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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Ayrton Senna na Manchete: recortes do eterno campeão

Ao longo de 12 anos, entre 1982 e 1994, Manchete acompanhou de perto da carreira de Ayrton Senna. O primeiro contrato importante, a afirmação do talento ainda nas pistas brasileiras, os primeiros passos no automobilismo internacional. Uma parceria que iria bem além da tragédia em Ímola, no dia 1° de maio de 1994, há 25 anos. A partir daquele triste domingo, não mais e apenas o Senna, mas Ayrton Senna, eterno mito mundial. Um ídolo que jamais deixou de estar presente no circuito de Fórmula 1. Vive na admiração de gerações de pilotos, é quase sempre citado nas entrevistas do atual tetracampeão Lewis Hamilton.

A primeira vez que uma foto de Senna foi publicada na revista, o mérito não foi do próprio, então desconhecido do grande público. Explica-se: a seção Brasil em Manchete destinava-se a notas que interessavam a anunciantes ou autoridades. Foi lá que Senna estreou, ao lado do pai e de diretores do Banerj, quando assinou contrato com o banco, bem antes de outro banco, o Nacional, agregar a marca à trajetória internacional do brasileiro.

Na sequência, alguns breves recortes da longa parceria Senna-Manchete.

A primeira foto de Senna na Manchete; em 1982, o piloto assina contrato com o Banerj
para correr na Fórmula Ford.

Um ano depois, ganhou mais espaço.

O primeiro destaque: em 1983, o repórter Celso Arnaldo Araújo e o fotógrafo Orípides
Ribeiro fazem o primeiro perfil de Senna. a matéria apostava em ele se tornaria "um dos
maiores ases do automobilismo mundial".

Em 1988, o primeiro título na F-1. 

A celebridade

O domingo trágico

A despedida. 

Aos 10 anos da morte de Senna, a Manchete já não estava nas bancas. A Bloch Editores
foi à falência em 2000. Durante pouco mais de um ano, uma cooperativa de ex-funcionários, a Nova Bloch,  autorizada pela Justiça, havia mantido a revista viva. Pouco depois, a marca foi a leilão. Em 2004, o empresário Marcos Dvoskin, da Editora Manchete, nova proprietária do título, lançou uma edição comemorativa editada por Lincoln Martins, ex-diretor da EleEla, Geográfica e da Manchete. Foi o ponto final da parceria Senna-Manchete.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Deu no MSN Esportes: circula na internet um vídeo inédito do GP de San Marino, em Ímola, gravado no fim de semana em que Ratzenberger e Senna morreram

Senna pouco antes da corrida fatal, em Ímola. Reprodução de vídeo inédito (link abaixo)

O fim de semana de 29, 30 de abril e 1° de maio de 1994 marcou tragicamente a história da Fórmula 1. Ainda durante os treinos, na sexta-feira, Rubens Barrichelo capotou como seu carro, feriu-se sem gravidade mas ficou fora da corrida no domingo.

No sábado, um acidente matou o piloto austríaco Roland Ratzenberger.

No domingo, na largada, os carros de J.J. Lehto e Pedro Lamy se chocaram, sem gravidade, mas dois pneus de um dos carros foram arremessados em direção às arquibancadas e feriram espectadores..

Naquele GP, Senna liderou movimento dos pilotos que reivindicaram revisão de normas de corrida e pretendiam restaurar uma extinta Comissão de Segurança onde eles tinham participação e voz. Apesar de identificarem problemas no circuito, os pilotos, inclusive Senna, decidiram correr no domingo.

As imagens do vídeo inédito feitas por um espectador que estava posicionado em frente aos boxes mostram que na F1 a fria norma daquele domingo foi fazer o show continuar, mesmo após Ayrton Senna bater no muro de concreto da curva Tamburello (o brasileiro foi declarado morto poucas horas depois, no hospital, embora paramédicos que o atenderam no local tenham afirmado que Senna faleceu ainda no carro). Os organizadores teriam adiado a confirmação das mortes, tanto no caso de Ratzenberger quanto no de Senna, para evitar o cancelamento das provas. A FIA desmentiu essa informação.

O link do vídeo foi enviado ao Panis por Roberto Muggiati. 

- "É uma visão caótica, ao contrário daquela pasteurizada exibida pelas Globos da vida, mostra o lado sujo e barulhento da Fórmula-1 e a morte sempre rondando o espetáculo (me deu um pouco a impressão de uma tourada...).

E a lembrança do jornalista: nove horas da manhã, assistindo a TV deitado no sofá em minha casa, acontece aquilo e eu vou correndo para a Manchete para fechar a edição naquele domingo mesmo e sair de lá na madrugada de segunda.

A correspondente Ivy Fernandes foi acionada em Roma e partiu para Bolonha, a 30 km de Ímola", recorda o ex-diretor da Manchete.

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

sábado, 3 de setembro de 2016

Fórmula 1: quando a Manchete acelerava nas pistas. E a capa de Rubens Barrichello, que foi feita mas não existiu...

por Jean-Paul Lagarride
O piloto Felipe Massa, da Williams, anunciou sua decisão de se retirar da Fórmula 1 ao fim da temporada de 2016. E o outro brasileiro no atual grid, Felipe Nasr, da Sauber, ainda depende da renovação de contrato ou de proposta de nova equipe.

Caso essas alternativas não se concretizem, o Brasil, pela primeira vez desde o começo dos anos 1970, não estará representado nas pistas da categoria em 2017. A última vitória de um brasileiro na F1 foi em 2009, em Monza, com Barrichello correndo pela Brawn-Mercedes

A partir das primeiras vitórias e do bicampeonato de Emerson Fittipaldi, os pilotos brasileiros que venceram provas ou títulos na principal categoria do automobilismo fizeram pit stop nas páginas ou nas capas da Manchete. Nelson Piquet e Ayrton Senna, ambos tricampeões, estiveram nas capas de inúmeras edições.

