quinta-feira, 23 de março de 2017

Autor do atentado contra Ronald Reagan é fotografado em liberdade

Reprodução Daily Mail
por Jean-Paul Lagarride 

Um homem de 61 anos sai de uma lanchonete Subway. Rechonchudo, de boné de beisebol, se encaminha para um carro. As fotos foram feitas por um paparazzo - Jae Donnely - no subúrbio de Williamsburg, Virgínia, nos Estados Unidos, e publicadas no Daily Mail, hoje. O homem é John Hinkley Jr.
Em 30 de março de 1981, com 25 anos, ele tentou matar o então presidente Ronald Reagan, em Washington. Pouco mais de um ano depois, um júri o inocentou por ser mentalmente incapaz e o enviou para um hospital psiquiátrico.

Há alguns meses, Hinkley - que disse ter praticado o atentado para impressionar a atriz Jodie Foster, após vê-la em 15 sessões do filme Taxi Driver - deixou o hospital, livre e declarado reabilitado. Ele vive com a mãe, de 91 anos, toma fortes remédios para depressão e psicose, mas apesar disso dirige uma Toyota e circula normalmente pela cidade. A Justiça o liberou sob várias restrições, entre as quais ter que morar com a mãe, não viajar, navegar na internet mas sem ver pornografia, não pode ter contato com Jodie Foster nem com membros da família Reagan, não pode ter Facebook, Twitter ou qualquer outra página em rede social. No começo da semana, a New York Magazine mostrou John Hinkley Jr em outra lanchonete, Burger King, também degustando um sanduíche e saindo de um shopping.


O brasileiro Sebastião Salgado, que aparece na foto menor e, no círculo, atrás da limousine de Reagan, foi um dos fotógrafos que registrou o atentado. Ele estava em Washington para fazer uma matéria sobre 100 dias do governo de Reagan, como contou ao repórter Tarlis Batista, da Manchete. Abaixo, mais cenas do atentado assinadas por Salgado. 

Reprodução Manchete


quarta-feira, 22 de março de 2017

Vui isso? Pesquisadores criam um Museu de Memes

Reprodução Museu de Memes
por Ed Sá 
Partindo do princípio de que memes já fazem parte do universo da cultura pop e expressam opiniões e ilustram críticas bem-humoradas nas redes sociais, um grupo de alunos de mestrado, bolsistas e mestres da Universidade Cultural Fluminense criou o Museu de Memes. Se você acha que o fenômeno é irrelevante, saiba que algumas memes alcançam mais de 10 milhões de leitores, formam opinião e influenciam até eleições.

O site já está no ar. Clique AQUI

Escroque in Rio: bandido com nome de beatle tenta assaltar ônibus.


Do jornal O Dia: Novas leis de Donald Trump barram entrada da Mulher Melão nos Estados Unidos

Foto de Patrick Brito/Divulgação

Foto Rede Social
por Niko Bolontrin

Brasileiro que embarca hoje em um avião rumo aos Estados Unidos sabe que vai mas não sabe se chega lá. Donald Trump baixou inúmeras novas regras, seja para impedir a entrada de terroristas ou vetar imigrantes em potencial.

Só que para turistas e para quem vai a negócio o bicho também tá pegando.

Na semana passada, segundo matéria do jornal O Dia, Renata Frisson, mais conhecida como a funkeira Mulher Melão, foi barrara no aeroporto de Miami por não conseguir responder a um questionário em inglês. E isso apesar de já ter ido aos States várias vezes a trabalho. A funkeira foi detida por uma noite - segundo ela ficou em um "quartinho da polícia" - e, segundo o Brazilian Times, jornal da comunidade brasileira local, teria sido embarcada de volta ao Brasil.
A Mulher Melão seguia para uma turnê em Porto Rico.

