A mídia digital alternativa incomoda a velha mídia. Simplesmente porque expõe fatos que por interesses empresariais e políticos são omitidos ou apenas parcial e seletivamente abordados pelos veículos do main stream.
Daí, empreende uma espécie campanha para desmoralizar a mídia independente buscando confundi-la como derrame de falsas notícias que circulam em redes sociais ou em correntes de emails.
Foi a mídia independente que criou ferramentas e processos para checar a veracidade de informações nos vários meios. Daí, surgiram as agências de checagem que se proliferam e se propõem a confirmar com várias fontes notícias e dados oficiais ou privados manipulados por políticos em empresários. Essa, a checagem criteriosa, deveria ser um premissa do jornalismo mas alega-se, hoje, falta de tempo ou de pessoal para cumprir esse paradigma da profissão.
Com isso, a velha mídia aderiu ao formato inovador e passou a utilizar serviços de agências de checagem, o que é saudável, mas a honestidade precisa se confirmar na prática ou não passará de um louvável intenção.
Um mero exemplo: os principais veículos do país apregoam há meses que Alexandre de Moraes, indicação política de Temer para o STF, é um "respeitado constitucionalista" lotado de títulos e autor de vários livros sobre o tema. Coube ao site Jornalistas Livres revelar que os livros têm trechos plagiados. Moraes não negou, apenas botou a culpa em um coautor.
Agora, descobre-se que o futuro ministro do STF, ao contrário do que informa seu currículo Lattes, não tem doutorado pois não chegou a fazer a dissertação de mestrado obrigatória. Há sinais também de que o ministro da Justiça licenciado do atual e ilegítimo governo mostrou velocidade incomum no cumprimento de etapas da carreira. Seria uma espécie de Usain Bolt do Direito. Moraes não negou, apenas botou a culpa em uma secretária.
Nos dois casos, a velha mídia limitou-se a reproduzir passivamente a "notícia alternativa" e não foi capaz de checar o currículo e a autenticidade absoluta da obra do citado personagem. Mal comparando, embarcou amadoristicamente na "corrente de email".
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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2 comentários:
Exatamente, a curriola do PMDB imitando a ditadura. A Folha de São Paulo diz hoje que desde o regime militar um presidente não provocava censura na imprensa. Juízes tem mesmo dado atos de censura, é inconstitucional mas esses marajás do funcionalismo público passam a tesoura a pedidos de deputados, senadores, parentes de políticos, delegados etc. Mas um presidente mesmo ilegitimo como os da ditadura provocar censura isso não acontecia a muito tempo
Essa última frase do texto está meio complicada: entendi que mesmo presidentes ilegítimos da ditadura militar ( é óbvio ) não provocavam censura à imprensa e que isso não acontecia há muito tempo. A outra ditadura – há muito tempo – que me lembro foi a do presidente Getúlio Vargas com a implantação do Estado Novo que exerceu a censura de fato.Mas, a nossa última ditadura militar exerceu sim a censura à mídia por presidentes ilegítimos.
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