Observe que a revista especial sobre a conquista de Emerson Fittipaldi (acima), de agosto de 1972, incluía um disco. Era "edição sonora". A sinergia entre os meios impressos e digitais tão comum hoje estava longe acontecer. Melhor dizendo, não aparecia nem no horizonte da ficção científica. Incluir um compact disc analógico como complemento multimídia (essa palavra também nem existia) de uma revista era uma modernidade. Um parêntese: a Fatos & Fotos foi pioneira na fórmula, em 1969, ao lançar uma edição especial da chegada do homem à Lua com um disco grátis que reproduzia o áudio dos diálogos entre Neil Armstrong, Buzz Aldrin, Michael Collins e a Nasa.

Rubens Barrichello, que começou a correr na categoria em 1993, ganhou mais destaque nos anos 2002 e 2004 quando foi vice-campeão.


Dois anos antes, a Bloch Editores havia pedido falência. A revista Manchete ainda teve uma sobrevida editada por ex-funcionários mas não resistiu às exigências e aos custos do mercado a partir da virada do século.

Curiosamente, Barrichello, como a viúva Porcina, "a que foi sem nunca ter sido" da novela "Roque Santeiro", foi a capa que não existiu da edição que seria a última da trajetória regular da Manchete, que não chegou a ser impressa.

Explica-se: Rubinho ganhara uma prova e a redação decidira pôr o piloto da capa. Logo após o fechamento, oficiais de Justiça entraram no prédio da Rua do Russell, comandaram a retirada abrupta de todos os funcionários e lacraram as instalações.

A Bloch havia pedido falência. E Barrichello não completou a última curva antes de chegar à capa.

Felipe Massa, que estreou na F1 em 2002, chegou atrasado para se destacar na Manchete.

Precisamente, dois anos depois de a revista se retirar das pistas. Ou melhor, das bancas.

NR1: A capa de Barrichello reproduzida acima é a de um cartaz de banca (peça promocional) que a Manchete entregava aos jornaleiros). Esse cartaz, exemplar único (era ainda uma prova gráfica), foi preservado por José Carlos de Jesus, ex-chefe de reportagem da revista e atualmente presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores (CEEBE).  

NR2: Leia comentário anexado a este post. J.A.Barros, ex-diretor de Arte da revista Manchete, acrescenta alguns detalhes sobre a capa de Barrichello na edição que nunca chegou às bancas. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ayrton Senna é campeão outra vez na Inglaterra

por Eli Halfoun
Apaixonados por futebol são unânimes em pelo menos uma opinião: jamais haverá outro jogador com Pelé. A mesma unanimidade acontece com Ayrton Senna, considerado o mais carismático e o melhor piloto na história da Fórmula 1. Ayrton continua sendo um campeão fora das pistas: o documentário “Senna” bateu recorde de bilheteria em sua estréia no Reino Unido. O filme dirigido por Asif Kapadia já arrecadou US$614 mil dólares, o que significa um recorde entre documentários. “Senna” conta a trajetória do nosso piloto e já ganhou prêmio do júri popular em Sundance. Quem mais vibra é o produto Manish Pandrey que disse ao site JÁ.F1:”É maravilhoso ver a alegria com que as pessoas receberam o filme no Reino Unido. A gente sabia que estava fazendo algo especial e é ótimo que os fãs britânicos concordem”. Embora tenha estreado nos cinemas brasileiros em 2010 só agora o documentário está disponível em DVD e Blu-ray. Um documento sobre um piloto inesquecível e que impôs talento e carisma em alta velocidade. (Eli Halfoun)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ayrton Senna é o melhor de todos os tempos

por Eli Halfoun
Pelé é considerado hors concurs e seu nome foi retirado da lista de atletas brasileiros que a revista ESPN indicou com os melhores de todos os tempos. Sem o setentão Pelé, sempre o grande favorito, sobrou para Ayrton Senna ser considerado, também com absoluta justiça, o melhor atleta brasileiro de todos os tempos. O interessante é que atletas que não praticam o nosso mais popular, o futebol ficaram com três posições no ranking: 3º Lugar para o bicampeão olímpico em salto triplo Adhemar Ferreira da Silva e 4º lugar para Gustavo Kuerten, o nosso tenista Guga. O futebol deixou é claro dois golaços 2º lugar com o também gênio da bola Mané Garrincha e 5º lugar com Ronaldo Fenômeno o maior artilheiro da Copa do Mundo. São nomes que para orgulho do Brasil podem constar de qualquer relação de melhores do mundo

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Senna nas telas

por JJcomunic
O primeiro filme sobre a vida de Ayrton Senna estreia no Brasil no 12 dia de novembro. Mas os japoneses verão antes esse documentário sobre a vida do piloto: em Tóquio, o lançamento acontecerá no dia 8 de outubro, um dia antes do GP do Japão. O filme, que leva o título "Senna", tem produção da inglesa Working Title, direção de Asif Kapadia, roteiro de Manish Pandey e produção de James Gay-Rees, Tim Bevan e Eric Fellner. Vem com a história de Ayrton Senna desde a sua estreia na Fórmula 1, entrevistas nunca antes reveladas, muitas imagens inéditas. "Senna" homenageia o aniversário de 50 anos de nascimento do piloto brasileiro. O documentário já tem um site, com o trecho do filme. Clique AQUI