ATUALIZAÇÃO EM 23/3/2017
Em post, a Mulher Melão comenta o episódio:


JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO DIVULGA REGRAS PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS


(do site do Jardim Botânico)
"A atividade de fotografia profissional no Jardim Botânico do Rio de Janeiro está agora normatizada pelas portarias 030/2017 e 031/2017. Os fotógrafos profissionais, ou seja, que exercem trabalho remunerado, devem se cadastrar no Centro de Visitantes e receberão um crachá para poder atuar dentro do JBRJ.    O fotógrafo pagará uma taxa de R$ 100,00 pelo cadastramento, que é válido por dois anos. Para se cadastrar, o profissional deverá tomar conhecimento do Regulamento de Uso Público e da norma para atividade de fotografia profissional no JBRJ, ambos disponíveis na página www.jbrj.gov.br/institucional/normas.    Também foi estabelecido o valor de R$ 20,00 como taxa de diária para os fotógrafos atuarem dentro do JBRJ, a ser paga na Bilheteria. Os clientes dos fotógrafos continuam a pagar uma entrada normal, no valor de R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Além disso, a atividade de fotografia profissional não é permitida aos domingos e feriados.   Fotógrafos profissionais que venham ao JBRJ para realizar trabalho de fotografia jornalística ou publicitária/institucional contratado por empresas não estão sujeitos a esta norma, mas as empresas devem se dirigir previamente à Assessoria de Comunicação ou à Assessoria de Permissão de Uso, respectivamente, para conhecer suas normas específicas."   -

VEJA OS DETALHES DAS NOVAS REGRAS EM DUAS PORTARIAS DA DIREÇÃO DO JARDIM BOTÂNICO, CLIQUE AQUI  e AQUI

De Cynara Menezes sobre tweet de Monica Waldvogel e seu pensamento flutuante







Nota oficial da FENAJ e do SJSP – condução coercitiva de Eduardo Guimarães é censura e ataque à liberdade de expressão

"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) protestam contra a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, levado de sua residência na capital paulista, na manhã desta terça-feira (21), para prestar depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Lava Jato.

Guimarães teve seu apartamento vasculhado, foram apreendidos seu celular, notebook e um pen drive de uso pessoal e o blogueiro foi conduzido à Superintendência da PF no bairro da Lapa, zona oeste paulistana.

A Polícia Federal, em mais uma demonstração de arbitrariedade e violação de direitos inspirada na época da ditadura militar no país, quer violar o sigilo de fonte por Guimarães ter vazado a informação de que o ex-presidente Lula seria conduzido coercitivamente pela PF, o que forçou o adiamento da ação no ano passado.

Além da arbitrariedade da condução coercitiva, sem que qualquer intimação prévia tenha sido feita ao blogueiro, a PF devassa dados pessoais e desrespeita o sigilo de fonte garantido pela Constituição Federal em seu Artigo 5º, parágrafo XIV, em que define que ´“é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.

A Polícia Federal ataca, ainda, a liberdade de imprensa e de expressão do blogueiro – a mesma PF que tem vazado informações seletivamente de acordo com os próprios interesses, sem levar em consideração os interesses da sociedade.

O SJSP e a Fenaj expressam seu veemente repúdio à arbitrariedade da Polícia Federal, pois a condução coercitiva do blogueiro também representa um terrível precedente, que coloca em risco um dos mais importantes princípios do jornalismo – garantir o direito da população à informação.

O Sindicato e a Federação também se colocam à disposição de Eduardo Guimarães para lutar contra mais esse ato de lamentável autoritarismo e censura, além de prestar solidariedade e apoio na adoção de todas as medidas legais cabíveis."

São Paulo, 21 de março de 2017.

Direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj

terça-feira, 21 de março de 2017

Hoje o Jornal Extra deu previsão de tempo bem estranha para a semana no Rio

Reprodução

Em nome do deboche e do prazer, livro tira a pornochanchada do armário acadêmico

por Ed Sá

Quando moralistas emplacam suas teses em um país, o resultado é autoritarismo, preconceito, restrições e perseguições. Um vento desses varre o Brasil com impactos na mídia e nos meios acadêmicos. 

Assim como, nos tempos da ditadura, o pensamento conservador impôs às escolas a esdrúxula disciplina de "Moral e Cívica", a onda direitista atual plantou uma reforma do ensino médio segundo a qual é proibido pensar. A onda moralista é, agora, acelerada pela influência das religiões fundamentalistas a caminho de um talibanismo tropical.






Pesquisadores paulistas acabam de lançar uma coletânea sobre um fenômeno de comunicação que desafiou alguns padrões da época da ditadura: a Pornochanchada. No escurinho do cinema, a temática erótica a atraia multidões. Na vida real, os jornais divulgavam casos como o de um deputado mineiro que incomodado com as saias curtas das estudantes subiu à tribuna da Assembleia e fez um longo discurso pedindo duras leis, multas e até prisão para quem exibisse coxas em praça pública. A frase final do pronunciamento, dita a berros patrióticos, foi um brado de moralismo: "Ninguém levanta a saia da mulher mineira".

