por Eli Halfoun
O excelente ator Wagner Moura disse em recente entrevista que é favorável à liberalização das drogas. Está aí um assunto difícil que nem os especialistas costumam discutir com, digamos, precisão e com soluções. Não é culpa deles: é uma questão de difícil solução. É verdade que a droga liberada, mas não como se fosse a “casa da sogra”, tem a vantagem maior de acabar (será que acaba mesmo?) com os traficantes e de mostrar claramente quem são consumidores e de, assim, se poder prestar a ajuda que eles necessitam mesmo que, como na maioria das vezes, fujam dela. A liberalização das drogas deixa uma importante pergunta: será que permitido “legalmente” o consumo da droga não aumentará? Sei não, mas o que se vê até agora é que o álcool e o tabaco (as duas mais difíceis dependências químicas de tratar), que podem ser adquiridos em qualquer esquina não aumentam, o número de alcoólatras e nem o de fumantes. Pelo contrário: no caso do fumo pesquisas mostram que é cada vez maior o número de pessoas que abandonam o cigarro. Pode até ser que com a droga liberada muitos dependentes façam como os agora ex-fumantes e abandonem o vício. Infelizmente o ser humano só gosta mais do que deve e pode de tudo que é proibido, ou seja, liberou não quer mais. Pode ser que funcione também assim com a droga. Essa dúvida também é uma droga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário