrne, agora com 26 anos, interpretou a menina Pansy Parkinson nos filmes da série Harry Potter. Enquanto a revista admite que eliminar a nudez das suas páginas foi um erro, ela ela escreve um artigo defendendo a sua liberdade de mostrar o corpo. .

A atriz é noiva Cooper Hefner, filho do fundador da Playboy, Hugh Herfner, e atualmente chefão da Playboy.

Faltou dizer...

Deu no Notícias da TV: "Os repórteres Leandro Stoliar e Gilson Fred Oliveira, detidos na Venezuela no último final de semana enquanto gravavam uma série de reportagens para o Jornal da Record, trabalhavam no país de forma ilegal, sem visto. Eles podiam apenas visitar o país como turistas, não como jornalistas profissionais. A Record tem omitido esse fato das reportagens em que se coloca como vítima de "prisão arbitrária" e de "censura".
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A cara do Brasil...

O apresentador Marcos Ribeiro de Moraes, o "Marcão Chumbo Grosso", que chamou a cantora Ludmilla de “pobre e macaca” durante o programa "A Hora da Venenosa”  - e foi, por isso, demitido da Record -, já está na boa: o SBT correu para contratá-lo.

"Marcão Chumbo Grosso" estreia na próxima segunda-feira, no jornalístico Primeiro Impacto.

O caso faz lembrar, embora remotamente e com sinais trocados, a atitude de alguns veículos nos tempos da ditadura militar. Ideologias à parte, O Globo, a Manchete e o JB receberam nos seus quadros alguns jornalistas perseguidos pela ditadura. Mesmo que vários deles fossem deslocados para funções e editorias menos expostas aos interesses do regime, mantiveram seus empregos. Um gesto louvável dos empresários da grande mídia considerando-se, até, que eles não se opunham à ditadura que ajudaram a implantar.

A "solidariedade" do SBT ao acolher um demitido também deve ter lá suas razões. E o próprio demitido tem seu direito ao trabalho, o que deve ser respeitado, assim como deveria ser respeitada a etnia da cantora ofendida. O gesto da emissora de Silvio Santos parece coerente com manifestações públicas de notórias figuras dos seus quadros. Não que sejam da legião dos perseguidos, muito ao contrário, na grande mídia atual e nas redes sociais o campo está muito favorável para corneteiros da repulsa aos pobres e às minorias, dos arautos do golpe e dos pregadores das reformas que deixarão a terra arrasada em matéria de direitos sociais dos menos favorecidos, o que vale dizer, a grande maioria da população.

Segundo o Estadão, Ludmila comentou em entrevista para a revista Glamour o rápido gesto do SBT em apoio ao "Chumbo Grosso".

"Quando ele foi demitido pela Record, eu pensei: "Caraca, fez bem, não está conivente com este tipo de ação e não concorda com este tipo de crime". Quando eu soube que o SBT o contratou, pensei: "Oi?". Não posso mudar nada. É algo que me assustou, e não imaginei isso".

Dizem que o novo slogan do SBT para 2017 é "A cara do Brasil". 

Tá explicado.


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Atualização às 13h24:

Citada pelo portal IG, a coluna “Sem Intervalo”, de “O Estado de São Paulo”, registra que "o mais novo reforço do jornalismo da casa não foi recebido com entusiasmo pelos colegas de trabalho. À coluna, um repórter do SBT comentou: “Se já era éramos motivo de piada por ter Dudu Camargo como âncora, agora a situação só piora”.

Dudu Camargo, como se sabe, é o rapaz de 18 anos, sem formação, que Sílvio Santos escalou para comandar um dos programas jornalísticos do SBT. O âncora-júnior já acumula gafes.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Festival de Cinema de Berlim: cineastas denunciam em carta crise democrática e ilegitimidade do atual governo brasileiro


"Para a comunidade cinematográfica internacional"

"Estamos vivendo uma grave crise democrática no Brasil. Em quase um ano sob esse governo ilegítimo, direitos da educação, saúde, trabalhistas foram duramente atingidos. Junto com todos os outros setores, o audiovisual brasileiro, especialmente o autoral, corre sério risco de acabar. A diretoria da Ancine (Agência Nacional de Cinema) está agora em processo de substituição de dois de seus quatro diretores, que serão anunciados pelo ministério do atual governo.

O Brasil é formado por uma diversidade étnica-racial-cultural-religiosa e de gênero gigantesca. E a consciência dessa pluralidade tem se mostrado peça-chave na hora de planejar os programas educacionais, econômicos, culturais e de saúde do nosso país.

Na política do audiovisual brasileiro, não foi diferente. Nos últimos anos, a Ancine tem direcionado suas diretrizes observando com atenção esses muitos Brasis. Ampliou o alcance dos mecanismos de fomento, que hoje atingem segmentos e formatos dos mais diversos, do cinema autoral ao videogame; das séries de TV aos filmes com perfil comercial: do desenvolvimento de roteiro à distribuição.

O resultado é visível. O ano de 2017 começou com a expressiva presença de filmes brasileiros nos três dos principais festivais internacionais, totalizando 27 participações em Sundance, Rotterdam e Berlim. Não chegamos a esse patamar histórico sem planejamento, continuidade e diálogo entre Ancine e a classe realizadora, principalmente por meio de duas ações de fomento: a criação de uma lei que obriga os canais de TV a cabo a exibirem 3h30 de programação brasileira e a criação do Fundo Setorial do Audiovisual, que investe em várias linhas, em todos os tipos de audiovisual em qualquer fase de produção.

