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sábado, 16 de maio de 2020

Dia histórico para o jornalismo: O Globo publica a palavra "foder" na capa

Reprodução O Globo

por Ed Sá 
Anote essa data: 15 de maio de 2020. O Globo publica na primeira página a palavra "foder'. Claro que vem da boca suja do sociopata, e isso deu importância política à frase. 
Em todo caso, é histórico.
Vão longe os tempos em que o Pasquim era pontilhado de asteriscos para simbolizar o vocabulário cabeludo. Ainda bem que a linguagem jornalística se aproxima da vida real, embora o povão fale "fuder", bem mais orgástico. 
Mas há uma graduação aí. Leila Diniz falando "foder" era poesia pura. Ela tanto amava foder que cabe a redundância. 
Já para o autor das aspas que O Globo reproduz, tudo é ódio. Até o sentido em que usa o verbo em transitivo direto "foder". No caso, como sinônimo de "prejudicar", "lesar'", "causar dano", "deteriorar", "danar", dificultar", "tolher".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Foto de Cléo Pires nua quebra a internet...

Cléo  postou a foto acima, ontem. A internet pirou. Reprodução

Leila Diniz aos 23 anos na capa
 da Fatos & Fotos (1968) 
por Ed Sá 

Há algo de Leila Diniz em Cléo Pires. Em atitudes, fotos e entrevistas Cléo exibe a energia libertária que caracterizava Leila.

Suas opiniões são de uma franqueza desconcertante por contrastar com a contidas entrevistas de outras atrizes de sua geração, que costumam repetir frases inodoras filtradas por assessoria de comunicação.

Cléo, como Leila, deixa claro que antes da atriz vem a mulher consciente, livre, contemporânea.

Leila estaria hoje com quase 72 anos. Cléo fará 35 no fim deste ano. As duas parecem se encontrar na linha do tempo.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Os inesquecíveis verões da Manchete

por Gonça
A reprodução acima é da coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, do Globo de hoje. O colunista fala sobre antigos verões. Época em que verão era verão e "frente fria" era o jato de ar condicionado que saia do Metro Copacabana. O Gente Boa reproduz uma capa da Manchete do início dos anos 70. Rose di Primo brilhava em cores. Era uma tradição da revista Manchete lançar fartas edições de verão anualmente. A revista flagrava as praias mais badaladas e garimpava tendências da moda e do comportamento. Eram espertas essas edições. Os repórteres e fotógrafos descobriam as musas autênticas da temporada. Helô Pinheiro, (a "Garota de Ipanema" que inspirou Tom e Vinicius e que foi localizada e identificada pela Fatos&Fotos) Leila Diniz, Vera Barreto Leite, Duda Cavalcanti... Anos depois, a Revista do Domingo, do JB, inspirada na Manchete, institucionalizaria novas gerações de musas. Mas as da Manchete não eram "eleitas", como a do JB, eram autênticas, flagradas nas praias pelo instinto dos fotógrafos e repórteres. Essa foto da Rose na capa foi, na verdade, produzida. A menina que se tornaria modelo conhecia então os primeiros dias de fama. A foto original que a tornou famosa foi publicada pela revista semanas antes. Era casual, mostrava suas curvas perfeitas, de costas, na garupa de uma moto Triumph nas imediações do Castelinho, no Arpoador. Justino Martins, então diretor da Manchete, logo viu que a beleza incomum e as curvas daquela menina de biquini que chamou atenção do fotógrafo não mereciam o anonimato. Mandou que os repórteres localizassem a moça. E deu-se a musa na capa da Manchete. Mais uma entre tantas que a revista lançou. Agora em 2012, a revista Manchete, se viva fosse, faria 60 anos. Foi lançada em abril de 1952. Nas próximas semanas, este blog começará a publicar algumas matérias comemorativas da data. Mas já vai uma dica: uma boa leitura para conhecer melhor a revista é a coletânea "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" (Desiderata). O livro, de quase 500 páginas e com mais de 200 ilustrações, tornou-se uma raridade bibliográfica: está esgotado em livrarias mas ainda pode ser encontrado em poucos sites e sebos e em algumas bibliotecas de escolas de comunicação.