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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

No Facebook, o fotógrafo Lula Marques dá um close radical nos "coleguinhas golpistas"



por Lula Marques (do Facebook)

Os coleguinhas fotógrafos não querem ser chamados de golpistas.

São golpistas sim e agora aguentem as consequências!

Quando começou todo o processo do impeachment, eu era a única voz entre os fotógrafos que cobrem o Palácio do Planalto que dizia que era um golpe. Chegava todos os dias para trabalhar e, em alto e bom som, soltava um “bom dia mídia golpista!”.

No começo, os coleguinhas levavam na brincadeira, mas o tempo foi passando e o golpe se consolidando. Quando o processo passou na Câmara, eu virei alvo de piadinhas nos corredores, coberturas jornalísticas e nos bares. Fui chamado de louco, disseram que eu precisava tomar remédio. Ouvi muita piadinha dentro do Planalto e no Congresso dos fotógrafos machões, homofóbicos, preconceituosos, arrogantes e misóginos. São analfabetos políticos. E, ainda se acham melhores do que qualquer trabalhador por ter uma credencial para entrar nos Palácios.

Nos anos do PT, ouvi frases como: “Como o ar esta fedido hoje aqui”, referindo-se aos integrantes de movimentos sociais que participavam de cerimônias. Que nojo! Para esse tipo de gente, pobre não tem direito a frequentar aeroporto. Isso sem falar dos comentários misóginos sobre a presidenta Dilma. É de dar asco! O que esperar de um fotógrafo que fala que o maior problema do casamento são as mulheres?! A misoginia ajudou a derrubar a primeira mulher eleita desse País. Se fosse um homem no lugar dela, não teria passado pelo que Dilma passou. Para esse tipo de gente, as suas mulheres devem ser lindas, recatadas e do lar.

Ouvi também dos coleguinhas jornalistas que eu estava remando contra a maré. Era maluco de ser uma voz solitária no meio daquele massacre midiático. Olhares de reprovação. É como se falassem: o que esse petista está fazendo aqui? O jornalismo que idealizamos morreu e um novo jornalismo alternativo está surgindo e expondo as “grandes”redações, que transformaram fotógrafos em meros apertadores de botão. Recebem uma pauta e sequer sabem o que está por trás dela. Há uma grande diferença entre petista e jornalista e espero que procurem no dicionário a resposta.

Agora não querem ser chamados de golpistas? SÃO GOLPISTAS e a nossa imprensa está na lata de lixo da história, ao contrário da mídia internacional, que enxergou o golpe. Quando estavam batendo na presidenta Dilma não queriam saber o que viria depois, agora aguentem as consequências de ter que ir para as ruas e serem escrachados durante as coberturas das manifestações contra o governo golpista, contra a mídia golpista e contra os corruptos que vocês ajudaram a colocar no poder.

Aguentem e paguem pelas mentiras ditas, mentiras fotografadas e por ter ajudado a derrubar uma presidenta eleita com mais de 54 milhões de votos. Não é por acaso que a credibilidade da imprensa vai ladeira abaixo. Os leitores/eleitores estão cobrando. Fizeram agora paguem. Não venham com a desculpa de que são trabalhadores e a culpa é dos donos dos jornais. Vocês são os jornalistas que estiveram na linha de frente na hora buscar as informações e sabiam muito bem o que seus editores queriam e fizeram direitinho para manter seus empregos. Ligaram o foda-se para o País e a democracia. Não tentem arrumar um culpado pelo seus erros, vão ser chamados de golpista sim. Seus chefes golpistas, que ajudaram o golpe, vão continuar nas suas salas com ar condicionado e vocês vão ter que ir para ruas e as ruas os esperam.

