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sábado, 9 de fevereiro de 2019

Barraco na mídia: jornal tenta chantagear executivo




por Flávio Sépia 

O jornal National Enquirer, tabloide popular que circula nos Estados Unidos desde o fim do anos 20 do século passado, nunca teve boa fama. Antes da Segunda Guerra chegou a assumir uma linha pró-fascista. Especializou-se, depois, com mais ênfase, em cobertura de crimes, acontecimentos sobrenaturais, discos voadores e celebridades. Nos anos 1970, era a bíblia da fofoca e um fenômeno nas bancas. Enquanto a revista People, na mesma década, focalizava os famosos de uma maneira, digamos, mais amistosa, o National Enquirer investia na baixaria sem medo de ser feliz.

A Fatos & Fotos fez acordo de utilização de matérias no Brasil com as duas publicações, não ao mesmo tempo: a People, entre 1975 e 1978; Enquirer de 1979 até 1981, talvez. A parceria com a People funcionou, havia naturalmente forte interesse do leitor brasileiro na "intimidade" dos astros e estrelas de Hollywood. Já a dobradinha com o National Enquirer não decolou, embora o absurdo às vezes fosse cômico e divertisse os redatores que traduziam as matérias. Era baixíssimo o nível de gossips e escândalos dos famosos e dos personagens freaks que eles adoravam "investigar": algo do tipo a mulher com duas vaginas do Kentucky ou o pastor abduzido que pregou para extraterrestres em uma galáxia distante.

Precisou Donald Trump chegar ao poder para o National Enquirer, quem diria, entrar no radar da luta política que divide os Estados Unidos e virar assunto sério do Globo de hoje.

O National Enquirer, que é da American Media que, por sua vez, pertence a David Pecker, antigo parça de Trump, colocou repórteres e fotógrafos para acompanhar Jeff Bezos, dono da Amazon e do Washington Post, com o objetivo de flagrá-lo ao lado de uma suposta amante: a jornalista Lauren Sanchez, ex-apresentadora de TV.

Bezos denuncia que, de posse de "fotos íntimas", o National Enquirer ameaçou publicá-las caso ele não desmentisse publicamente que via "motivação política" na obstinação do tabloide em torno da sua vida pessoal. 

Trump é crítico da Amazon e se incomoda profundamente com a cobertura política do Washington Post. Por isso, Bezos vê na relação entre o presidente e o Pecker a motivação do tabloide para segui-lo por cinco estados em busca das tais fotos íntimas. Em artigo publicado no seu blog, Bezos explica porque apesar de ameaçado pelo Enquirer decidiu não ceder à chantagem. "Se eu, na minha posição, não posso enfrentar esse tipo de extorsão, quantas pessoas poderiam?", escreveu ele, negando-se a entrar no jogo do amigo de Trump.

A American Media de Pecker já foi utilizada por Trump como "laranja" na intermediação dos pagamentos com que  tentou comprar o silêncio da ex-modelo da playboy Karen Mc Dougal e da atriz pornô Stephanie Clifford, que supostamente tiveram casos com o atual inquilino da Casa Branca. Clifford acabou revelando em livro, como prova de que sabe do que está falando, que Trump tem um pau abaixo do tamanho médio, nada que possa ser chamado de "Trump Tower" e em um estranho formato de cogumelo. Depois de classificar como "nada impressionante" o sexo com o magnata, ela insinuou que Trump tem déficit de atenção durante a trepada e às vezes parece se desligar do que está fazendo. Trump e Pecker agiram para impedir que essas revelações cogumelianas contaminassem a campanha eleitoral.

Os escândalos políticos em Washington costumam ter esses detalhes fálicos, são bem produzidos e roteirizados, quase hollywoodianos. Remember a estagiária Monica Lewisky, que também teria vazado uma característica do pênis de Bill Clinton: seria torto e desgovernado, a ponto de tornar difícil uma performance do tipo "garganta profunda". 

E pensar que Itamar Franco pagou caro por se envolver em um tosco escândalo carnavalesco por simplesmente posar ao lado de uma vagina esfuziante que até fora do seu campo de visão estava: só os fotógrafos viam a desejada comissão de frente enquanto Itamar sorria inocente.

Ô coitado!

    

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Vítima de chantagem, cantora se antecipa ao criminoso e posta foto pirateada...

Reprodução Twitter


Vítima de fotos hackeadas, como tem acontecido com muitas celebridades, a cantora Sia adotou tática diferente. Ao saber que alguém estaria vendendo imagens suas aos fãs, ela se antecipou e divulgou no Twitter foto em que aparece nua. Um presente público. Na mensagem, ela alerta os fãs para não gastarem dinheiro: "aqui está a foto, de graça". A legenda "Everyday is Christmas" é uma irônica referência ao título do último álbum da cantora.

Reprodução
Sia é rigorosa quanto à própria privacidade e esconde o rosto ao se apresentar em shows e clipes. "Prefiro ser uma voz e não um rosto", já disse entrevista.