Claudio Bertolli Filho e Muriel Emídio P. do Amaral, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), 
abordam no livro"Pornochanchando: em nome da moral, do prazer e do deboche", que conta com 15 artigos de pesquisadores das áreas da Ciência e Comunicação o que chamam de o "confronto esquecido: pornochanchada x moral e civismo. Apesar de celebrar a transgressão, os textos não deixam de apontar os estereótipos de filmes, sejam de classe ou de gênero.  

O livro "Pornochanchando: em nome da moral, do prazer e do deboche" pode ser acessado gratuitamente no site da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), da Unesp (link abaixo). Para quem preferir a versão impressa, é só aguardar: a Cultura Acadêmica vai lançar o livro nos próximos dias. CLIQUE AQUI PARA LER GRATUITAMENTE 

Brasil, urgente, a Playboy divulga fotos da filha do apresentador Datena e promete pelos pubianos de Claudia Ohana



por O.V. Pochê
A Playboy, agora trimestral, acaba de divulgar fotos da sua próxima capa. Leticia Wierman Datena, 30, filha do apresentador José Luiz Datena, é a estrela nua da edição de março.

Também chama a atenção uma matéria com Claudia Ohana. Como se sabe, em 1985, a atriz fez um ensaio para a revista e revelou uma área de preservação de pelos pubianos que ficou conhecida como um dos maiores ecossistemas nacionais.

Chamadas de capa são recursos para "vender" a matéria no miolo da revista. Ficamos sabendo que a nova edição tem como assuntos, além da Letícia, Arte de Rua, entrevista com Oscar Schmidt e 20 Perguntas para Alinne Rosa.

A Playboy promete também, vejam acima, algo como "Claudia Ohana - Pelos Pubianos". Isso desperta uma dúvida. É uma reportagem investigativa sobre os pelos pubianos, do DNA à espessura, brilhos e índice de encaracolagem? É uma entrevista ficcional com os famosos pelos? A atriz vai reapresentar seus pelos atuais e compará-los com a versão vintage?

O que se diz é que Claudia Ohana vai estrear como cronista da revista e seu primeiro texto seria sobre a vida e a trajetória da mais famosa APA (Área de Preservação Ambiental)  do Brasil.

Pensando bem, chamadas de capa devem ajudar a vender revista e essa aí é uma boa técnica: só comprando a Playboy você vai saber.

A nova conta do golpe... Instituições de Previdência Privada querem o FGTS

Reprodução o Globo

A mídia dominante e os colunistas de direita costumam criticar o FGTS por, segundo a visão neoliberal, onerar as empresas. Antes da criação do fundo, nos anos 1960, o trabalhador tinha apenas uma garantia: a estabilidade apos dez anos de vínculo com uma mesma empresa. Na prática, poucos alcançavam esse benefício. Os patrões costumavam despedir empregados, sem qualquer indenização, às vésperas da data que asseguraria a estabilidade.
A mídia como linha auxiliar do mercado financeiro costuma tratar o FGTS apenas como um "investimento" do trabalhador e cobra mais rentabilidade, o que seria até justo não fosse a má intenção sempre alardeada de transferir o montate do FGTS às instituições privadas.
Mas o FGTS tem função social, além da proteção contra demissões injustificadas. O Fundo é a mais importante fonte de financiamento habitacional em benefício, principalmente, dos brasileiros de menor renda e também destina recursos para o saneamento básico.
Historicamente, o mercado sempre quis meter a mão nos recursos do FGTS. Várias brechas foram criadas. Em 2008, sob pressão de políticos, foi parido o Fundo de Investimento FGTS, o Fi-Fgts, que passou a financiar rodovias, portos, ferrovias, hidrovias, transferindo recursos do fundo para concessionários de setores privatizados.
Agora, como mais um item da pesada conta do golpe - a contrapartida do atual governo ao sistema jurídico-legislativo-empresarial que se apossou do poder -, surge uma iniciativa para transferir o montante do FGTS às instituições de previdência privada. Segundo a nota publicada no Globo, o Banco Mundial enviou um economista ao Brasil para apresentar a medida à Comissão da Reforma da Previdência.
O interesse deve ser grande porque não é comum uma instituição multilateral, como o Banco Mundial, interferir diretamente e com tanta desenvoltura no Congresso de um país. O FGTS é regido por dispositivos constitucionais. Mas afinal, o que é a Constituição para uma milicia de interesses da qual fazem parte figuras delatadas em esquemas de corrupção e que acaba implodir a Carta ao destituir uma presidente legitimamente eleita?  