Estou na profissão há 35 anos, cobri a redemocratização, reforma constitucional, impeachment do Collor, anões do orçamento e fiz tantas outras matérias maravilhosas. Nos últimos anos, no entanto, a parcialidade virou rotina, omissão, manipulação… dois pesos e duas medidas. O objetivo era tirar o PT do poder. Não vi nada parecido com outros partidos. E hoje, a mídia alternativa, como os jornalistas livres, mídia ninja e tantos outros surgiram com o compromisso com a verdade e a democracia.

Ontem fui acusado de viver para ter likes. Nós, verdadeiros jornalistas queremos divulgar a verdade e os likes são resultado do nosso trabalho sério e honesto. Mostramos a verdade, sem manipulação, ao contrário dos veículos tradicionais. Não concordo com a violência e me solidarizo com meus colegas, Lula da Record e Kleiton do UOL, profissionais que respeito. Venceram na profissão e foram atacados por radicais de esquerda. Sigo na luta para acabar com a corrupção e desigualdade social. Minha escola de jornalismo sempre foi a liberdade e democracia e principalmente a verdade. Não faço e nunca vou fazer parte de grupinhos que se comunicam e trocam mensagens pelo WhatsApp para não perderem uma foto e serem demitidos. Meu compromisso é com o leitor. Não tentem arrumar o culpado de tudo que vocês provocaram.

Um dia espero que a consciência mostre o quando foram pequenos.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Orlando Abrunhosa: lembranças (e saudades) de um amigo

por NILTON RICARDO

Orlando Abrunhosa. Foto: Reprodução Facebook Hy Brazil Filmes
Toda a imprensa estava à espreita, havia uma semana, na tentativa de fotografar o Comandante Aragão, Chefe da Polícia Militar, detido na Embaixada da  Argentina. Vivia-se um regime duro, pós-golpe de 64. "Tempos difíceis, em que não existiam filmes de alta sensibilidade e as pesadas câmeras Rolleyflex acabavam com qualquer clima intimista que o fotógrafo desejasse imprimir", lembra o fotógrafo Orlando Abrunhosa. Em meio ao tumulto de máquinas fotográficas, laudas e flashes, lá estava ele, fotógrafo miúdo, com pouco mais de metro e meio de altura, à espera de uma oportunidade para fazer seu primeiro furo de reportagem.
— Eu era laboratorista da revista Manchete, mas precisei encarar muita gozação das pessoas quando disse que um dia seria um fotógrafo, recorda.
 — Precisamos de fotógrafos peitudos, que aguentem porrada, e não um cara pequenininho como você, porque todo mundo vai passar na sua frente, dizia o editor da revista. Não importava. Orlando queria o flagrante. Acabou encontrando um prédio que lhe permitiu observar o pátio da Embaixada da Argentina. De repente, apareceu o Comandante Aragão, que se sentou numa cadeira ao ar livre para ler um jornal.
— Ele virou o rosto na minha direção e eu não perdi tempo: fiz a seqüência inteira de fotos, furando toda a imprensa, entusiasma-se Orlando. Considerando-se um «fotógrafo de detalhes», Orlando se especializou em fotos que exigiam horas a fio de observação. Certa vez, ficou 48 dias fotografando um casal de rolinhas se movimentando sobre um pinheiro de Natal. O ensaio fotográfico foi publicado no Brasil e na Alemanha, em forma de diário, com texto e fotos acompanhando a seqüência de movimentos líricos dos passarinhos.
Orlandinho no México: cobertura da Copa de 1970.
Foto: Arquivo Pessoal de Orlando Abrunhosa
Gastando quase todo o seu salário na compra de substâncias químicas importadas — para aumentar a sensibilidade dos filmes —, Orlando também registrou a personalidade noturna do bairro de Copacabana, com seu vendedores de flores, pipoqueiros, futebol de praia e festivais de chope. Na década de 60, três matérias suas ganharam o Prêmio Esso: Porque o Homem Mata (uma série sobre detentos e cadeias, que se estendeu por oito números de revista); Os Frutos Proibidos (sobre o controle de natalidade); e A Verdade Sobre o Box, com textos do repórter Juvenal Portella. Mas uma das maiores alegrias de Orlando Abrunhosa foi mesmo ver uma foto sua (Pelé, Jairzinho e Tostão na Copa de 70) transformar-se em selo e entrar para a história.