A cantora recebeu apoio dos fãs e sua mensagem já foi compartilhada milhares de vezes.

Mas houve quem deduzisse que um close do rosto de Sia talvez tivesse mais valor para o chantagista.


sábado, 13 de maio de 2017

Cyber arrastão: ataque hacker é o primeiro assalto globalizado da história

O aviso dos cyber assaltantes

A CNN dedicou horas ao tema, ontem. 


Nas redes sociais, Edward Snowden criticou a NSA por não alertar outros países ao saber
que sua ferramenta baseada na falha do Windows havia sido vazada. 

Ainda não foi o cyber apocalipse, mas os hackers mostraram armas capazes de deflagrar um ataque mundial.

Segundo a empresa russa Kaspersky, especializada em segurança cibernética, foram identificadas cerca de 50 mil ações criminosas em mais de 70 países ( a Avast, empresa de softs de segurança, estima em 99 o número de países atacados).

A motivação da atual ofensiva foi chantagem. Ao consumar o sequestro de arquivos, os hackers exigiam quantias em bitcoins (em valores entre 300 a 600 dólares) para permitir que os usuários infectados voltasse a acessar seus documentos ou bancos de dados. O ataque foi denominado de Wanna Decryptor ou WannaCrye explorou uma vulnerabilidade do Windows.

Cyber invasões criminosas em larga escala não são novidade. A poderosa NSA (National Security Agency) americana hackeou não faz muito computadores governamentais de dezenas de países, inclusive aliados com Alemanha, França, Brasil etc, para obter informações estratégicas governamentais e de empresas e pessoas. A ação ilegal, embora justificada como de combate ao terrorismo, recolheu importantes informações econômicas e diplomáticas de empresas privadas em vários países. Antes disso, a mesma agência havia invadido caixa de emails e rastreado redes sociais de milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a famosa revelação da organização Wikileaks.

O mega ataque de ransonware (é este o nome da ação dos hackers, ontem, um tipo de malware que impede o acesso ao sistema infectado e exige um valor de "resgate" para liberá-lo), segundo as primeiras informações, utilizou uma ferramenta hacking desenvolvida para explorar a falha do Windows e que teria sido roubada da NSA. A Rússia foi o país mais atacado O Brasil sofreu algumas investidas, sites de empresas e órgãos públicos saíram do ar em 14 estados.

O ativista Eduardo Snowden criticou no twitter a NSA. Ele acha que ao descobrir há alguma semanas que a ferramenta maliciosa havia sido vazada poderia ter feito um comunicado privado às agências governamentais e evitado a ação dos hackers.

O invasão massificada entra para a história com o primeiro cyber arrastão da web globalizada.

sábado, 29 de abril de 2017

Site de Hollywood diz que hackers roubaram série inédita da Netflix e pedem resgate para devolver arquivo digital



por Ed Sá

Segundo o Dead Line Hollywood, hackers roubaram a 5ª temporada da série "Orange is the New Black", e pedem resgate para devolvê-la à Netflix.

Segundo o canal de streaming, piratas on line invadiram os sistemas da Larson Studios, que mixava a produção. Caso o resgate não seja pago, os hackers ameaçam divulgar todos os episódios da temporada, que tem estréia marcada para o dia 9 de junho. O conteúdo afanado teria sido transferido para um serviço ilegal de compartilhamento, mas ainda não há comprovação se os arquivos são autênticos. A Netflix confirma apenas que a segurança do sistema do estúdio foi violada.

O Larson Studios trabalha para vários canais e os hackers revelaram que roubaram outras séries.

O FBI está investigando o crime.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Beckileaks: vazamento de milhares de emails de David Beckham é gol contra a imagem do ex-jogador


por Jean-Paul Lagarride

O assunto do momento nos jornais ingleses é o chamado Beckileaks: o vazamento de milhares de emails da caixa postal do jogador David Beckham. O conteúdo do pacotaço atinge em cheio a imagem do ex-jogador.

A troca de mensagens em Beckham e seus assessores expõe suas supostas tentativa de usar trabalhos de caridade para alavancar sua campanha para se tornar Cavaleiro do Império Britânico (o nome do jogador foi recentemente bloqueado no último minuto com base em objeções levantadas a propósito da sua participação em um sistema controverso de investimentos financeiros). Antes disso, comentando rumores sobre uma possível homenagem oficial que receberia, ele foi curto e grosso: "se não for o título de Cavaleiro, foda-se".

Até agora, apenas parte do material foi vazada.

Nos emails, Beckham, que é Embaixador da UNICEF, também se queixa de que a organização lhe pediu dinheiro. Ele diz que não vai dar qualquer ajuda com seus próprios recursos.

Porta-voz da UNICEF tuitou afirmando que por mais de 15 anos "David Beckham tem sido um embaixador @UNICEF dedicado e apaixonado, ajudando milhares de crianças". Representantes do ex-jogador dizem que os emails foram editados e divulgados depois que ele se recusou a ceder a uma tentativa de chantagem de milhões de dólares.