Crivella: de prefeito a assessor de passaralho



(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)

Mais de 30 pessoas se reuniram nesta segunda-feira na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio, em ato de protesto contra as demissões de vários jornalistas e, principalmente, do repórter Caio Barbosa – dispensado do jornal ‘O Dia’ na semana passada. Ao Sindicato, Barbosa admitiu que sua demissão foi provocada por pressão da Prefeitura do Rio sobre a empresa. A prefeitura nega.


Empunhando cartazes com críticas à demissão, os manifestantes saíram em passeata pelas ruas do Centro até a sede de ‘O Dia’. Lá, a diretoria do Sindicato entregou à direção da empresa um documento em que pede, com urgência, uma reunião para tratar não só das demissões ocorridas, como também do plano de reestruturação anunciado neste domingo pelo jornal.
LEIA NO SITE DO SJPMRJ, CLIQUE AQUI

Deu no The Intercept: jornalistas protestam contra agressão de Marcelo Crivella à liberdade de imprensa



Foto: Reprodução The Intercept


por Cecilia Olliveira ( para o site The Intercept)

ERA NOITE DE sábado quando começaram a circular as primeiras informações sobre a demissão do jornalista do jornal carioca O Dia Caio Barbosa, que era repórter especial desde 2012. A primeira delas foi dada pelo jornalista e escritor Cid Benjamin, irmão de César Benjamin, secretário de Educação, Esporte e Lazer do prefeito Marcelo Crivella (PRB-RJ).

“Foi pedido do bispo da Universal que ocupa a prefeitura da cidade”, afirmou Benjamin em seu perfil no Facebook, e reiterou: “Pra mim isso não é surpresa”. Segundo ele, o que teria motivado a demissão seria a reportagem “Febre amarela: População critica filas e falta de informações em postos”. Publicada no dia 16 de fevereiro, ela falava sobre o mau atendimento nos postos de saúde, principalmente sobre a falta de informações para quem procurava vacinação contra a febre amarela. Em entrevista a The Intercept Brasil, Cid Benjamin classificou a demissão como um “atentado gravíssimo à democracia e à liberdade de imprensa”.

O texto foi reeditado no mesmo dia, e foi retirada a assinatura do repórter. A  reportagem original pode ser lida aqui e a reeditada, aqui. São matérias completamente diferentes. Uma narra as dificuldades de conseguir a vacina e informações e contém críticas duras ao prefeito. A reeditada parece um release da prefeitura do Rio, com informações sobre postos de saúde e muitas aspas do prefeito. Apenas críticas pontuais foram mantidas.

O depoimento – “Não era essa a gestão que prometeu cuidar das pessoas? Bem, pelo que a gente está vendo até agora, parece mais humilhar as pessoas”, criticou a professora Luiza Souza Gomes – foi um dos que sumiram na nova edição.

Descaradamente, a imagem que ilustra a matéria reeditada é do Sana, que fica na cidade de Macaé, feita pela prefeitura local, e com fila menor e ambiente mais amigável. A matéria original era ilustrada com uma foto feita pela Agência O Dia, de um posto de saúde da Tijuca.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO INTERCEPT, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 20 de março de 2017

Documentário “Brasil Negro: escravidão e preconceito” terá pré-estreia no Sindicato dos Jornalistas



(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)

No dia 27 de março, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, em uma promoção de sua Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), exibirá, em pré-estréia, o documentário “Brasil Negro: escravidão e preconceito”. Com direção e roteiro da jornalista Iara Cruz, o filme relata a importância de negras e negros na formação histórica e econômica do país, incluindo o período do regime escravocrata entre os séculos 16 e 19.

O documentário será exibido às 19 horas, no auditório do sindicato e segundo a documentarista “foram ouvidos diversos historiadores que contam como a presença dos africanos contribuiu para a formação da língua, costumes e cultura no Brasil. Mostra também de que forma o comportamento da sociedade escravista se repete nos dias atuais.” Após a exibição participarão dos debates os historiadores e mestres em Educação e História, Carla Lopes e Claudio Honorato, respectivamente.
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É isso mesmo? Um museu-galpão vai substituir as antigas Docas da Alfândega?

Reprodução/O Globo


Foto Alexandre Macieira/Riotur

Foto Alexandre Macieira/Riotur

A missão da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) é “preservar e divulgar o patrimônio histórico e cultural da Marinha, contribuindo para a conservação de sua memória e para o desenvolvimento da consciência marítima brasileira”.

Por isso, o projeto divulgado hoje na coluna de Ancelmo Gois, no Globo, é surpreendente. Trata-se de um museu a ser construído no Espaço Cultural da Marinha.

Um legado da Olimpíada amplamente aprovado por cariocas e visitantes foi a reintegração ao Rio do trecho da orla entre a Praça XV e a Praça Mauá que há mais de 200 anos era interditado a civis. A Marinha - que mantém na região, há alguns anos, o seu Espaço Cultural, iniciativa também elogiada, que atrai muitos visitantes -, colaborou com a Prefeitura e tornou possível a abertura total da via, o que fez o Centro da cidade reencontrar o mar.

O Complexo Cultural da Marinha é um circuito de enorme valor para a memória nacional. A Ilha Fiscal, o Museu Naval, documentos e peças históricas, navio, helicóptero, submarino, a galeota de D. João VI estão entre as atrações. Em todo aquele entorno que o público pode apreciar, hoje, respira-se história.

Na imagem, em segundo plano, as Docas da Alfândega. Reprodução

Na reprodução da nota do Globo e nas fotos, vê-se que o futuro museu será construído no pier das antigas Docas da Alfândega, aterradas no século 19.  As docas foram construídas em 1871 por ordem do Imperador D. Pedro II para atender ao até então precário porto do Rio.

É isso mesmo? Os antigos prédios, como mostra a ilustração do jornal, serão destruídos?

O projeto do futuro museu não está muito claro. Visualmente lembra um tapume. Melhor seria se o fosse. Assim, sinalizaria a restauração e não a destruição de um valioso patrimônio histórico.

É algo que merece urgente discussão do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional, da própria DPHDM, do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e dos cariocas a quem, de resto, pertence a cidade..

ATUALIZAÇÃO EM 22/03/2017 

A mesma coluna publica hoje uma explicação motivada, segundo a nota abaixo, pela manifestação de leitores preocupados com a construção do futuro Museu Marítimo do Brasil. A Marinha informou ao Globo que as construções em estilo colonial são de 1996 e que não são tombadas.
A título de informação, milhares de construções foram demolidas na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, inclusive igrejas, mosteiros e palácios milenares. Muitas foram reconstruídas nas décadas de 1960 e 1970 e nem por isso são consideradas de menor valor e nem se permitiu que fossem erguidos no local espigões ou prédios de escritórios. A foto antiga reproduzida acima mostra, de qualquer forma, construções no local. Pode haver controvérsias, como diz um personagem da Escolinha do Professor Raimundo. O argumento oficial não anula, contudo, o absurdo de se erguer um paredão que interfere em todo aquele ambiente histórico..
Além disso, não fará mal uma transparência e abertura de mais detalhes sobre o futuro museu. A nota original diz que o projeto será apresentado no dia 5 de abril. Aguarde-se informações sobre verbas, custos, apoio e participação de grupos privados, demais parcerias, acompanhamento de instituições culturais federais, quem vai operar o Museu, prioridade etc.
Há esperanças de um voz sensata se erguer na tropa. Destaque-se que muito do patrimônio histórico e cultural do Brasil, como fortes e quarteis, por exemplo, não foi destruído por estar sob guarda das três Forças. Há áreas ambientais, como a belíssima Restinga de Marambaia, no Rio, que já não existiria se não fosse administrada pela Marinha e Exército. Há muito resorts já teria ocupado a região. Até o Geddel já teria um apê no pedaço. Duvida?



Reprodução

Boca-livre presidencial: ninguém segura a picanha brasileira...

