quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

#PartiuTerra. Primeira chamada rumo a Trappist. Fui!








por Flávio Sépia

O mundo tem preocupações diferentes como os títulos dos jornais impressos demonstram. Mas, hoje, os veículos em todas as latitudes parecem expressar um desejo: que apareça urgentemente uma alternativa para o planeta Terra.

Algo que permita começar de novo.

Segundo revelação da revista Nature, pesquisadores da Universidade de Liége, na Bélgica, em parceria com cientistas do Reino Unido e a partir do Observatório Europeu do Sul instalado no Chile, descobriram sete planetas parecidos com o nosso.

Batizado de Trappist, o sistema orbita uma estrela-anã que emite energia similar à do nosso Sol, embora menos potente. Os estudos ainda avançam, mas os cientistas detectaram condições e temperaturas que podem permitir a ocorrência de água em estado líquido, o que é essencial para a existência de vida. Os sete planetas estão fora do nosso sistema solar, ficam 39 anos-luz de distância e têm tamanhos equivalentes ao da Terra.

Quase todos os jornais dedicaram à descoberta uma espaço considerado nobre no meio impresso: a metade superior da primeira página. Os editores não tiveram muito tempo para criatividade e a opção quase unânime foi pela ilustração horizontal e design idem que mostram os sete planetas em linha a partir da estrela-anã, o sol que os alimenta.

Mas não há dúvida de que os veículos se alinharam aos interesse dos seus leitores: todos são terráqueos que buscam uma saída. Motivos não faltam para dar um reset na humanidade: terrorismo, pobreza, destruição do meio ambiente, concentração da riqueza na mão de meia dúzia, guerras, fanatismo religioso, corrupção, racismo, Trump, Marine Le Pen, Temer, Brexit, muro mexicano, crise, zika vírus, avanço da direita xenófoba, música sertaneja, Moreira Franco, Aécio, Bolosonaro, arrocho fiscal, coxinhada paneleira, extermínio de imigrantes do Mediterrâneo, neonazismo crescendo na Europa...

Difícil de aturar...

Entre na fila para pegar seu vale-transporte rumo a Trappist.

2 comentários:

J.A.Barros disse...

O navio tá fazendo água e os primeiros a abandonar o barco são, como sempre, os ratos. Eles presentes a tragédia eminente.
.

J.A.Barros disse...

Mas está muito claro que o homem está destruindo o seu planeta Terra. Ele próprio destrui o seu meio ambiente poluindo o ar, a terra, os mares e por essa poluição ele vai acabar sendo sufocado e extinto deste planeta já destruído sem águas limpas, rios secos, terras devastadas pelas intempéries criados pela sua mão. Eu imagino que o planeta Marte tenha sido habitado há bilhões de anos e tenha sido destruído pelos seus próprios habitantes, seja que de forma eles tivessem.