quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ministro puxa elástico da calcinha de jornalista

por Niko Bolontrin
O ministro das Finanças da França Michel Sapin está preocupado com a crise econômica mas não pensa só nisso. O caso aconteceu em 2015, foi denunciado por um grupo de mulheres, mas não resultou em qualquer consequência mais séria para o político. Na semana passada, ele divulgou uma nota se explicando, já que a questão voltou à tona. Durante o Forum Econômico de Davo, no ano passado, uma jornalista se abaixou para pegar uma caneta. Ela usava uma calça de cós baixo e, ao curvar-se, ouviu do ministro Sapin, que vinha logo atrás. "O que você está me mostrando ! - empolgou-se ele, referindo-se ao "cofrinho". Em seguida, a autoridade puxou o elástico aparente da calcinha da jornalista.
Da série "Girls in the undies vs Zombies",
de John Masse. Reprodução
O caso Sapin voltou à mídia no embalo de outro episódio político-sexual. Há poucos dias, Denis Baupin, vice-presidente da Assembléia Nacional francesa, foi obrigado a renunciar depois de ser acusado de mandar sms apimentados para colaboradoras e funcionárias, além de fazer tentativas menos virtuais de beijos e carícias não autorizadas. As mulheres não apresentaram queixas por temer demissões, mas grupos feministas estão apoiando as vítimas.
Ambos negam as acusações. Baupin deixou o cargo e Sapin divulgou a nota onde disse que fez um comentário sobre a roupa da repórter e "pousou" a mão nas suas costas. Admitiu que o gesto foi impróprio mas não agressivo e que se desculpou com a repórter, cujo nome não foi revelado.

Há algum tempo, o site Zombie Pop publicou trabalhos do artista gráfico John Masse intitulados "Girls in the undies vs Zombies". Algo como "Garotas em suas roupas de baixo versus Zumbis". Vai ver o ministro Sapin se inspirou no delírio nerd de Masse.

Quadro clássico inspira restaurante bem temperado: o menu é natural e a clientela pode tirar a roupa

"Almoço da Relva" - Edouard Manet. Reprodução

por Jean-Paul Lagarride
Dica turística. O site Business Insiders informa que foi aberto em Londres o restaurante The Bunyadi.
A casa já está com uma lista de espera de mais de 30 mil pessoas.

A especialidade está mais nos fregueses do que nos pratos. A ideia é oferecer uma experiência não convencional: todo mundo nu, embora um salão esteja reservado para quem não quiser tirar a roupa mas apenas apreciar o menu visual. Na área para os peladões, garçons e garçonetes também entram no clima, mas por questões de higiene cobrem os países baixos ao servirem às mesas. No cardápio, comida natural. Segundo o proprietário, Seb Lyall, os clientes terão a chance de liberação total: "Ofereceremos uma experiência de uma noite sem impurezas, sem aditivos químicos, sem corantes artificiais, sem eletricidade, sem celulares e, se quiserem, sem roupas".

Dizem que a inspiração veio do quadro "Almoço na Relva", do pintor impressionista Manet.

Temer já começa levando uma trolada. Atende a um telefonema de Macri e não era Macri, era um mico...


Hoje de manhã, Temer atendeu a um telefonema do presidente Macri, da Argentina, felicitando-o pelo sucesso do golpe. Emocionou-se, agradeceu e falando um portunhol miserável disse que visitará logo o parceiro. Não era Macri, era um mico. O locutor de uma rádio de Buenos Aires fingiu ser o presidente argentino e deu uma gozada no brasileiro. Ouça o áudio divulgado no Portal da Imprensa, CLIQUE AQUI

Dilma: "A Democracia é o lado certo"

Fotos Roberto Stuckert Filho/PR

(do Blog do Planalto)
A presidenta Dilma Rousseff garantiu, em pronunciamento à nação nesta quinta-feira (12), que continuará lutando por seu mandato e contra o que classifica como golpe contra a democracia, após a abertura do processo de impeachment pelo Senado Federal. Dilma reafirmou que não cometeu crime de responsabilidade e qualificou o processo em curso como uma “farsa política e jurídica”.

“O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas o meu mandato, que pretendo defender e honrar até o último dia. O que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição”, disse Dilma, que destacou ter sido eleita por mais de 54 milhões de brasileiros e brasileiras.

“A história é feita de luta e sempre vale a pena lutar pela democracia. A democracia é o lado certo da história. Jamais desistirei de lutar”.

Afastada temporariamente do cargo, Dilma lembrou que ainda há uma árdua batalha a ser enfrentada nos próximos 180 dias, e convocou a população a defender o restabelecimento da ordem democrática. “Aos brasileiros que se opõem ao golpe, independentemente de posições partidárias, faço um convite: mantenham-se mobilizados, unidos e em paz. A luta pela democracia não tem data para terminar: é luta permanente, que exige de nós dedicação constante”, disse.

No pronunciamento, Dilma voltou a alertar para o risco de retrocesso nos avanços sociais conquistados nos últimos 13 anos, em especial para as populações mais pobres e de classe média, citando especificamente a política de valorização do salário mínimo, a inclusão dos jovens no ensino superior, a ampliação do atendimento de saúde e a conquista da casa própria.

A presidenta advertiu que um governo ilegítimo, ungido por uma “eleição indireta” travestida de impeachment, será um “entrave às soluções que o País necessita” e “a grande razão para a continuidade da crise”. “O maior risco para o País nesse momento é ser dirigido por um governo sem voto, um governo que não foi eleito pela manifestação direta da população, não terá a legitimidade para propor e implementar soluções para os desafios que o País enfrenta”, afirmou

Sabotagem e injustiça

No depoimento ao País, Dilma reiterou que seu segundo governo foi alvo de “intensa e incessante sabotagem” por forças políticas que não aceitaram a derrota nas urnas em 2014. “Desde que fui eleita, parte da oposição, inconformada, pediu a recontagem dos votos, tentou anular as eleições e depois passou a conspirar abertamente pelo impeachment. Os derrotados mergulharam o País em um estado permanente de instabilidade política, impedindo a recuperação da economia com um único objetivo: de tomar a força o que não conquistaram nas urnas”, criticou.

A presidenta reforçou que não há razão para impeachment e que os questionamentos a decisões de política orçamentária são improcedentes e meros pretextos para tirar seu mandato. “Acusam-me de ter editado seis decretos de crédito suplementar e, ao fazê-lo, ter cometido crime contra a Lei Orçamentária. É falso, pois os decretos seguiram autorizações previstas na lei”, disse Dilma, negando também que tenham existido irregularidades na condução do Plano Safra.

“Não tenho contas no exterior, nunca recebi propinas, jamais compactuei com a corrupção”, acrescentou Dilma, que disse ser atacada por nunca ter aceitado chantagem. “Este é um processo frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. É a maior das brutalidades que pode ser cometida contra qualquer ser humano: puni-lo por um crime que não cometeu”.
 PRONUNCIAMENTO COMPLETO DE DILMA ROUSSEFF. CLIQUE AQUI

Começa o governo dos cidadãos acima de qualquer suspeita...

O filme rebobinado de 1954 e 1964 entrou em cartaz. Dilma não caiu por ser Dilma, nem o governo foi derrubado por envolvimento em esquemas de corrupção que, aliás, citam a maioria dos partidos que sustentarão o novo governo.