Entre as políticas do Fundo Setorial, gostaríamos de destacar, em especial, as políticas regionais, o edital de TV pública, o edital voltado para filmes de arte com perfil internacional, os editais e acordos de coprodução internacional.

As ações implementadas incidiram de forma positiva no setor audiovisual, que cresce 8,8% ao ano. Uma taxa superior à média do conjunto dos outros setores da economia brasileira, representando um valor adicionado de 0,54% na economia nacional. Esse percentual é maior do que o gerado pela indústria farmacêutica, de produtos eletrônicos e de informática, por exemplo.

O percurso trilhado nos últimos anos posiciona a Ancine e o Setor Audiovisual em possibilidade de aprimoramento de suas ações, com disposição para o diálogo e desenvolvimento de instrumentos capazes de proporcionar, em um curto espaço de tempo, um programa de ações afirmativas com recorte de raça e gênero em consonância com a pauta global que impõe a necessidade de aprimoramento e ajuste do setor audiovisual para garantia de maior representatividade e participação da população negra e das mulheres. E acreditamos, ainda, que deve ser incrementada uma política de formação de público, artística e técnica para que novas pessoas possam se qualificar e atuar em toda a cadeia da produção audiovisual. Além de uma política de acervo, para garantir condições para manutenção e acesso ao público da grande produção audiovisual brasileira, realizada ao longo de quase um século de atividade.

Tudo que se alcançou até aqui é fruto de um grande esforço do conjunto de agentes envolvidos entre Ancine, produtores, realizadores, distribuidores, exibidores, programadores, artistas, lideranças, poder público, entre outros. Acima de tudo, queremos garantir que toda e qualquer mudança ou aperfeiçoamento nas políticas públicas do audiovisual brasileiro sejam amplamente debatidas com o conjunto do setor e com toda a sociedade.

Assim, pedimos às instituições, produtores e realizadores de todo o mundo que apoiem a luta e a manutenção de todos os tipos de audiovisual no Brasil. Defendemos aqui a continuidade e o incremento dessa política pública.

Assinam esta carta os diretores e produtores dos filmes:

As Duas Irenes (Fabio Meira, Diana Almeida e Daniel Ribeiro)
Como Nossos Pais (Laís Bondaznky e Luiz Bolognesi)
Em Busca da Terra Sem Males (Anna Azevedo)
Está Vendo Coisas (Barbara Wagner e Benjamin de Burca)
Joaquim (Marcelo Gomes e João Vieira Jr.)
Mulher do Pai (Cristiane Oliveira, Graziella Ferst e Gustavo Galvão)
Não Devore Meu Coração! (Felipe Bragança e Marina Meliande)
Pendular (Julia Murat e Tatiana Leite)
Rifle (Davi Pretto e Paola Wink)
Vazante (Daniela Thomas e Sara Silveira)
Vênus - Filó a Fadinha Lésbica (Sávio Leite)"


VEJA ASSINATURAS DE CENTENAS DE OUTRAS PERSONALIDADE DO MEIO CINEMATOGRÁFICO DO BRASIL E DO MUNDO, CLIQUE AQUI

Data vênia: advogada é criticada por postar fotos de biquini

Reprodução


A advogada israelense Yarden Haham foi advertida por colegas por postar fotos sensuais em redes sociais.  O "crime" foi cometido em fins do ano passado mas continua repercutindo. A doutora é sensação na web e multiplicou o número de seguidores. Um internauta diz que planeja ser preso apenas para tentar que a exuberante causídica o represente.

Crise do meio impresso: pesquisa do IBGE mostra grande queda de consumo de jornais, revistas, livros e papelaria



Segundo Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de dezembro de 2016, setor editorial registra queda de 16,1% na vendas em relação a 2015. É a maior queda da série histórica. O declínio é atribuído à expansão dos meios eletrônicos.


Universidade da Pensilvânia oferece curso gratuito on line de inglês para jornalistas

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Doce balanço a caminho do mar: Estadão se livra da gravata e faz uma primeira página que é a cara do velho JB...



O Conexão Jornalismo repercutiu a foto de capa do Estadão na quarta-feira. O autor da matéria do site, Fábio Lau, comentou que a foto tem "a cara do Rio" .

Certíssimo.

E Fábio foi exato também ao revelar que ao ver a foto na rede social ligou para Sérgio Moraes, o fotojornalista que capturou a cena, para lembrar ao amigo que aquela fotografia daria primeira página no velho JB.

Horas mais tarde, Morais encaminhou ao Fábio o print do Estadão: a foto estava lá, de fato, na primeirona.

"Orgulho pelo brilho do profissional que sacou a sua "arma" e registrou a cena. E muita emoção por rever o quanto é bonito o trabalho do fotojornalista no impresso: a precisão da imagem, a luz recortando a história e o prestígio de ocupar a capa", diz ele no Conexão Jornalismo.

No fecho do texto, Fábio Lau constatou: "O Estadão foi, portanto, JB por um dia".

