(O jornal New York Times condena, em editorial, a facilidade com que americanos podem comprar armas de guerra). Leia, abaixo:
"As pessoas decentes devem sentir tristeza e fúria justas sobre a mais recente matança de inocentes, na Califórnia. Agentes da lei e de inteligência estão à procura de motivações, incluindo a questão vital de como os assassinos poderiam ser ligados ao terrorismo internacional. São pontos corretos e apropriados da investigação.
Mas para os mortos na Califórnia não importam os motivos, nem para as vítimas no Colorado, Oregon, Carolina do Sul, Virgínia, Connecticut e muitos outros lugares. A atenção e indignação dos americanos também devem se voltar para os líderes eleitos, cujo trabalho é nos manter seguros. Que eles se coloquem acima do dinheiro e do poder político de uma indústria dedicada a lucrar com a disseminação irrestrita de armas de fogo cada vez mais poderosas.
É um ultraje moral e uma desgraça nacional que os civis possam, legalmente, comprar armas projetadas especificamente para matar pessoas com velocidade brutal e eficiência. São armas de guerra, superficialmente e deliberadamente modificadas e comercializadas como ferramentas de vigilantismo macho e até mesmo insurreição. Líderes eleitos da América oferecem orações para as vítimas de armas e, em seguida, insensivelmente e sem medo de conseqüências, rejeitam as restrições mais básicas sobre as armas de extermínio em massa, como fizeram na quinta-feira.
Eles nos distraem com argumentos sobre a palavra terrorismo. Vamos ser claros: estes assassinatos em massa são todos, em suas próprias maneiras, atos de terrorismo.
Os opositores do controle de armas estão dizendo, como o fazem depois de cada assassinato, que nenhuma lei pode infalivelmente evitar um criminoso específico. Isso é verdade. Eles estão falando, muitos com sinceridade, sobre os desafios constitucionais à regulamentação eficaz. Existem esses desafios. Eles apontam que determinados assassinos obtiveram armas ilegalmente em lugares como França, Inglaterra e Noruega, que têm leis rigorosas. Sim, eles conseguiram isso. Mas, pelo menos, esses países estão tentando. Os Estados Unidos, não. Pior, certos políticos se aliam, na prática, a pretensos assassinos ao criar mercados de armas para eles, e os eleitores são cúmplices ao permitir que esses políticos mantenham seus empregos. Já passou da hora de parar de falar em travar a propagação de armas de fogo para, em vez de reduzir o seu número drasticamente, eliminar de vez algumas categorias de armas e munições.
Não é necessário debater a formulação peculiar da Segunda Emenda. Nenhum direito é ilimitado e imune a uma regulação razoável.
Certos tipos de armas, como os fuzis de combate ligeiramente modificados usados na Califórnia, e certos tipos de munição, devem ter porte proibido para civis. É possível definir essas armas de forma clara e eficaz e, sim, seria necessário que os americanos que possuem esses tipos de armas a entregassem ao Estado para o bem de seus concidadãos.
Qual melhor momento, senão as próximas eleições presidenciais, para mostrar, finalmente, que a nossa nação mantém seu senso de decência?"
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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3 comentários:
Enquanto isso, a bancada da bala, no Brasil, nessa Câmara dos Deputados medíocre, que liberar armas.k Não bastasse o Brasil que tem alto índice de homicídios, esse caras que andam com seguranças e a maioria responde a processo, estão do outro lado da sociedade, querem mais armas na rua.
bancadas lá e aqui...
Essa história nos EUA que se pode comprar armas de qualquer tipo tá ficando chata. Ou o tal clube do Rifle é quem realmente governa o país ou os seus políticos são umas bestas.
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