Como o processo é golpista em todas as instâncias, não é crível que a presidente eleita volte, embora prometa lutar até o fim, após o afastamento de 180 dias.

A era que se encerrou ontem não chegou ao fim pelos seus defeitos e erros, muitos deles cometidos em consequência da falta de critério na busca de alianças em nome da "governabilidade".

Historicamente, as milícias oligárquicas atuam e movem suas tropas sempre que o Brasil tenta avançar alguns metros rumo a uma configuração social mais justa. Foi assim há 60 anos, há 50, foi assim 1937, após o sopro renovador da Revolução de 1930. Foi assim até mesmo em episódios pontuais, como o da brutal campanha midiática contra os Cieps, de Brizola e Darcy Ribeiro.

Nos últimos anos, programas e políticas como Bolsa Família, Prouni, Fies, cotas racias, atuação diplomática independente e pragmática, demarcação de terras indígenas, saúde pública, de habitação, de renda interna, de emprego e de alguma distribuição de renda foram combatidos e fustigados como graves "ameaças".

É famoso e tristemente simbólico o caso da colunista socialite que confessou já não ter vontade de ir a Paris porque até o porteiro dela já tinha dado um rolé na Torre Eiffel. A madame deve estar feliz.

Para a felicidade dos passageiros da "nova era" Temer-Moreira Franco-Roberto Jefferson etc, esses incômodos não se repetirão tão cedo.

Dilma distanciou-se dos movimentos sociais, continuou teimosamente abraçada ao PMDB, estendeu tapete para a fantasiosa "base aliada" e, quando tentou olhar para as ruas, já era tarde. Não apenas ela mas o país paga um preço alto por esses erros. A queda da presidente eleita é uma parte do desastre político.

Michel Temer, do PMDB, toma posse amanhã. Mas o seu partido, conduzido por Eduardo Cunha e sua base multipartidária, essa sim, aliada, governa desde o começo de 2015, quando teve início a intensa campanha para inviabilizar o segundo mandato de Dilma. Na época, o mote foi "fraude" na eleição, mas era tão fantasioso que não foi para a frente. Outros pretextos foram montados até o momento em que, como ontem, não foi mais necessário pretexto algum.

Enquanto parte do país vestia a camisa da CBF e aplaudia a conspiração em curso desde o dia 2 de janeiro do ano passado, um bonde conservador chamado BBB (que reúne bancadas de deputados e senadores do Boi, da Bala e da Bíblia) atropelava o Congresso. O bloco BBB chega agora, efetivamente, ao poder, mas, somado a setores do PSDB e DEM, já "governava" de fato há muitos meses, desde que, com apoio fortemente conservador e então festejado pela mídia, Cunha chegou à presidência da Câmara e passou a ditar ou paralisar a pauta. Alguns exemplos da bliztkrieg política que levou a propostas que apontam para um brutal retrocesso são os projetos que dificultam casos de abortos previstos em leis, que ampliam o poder das igrejas (como a permissão para contestar diretamente o STF), dispositivos homofóbicos, desconstrução da CLT, conceito religioso fundamentalista de família, projeto que derruba a política de demarcação de terras indígenas, projeto que reduz o alcance da legislação ambiental, diminuição da maioridade penal, ocultação do símbolo de transgênicos, desmonte do estatuto do desarmamento, desmonte do Marco Civil da Internet, etc. Alguma dessas propostas já se efetivaram, outras estão na fila que agora andará ainda mais rápido.

Os apoiadores do golpe sabem que não favoreceram apenas a derrubada de Dilma, mas levaram ao poder o combo político descrito acima e todas as suas consequências sociais e econômicas. Tanto sabem que, muitos, principalmente certos articulistas e "formadores de opinião", passaram a inserir nas suas análises alguns conceitos preventivos, como uma espécie de "hábeas corpus" diante da história, tentando aparentar  suposta e insustentável "imparcialidade", isso após meses de desenfreada militância golpista. Dá para entender. Tais figuras dividem o vagão com as reputações "ilibadas" da nova era. Não tem como desembarcar. O trem dos cidadãos acima de qualquer suspeita golpe já partiu e a maioria dos passageiros nem precisou mostrar a passagem. A xerox da folha corrida já dava direito à primeira classe.  

JORNAL DO BRASIL PUBLICA O LISTÃO DOS APOIADORES DO GOLPE. LEIAM, ABAIXO, MAS ANTES TIREM AS CRIANÇAS DA SALA.


65% dos senadores favoráveis ao impeachment respondem ou responderam a processos judiciais

Dos 34 que já enfrentaram problemas na Justiça, 11 foram condenados

Transcrito do Jornal do Brasil

Nesta quarta-feira (11), o Brasil parou para acompanhar a votação do Senado Federal sobre a admissão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, 80 parlamentares tiveram direito a voto, destes, 55 se declararam favoráveis à abertura das investigações, e consequentemente ao afastamento de Dilma. Um levantamento feito pelo Jornal do Brasil mostra que, dos 55 senadores que declararam seus votos favoráveis ao processo, 34 respondem ou já responderam algum tipo de problemas judiciais.
Dos 55 senadores que votaram em prol do impeachment, 11 já tiveram seus casos encerrados e foram condenados nos processos. São eles: Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), Dario Berger (PMDB-SC), Eduardo Amorim (PSC-CE), Ivo Cassol (PP-RO), Marta Suplicy (PMDB-SP), Paulo Bauer (PSDB-SC), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO), Zezé Perrella (PDT-MG).