NOVA YORK: ONU OFERECE BOLSAS PARA JORNALISTAS BRASILEIROS



O Dag Hammarskjöld Fund para Jornalistas, instituição da ONU, está oferecendo bolsas para jornalistas de países em desenvolvimento. As inscrições estão abertas a profissionais com idades entre 25 e 35 anos e que estejam vinculados a rádio, televisão, veículo impresso ou internet e tenham autorização das suas empresas para passar três meses em Nova York, de setembro a novembro próximos.
CONFIRA TODAS AS INFORMAÇÕES, CLIQUE AQUI

A política do ajuste fiscal selvagem agora é coisa nossa. Lembra do FMI? Eles estão morrendo de inveja...

Durante muitos anos, o Brasil, representado por alguns líderes e tecnocratas, andava de quatro para o FMI, de orifício traseiro alegremente exposto aos ventos.

A mídia dominante ficava nervosa, hiperativa, e comemorava junto com o "mercado" cada vez que aqui aportava uma das tais "missões do FMI" que vinham, na prática, dar esporro em ministros e presidentes. Era um circo, um circo vexatório, na verdade.

Diziam os amestrados que o FMI vinha atuar para estabilizar o país, conter a crise no Terceiro Mundo. Ironicamente ou previsivelmente, as grandes crises, aquelas que dizimaram riquezas e provocaram terremotos globais, foram geradas por especuladores desembestados que atuaram nas instituições do Primeiro Mundo nas fraldas do FMI.

O que o FMI fazia aqui com grande competência era produzir uma rigorosa estagnação, com altos custos sociais. Se a pobreza aumentava, se a fome batia às portas de milhões de brasileiros, se crianças morriam por "contingenciamento" de verbas para programas de vacinação, de promoção de queda de mortandade infantil e de manutenção de hospitais públicos, dos sistemas de educação, segurança e de obras de infraestrutura, dane-se, desde que o mercado financeiro faturasse bilhões com taxas de juros nas alturas.

Nos anos 00, o Brasil livrou-se do FMI.

Curiosamente, hoje, aquelas missões imperiais que agitavam o país tornaram-se dispensáveis. O trabalho sujo passou a ser feito aqui mesmo, sem a necessidade de componentes importados, a não ser a "filosofia".

Só se fala no "ajuste fiscal". É um dogma, talvez um deus para os especialistas. Não há políticas, há o fanatismo pelo ajuste, a obra única, a patologia que começa e acaba em torno de si mesmo.

Os burocratas do FMI, com sangue nos dentes, talvez morressem de inveja dos seus equivalentes do atual e ilegítimo governo brasileiro.

O ajuste fiscal e a aprovação de leis que vão engessar dispositivos sociais por décadas é algo selvagem. Sem falar que o foco dos cortes aponta dramaticamente para as faixas mais pobres da população. Privilégios não serão afetados.

O Rio de Janeiro vive uma enorme crise. Isso é fato. Políticos e empresários em ativa parceria desviaram bilhões, segundo apontam investigações. Vários estão presos, provavelmente suspenderam as operações. Mas outras causas do rombo nas contas do estado continuam ativas e operantes. A política suspeita de incentivos fiscais, por exemplo. Hoje mesmo o Diário Oficial revela que o mesmo governo que não consegue pagar funcionários continua abrindo mão de milhões em impostos. Calcula-se que, nos últimos anos, empresas deixaram de pagar mais de 150 bilhões de reais em impostos aos cofres do Rio de Janeiro.

Outro rombo, quase incalculável tamanha é a precariedade da fiscalização, é atribuído à terceirização e a certas "organizações sociais" e tipos de "ongs" que ocupam áreas de serviços públicos.

Mesmo diante da penúria que atinge hospitais, escolas e funcionários, entre outros setores, e de vários estados, o governo federal ilegítimo, agora com a ajuda do STF, quer apertar ainda mais o cerco e desaprova instrumentos que mantenham pelo menos os serviços essenciais em operação, além das obrigações salariais.

Ao mesmo tempo, com espantosa desfaçatez, prepara a doação de 100 bilhões de reais para teles no embalo de revisão de concessões e outras metáforas.

Você deve estar lendo com frequência matérias e artigos que forçam a privatização da Cedae. Provavelmente a empresa será vendida. Não se chegou ainda a um valor exato mas há estimativas de que o estado arrecadará 1,5 bilhão de reais com a privatização dos serviços de água e esgoto no Rio.

Mas você não lê nenhum "formador de opinião" que denuncie a farra de incentivos e peça investigações, CPIs, operações do tipo Lava Jato ou assemelhadas para estancar a sangria.

Leia de novo: a venda da Cedae renderá 1 bilhão e meio de reais, aproximadamente. E a mamata dos incentivos custou nos últimos anos 150 bilhões de reais em impostos que viraram nuvens. E se, em alguns poucos casos, não viraram fantasia nem as autoridades sabem já que não se sabe sequer se a contrapartida aos incentivos é comprovada ou fiscalizada.

É mole, quer mais ou você tem inveja dessa festa?

O FMI deve estar doido para voltar ao Brasil. Mas, dessa vez, os gringos virão aprender como se faz um ajuste fiscal sem escrúpulos e sem vergonha.

Foto de Cléo Pires nua quebra a internet...

Cléo  postou a foto acima, ontem. A internet pirou. Reprodução

Leila Diniz aos 23 anos na capa
 da Fatos & Fotos (1968) 
por Ed Sá 

Há algo de Leila Diniz em Cléo Pires. Em atitudes, fotos e entrevistas Cléo exibe a energia libertária que caracterizava Leila.