Temer promove churrasco boca-livre para levantar a moral da carne brasileira. Só que o gerente do restaurante
revelou que a casa só serve proteína importada. Foto Agência Brasil. E, sim, você contribuinte pagou o churrascão.

por Omelete

Há algo de Trump na assessoria de comunicação e administração da imagem de Temer. O atual morador do Jaburu acumula tantas pisadas na bola quando o inquilino da Casa Branca. Só nos últimos meses, o sujeito irritou as mulheres ao dizer que elas são boas em cuidar da casa e ir ao supermercado, divulgou pós-verdade ao dizer que o ator Wagner Moura recebeu dinheiro para fazer um vídeo no You Tube contra a reforma das Previdência, "inaugurou" uma obra - a transposição do São Francisco - que não sabia nem onde ficava e em discurso disse que esperava "uma enchentezinha" (e que voltaria lá para ver a região "inundada"), definiu mortes em prisões como "acidente" e já falou ao telefone com um radialista argentino pensando que era o presidente Macri.

Enfim, o homem só abre a boca quando não tem certeza.

Depois do escândalo da carne podre, os marqueteiros de Temer logo bolaram um grande churrasco para mostrar ao mundo que ninguém segura a picanha brasileira.

Embaixadores de países que importam carne do Brasil foram obrigados, claro que por questões diplomáticas, a aceitar o convite e perder um domingão no rodízio boca-livre. Tudo armado para um show de comunicação, mas esqueceram de combinar com o gerente da casa.

Segundo o Estadão, o gerente revelou que o restaurante Steak Bull, que recebeu a pajelança carnívora, só trabalha com carne importada. E aí a jogada de marketing virou indigestão.

O Planalto e o restaurante cumpriram a dolorosa missão de desmentir o gerente. A casa se orgulha de oferecer - e divulga isso - cortes de carne de origem australiana, argentina e norte-americana. Até dizem discretamente que também têm carnes brasileiras, mas exaltam mesmo é o menu de Beef Red Angus e Ribs Barbecue.

Em tempo: Faustão, que recentemente pagou a conta do almoço de Temer, em São Paulo, não estava no Steak Bull, infelizmente, e a conta sobrou para o contribuinte brasileiro.

E as redes sociais caíram de boca no churrascão oficial. A página do restaurante no Facebook recebeu um rodízio de "elogios".







A MEME SINISTRA

E A "FELICIDADE" DO EMBAIXADOR CONVIDADO... 
Ô COITADO!
Reproduções Facebook

domingo, 19 de março de 2017

Repórter brasileira é "assediada" por mascote do Manchester City...


A repórter da ESPN, Natalie Gedra, foi alvo agora há pouco de uma "investida" cordial do mascote do Manchester City, que jogou com o Liverpool neste domingo.A brasileira, que já foi especulada em sites de celebridades como suposta namorada do jogador Gabriel Jesus, levou na esportiva o "assédio" do mascote. VEJA O VÍDEO AQUI

A interminável conta do golpe


Já se disse aqui que Temer não cai. O esquema que o sustenta é poderoso. O "presidente" tem um serviço a entregar: os pedidos dos mais variados lobbies que vão desde às privatizações e desonerações aos desmontes das legislações trabalhista, previdenciária, dos sistemas de saúde pública, de proteção do meio ambiente etc.

Fiscalização, independentemente de subornos e corrupção pagos a funcionários públicos para "amolecer" vigilância, é coisa que incomoda o neoliberalismo. Quando essa corrente de politica econômica pede Estado mínimo está quase sempre reivindicando Estado nenhum para fazer valer com desenvoltura suas apropriações.

Então, são essas tarefas a entregar aos promotores do golpe a viga-mestra do governo Temer. Nem a Lava Jato, nem as ruas vão tirá-lo do poder. Temer fica.

Vejam o caso do trabalho escravo. O governo recorreu à Justiça para impedir a divulgação da lista suja de empresas que exploram trabalhadores em condições degradáveis e criminosas. Na verdade, não apenas a lista suja está censurada como a fiscalização diminuiu.

É mais um item da conta do golpe.

Trabalho escravo é um atentado aos direitos humanos. O Globo noticia que a número de libertados caiu em 61%. Curiosamente, o mesmo jornal publica um entrevista com a Secretária Especial de Direitos Humanos do governo golpista em que ela exalta a política do atual governo para os... Direitos Humanos. Com acentuada dose de hipocrisia, o país que não combate o trabalho escravo acaba de indicar a titular da Secretaria, Flávia Pìovesan, ex-aluna de Temer, para a OEA, onde, se eleita, será a representante do governo golpista na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Na entrevista, ela diz que o governo está "inovando" na área.

