(do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou")
No começo, a Manchete tinha um repertório modesto de pseudônimos: Juliano Palha, José Bálsamo, Jean-Paul Lagarride, para as grandes coberturas internacionais, muitas vezes escritas ali mesmo na redação.
Em 1971, a seção Leitura Dinâmica, um "balaio" de pequenas notas, promoveu uma autêntica inflação de pseudônimos: Niko Bolontrim, Marina Francis, John Updown e o mais sucinto de todos, Ed Sá. Ruy Castro usava muito o de Acácio Varejão. Um dia, uma nova repórter, Marilda Varejão, quis saber a origem do pseudônimo. Ruy: "Inventei. Acaso existe algum Acácio Varejão?" Marilda: "Existe, sim. Meu pai".
Ney Bianchi viajava pelo sertão de Pernambuco com o fotógrafo Juvenil de Souza. Um prefeito local implicou com o fotógrafo: "Juvenil, mas que nome esquisito, rapaz!" Ney Bianchi perguntou o nome do alcaide: "Eu me chamo Onotônio". Daí surgiu o pseudônimo Onotônio Baldruegas.
Um dia, sopraram ao ouvido do Adolpho Bloch que pseudônimo não era jornalismo, era uma brincadeira. Havia na firma um funcionário encarregado dos orçamentos gráficos chamado Possidônio. Adolpho, que detestava palavras complicadas como pseudônimo, decretou: "A partir de hoje não quero mais "possidônios" na Manchete!"
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sábado, 5 de dezembro de 2015
Memórias da redação: a dança dos "possidônios"
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2 comentários:
Hilário, onde posso adquirir esse livro de onde saiu essa história?
São tantas demissões de jornalistas que as redações já não tem nem quorum para folclore
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