Suas opiniões são de uma franqueza desconcertante por contrastar com a contidas entrevistas de outras atrizes de sua geração, que costumam repetir frases inodoras filtradas por assessoria de comunicação.

Cléo, como Leila, deixa claro que antes da atriz vem a mulher consciente, livre, contemporânea.

Leila estaria hoje com quase 72 anos. Cléo fará 35 no fim deste ano. As duas parecem se encontrar na linha do tempo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

‘Trabalhando a qualquer hora, em qualquer lugar’: novo relatório destaca oportunidades e desafios na expansão do trabalho a distância

Foto Unsplash

(do portal da ONU Br)

Novo relatório da OIT e do Eurofund mostra que o uso das novas tecnologias de comunicação abre caminho para um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mas também diminui as fronteiras entre trabalho e casa.

O relatório destaca uma série de efeitos positivos do trabalho a distância, como maior autonomia do tempo de trabalho, que leva a mais flexibilidade em termos de organização do tempo de trabalho.

A expansão do uso de tecnologias digitais, como smartphones, tablets, laptops e computadores desktop para trabalhar a distância (seja em casa ou em outros lugares) está rapidamente transformando o modelo tradicional de trabalho.

Essa tendência pode melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, reduzir o tempo de deslocamento e aumentar a produtividade, mas também pode resultar em horas de trabalho mais longas, maior intensidade de trabalho e interferência no trabalho e em casa, segundo um novo relatório lançado hoje (15) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Eurofound.

O novo relatório ”Trabalhando a qualquer hora, em qualquer lugar: os efeitos no mundo do trabalho” sintetiza uma pesquisa realizada pelas duas organizações em 15 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Argentina, Índia, Japão e dez Estados-membros da União Europeia: Bélgica, França, Finlândia, Alemanha, Hungria, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Reino Unido.

O estudo identifica vários tipos de funcionários que utilizam novas tecnologias para trabalhar a distância, ou seja, fora das instalações de seus empregadores. As subcategorias desse grupo incluem pessoas que trabalham de casa regularmente, pessoas que trabalham de casa ocasionalmente e pessoas que trabalham de outros lugares com frequência [1].

O relatório destaca uma série de efeitos positivos do trabalho a distância, como maior autonomia do tempo de trabalho, que leva a mais flexibilidade em termos de organização do tempo de trabalho. Outro efeito positivo é a redução do tempo de deslocamento, que resulta em maior produtividade e melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. O estudo também identifica várias desvantagens, como a tendência em trabalhar mais horas e uma sobreposição entre trabalho remunerado e vida pessoal – o que pode levar a altos níveis de estresse.

O relatório traça distinções claras entre pessoas que trabalham de casa e parecem desfrutar de um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal e pessoas que trabalham de outros lugares com frequência, mas correm um risco maior de sofrer resultados negativos em termos de saúde e bem-estar.

“Este relatório mostra que o uso de tecnologias modernas de comunicação facilita um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal mas, ao mesmo tempo, diminui os limites entre o trabalho e a vida pessoal, dependendo do local de trabalho e das características das diferentes ocupações”, disse o especialista da OIT sobre condições de trabalho e coautor do relatório, Jon Messenger.

O relatório fornece recomendações para lidar com essa disparidade, como a promoção do trabalho a distância formal em tempo parcial, com o objetivo de ajudar as pessoas que trabalham em casa ou em outros lugares a manter vínculos com seus colegas de trabalho e melhorar seu bem-estar, e restringir o trabalho a distância informal e suplementar envolvendo longas horas de trabalho.

“É particularmente importante abordar a questão do trabalho suplementar realizado através das tecnologias modernas de comunicação, como por exemplo o trabalho adicional feito em casa, que pode ser visto como horas extras não remuneradas. Nesse caso, também é importante garantir que os períodos mínimos de descanso sejam respeitados, a fim de evitar efeitos negativos sobre a saúde e o bem-estar dos trabalhadores”, disse Oscar Vargas, da Eurofound.

Atualmente, apenas a União Europeia possui um acordo para regular a mudança digital relacionada ao trabalho a distância (European Framework Agreement on Telework). No entanto, a maioria das iniciativas existentes está relacionada com o trabalho a distância formal, baseado no domicílio, enquanto os problemas parecem ser mais recorrentes com o trabalho a distância informal e ocasional.

À medida que o trabalho a distância se torna mais proeminente, também aumenta a necessidade de se desconectar para separar o trabalho remunerado da vida pessoal. França e Alemanha já começaram a analisar acordos negociados dentro das empresas e a legislação, tanto existente quanto nova, como o “direito de se desconectar” na revisão mais recente do Código de Trabalho francês. No futuro, isso pode resultar em medidas concretas para tornar a vida profissional menos difusa, como desligar servidores de computadores fora do horário de trabalho para evitar e-mails durante os períodos de descanso e feriados, o que já está acontecendo em algumas empresas.