Acir Gurgacz (PDT-RO) - É réu em ação penal por falsificação de documentos, "lavagem" ou ocultação de bens e crimes de estelionato, obtenção de financiamento mediante fraude e aplicação de recursos oriundos de financiamento de instituição financeira para finalidades diferentes do que previa o contrato ou lei correspondente. O processo corre sob segredo de justiça.
Aécio Neves (PSDB-MG) – Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) - O parlamentar foi réu em Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal por ter recebido da União remuneração acima do teto constitucional. Foi condenado a devolver à União o montante indevidamente recebido, decorrente de cumulação do subsídio pago a congressistas com a pensão especial paga pelo Estado de Sergipe ao parlamentar na qualidade de ex-governador.
Ataídes Oliveira (PSDB-TO) - Nas eleições de 2010, a construtora que pertence ao senador realizou doação acima do limite permitido para a campanha do ex-governador Siqueira Campos (PSDB). O parlamentar foi condenado em primeira e segunda instâncias e recorre no TSE, onde conseguiu efeito suspensivo em ação cautelar.
Benedito de Lira (PP-AL)  - É alvo de inquéritos abertos com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investigam esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.
Blairo Maggi (PR-MT) - Como governador de Mato Grosso foi apontado por ambientalistas como um dos maiores promotores do desmatamento da Amazonia mas recuperou sua imagem através de programas de regularização fundiária e licenciamento ambiental que tinham o intuito de preservar matas ciliares e nascentes. É alvo de ação de improbidade administrativa (dano ao erário) movida pelo MPF.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) - Teve o mandato de governador cassado em ação de investigação judicial por abusos de poder econômico e político, captação ilícita de sufrágio e conduta vedada a agente público. Foi também condenado a pagamento de multa. Recorreu, mas decisão foi mantida. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Ciro Nogueira (PP-PI) - O senador e sua mulher, a deputada federal Iracema Portella (PP-PI), são alvos de inquérito que apura crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores, tráfico de influência e formação de quadrilha ou bando. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Dalirio Beber (PSDB-SC) - Foi responsabilizado e multado por diversas irregularidades constatadas durante sua gestão na Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (BADESC).
Davi Alcolumbre (DEM-AP) - É alvo de investigação referente a abuso de poder econômico, político e de autoridade, bem como captação ilícita de sufrágio. O esquema envolvia a celebração de convênios milionários entre o Estado do Amapá e a Prefeitura de Macapá, para a realização de obras de asfaltamento, usadas para propaganda durante a campanha de candidatos, além do uso de veículos de comunicação custeados com recursos públicos. Também teria envolvido o constrangimento de servidores comissionados da prefeitura a apoiarem e votarem no parlamentar, sob pena de serem demitidos, e do Batalhão de Operações Especiais da PM/AP e o Corpo de Bombeiros Militar, que deveriam fazer o mesmo sob pena de transferência para outra unidade ou represálias. Em decisão liminar, a justiça determinou a retirada das menções aos acusados dos sítios oficiais do governo do Estado do Amapá e da Prefeitura de Macapá.
Dário Berger (PMDB-SC) - Condenado, em primeira instância, ao pagamento de multa por improbidade administrativa em contratação irregular, conseguiu reverter a condenação por improbidade, pois não foram comprovados má-fé e dolo. O Tribunal entendeu que o senador foi responsável apenas por irregularidades administrativas, mantendo assim a multa imputada.
Edison Lobão (PMDB-MA) - O Tribunal detectou irregularidades na aplicação dos recursos de um convênio entre o estado do Maranhão e a União, que visava melhorar condições de assistência básica de saúde na região. Parte dos recursos foram utilizados para pagar exame, consulta e tratamento médico domiciliar do senador, então governador do estado. É alvo de inquéritos abertos com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investigam esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.
Eduardo Amorim (PSC-SE) - Foi condenado ao pagamento de multa de R$ 30 mil por se beneficiar ilegalmente de bem público usado para promover sua candidatura ao Governo de Sergipe em 2014. O prefeito de Itabaiana, Valmir dos Santos Costa (PR-SE), contratou empresa de publicidade para promover aliados às custas da Prefeitura.
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) - É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. Por decisão do STF, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do parlamentar. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Fernando Collor (PRTB-AL)  - Foi alvo de inúmeras denúncias de corrupção durante sua inteira carreira política. Único presidente da história do Brasil a sofrer um processo de impeachment, em 1992. Teve indeferido o registro de candidatura a prefeito de São Paulo nas eleições de 2000. Seu nome também aparece na Lava Jato.
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - É alvo de inquérito que apura a prática de crimes contra a administração pública. De acordo com a acusação, o parlamentar participou de esquema de fraude em contratos entre o Governo do Estado do Pará e empresas para realização de obras, construção e serviços de engenharia, que desviou dinheiro público a fim de financiar campanhas eleitorais.
Gladson Cameli (PP-AC) - É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.
Ivo Cassol (PP-RO) - Foi condenado, por unanimidade no STF, em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por prática do crime de fraude a licitação. Ivo Cassol foi condenado a 4 anos de detenção em regime semiaberto e ao pagamento de multa. Caberá ao Congresso decidir sobre a perda de seu mandato. O TCU já havia condenado o parlamentar ao pagamento de multa e à inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança por cinco anos. Foi condenado por improbidade administrativa (violações aos princípios administrativos) a perda de cargo público. Condenado em ações civis de improbidade administrativa a ressarcir o erário e a pagamento de multa por fraudes em procedimentos licitatórios abertos para a realização de obras e serviços de engenharia pelo município de Rolim Moura (RO), quando era gestor do município. As empresas vencedoras dos certames pertenciam ao parlamentar. Foi condenado junto com o deputado federal Lindomar Garçom (PMDB) por abusos de poder político e econômico por utilização indevida de entidade de classe estudantil para participação em comício. A Justiça determinou sua inelegibilidade para as eleições subsequentes ao pleito de 2010 por três anos. Condenado em ação de investigação de abusos de poder político e econômico e uso indevido de meio de comunicação social. A Justiça determinou sua inelegibilidade para as eleições subsequentes ao pleito de 2010 por três anos. Recorre da decisão no TSE. Teve reprovada a prestação de contas referente às eleições de 2010. É réu em ação penal por captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral. É alvo de inquérito que apura oferecimento de propina a deputados estaduais. É alvo de inquérito que apura peculato e improbidade administrativa. De acordo com a denúncia, o parlamentar coagiu servidores públicos estaduais a depositar 3% da remuneração em favor do PP, do qual era presidente regional à época. É alvo de inquérito que apura crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica e corrupção ativa. É alvo de inquérito que apura crime contra a administração em geral e crime de lavagem de dinheiro. É alvo de inquérito que apura crimes contra a flora. É alvo de inquérito que apura peculato e lavagem de dinheiro. É réu e alvo de ações civis públicas, inclusive de improbidade administrativa, movidas pelo Ministério Público. É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual por ato de improbidade relacionado ao descumprimento das normas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente no interior da unidade de internação para jovens. É alvo de investigação por abuso de poder político e econômico.
José Agripino (DEM-RN) - Responde em inquérito aberto pelo STF para apurar o recebimento de propina da empreiteira OAS nas obras de construção do estádio Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
José Maranhão (PMDB-PB) - É alvo de ação civil pública de improbidade administrativa com dano ao erário, movida pelo Ministério Público Estadual.
José Serra (PSDB-SP) - É alvo de ação civil pública de improbidade administrativa com violação aos princípios administrativos, ajuizada pelo Ministério Público Federal. O senador responde por envolvimento em irregularidades no uso de recursos do PROER em favor do Banco Econômico, quando exercia o cargo de ministro do Planejamento. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Lúcia Vania (PSB-GO) - Teve reprovada a prestação de contas referente às eleições de 2000.
Magno Malta (PR-ES) - Foram desaprovadas as contas anuais do diretório regional do PR-ES, relativas ao exercício de 2011, quando o parlamentar era o seu presidente. A Justiça Eleitoral determinou que não fossem repassadas ao diretório as cotas do fundo partidário pelo prazo de doze meses.
Marta Suplicy (PMDB-SP) - Foi condenada juntamente com José Américo (PT-SP) em ação civil pública por improbidade administrativa com dano ao erário a pagamento de multa. A Justiça considerou desproporcional os gastos de R$ 5,4 milhões com a divulgação dos CEUs pela Prefeitura de São Paulo durante a sua gestão. É alvo de ações civis de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Estadual.
Omar Aziz (PSD-AM) - É alvo de ações civis de improbidade administrativa, ajuizadas pelo Ministério Público do Estado do Amazonas.
Paulo Bauer (PSDB-SC) - Foi mantida a condenação por improbidade administrativa de ressarcimento de despesas efetuadas com verbas públicas em decorrência de gastos realizados com campanha publicitária contratada pela Secretaria Estadual das Educação, quando era o secretário responsável, a qual atribuíram escopo de promoção pessoal do administrador público.
Reguffe (Sem partido-DF) - Teve rejeitada prestação de contas referente às eleições de 2002.
Romero Jucá (PMDB-RR) - É alvo de inquérito que apura crimes de responsabilidade. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Sergio Petecão (PSD-AC) - É réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por crimes eleitorais.
Simone Tebet (PMDB-MS) - É alvo de ação civil de improbidade administrativa com dano ao erário, ajuizada pelo Ministério Público Federal.
Valdir Raupp (PMDB-RO) - Foi condenado por improbidade administrativa em ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual e pelo estado de Rondônia. A Justiça determinou o ressarcimento ao erário, vedação de recebimento de benefícios fiscais ou creditícios e pagamento de multa.
Vicentinho Alves (PR-TO) - É alvo de inquérito que apura crimes na Lei de Licitações.
Wellington Fagundes (PR-MT) - É alvo de inquérito que apura peculato.
Zezé Perrella (PTB-MG) - O parlamentar foi condenado em ação de improbidade administrativa movida pelo MPF à suspensão dos direitos políticos por três anos e a pagamento de multa por ocupação ilegal de apartamentos funcionais, de propriedade da Câmara dos Deputados, na época em que era deputado federal. O senador recorreu da decisão na mesma instância, mas a decisão foi mantida. O parlamentar recorre em segunda instância.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Com projeto de livro e venda de fotos raras, fotógrafo inglês revela a Amy Winehouse antes da fama e do drama

