por Eli Halfoun
Pode-se dizer, com saudades é claro, que mais do que um excelente humorista Bussunda era uma espécie de visionário da comédia que costuma ser a política brasileira. As manchetes que ele criava para o jornal “Planeta Diário”, que levou o grupo para a televisão, continuam atualíssimas e, entre muitas outras coisas, estão no livro “Bussunda – a vida do Cassseta”, de Guilherme Fiúza com lançamento previsto para breve. Entre as manchetes selecionadas para o livro estão essas duas: “Sarney se queixa à Defesa do Consumidor: deputados comprados vieram com defeito de fabricação” (publicada em 1988) e “Bernardo Cabral diz que ministra da Economia deu certo” (publicada em 1990 quando Cabral mantinha romance com a então ministra Zélia Cardoso de Mello. Como se vê o humor inteligente é a melhor maneira de perceber que nada mudou nesse país engraçado. Nem mudará enquanto continuarmos tratando nossos votos também como uma comédia sem graça.
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Um comentário:
E essa comédia sem graça, caro eli Halfoun, virou um tremendo pastelão muito mais sem graça. A Posição, querendo enfiar pela goela abaixo do brasileiro, um candidato sem tradição política, sem experiência até mesmo na arena dos confrontos politicos, formado nas estradas da subverção, da luta armada, dos sequestros políticos e assaltos a instituição bancária afim de arrecadar dinheiro para financiar essa subverção, corre o risco de se eleger presidente deste país. É a inversão dos valores éticos e morais, que constituem o alicerce digno de uma nação.
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