Fonte: ONU Br/Nações Unidas no Brasil

ACESSE O RELATÓRIO COMPLETO, CLIQUE AQUI

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Série sobre assassinato de embaixador russo ganha o World Press Photo 2017. Brasileiro Lalo Almeida, com imagem dramática sobre vítimas de zika vírus, fica em segundo lugar


Foto de Burhan Ozbilici, vencedor do World Press Photo 2017.

por Jean-Paul Lagarride

Entre quase noventa mil fotografias inscritas por profissionais de 125 países, a 60ª edição do concurso World Press Photo apontou como Fotografia do Ano a série de imagens capturadas por Burhan Ozbilici, da Associated Press (AP), focalizando o assassinato do embaixador russo Andrei Karlov, na Galeria de Arte Contemporânea de Ancara, na Turquia em dezembro do ano passado. A série denominada "Um Assassinato na Turquia" mostra o terrorista islâmico Mevlüt Mert Altintas, um policial que fazia parte do dispositivo de segurança, com arma na mão, logo após disparar contra o embaixador.

A escolha da foto vencedora provocou polêmica até entre o júri que se dividiu entre a crueza de um fato jornalístico que não se pode ignorar e a publicidade que se dá indiretamente a um cruel ato de terrorismo.

Além de Ozbilici, 45 fotógrafos de 25 países foram premiados este ano.

Foto de Lalo Almeida, segundo lugar na categoria Prize History do World Press Photo. 

O fotojornalista brasileiro Lalo Almeida, colaborador do New York Times e da Folha de São Paulo no Brasil e na América do Sul, ficou em segundo lugar na categoria Prize History com a foto "Vítimas do Zika Vírus".

VEJA A GALERIA COMPLETA NO SITE DO WORLD PRESS PHOTO, CLIQUE AQUI

Revista Playboy americana só ficou um ano vestida. Vai tirar a roupa de novo...

por Niko Bolontrin

Faz parte da síndrome da Internet que assola o meio impresso. Muitas revistas tradicionais não sabem bem o que fazer e executivos estressados não param de anunciar novos modelos e ferramentas que, aliás, implantam e abandonam com velocidade de Fórmula 1.

Há um ano, a edição americana da Playboy decidiu acabar com a nudez em suas páginas sob a alegação de que os tempos e o mercado eram outros, a expectativa do leitor diversa etc etc.

Não deu certo. O faturamento caiu e a receita das versões digital e impressa não correspondeu às metas do grupo.

Muitas edições da Playboy franqueadas para outros países mantiveram a nudez, o que também não significa que levem vida boa nas vendas. A edição brasileira, por exemplo, que no ano passado deixou de ser da Abril para ser bancada pela PBB Editora, perdeu fôlego e passou sua periodicidade a bimestral, em vez de mensal. E acaba de determinar que a nudez frontal não será mais "obrigatória" nas suas páginas. Isso, antes de da Playboy americana revisar sua política de anti-nudez.  

Ontem, Cooper Hefner, 25, filho do fundador da Playboy, Hugh Hefner (atualmente com 90 anos) admitiu que vestir as playmates foi um erro. A Playboy está divulgando a edição de março já com a hastag #NakedIsNormal (nu é normal).

Outra mudança de conceito: a revista retira da capa o rótulo "Entretenimento para homens". Isso significa que os editores agora reconhecerão a diversidade de gêneros na publicação.

Cooper mantém, contudo, a opinião de que a nudez publicada pela Playboy era "antiquada". Supõe-se que ele deverá "modernizá-la". Seja lá o que isso significa tratando-se de atributos milenares desde que Eva comeu a maça ou foi comida por qualquer outro fruto ou hortaliça bíblicos.
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O JB vai voltar? Empresário Omar Peres adquire a marca Jornal do Brasil. O objetivo seria relançar versão impressa .


Segundo o colunista Maurício Lima, da Veja, o empresário Omar Peres adquiriu de Nelson Tanure a marca Jornal do Brasil. O titulo do jornal carioca foi a leilão há alguns meses por determinação da Justiça do Trabalho: uma das sessões acabou sustada e outra não teria obtido lances mínimos.

A renda do leilão frustrado deveria ser destinada ao pagamento de indenizações trabalhistas devidas pelo antigo proprietário aos ex-funcionários do JB.

A nota da Veja não entra em detalhes da operação de venda agora anunciada e nem de como ficarão os interesses dos jornalistas que levaram calote de gestões anteriores.

Nos últimos anos, Peres adquiriu algumas marcas-símbolo do Rio, como os restaurantes Fiorentina e Bar Lagoa. Ele é também sócio de Ricardo Amaral no projeto de reabertura mítico Hippopotamus. E constrói o Rian na Av. Atlântica, no Leme. O nome remete ao de um cinema que era point nos anos 1950 e 1960 na mesma avenida.

Desde agosto de 2010, o JB se mantém em versão digital. Omar Peres, que ainda não confirmou a notícia, teria planos de relançar a edição impressa do Jornal do Brasil.


A pedido de Michel Temer, Justiça passa a tesoura no jornalismo. Os golpistas de hoje imitam os golpistas de ontem...

Teoricamente, a Constituição de 1988 acabou com a censura instituída no Brasil pela ditadura militar. Teoricamente porque alguns juízes de vários estados passaram a acolher ações  - geralmente movidas por políticos - para censurar meios de comunicação ou mandar retirar conteúdo que supostamente atingem autoridades ou pessoas a elas ligadas.

O atual e ilegítimo governo Michel Temer parece estar com saudades da ditadura militar.

A pedido da Presidência da República, um juiz de São Paulo acaba de passar a tesoura em reportagens da Folha de São Paulo e do Globo sobre o rumoroso caso envolvendo troca de mensagens entre Marcela Temer e um hacker, já condenado, que tentava chantageá-la usando informações e fotos roubadas do celular e do email da primeira-dama.