Foto Charles Moriarty/Divulgação

Foto Charles Moriarty/Divulgação
Foto Charles Moriarty/Divulgação
por Ed Sá
O fotógrafo inglês Charles Moriarty fez uma série de fotos da cantora Amy Winehouse antes do lançamento do seu álbum de estreia, "Frank". A maioria das imagens revela um Amy jovial e confiante. Poucas fotos dessa série foram vistas antes. Moriarty, que está levantando fundos para a publicação de um livro, pôs a venda várias dessas imagens raras, com certificados de autenticidade. O seu objetivo é mostrar a cantora, de quem foi amigo, antes da fama e das pressões que vieram no rastro do sucesso.
O livro, que se chamará "Before Frank", será prefaciado por Asif Kapadia, diretor do documentário vencedor do Oscar "Amy".
VEJA MAIS FOTOS E DETALHES DO PROJETO NO SITE KICKSTARTER, CLIQUE AQUI


Campanha da Calvin Klein com a modelo Kendall Jenner tira o sono dos moralistas

por Clara S. Britto 
A nova campanha Primavera 2016 da Calvin Klein está dando o que falar. Nas imagens, a modelo Kendall Jenner mostra as qualidades do jeans, os sabores de um grapefruit e faz uma performance com a famosa cueca da griffe. Segundo a Maxim, "elegante, icônica e, mais do que nunca, sexual". Para as brigadas moralistas, um escândalo capaz de despertar suas libidos ressecadas.
(Foto: Harley Weir/Calvin Klein)

(Foto: Harley Weir/Calvin Klein)

(Foto: Harley Weir/Calvin Klein)

Mídia impressa leva uma invertida dos fatos. E a revista Esquire, da Espanha, dá uma boa ideia para capas em tempos fora de ordem...

por Omelete 

No Brasil, é o jornal que costuma atropelar a notícia. Hoje, a notícia atropelou o jornal.  

Na Espanha, que também tem seus problemas, embora não tão inusitados e burlescos quanto o nosso vai-e-volta, a edição local da revista Esquire fez uma capa para simbolizar que tudo está de pernas pro ar.

Logotipo invertido na capa da Esquire: "El mundo del revés". 

No Brasil, o golpe ganha vida própria e surpreende a cada minuto. A presidente Dilma Rousseff deve ser derrubada amanhã, mas isso não significa que Michel Temer, citado na Lava Jato, vá governar sem crise, sem corruptos e sem vergonha. 

A reviravolta de ontem - a anulação do viciado processo de "impeachment" e, já de madrugada, a "desanulação"  - pegou a mídia impressa no contrapé. 

A capa da Esquire cairia bem nos jornais, hoje. Todos chegaram às bancas defasados. 

O que, no fundo, nem fez tanta diferença.



Seriados da TV por assinatura: quem renova e quem encerra temporada

por Clara S. Britto
Segundo o site Adweek, os executivos das redes norte-americanas estão decidindo quais as séries que vão emplacar novas temporadas, quais subiram no telhado e as já canceladas. Entre aquelas que são exibidas na TV paga, no Brasil, veja quais continuam no ar nos Estados Unidos. Claro que, aqui, muitas temporadas são exibidas com delay e é comum a permanência no ar de seriados que lá encerraram carreira há décadas, como Seinfeld, Friends etc. Seguem algumas decisões já conhecidas dos CEOs, que devem fechar a programação e resolver as pendências em até duas semanas.
- The Bachelor — renovada
- Grey's Anatomy — renovada
- How to Get Away With Murder — renovada
- Marvel's Agents of Shield — renovada
- The Middle — renovada
- Modern Family — renovada
- Nashville — subiu no telhado
- Code Black — subiu no telhado
- Criminal Minds - subiu no telhado
- Supergirl — subiu no telhado.
- The Big Bang Theory — renovada.
- Blue Bloods — renovada.
- Criminal Minds — renovada
- The Good Wife – encerrada.
- Hawaii Five-O — renovada.
- Mike & Molly — cancelada.
- Mom — renovada.
- NCIS — renovada.
- NCIS: Los Angeles — renovada.
- NCIS: New Orleans — renovada.
- 2 Broke Girls — renovada.
- Law & Order - renovada.
- Arrow — renovada.
- The Flash — renovada.

Amazon Prime Video: nova opção para videomakers

A Amazon acaba de revelar sua plataforma para competir no mercado de vídeos gerados por usuários e provedores. A nova opção não tem como alvo vídeos pessoais, como o You Tube, e focaliza criadores profissionais. Estão previstos royalties para os autores com base no número de horas acumuladas em acessos, desde que façam um up grade para o Amazon Prime Video, um serviço especial para parceiros no ambiente do novo canal. A notícia foi divulgada pelo site TechCrunch. Os vídeos poderão ser monetizados tanto por anúncios agregados quanto por aluguel ou venda. O novo serviço pode concorrer com o You Tube mas aproxima-se mais de um Vimeo, com mais recursos e modelos de faturamento.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO TECHCRUNCH, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Livros para colorir vão voltar agora associados a técnicas de meditação

No ano passado, livros para colorir lideraram as vendas. O fenômeno perdeu alguma força mas, segundo o Adweek, está voltando.

Uma das razões para o sucesso da fórmula é que o ato de colorir paisagens ou composições geométricas é relaxante. Pois os livrinhos vão assumir de vez essa capacidade de desligar o usuário.

Os novos formatos incorporam recursos que estimulam a meditação.

Editores apostam que o  ato de descansar a mente e levá-la para um mundo longe da tecnologia vai atrair milhões de pessoas em todo o mundo.