Não que a OEA seja tão relevante agora que mais do que nunca faz uma linha auxiliar do Departamento de Estado do governo americano.

Mas um país que cede às corporações a liberdade e a dignidade do trabalhador não tem o direito de reivindicar vagas em comissões de Direitos Humanos. Nem em organizações multilaterais, nem no clube da esquina, nem na desmoralizada OEA.

A ira do senhor. Segundo colunista, Marcelo Crivela manda demitir repórter do jornal O Dia. Prefeito desmente e jornalista diz que ele mente...


(do Notícias por Minuto) 

Repórter do jornal 'O Dia' teria irritado prefeito após escrever reportagem sobre situação de postos de saúde em meio ao medo da febre amarela
 
Um repórter do Rio de Janeiro, Caio Barbosa, teria sido demitido do jornal 'O Dia' por ordem do prefeito da cidade, Marcelo Crivella após a publicação de uma reportagem na última quinta-feira (16) sobre a condição dos postos de saúde durante as vacinações contra febre amarela.

A matéria fala em "filas, mau atendimento e falta de informação" em diversos postos de saúde da capital carioca. O texto original da reportagem, que continua on-line, teria sido substituída por uma versão editada.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO PORTAL NOTÍCIAS AO MINUTO, CLIQUE AQUI


ATUALIZAÇÃO EM 20/3 DE 2017

O PREFEITO MARCELO CRIVELLA DIVULGOU NOTA DESMENTINDO QUE TENHA INTERFERIDO NA DEMISSÃO DO REPÓRTER. LEIA A SEGUIR:

"É falsa a informação divulgada nas redes sociais atribuindo a mim o pedido de demissão do jornalista Caio Barbosa do Jornal O Dia. Jamais faria isso. Declaro de forma veemente que respeito os profissionais de comunicação e a liberdade de imprensa", diz o prefeito no texto.

"Repudio, tenho desprezo e nojo a perseguições políticas, e no meu primeiro discurso depois de eleito, roguei a Deus que nos livrasse da praga maldita da vingança. Aliás, apenas para desmascarar essa descabelada infâmia, lembro que o irmão do deputado Marcelo Freixo, Guilherme Freixo, encontra-se no quadro de funcionários da prefeitura. Termino afirmando que jornalistas de todos os veículos são atendidos por mim e por minha assessoria de forma isenta e respeitosa".


Logo depois da publicação do prefeito em suas redes sociais, o jornalista também se pronunciou. "A nota oficial do prefeito é uma mentira. Não apenas sobre mim. Sobre ele. Mente do início ao fim. Uma pena. Mentir é pecado. Deve ter sido escrita por um assessor. Espero. Errar e reconhecer o erro é virtude que Deus perdoa. Insistir na mentira é feio", disse.

EM RESPOSTA, O REPÓRTER CAIO BARBOSA AFIRMA QUE A NOTA É MENTIROSA: 
"A nota oficial do prefeito é uma mentira. Não apenas sobre mim. Sobre ele. Mente do início ao fim. Uma pena. Mentir é pecado. Deve ter sido escrita por um assessor. Espero. Errar e reconhecer o erro é virtude que Deus perdoa. Insistir na mentira é feio".


O JORNAL O DIA PUBLICA HOJE EDITORIAL EM QUE NEGA INTERFERÊNCIA EXTERNA EM DEMISSÃO

O DIA realiza reestruturação em busca de maior eficiência

Rio - O jornal O DIA, avançando no seu processo de reestruturação de pessoal, assim como outras empresas do mercado editorial, realizou, nesta última semana, um ajuste em sua equipe de funcionários nas diversas áreas de gestão, tais como administração, gráfica, comercial e jornalismo.

Além disso, reduzimos ou mudamos alguns fornecedores que atendiam a companhia nas áreas de TI, matéria-prima, conteúdo editorial (agências de notícia) e outros.

Entre os diversos critérios usados neste processo de reestruturação, a empresa manteve-se firme em um propósito: levar às bancas um produto de qualidade e, principalmente, imparcial, no qual nossos leitores possam confiar. Este é um compromisso histórico do jornal O DIA.