Não cabe à Justiça impedir a publicação de uma reportagem. Isso aí é censura prévia. Qualquer pessoa tem direito a processar meios de comunicação caso se sinta ofendida ou difamada por conteúdos publicados. Mas a censura prévia não está entre esses direitos.

Várias entidades manifestaram repúdio à censura judicial.

Vai ver Temer é seguidor do twitter de Donald Trump, que mete o pau na mídia post sim, post não.

Na semana passada, ele baixou portaria restringindo a circulação de jornalistas no Palácio do Planalto. Repórteres e fotógrafos agora devem ser contidos no Comitê de Imprensa. Antes, os jornalistas credenciados tinham acesso aos andares, com exceção do terceiro piso, onde fica o gabinete presidencial.

O Planalto anda tão frequentado por figuras citadas em delações da Lava Jato que, provavelmente, a turma precisa de um pouco de privacidade para pensar na vida pregressa.


Checagem de notícias na velha mídia: falso ou verdadeiro?

A mídia digital alternativa incomoda a velha mídia. Simplesmente porque expõe fatos que por interesses empresariais e políticos são omitidos ou apenas parcial e seletivamente abordados pelos veículos do main stream.

Daí, empreende uma espécie campanha para desmoralizar a mídia independente buscando confundi-la como derrame de falsas notícias que circulam em redes sociais ou em correntes de emails.

Foi a mídia independente que criou ferramentas e processos para checar a veracidade de informações nos vários meios. Daí, surgiram as agências de checagem que se proliferam e se propõem a confirmar com várias fontes notícias e dados oficiais ou privados manipulados por políticos em empresários. Essa, a checagem criteriosa, deveria ser um premissa do jornalismo mas alega-se, hoje, falta de tempo ou de pessoal para cumprir esse paradigma da profissão.

Com isso, a velha mídia aderiu ao formato inovador e passou a utilizar serviços de agências de checagem, o que é saudável, mas a honestidade precisa se confirmar na prática ou não passará de um louvável intenção.

Um mero exemplo: os principais veículos do país apregoam há meses que Alexandre de Moraes, indicação política de Temer para o STF, é um "respeitado constitucionalista" lotado de títulos e autor de vários livros sobre o tema. Coube ao site Jornalistas Livres revelar que os livros têm trechos plagiados. Moraes não negou, apenas botou a culpa em um coautor.

Agora, descobre-se que o futuro ministro do STF, ao contrário do que informa seu currículo Lattes, não tem doutorado pois não chegou a fazer a dissertação de mestrado obrigatória. Há sinais também de que o ministro da Justiça licenciado do atual e ilegítimo governo mostrou velocidade incomum no cumprimento de etapas da carreira. Seria uma espécie de Usain Bolt do Direito. Moraes não negou, apenas botou a culpa em uma secretária.

Nos dois casos, a velha mídia limitou-se a reproduzir passivamente a "notícia alternativa" e não foi capaz de checar o currículo e a autenticidade absoluta da obra do citado personagem. Mal comparando, embarcou amadoristicamente na "corrente de email".

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Jornal publica foto do ator Alec Baldwin, que imita Trump, como se fosse imagem do presidente americano...




por Jean-Paul Lagarride

O jornal El Nacional, da Republica Dominicana, confundiu política com humor, o que quase sempre dá no mesmo. O jornal publicou na última sexta-feira uma foto do ator Alec Baldwin, que faz uma elogiada caricatura de Donal Trump no programa Saturday Night Live, como se fosse o presidente americano.
A foto foi enviada ao jornal pela AP, mas estava identificada corretamente. Na edição, o estagiário trocou as bolas. El Nacional pediu desculpas. E as redes sociais se encarregaram de divulgar a mancada.


Deu no MSN Esportes: circula na internet um vídeo inédito do GP de San Marino, em Ímola, gravado no fim de semana em que Ratzenberger e Senna morreram

Senna pouco antes da corrida fatal, em Ímola. Reprodução de vídeo inédito (link abaixo)

O fim de semana de 29, 30 de abril e 1° de maio de 1994 marcou tragicamente a história da Fórmula 1. Ainda durante os treinos, na sexta-feira, Rubens Barrichelo capotou como seu carro, feriu-se sem gravidade mas ficou fora da corrida no domingo.

No sábado, um acidente matou o piloto austríaco Roland Ratzenberger.

No domingo, na largada, os carros de J.J. Lehto e Pedro Lamy se chocaram, sem gravidade, mas dois pneus de um dos carros foram arremessados em direção às arquibancadas e feriram espectadores..

Naquele GP, Senna liderou movimento dos pilotos que reivindicaram revisão de normas de corrida e pretendiam restaurar uma extinta Comissão de Segurança onde eles tinham participação e voz. Apesar de identificarem problemas no circuito, os pilotos, inclusive Senna, decidiram correr no domingo.

As imagens do vídeo inédito feitas por um espectador que estava posicionado em frente aos boxes mostram que na F1 a fria norma daquele domingo foi fazer o show continuar, mesmo após Ayrton Senna bater no muro de concreto da curva Tamburello (o brasileiro foi declarado morto poucas horas depois, no hospital, embora paramédicos que o atenderam no local tenham afirmado que Senna faleceu ainda no carro). Os organizadores teriam adiado a confirmação das mortes, tanto no caso de Ratzenberger quanto no de Senna, para evitar o cancelamento das provas. A FIA desmentiu essa informação.