Deu no Portal Imprensa: os Panama Papers respigam na mídia


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A conquista do Vasco e o espetáculo das torcidas nas finais dos Estaduais

Foto Ursula Nery/FERJ

Foto Ursula Nery/FERJ

Foto Ursula Nery/FERJ
Foto Ursula Nery/FERJ

Bicampeão carioca, invicto e incontestável, o Vasco escreve na faixa desse título uma história de superação. Foi bonita a festa, pá. O Maracanã viveu um dia inesquecível. Méritos para o técnico Jorginho, reconhecimento ao empenho e garra dos jogadores, dos veteranos, como Nenê e Rodrigo, ao goleiro Martin Silva e Luan, Rafael Vaz (o autor do gol do Vasco no empate de 1x1 que garantiu o título), Andrezinho, Riascos... que mal terão tempo para comemorar, com a Copa do Brasil em andamento e o início da campanha do Brasileirão Série B.

Mas a festa do futebol não foi apenas carioca. Ontem, 18 decisões atraíram, somadas, mais de um milhão de torcedores aos estádios brasileiros. Curiosamente, parte dos colunistas e comentaristas esportivos faz intensa e antiga campanha contra os Estaduais. Visivelmente na contramão da paixão da torcida. Certo que tal investida é mais forte do Rio e em São Paulo. Nas demais capitais, não há um desprezo tão acentuado pelos tradicionais campeonatos regionais.

No sábado, o jornalista Marcelo Barreto, no seu artigo no Globo, levantou uma questão interessante ao comparar realidades brasileira e europeia. Escreveu ele: "o melhor futebol que se pratica hoje, o que serve de referência para todo o mundo, é também o melhor que o dinheiro pode comprar". 
Verdade. Entre a grama e as chuteiras correm muitos milhões de euros. Barreto concluiu, referindo-se à final Vasco X Botafogo e, por analogia, às demais decisões estaduais: "quem olhar para a decisão de hoje em busca de boas propostas pode se divertir. Quem quiser imagens aéreas iluminadas pelo sol do verão europeu vai se decepcionar".  

O fato de a Europa ainda não estar no verão não reduz o impacto da frase: o sol da primavera é ainda mais luxuoso. A lição que daí se extrai é que o Brasil deve atualizar seu futebol, recolher soluções mas não apenas copiar modelos irreais. Quem detona os Estaduais parece desejar competições que reúnam apenas os grandes clubes. Os mesmos críticos dos campeonatos regionais não raro acham que o Brasileirão deveria ser enxugado.

Na pirâmide de formação de talentos, são poucos os garotos que conseguem um teste em uma grande clube. A grande maioria alcança essa chance em times fora do eixo Rio-SP-RGS e Minas. Os campeonatos regionais, além de aprovados pelos torcedores em repetidas pesquisas, são uma grande escola. Há defeitos nessa estrutura? Claro. E muitos nem são exclusivos dos regionais. Uma profunda reforma que não deixasse de abordar todos os pontos seria bem-vinda. Alguns exemplos:

* O poder dos empresários, na maioria dos casos superior ao dos clubes, e a transformação do jogador em commoditie. Há jogadores cujos direitos federativos pertencem desde cedo a investidores, mais de um fundo ou pessoas físicas, que especulam com o mercado futuro e submetem os clubes aos seus interesses. Assim como, no passado, foi feita uma campanha para eliminar o passe que tornava o jogador uma mera propriedade do clube, sem direitos, é hora de dar um basta a esse mercado especulativo e predatório. Os direitos federativos devem equilibrar a relação direta entre jogador e clube, sem "atravessadores".
* O que deu certo na Europa pode ser adaptado para a realidade brasileira. Um planejamento de calendário anual, profissionalismo e transparência nas administrações, incentivos ao investimento em divisões de base dos próprios clubes. Claro que sempre haverá um abismo entre o poder econômico que tornou tudo isso possível lá e a notória penúria daqui. Mas a chave do desenvolvimento do futebol brasileiro é encontrar uma equação realista que elimine os gargalos sem que chovam euros de uma hora para outra.

* Vários clubes europeus não assinam contratos de longo prazo com redes de televisão. Taí uma coisa boa para imitar. Melhor do que isso, esses clubes geram suas próprias imagens e comercializam as transmissões para quem lhes oferecer condições lucrativas. Aqui, até os grandes ficam nas mãos da TV, presos aos "adiantamentos" de verbas e submetidos aos seus interesses tanto em horários de jogos quanto em tabelas, calendários etc.

* A mídia saudou a recente formação da Primeira Liga. Ok. Pode ser um oxigenação. Mas começa mal ao abandonar o critério esportivo em relação aos futuros participantes. E, assim, mais parece um cartel esportivo. Não há similar desse modelo no mundo. Corrijo: há. Nos Estados Unidos, onde já se estabeleceu uma confusão de ligas onde não dá para saber por critérios esportivos quem é primeira, quinta ou sexta divisões. Há mais ligas nos States do que partido político no Brasil.

* Os investidores seriam bem-vindos, por exemplo, se apoiassem a formação de ligas universitárias e colegiais de futebol. Jornalistas do passado, de Mário Filho a João Saldanha, viam celeiros nesses nichos. Saldanha também criticava governos por nada fazerem diante do avanço da urbanização que acabava com os campos de pelada onde muitos craques foram descobertos. É preciso um olhar institucional para a formação desses meninos que hoje caem desorientados nas mãos de empresários, de olho em um futuro contrato na China, Europa, Catar e outras latitudes. Fora do eixo Milão-Madri, Barcelona-Londres-Manchester-Munique-Paris-Mônaco, a grande maioria não vive exatamente fases paradisíacas.

E a culpa não é dos Estaduais que as torcidas aplaudem. Melhor tentar corrigir os defeitos do que simplesmente extinguir espetáculos como os de ontem na Maracanã, Beira Rio, Vila Belmiro, Mineirão, Fonte Nova, Castelão, entre outros palcos.

domingo, 8 de maio de 2016

Do site Nexo: Como Obama usou o mercado de entretenimento para construir sua imagem política

Participação em séries de TV, programas de auditório e humorísticos fizeram do presidente dos EUA o mais descolado do mundo



por Beatriz Montesanti (para o site Nexo)

Obama comemorou o 4 de maio, dia de Star Wars, ensaiando passinhos de dança ao lado de Michelle Obama, R2-D2 e Stormtroopers. Parece uma cena difícil de se imaginar com outros líderes mundiais, como Angela Merkel, David Cameron ou Dilma Rousseff - que, em uma de suas raras entrevistas para a mídia de entretenimento, deslocou o apresentador Jô Soares a Brasília. Mas para Obama, foi apenas mais uma aparição pitoresca entre as que ajudaram a moldar sua imagem de presidente descolado ao longo de oito anos na Casa Branca.

Desde a campanha de 2008, ele participa de programas de auditório como os de Oprah Winfrey e Ellen DeGeneres. O fato em si não é algo tão notório em um país em que jornalismo e entretenimento se misturam - o neologismo “infotainment” é usado para descrever atrações que aliam entretenimento e informação. Outros presidentes já fizeram o mesmo.

Mas Obama foi o primeiro a trazer a roupagem pop à Casa Branca, por meio da música, do esporte e da televisão, protagonizando cenas cômicas em programas de humor, webseries e talk shows.