domingo, 27 de setembro de 2015

Gervásio Baptista: notícias de um guerreiro do fotojornalismo



O jornalista Gilberto Costa, colega de Gervásio Baptista na EBC (antiga Radiobrás), esteve no Rio, no começo do ano, entrevistando alguns companheiros da Manchete, que conviveram com o decano da fotografia no Brasil, hoje com 93 anos. Gilberto colhia material para um livro sobre a vida e a trajetória profissional do nosso caro Gervásio.
Hoje, o jornalista de Brasília postou no Facebook cenas de uma visita ao Gervásio. Como se vê nas fotos que o blog toma a liberdade de reproduzir, o nosso amigo está bem, cercado de carinho e de demonstrações de amizade e de lembranças da sua bela carreira, de exemplos de vida e de companheirismo. E, certamente - o sorriso demonstra -, mantém o humor que, tal como a inseparável câmera, não largava nos melhores ou nos mais difíceis momentos. Daqui, vai o nosso abraço. E um obrigado ao Gilberto e amigos que compartilharam as fotos da visita ao grande fotógrafo, uma referência do fotojornalismo e da Manchete.






Fotos de Gilberto Costa/Reproduções Facebook

sábado, 11 de outubro de 2014

Samba de breque "Sai Fora do Cara", de Orlando Abrunhosa, está concorrendo ao ExpoSamba 2014 em votação pela Internet. Você pode acessar o site Fábrica do Samba e votar na música até o dia 15 de outubro. Veja como...



PARA VOTAR, SIGA AS INSTRUÇÕES ACIMA

OU 
ACESSE O LINK ABAIXO E SIGA O PASSO A PASSO: DIGITAR O NOME DA MÚSICA ("SAI FORA DO CARA") E DE ORLANDO ABRUNHOSA NO ESPAÇO INDICADO, CLICAR NA IMAGEM DO ORLANDO ABRUNHOSA E, EM SEGUIDA, NA PALAVRA VOTAR (DESTACADA EM TARJA VERDE)


http://www.fabricadosamba.com/?filter_19=Sai+fora+do+cara&filter_24=orlando+abrunhosa&filter_20=&gf_search=&p=3132


IMPORTANTE
PELAS REGRAS OFICIAIS DO FESTIVAL DE SAMBA,  VOCÊ PODERÁ VOTAR NO MÚSICA "SAI FORA DO CARA" QUANTAS VEZES QUISER. É PRECISO APENAS OBSERVAR UM INTERVALO DE NO MÍNIMO UMA HORA ENTRE UMA VOTAÇÃO E OUTRA

VOTAÇÃO EM ANDAMENTO ATÉ 15 DE OUTUBRO

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Reunião de fotógrafos discute situação do arquivo de imagens que pertenceu à Manchete

Na próxima segunda-feira, 11, às 15h, será realizada no auditório João Saldanha, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (Rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar, Centro) uma reunião dos fotógrafos que trabalharam para as publicações da extinta Bloch Editores. Como tem sido divulgado, todo o acervo produzido por profissionais da Manchete, Fatos & Fotos, Fatos, Amiga, Desfile, EleEla, Pais & Filhos e mais uma dezena de títulos foi leiloado há quase um ano. Não há informações sobre o que será feito do arquivo e em que condições cerca de 12 milhões de imagens estão armazenadas. Durante a reunião, os fotógrafos buscarão o melhor caminho e a ação mais eficiente para reivindicar seus direitos. O SJPMRJ, a Associação dos Repórteres Fotográficos (ARFOC) e a Comissão de Ex-Empregados da Bloch Editores (CEEBE) estão em campanha para saber o que será feito do acervo que tem, atualmente, paradeiro desconhecido e pode estar correndo riscos.
Fonte: Ceebe