Portanto não houve, e nem poderia haver, qualquer interferência externa nas decisões de corte, em nenhuma área da empresa. O jornal O DIA repudia qualquer insinuação neste sentido.

Ciente do importante papel que desempenha na sociedade, a empresa se mantém empenhada com colaboradores, parceiros e fornecedores na busca permanente por equilíbrio financeiro, garantindo, sem sobressaltos, a continuidade de suas atividades, com a circulação diária dos jornais O DIA e Meia Hora, bem como a manutenção do emprego de 250 funcionários diretos e mais de 1.000 parceiros indiretos.


Como ocorre há 65 anos, seguimos em frente com a certeza de que cumprimos, diariamente, nosso dever de levar informação correta, bem apurada e imparcial à população carioca. Compromisso do qual jamais vamos abrir mão.


Trumpolini ou Mussolump?



por Jean-Paul Lagarride
Mussolini e Hitler
 em Berlim, 1937.
Em 1937, Mussolini visitou Hitler, em Berlim. Foi um choque de egos em praça pública. Três anos depois, Charles Chaplin ironizou o encontro dos dois ao lançar o filme "O Grande Ditador". 

Hitler era Adenoid Hynkel e Mussolini virou Benzino Napaloni. "O Grande Ditador" não foi um projeto assim tão fácil de emplacar. Chaplin teve que financiar do próprio bolso toda a produção. Hollywood tinha parcerias cinematográficas com a Alemanha e tentou desestimular Chaplin a filmar a paródia. 

"O Grande Ditador" foi indicado para o Oscar de 1941 em cinco categorias. Surpreendentemente, não levou nenhuma estatueta. Embora tenha feito uma genial e admirada caricatura da época, Chaplin revelou anos depois, quando os horrores patrocinados por Hitler e Mussolini
Os dois ditadores em cena
do filme de Chaplin
chocavam o mundo, que não teria feito humor com as duas figuras se soubesse do que acontecia nos campos e porões dos dois países.  Mas essa é outra história. 

Se Chaplin captou na ficção o ridículo e o grotesco dos ditadores quando ainda havia quem os admirasse, quando da visita, diante das multidões da vida real, Hitler e Mussolini disputaram expressões corporais ensaiadas. Queixos pra cima, mãos nas cinturas, passos firmes, como dois arremedos de Césares. Os documentários da época não escondem a pirotecnia gestual que inspirou o filme. 

A postura de Donald Trump, há pouco dias, quando se recusou a apertar as mãos de Angela Merkel, finalmente revelou o modelo visual que inspira o presidente americano. Puro Mussolini nos gestos, nas atitudes, na permanente fixação em parecer "poderoso", "invencível" e "determinado". 

Nesses primeiros encontros com líderes mundiais, mesmo com aliados como Alemanha e Canadá, Trump parece disposto a passar um hostil recado de intimidação. Ou recusa cumprimento, como ao receber Merkel, ou tenta destruir o "oponente", no caso o  primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, com um aperto de mão que mais lembrou as "encaradas" dos lutadores de MMA nas coletivas de promoção dos combates. 

O "presidente" Michel Temer revelou todo excitado que recebeu um telefonema de Trumpolini, que teria convidado ou convocado o brasileiro a visitá-lo. Temer, que já se emocionou por ter uma suposta amizade com um vice-presidente americano - ele conta isso pra todo mundo, até em uma famosa carta para Dilma Rousseff - não vai dormir mais até chegar ao Salão Oval. Isso se não for barrado no aeroporto em função das restrições para estrangeiros. Temer que se cuide: se botar um bigode vai ficar com cara de Pedro Armendáriz, o ator mexicano de filme de cowboy; se for de touca branca dos antepassados sírios vai disparar o alame no aeroporto. Uns e outros não estão dando muito ibope no país do Tio Trump.  

Temer 'curtiu' telefonema de Trumpolini
e Angela Merkel levou uma humilhante
esnobada do americano.  

Trumpolini vira a cara ao ouvir um pedido de aperto de mãos formal para fotos. 

Os fotógrafos insistem e ele fecha a cara. 

Com um misto de delicadeza e submissão - que vai lhe custar alguns votos na Alemanha - Merkel fala baixinho: "eles querem um aperto de mãos". Trumpolini não está nem aí. 


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Uái, sô... fragou?

  Nota na coluna de Lauro Jardim, Globo, hoje.