A relação da política americana com o entretenimento#

O entretenimento nos EUA já influenciou os rumos da política nacional. Em 2008, a paródia protagonizada pela comediante Tina Fey da então candidata a vice-presidente republicana, Sarah Palin, pôs em xeque a campanha de John McCain. Não à toa, presidentes e políticos no geral participam de programas de televisão menos afeitos ao mundo político, algo pouco provável nas estratégias de mídia do Brasil, por exemplo.

John Kennedy foi o primeiro presidente a de fato usar a televisão para falar diretamente com o público americano. Até então, os pronunciamentos presidenciais eram todos gravados. As coletivas de imprensa transmitidas ao vivo foram apenas mais um dos aspectos que aproximaram Kennedy do público. Sua mulher, Jacqueline, também teve papel importante ao tornar-se ícone da moda.

A prática foi além: Gerald Ford participou de um quadro de “Saturday Night Life” durante sua gestão, Bill Clinton tocou Elvis Presley no saxofone em rede nacional, George W. Bush apareceu no game show  “Deal or No Deal”.

As estratégias de “soft media”

Nenhum desses presidentes, porém, ocupou o cargo na era dos virais da internet. “A abordagem viral de Obama na presidência é uma estratégia que mudará a forma como entendemos o cargo?”, questionou o “Huffington Post”.

Em 2012, a assessora de campanha de Obama, Stephanie Cutter, disse à CNN que as entrevistas feitas pelo presidente a revistas como “People Magazine” e a “Entertainment Tonight” eram tão importantes quanto as feitas pelo noticiário político.

Na ocasião, o presidente estava sendo criticado por sua estratégia de “soft media”. Ou seja, falar apenas com pequenos veículos ou veículos de variedade, como rádios e canais de esporte.

Após reeleito, a estratégia ganhou contornos ainda maiores, e o entretenimento tornou-se uma ferramenta importante para Obama atingir seus eleitores.

Como uma piada impulsionou o Obamacare

A mais notória das participações de Obama no entretenimento, em 2014, foi grande responsável pelo cadastro de pessoas no Obamacare - plano de saúde público americano. Após meses de batalha no Congresso para aprovar o projeto e problemas técnicos na plataforma de cadastro do plano, o governo estava tento dificuldade em convencer a população a aderir ao sistema, então desacreditado. Até sua entrevista com o comediante Zach Galifianakis viralizar na internet, em março de 2014.

O “Between Two Ferns” é um programa online de paródias de entrevistas, hospedado no site de humor Funny or Die. Nele, Galifianakis faz perguntas absurdas e constrangedoras a seu entrevistado, ambos sentados, literalmente, entre duas samambaias (nome em inglês do programa).

Os problemas técnicos do Obamacare foram motivos de piada na entrevista, o que serviu como gancho para o presidente incentivar a audiência jovem a se cadastrar no site, antes do término do prazo, dias depois. Missão cumprida. No Youtube, o vídeo tem mais de 14 milhões de visualizações.


Segundo disse o produtor executivo da atração, Mike Farah, à revista “Variety”, a tendência é que os sucessores de Obama sigam os passos do descolado presidente e se aproximem da cultura pop para atingir audiências que geralmente desligam o noticiário político.

VEJA NO SITE NEXO OS MELHORES MOMENTOS DE OBAMA NA INTERNET. CLIQUE AQUI

sábado, 7 de maio de 2016

Olimpíada e Dia das Mães no anúncio mundial da P&G

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

A chama olímpica, essa alegria popular...

A passagem da Tocha Olímpica por Caldas Novas (GO). Foto Ivo Lima/ME

Foto Ivo Lima/ME
Foto Ivo Lima/ME
A chama olímpica percorre o Brasil. A passagem da tocha atrai multidões. Infelizmente, nesses dias de crise, a turbulência política tenta respingar no espírito olímpico.

Os Jogos Olímpicos da era moderna foram idealizados por um aristocrata, o barão Pierre de Coubertin. Mas o pior da elite verde-amarela, a que se imagina "nobre", faz uma deplorável campanha nas redes sociais contra as Olímpíadas. É o Brasil partido. Nas ruas, crianças e adultos, morenos, louros, índios, pardos, mestiços, negros, eslavos, traços orientais, perfis árabes e judeus, a "gente diferenciada" que aplaude o clima olímpico; nos salões ou à frente da "lareira" imaginária, uns sujeitos 'haters' depreciam o fato de o Brasil, um "país desclassificado", ousar sediar um acontecimento tão valorizado no "primeiro mundo". É assim que o olho aculturado dessas pessoas, eternamente sem visão periférica, vê um acontecimento pacífico e apartidário. Ou, talvez, revele apenas a terrível angústia e a insuperável frustração de não haver nascido nos jardins - até na cocheira já seria um "honra" - do Balmoral.

No auge da Guerra Fria, aconteceram os Jogos Olímpicos de Moscou. Os Estados Unidos boicotaram o evento. Nem por isso, o mundo aderiu àquela demonstração de intolerância. Jimmy Carter, em campanha, achou que com o gesto atrairia votos conservadores. De nada adiantou, perdeu a eleição para Ronald Reagan. Aquele Olimpíada entrou para a história como uma das mais bem realizadas, em ambiente de paz e esportividade. Para o resto do mundo, não era coisa de comunista. Quatro anos depois, a União Soviética não foi à Olimpíada de Los Angeles. Outro erro. O jogo político mudou, a Olimpíada seguiu em frente. EUA e URSS ficaram com a medalha de lata e dividem na memória esse pódio da ignorância.

Aqui, a Rio 2016 parece ter que provar a todo momento diante dessa minoria versalheana que não é uma "convenção" do PT. Ocasionalmente, o Brasil conquistou o direito de sediar os Jogos durante o mandato de um presidente filiado ao PT. O Brasil merecia, como qualquer outro país da América do Sul, essa oportunidade. Do lado de cá do mapa, apenas Estados Unidos e México sediaram os jogos de verão. A Olimpíada não está no programa de governo do PT nem do PMDB carioca. Não lhes pertence. As autoridades apoiaram fortemente esse pleito desde o início e, ao lado do Comitê Olímpico do Brasil e das empresas patrocinadoras o viabilizaram, e teria sido um erro absurdo se não o fizessem.

Enquanto tais pessoas que abominam os Jogos, muitas movidas, talvez, pelo desconforto dos seus pijamas e camisolas úmidos, expressam todo o ódio contra um acontecimento simbólico - a condução da chama, as ruas não registraram  - e espera-se, sigam assim - tumultos ou agressões provocadas por motivos políticos ou por pura intolerância classista. Crianças, idosos, estudantes, trabalhadores, o chamado povão, aparentemente não embarcou na pregação fascista dos preconceituosos.

Que o Brasil deixe a chama olímpica circular e, em agosto, aplauda a festa mundial do Esporte e dos atletas e torcedores brasileiros.

O baixo jogo político se desclassifica, essa alegria popular, não.

A capa viral do Meia Hora, ontem...


Guina Ramos convida para lançamento do livro "Personagem cabal", no Lapalê, hoje, nos Arcos da Lapa


* Aguinaldo Ramos, escritor, pesquisador e fotógrafo que atuou na Manchete, JB, Veja, Folha de São Paulo e Estadão. É um dos ganhadores do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia - Funarte, 2010. Publicou os seguintes livros: "2112 ...é o fim!" (2013) e “Rio Só de Amores” (2014), contos, e “A Outra Face das Fotos” (2014), memórias.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Orlandinho: retratos de um amigo

Orlandinho, nos anos 80: editor de fotografia da Manchete. Na foto, selecionando imagens. 