O link do vídeo foi enviado ao Panis por Roberto Muggiati. 

- "É uma visão caótica, ao contrário daquela pasteurizada exibida pelas Globos da vida, mostra o lado sujo e barulhento da Fórmula-1 e a morte sempre rondando o espetáculo (me deu um pouco a impressão de uma tourada...).

E a lembrança do jornalista: nove horas da manhã, assistindo a TV deitado no sofá em minha casa, acontece aquilo e eu vou correndo para a Manchete para fechar a edição naquele domingo mesmo e sair de lá na madrugada de segunda.

A correspondente Ivy Fernandes foi acionada em Roma e partiu para Bolonha, a 30 km de Ímola", recorda o ex-diretor da Manchete.

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Com o tema "Imprensar-te-ei" bloco Imprensa Que Eu Gamo 2017 trola os corruptos do poder e da cadeia






Fotos bqvMANCHETE
Com o samba "Imprensar-te-ei", uma referência ao linguajar pernóstico e brega do presidente ilegítimo, o "Imprensa que eu gamo" animou Laranjeiras, ontem. Foi o vigésimo-terceiro desfile do bloco. "Primeiramente, diretamente se escolhia o presidente/Seu editor, o que aconteceu/Entrei no Uber e a gente se perdeu/ Ai, ai, Eike confusão/Bangu é o novo point de grã-fino no verão/ tá virando lema, a sacanagem suprema/ e eu que sempre trabalhei, sei lá se aposentar-me-ei", cantava o samba do Imprensa. Em outra estrofe, mais recados: "Ó seu Cabral.../ Ganhou anel, perdeu a nau/ Tá esculachado/ Réu e juiz até parecem namorados/ Tenho convicção, não precisa delação, é fato/ Eles afogam o ganso/O povo é quem paga o pato".


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Fotomemória da redação - Gal Costa em dois cliques da Fatos & Fotos. Com Caetano e Gil, em Londres, e com Guilherme Pereira e Cláudio Segtowich em Ipanema

Gil, Gal e Caetano, Londres, 1970. Reprodução/Fatos & Fotos


Gal, Guilherme Pereira e Cláudio Segtowich, Ipanema, 1976. Foto Arquivo Pessoal

Em 1970, Gal Costa visitou Caetano e Gil. Tempos de chumbo, os dois estavam então exilados em Londres, onde moraram de 1969 a 1971, após terem sido presos pela ditadura militar.

A Fatos & Fotos registrou com exclusividade o momento Tropicália no terreiro de Elizabeth, mais precisamente em Chelsea, rua Redesdale, endereço da dupla, uma casa simples com móveis de brechó. Na foto, vê-se uma máquina de escrever, algo inusitado para as novas gerações, mas provavelmente foi daquele "aplicativo" diluviano que saiu a letra da antológica 'London, London", de Caetano

Seis anos depois, a FF reencontrou Gal, de visual novo, dessa vez em Ipanema, onde ela morava. O famoso Pier, do qual foi musa, havia sido desmontado um ano antes. A foto em P&B é de bastidores, foi feita na Rua Saint Romain, logo após Gal Costa dar uma entrevista e posar para a Fatos & Fotos.

Um trio bem humorado - a cantora, seu maquiador Guilherme Pereira e o produtor Claudio Segtowich - foi fotografado ao lado da "viatura", uma Rural da frota da Bloch.

Gal vivia um grande momento. Poucos meses antes, de abril a outubro de 1975, sua voz abriu a novela 'Gabriela', um dos maiores sucessos da TV. Com Gal, o Brasil cantou "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi. A matéria da FF tinha a ver com esse fenômeno musical da época: naquela semana, era lançado o LP  "Gal canta Caymmi", com dez faixas de autoria do genial compositor.

Gal continua na estrada. Neste domingo, 17, se apresenta em São Bernardo do Campo. Guilherme Pereira morreu em 2008. Claudinho Segtowich, produtor de dezenas de capas para revistas da Bloch como Manchete, Fatos & Fotos, Amiga e Desfile mora em Búzios, onde é atuante em eventos e em movimento de defesa e preservação do balneário.

O tempo rodou num instante, como diz o poeta Chico Buarque.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Meme resume o Brasil: tá tudo dominado...

Reprodução Instagram

A meme acima está dando o seu recado a milhares na web. É precisa, mas não faz rir. Diante de um rolo compressor do atraso manejado por políticos denunciados, por podres poderes econômico e financeiros, sob a claque da velha mídia, parece dizer que os brasileiros pouco podem fazer para reagir a não ser desabafar com memes. E constatar o óbvio.
Além disso, a imagem desmente a teoria de evolução das espécies.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Capa de revista abala legiões Trumpianas do coração da América... O motivo é a área sul de uma foto ousada


por Clara S. Britto
A supermodelo americana Grace Hartzel, 19, provoca polêmica na terra de Donald Trump em capa e ensaio para a revista Purple, de fevereiro.

O motivo da reação está, claro, na região sul da foto revelada por um macacão de jeans. Tal detalhe é algo inédito em capas de revistas que não são exatamente do segmento editorial masculino. Até publicações como a Playboy já abriram mão do explícito.