Essa é, provavelmente, uma das suas mais antigas fotos na Manchete, ainda na redação da Frei Caneca. Orlandinho, de paletó, nos anos 60, ao lado de Cordeiro de Oliveira, Nilo Martins, Nelio Horta, Laerte Moraes, Léo Schlafman, Paulo Henrique Amorim, Hedyl Valle, Robertinho, José-Itamar de Freitas e Ney Bianchi.



No Sindicato dos Jornalistas, com ex-fotógrafos da Manchete então preocupados com o desaparecimento do arquivo fotográfico da Bloch. Conduzidos por José Carlos Jesus, reuniram-se, entre outros, Orlandinho, Henrique Viard, João Miguel Jr., J. Egberto, Frederico Mendes e Aziz Filho, na época presidente do Sindicato.  

Com Ney Bianchi, durante a Copa de 90, na Praça de São Pedro, no Vaticano



por José Esmeraldo Gonçalves
Orlandinho, na redação da Manchete,
na Rua do Russell. Nos anos 80,
como chefe de reportagem de revista,
tive o privilégio de trabalhar com ele
.
Uma trajetória admirável. Assim foi a vida de Orlando Abrunhosa. Do menino que embarcou em um Ita, em Belém do Pará, no começo dos anos 50, ao fotógrafo premiado, ele construiu uma história de sucesso traduzida em imagens de rara beleza e sensibilidade.

Captava a notícia e seus personagens onde quer que estivessem, fosse em Copas, Olimpíada, viagens à China, Japão, Egito, Argentina, Estados Unidos, interior do Brasil ou logo ali na esquina, o palhaço, o sem-teto, o detento, o ídolo da música, o vendedor anônimo, entre tantas matérias marcantes que fez para as revistas Manchete e Fatos & Fotos.

Tostão, Pelé e Jairzinho. México, 1970. Foto de Orlando Abrunhosa
Orlandinho acreditava que cada fato guardava uma alma. Foi assim que fez sua foto mais famosa internacionalmente. Em um milésimo de segundo, ele encontrou em Pelé, Tostão e Jairzinho o símbolo perfeito da Copa de 70.

Nos últimos anos, o fotógrafo retomou um antigo ângulo, fora das lentes: o de compositor. Os amigos testemunharam o entusiasmo com que passou semanas em um estúdio, perfeccionista como sempre, gravando um sonhado CD de sambas ao qual deu o título de "Agora é minha vez". E registraram o justo e merecido orgulho que demonstrou ao ver sua vida e carreira reconhecidas no documentário "Três no Tri", do diretor Eduardo de Souza Lima, o Zé José.

Aos dois Orlandinhos descritos acima - o da fotografia e o da música - somavam-se mais dois: o que expressava sempre que podia a paixão pela família - sua amada d. Helena e os queridos filhos Fábio e Frederico  - e o amigo que reunia em torno de si metade do Rio de Janeiro. Os quatro eram, na verdade, um só: o mesmo Orlando, o bom caráter, a generosidade, a sensibilidade, a integridade, a inteligência, a sábia simplicidade.

Fará muita falta. O sentimento, hoje, é de imensa tristeza.

Aos poucos, seremos confortados pelas lembranças, os bons momentos, o bom humor e, principalmente, pelo grande privilégio de ter conhecido Orlando Abrunhosa.

Um grande abraço, amigo.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Orlando Abrunhosa: lembranças (e saudades) de um amigo

por NILTON RICARDO

Orlando Abrunhosa. Foto: Reprodução Facebook Hy Brazil Filmes
Toda a imprensa estava à espreita, havia uma semana, na tentativa de fotografar o Comandante Aragão, Chefe da Polícia Militar, detido na Embaixada da  Argentina. Vivia-se um regime duro, pós-golpe de 64. "Tempos difíceis, em que não existiam filmes de alta sensibilidade e as pesadas câmeras Rolleyflex acabavam com qualquer clima intimista que o fotógrafo desejasse imprimir", lembra o fotógrafo Orlando Abrunhosa. Em meio ao tumulto de máquinas fotográficas, laudas e flashes, lá estava ele, fotógrafo miúdo, com pouco mais de metro e meio de altura, à espera de uma oportunidade para fazer seu primeiro furo de reportagem.
— Eu era laboratorista da revista Manchete, mas precisei encarar muita gozação das pessoas quando disse que um dia seria um fotógrafo, recorda.
 — Precisamos de fotógrafos peitudos, que aguentem porrada, e não um cara pequenininho como você, porque todo mundo vai passar na sua frente, dizia o editor da revista. Não importava. Orlando queria o flagrante. Acabou encontrando um prédio que lhe permitiu observar o pátio da Embaixada da Argentina. De repente, apareceu o Comandante Aragão, que se sentou numa cadeira ao ar livre para ler um jornal.
— Ele virou o rosto na minha direção e eu não perdi tempo: fiz a seqüência inteira de fotos, furando toda a imprensa, entusiasma-se Orlando. Considerando-se um «fotógrafo de detalhes», Orlando se especializou em fotos que exigiam horas a fio de observação. Certa vez, ficou 48 dias fotografando um casal de rolinhas se movimentando sobre um pinheiro de Natal. O ensaio fotográfico foi publicado no Brasil e na Alemanha, em forma de diário, com texto e fotos acompanhando a seqüência de movimentos líricos dos passarinhos.
Orlandinho no México: cobertura da Copa de 1970.
Foto: Arquivo Pessoal de Orlando Abrunhosa
Gastando quase todo o seu salário na compra de substâncias químicas importadas — para aumentar a sensibilidade dos filmes —, Orlando também registrou a personalidade noturna do bairro de Copacabana, com seu vendedores de flores, pipoqueiros, futebol de praia e festivais de chope. Na década de 60, três matérias suas ganharam o Prêmio Esso: Porque o Homem Mata (uma série sobre detentos e cadeias, que se estendeu por oito números de revista); Os Frutos Proibidos (sobre o controle de natalidade); e A Verdade Sobre o Box, com textos do repórter Juvenal Portella. Mas uma das maiores alegrias de Orlando Abrunhosa foi mesmo ver uma foto sua (Pelé, Jairzinho e Tostão na Copa de 70) transformar-se em selo e entrar para a história.

Orlando Abrunhosa (1941-2016) : uma vida em busca da perfeição

por ROBERTO MUGGIATI

Orlando Abrunhosa. 
Conheci Orlando Abrunhosa — eu repórter, ele fotógrafo da revista Manchete, ainda na redação da Frei Caneca — no final de 1965, quando os Beatles lançaram Rubber Soul, comentávamos cada faixa. Nas inundações de 1966, fizemos uma reportagem maravilhosa que foi direto para a gaveta (ou cesta de lixo) do editor: um ensaio felliniano sobre um palhaço que ficou sozinho num circo mambembe naufragado na Baixada Fluminense.
Orgulho-me de ter sido o primeiro editor a publicar (na capa da Fatos&Fotos) a foto icônica que Orlando fez no primeiro jogo do Brasil na Copa do México de 1970: Pelé alçando vôo e socando o ar para comemorar seu gol, ladeado por Tostão e Jairzinho. Na redação, batizamos a foto de “Os Três Mosqueteiros”. Na semana seguinte, a foto saiu colorizada na capa da Paris-Match. E depois virou selo, pôster e continua rodando o mundo como uma das imagens mais significativas da nossa época.
Em tempo, um comentário técnico, que vai interessar principalmente aos fotógrafos: era uma foto horizontal, cortei radicalmente as laterais para que se transformasse numa foto vertical, um hino visual com Pelé simbolicamente subindo para o céu. (Uma subleitura: as telas verticais de El Greco com os píncaros escarpados de Toledo.)
Orlando Abrunhosa fez tudo o que podia fazer na fotografia, foi um caçador-de-imagens campeão. Mas soube também perseguir seu sonho de compor e cantar, de dar vazão à música que sempre morou no seu coração. Ouvi com imensa felicidade seu CD, com um título que diz tudo: "Agora é minha vez". Vocalista afinado e envolvente, autor de canções afetivas e atuais, Orlando traz uma nova dimensão ao samba. Sempre fiel a sua fórmula mágica de aliar, com perfeição, técnica e sensibilidade.

EM 1997, A EDIÇÃO ESPECIAL MANCHETE 45 ANOS CONTOU A HISTÓRIA DE UMA SÉRIE DE FOTOS QUE ORLANDO ABRUNHOSA FEZ DE EMERSON FITTIPALDI, NO AUTÓDROMO DE INTERLAGOS.

PARA OBTER A IMAGEM QUE CONSIDERAVA IDEAL, ELE DEITOU-SE SOBRE O CAPÔ DO CARRO. FITTIPALDI ACELEROU MAIS DO QUE O FOTÓGRAFO ESPERAVA E, NUMA CURVA, A CÂMARA ESCORREGOU E FOI LITERALMENTE ATROPELADA. 

ORLANDINHO, COMO ERA CHAMADO PELOS AMIGOS, NÃO  PERDEU O FOCO: PEGOU A CÂMERA RESERVA E, ANTES DA LINHA DE CHEGADA, CONSEGUIU AS FOTOS QUE PLANEJOU E EMPLACOU SEIS PÁGINAS NA EDIÇÃO DA MANCHETE DAQUELA SEMANA. 






Aproveitando a cortina da crise, políticos querem aprovar a PEC da terra arrasada. Ministério Público Federal mobiliza a sociedade contra desastre ambiental anunciado...

por Flávio Sépia
Entre os dias 16 e 20 de maio, o Ministério Público Federal promoverá uma mobilização nacional contra a Proposta de Emenda Constitucional que passa a dispensar licenciamento ambiental para obras. A tal PEC, na avaliação dos especialistas, resultará em maior degradação ambiental. Como parte da ação do MPF, haverá debates e audiências públicas em todo o país reunindo organizações ambientais, representações da sociedade e cidadãos preocupados com o futuro do país e a qualidade de vida.  A expectativa é que o Senado seja sensibilizado a derrubar a proposta que já foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), embora juristas avaliem que é claramente inconstitucional.

O absurdo e a demonstração maior dos propósitos da Emenda é determinar que desde que o dono de um empreendimento apresente um relatório de impacto ambiental feito por ele mesmo nenhum órgão público, no caso, nem a Justiça, poderá suspender ou cancelar a obra. Nesse sentido, a PEC, que tem apoio de ruralistas, empreiteiras etc e ganha impulso no "baixo clero" suprapartidário tenta "engessar" até a Justiça.

Isso tudo depois do desastre da Samarco e sua barragem apocalíptica. Os autores da PEC devem achar que um dos maiores desastres ambientais do Brasil não passou de um festival de lama desses que acontecem em blocos de carnaval.

Projetos como esse, que lançam o Brasil na rota do atraso e privilegiam setores em detrimento do interesse público, estão, aos montes, nas pautas do Senado e da Câmara. Aproveitando a cortina da crise política, blocos conservadores, religiosos, corporativos etc estão agindo nas Comissões, nos corredores e no cafezinho do Congresso.

Para eles, é a revanche. Infelizmente, vem muito mais por aí.

Era só o que faltava na crise... Notícia de jornal provoca pânico, bomba na web e deixa suspeita de pegadinha...



por Niko Bolontrin 
A crise atual não se refletiu em falta de produtos, como na Venezuela, na Argentina e no Brasil do desastrado Plano Cruzado de Sarney. Por isso, o título de capa do Diário de Iguaçu, de Chapecó, Santa Catarina, provocou um certo pânico.

Com o "aval" de uma instituição pública, a matéria informava que determinado item deixaria de ser oferecido.

O texto não informava o motivo. Se a carência seria provocada por burocracia de importação, se a demanda estava maior do que a oferta, se era uma espécie de greve, se uma consequência de um mercado paralelo aquecido.

No fim, foi apenas um ato falho do digitador que trocou um C por um G certamente por confortado por uma do que imunizado pela outra.

O site E-farsas levanta outra hipótese:  alguém teria alterado alterou o C com uma pilot, fotografou a página, e jogou na rede. A preocupante "notícia" falsa se espelhou e saiu até em sites do exterior.

Acontece que a conta do jornal no Facebook assume o erro e acrescenta um comentário bem-humorado: "A gente entende que a vagina é importante. Mas a vacina é muito mais".

O caso, além de meme, tornou-se então um mistério. É tudo verdade? A página é fake e a conta do jornal foi invadida como parte da pegadinha? Foi uma jogada de marketing que tornou o Diário conhecido em todo o país?

Como evidência da falsificação da página, o site e-farsas aponta o traço que transformou o C, de vacina, em G, de vagina. De fato, comparando-se a tipologia com o G, de Gerência, verifica-se que a "perna" da letra é bem diferente. 

A página do Diário de Iguaçu, no Facebook, registra o caso como autêntico. 

quarta-feira, 4 de maio de 2016

El Pais comemora 40 anos e lança canal de reportagens em realidade virtual. A primeira é sobre Fukushima



Fukushima e as dramáticas consequências de um dos mais graves acidente nucleares da história são o tema da primeira reportagem em realidade virtual do jornal espanhol El País, que comemora 40 anos.

Segundo o jornal, uma equipe de seis pessoas viajou ao Japão em fevereiro e passou uma semana apurando os fatos e gravando os cenários de uma catástrofe na qual 20.000 pessoas morreram e outras 100.000 continuam desabrigadas. Através do Greenpeace, o El País Semanal comprovou  que os níveis de contaminação ainda são muito altos para que grande parte da população desabrigada volte às suas casas, completamente desabitadas desde 11 de março de 2011.

El Pais lançará outras reportagens em realidade virtual que poderão ser vistas no You Tube.

Mas para uma experiência completa, com todos os recursos do novo formato, o jornal recomenda que o leitor use fones de ouvido e baixe o aplicativo El Pais VR, que permite a utilização de óculos especiais e proporciona uma visão mais imersiva.

No link abaixo, você poderá ver um vídeo da matéria (no canto superior esquerdo da imagem, estão as setas que direcionam os ângulos do cenário em 360°).


LEIA A MATÉRIA E VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI



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