O detalhe é que Hartzel, top em ascensão que já fez campanhas para Saint Laurent e posou para editoriais e matérias na Vogue francesa, Interview e Love, nasceu e cresceu no rígido e conservador Meio-Oeste americano. E teve infância tão certinha e puritana quanto a "América profunda" impõe.

Beckileaks: vazamento de milhares de emails de David Beckham é gol contra a imagem do ex-jogador


por Jean-Paul Lagarride

O assunto do momento nos jornais ingleses é o chamado Beckileaks: o vazamento de milhares de emails da caixa postal do jogador David Beckham. O conteúdo do pacotaço atinge em cheio a imagem do ex-jogador.

A troca de mensagens em Beckham e seus assessores expõe suas supostas tentativa de usar trabalhos de caridade para alavancar sua campanha para se tornar Cavaleiro do Império Britânico (o nome do jogador foi recentemente bloqueado no último minuto com base em objeções levantadas a propósito da sua participação em um sistema controverso de investimentos financeiros). Antes disso, comentando rumores sobre uma possível homenagem oficial que receberia, ele foi curto e grosso: "se não for o título de Cavaleiro, foda-se".

Até agora, apenas parte do material foi vazada.

Nos emails, Beckham, que é Embaixador da UNICEF, também se queixa de que a organização lhe pediu dinheiro. Ele diz que não vai dar qualquer ajuda com seus próprios recursos.

Porta-voz da UNICEF tuitou afirmando que por mais de 15 anos "David Beckham tem sido um embaixador @UNICEF dedicado e apaixonado, ajudando milhares de crianças". Representantes do ex-jogador dizem que os emails foram editados e divulgados depois que ele se recusou a ceder a uma tentativa de chantagem de milhões de dólares.


Fato & Foto no Rio 40 graus: cidadania não dispensa sombra


Reprodução O Globo

Ser manifestante no Rio de Janeiro sob uma calor de mais de 40° não é pra qualquer um.

Mas é tão cabeluda a situação e tão sério o drama dos funcionários com salários atrasados ou preocupados com privatizações anunciadas que a turma encara o sufoco. Mas há limites. E, afinal, sombra não é coisa que se despreze.

A foto de Ana Branco no Globo, hoje, retrata bem a situação. Em frente ao Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa, funcionários da Cedae que protestam com a proposta de privatização da empresa se abrigam no único recorte de sombra possível. A bem-vinda projeção de um prédio aliviou a dureza da tarde.

Cinema cria um novo movimento: o Neoadesismo Brasileiro. São os filmes-exaltação do golpe que vão representar o Brasil no Oscar do ano que vem...

por O.V.Pochê

O cinema já conheceu muitos movimentos. O Neorealismo italiano, a Nouvelle Vague, o Cinema Novo.

Alguns cineastas estão com as câmeras ligadas para dar mais uma contribuição à nomenclatura da linguagem cinematográfica: vem aí o Neoadesismo brasileiro.

Longas sobre as investigações políticas e Lava Jato seriam os filmes-manifesto do novo movimento, levando-se em conta o teor das declarações dos realizadores sobre os respectivos temas.

É política, mas também é business.

Um dos diretores do movimento
cinematográfico Neoadesismo Brasileiro
a caminho do Oscar. Reproduçõa
O cinema-exaltação do golpe conta com um público potencial representado pelo "Brasil dividido" e pela ascensão da direita sacramentada pelo voto nas últimas eleições.

Caso a resposta na bilheteria seja boa, estará aberto um novo filão. Já estão em fase de roteirização "Bolsonaro, a epopeia", sobre o futuro candidato a presidente que tentará repetir no Brasil o fenômeno Trump; "Sheherazade, profissão guerreira", sobre episódios de coragem protagonizados por uma jornalista;  "A saga da Bancada da Bala", sobre o grupo que luta pelos direitos sociais da Colt, Beretta e AR15; "Coração Verde, Amarelo, Branco, Azul Anil", este sobre os líderes das passeatas coxinhas; "11 Homens e um Pepino", sobre as votações do STF durante a conspiração; "Legião de Herois", sobre o governo pós-golpe e seus ministros; "A Garganta Profunda que Salvou uma Nação", sobre o destemor e o patriotismo dos caguetas premiados; e "O Calvário do Milionário", sobre a prisão de um dos homens mais ricos do mundo.

Não se pode dizer que o golpe não está dando sua contribuição à Cultura. Tanto que cada um desses filmes já desponta como candidato a representar o Brasil no Oscar do ano que vem.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

The Economist diz que Macri e Temer querem dançar juntinhos... O nome do baile, segundo a revista é "The Mauricio and Michel Show"...

Reprodução The Economist (neste link)

Longevidade... Aos 63 anos, a modelo Christie Brinkley volta a posar para a revista Sports Ilustrated



por Clara S. Britto
O site Hollywood Life dá mais uma prova dos poder das musas sessentonas. A modelo Christie Brinkley, que foi capa da Sports Ilustrated em 1981, voltou a posar para a revista, agora ao lado das duas filhas. E ela segura a onda, como se vê, acima, nos dois momentos. A loura Brinkley foi uma das primeiras supermodels e nunca teve nada a ver com o com o rótulo de "burrinha": ela soube investir bem o que ganhou. Aplicou os cachês em imóveis de luxo e acumulou uma fortuna avaliada até recentemente em cerca de 100 milhões de dólares. VEJA MAIS NO HL, CLIQUE AQUI