domingo, 1 de novembro de 2009
Vídeo-memória
Você quer ver o comercial da edição especial da Manchete no Réveillon de 2000, com a cobertura da última virada do ano da revista. A Bloch Editores pediria falência em agosto daquele ano. A revista Manchete ainda ganharia uma sobrevida editada por uma cooperativa formada por ex-funcionários. Posteriormente, o título foi leiloado. O empresário e editor Marcos Dvoskin, detentor dos direitos, lançou mais algumas edições especiais de Carnaval pela Editora Manchete. Neste comercial, a locução é de Roberto Canázio, cuja voz virou uma marca das campanhas da revista. Veja no link Comercial da revista Manchete
Um olhar sobre o mundo -1
Um olhar sobre o mundo - 2

Importante: opine sobre a regulamentação da Internet no Brasil

Pelada no cartoon


Os Simpsons comemoram 20 anos e Marge posa para uma edição limitada da Playboy americana. Aguardem Luluzinha, que cresceu, Mônica idem... Nessa linha de ensaio sexy de ficção, o site brasileiro Morango saiu na frente e já mostrou versões "melancia" e "popozuda" de algumas estrelas dos quadrinhos.
E se melar o jogo?
Somos a favor da Copa e da Olimpíada carioca etc etc mas não vai ser fácil acompanhar essa preparação. O Rio apresentou um projeto ao COI e ganhou o direito de sediar os jogos. Por acaso (aqui iria um ponto de ironia, se existisse), o projeto é importante e, entre outras coisas, diz que a cidade construiria um Centro de Imprensa na Barra, ou imediações, que concentrará a maioria das competições. Hoje, deu no Globo que o prefeito resolveu mudar de idéia e quer fazer o Centro na Zona Portuária, longe da Barra. Os representates do COI se dizem surpresos e já protestam. Até há margem para certas mudanças, afirmam, mas sempre para melhor e sempre discutidas seriamente com os dirigentes. Bom a cidade ficar sabendo que está obrigada a cumprir várias etapas e não pode mudar o que prometeu no projeto a cada idéia nova ou pressão de quem quer que seja. Se sentir os Jogos de 2016 ameaçados, se a progressão das obras (que devem começar em 2010) emperrar, o COI não vai correr o risco de comprometer a Olimpíada e pode rever a escolha. Madri, a segunda colocada, vai ficar só observando.
Imprensa tendenciosa? -1
Essa até o ombusdman reclamou. No primeiro momento, ao noticiar a tragédia do avião da TAM em Congonhas, parte da mídia deu um claro tom político à cobertura atribuindo o desastre às condições da pista antes mesmo de os especialistas e agências internacionais iniciarem a perícia técnica para levantar as verdadeiras causas do acidente. Sabe-se que há interesses políticos e econômicos (a pressão para a privatização dos grandes aeroportos, os lucrativos claro, os pequenos e deficitários ninguém quer esse ficam com a "viúva", é um deles). Na Folha de hoje, o ombudsman afirma que a reportagem do jornal sobre o relatório das causas do acidente "subverteu regras essenciais do jornalismo ao dedicar manchete e abertura de texto a um 'fator contribuinte' para a tragédia (a pista de Congonhas) e relegar a segundo plano o 'fator decisivo' (a posição do manete)". Um leitor sugere ao ombudsman que a Folha faça uma revisão crítica de artigo publicado em 19 de julho de 2007, apenas dois dias depois do acidente, quando nem o metal queimado havia esfriado ainda e o jornal já "sabia" a causa da tragédia e a definia em título de primeira página referindo-se à pista: "O Nome Certo do Que Ocorreu em SP é Crime". O ombudsman acha uma boa idéia. A propósito, tecnicamente, segundo a perícia e gravações e informações da caixa-preta, um dos manetes estava em posição irregular o que fez que um motor acelerasse e o outro entrasse em reversão. A pista molhada e sem ranhuras adequadas foi o "fator contribuinte" mas os técnicos avaliam que mesmo sem chuva e com ranhuras provavelmente não seria capaz de segurar o avião desgovernado pela má operação dos manetes.
Imprensa tendenciosa? - 2
Ao criticar programas sociais do governo, embora reconheça que impulsionam o Brasil e ajudaram a superar a ameaça de crise, a Folha de hoje chama aposentadorias de "assistencialismo". Não é. Os trabalhadores contribuem durante longo período, com "pedágio" de "deságio" durante anos e anos. E, talvez os editores não saibam, mas essa contribuição não é assim tão irrisória ao bolso de que luta para viver. Ou talvez saibam: há muito a setores da da mídia comercial aderiram àqueles que demoliram parte, e tentam demolir o que resta, da Previdência pública.
Histórias reais: o jeito foi baixar as calças
do livro Aconteceu na Manchete - As histórias que ninguém contou (Desiderata)
Supositório é item que jamais entra no rol do que se bota na mala em caso de viagem. Pois foi esse o problema de um fotógrafo da Manchete em ação no exterior. O retratista estava na Polônia e, se já não era brilhante no idioma pátrio, imagina na língua deles. Precisou de tal recurso médico cujos efeitos podem ser positivos mas a posição é absolutamente ridícula. O jeito foi entrar na farmácia e tentar fazer a atendente compreender, por meio de gestos, o que ele queria. Em mímica, estava a léguas de Marcel Marceau, foi difícil e demorado explicar-se. No desespero, baixou as calças e, só de cuecas, virou-se de costas, mostrou o dedo médio e fez um movimento de ir e vir. Foi aí que a moça não teve dúvidas. "Ah, supositório..." Sotaque fora, em polonês supositório soa como supositório mesmo. Não só a pronúncia como o efeito. E a ridícula posição.
Supositório é item que jamais entra no rol do que se bota na mala em caso de viagem. Pois foi esse o problema de um fotógrafo da Manchete em ação no exterior. O retratista estava na Polônia e, se já não era brilhante no idioma pátrio, imagina na língua deles. Precisou de tal recurso médico cujos efeitos podem ser positivos mas a posição é absolutamente ridícula. O jeito foi entrar na farmácia e tentar fazer a atendente compreender, por meio de gestos, o que ele queria. Em mímica, estava a léguas de Marcel Marceau, foi difícil e demorado explicar-se. No desespero, baixou as calças e, só de cuecas, virou-se de costas, mostrou o dedo médio e fez um movimento de ir e vir. Foi aí que a moça não teve dúvidas. "Ah, supositório..." Sotaque fora, em polonês supositório soa como supositório mesmo. Não só a pronúncia como o efeito. E a ridícula posição.
sábado, 31 de outubro de 2009
Um gol, um dia de mágoa, uma imagem e uma viagem

Se é lugar-comum, vale assim mesmo: que Juvenal, descanse em paz. A expressão é apropriada aos craques de 50, marcados e atormentados em vida pela derrota que o Brasil jamais entendeu e aceitou. Um sentimento que nem o Penta apagou. Vá entender... (nas reproduções, a cena do célebre documentário de Milton Rodrigues e a ficha de Juvenal dos arquivos da antiga CBD)
Nelson Rodrigues e Pelé
Jornais, revistas e TVs preparam matérias ou documentários para comemorar o Gol 1000 de Pelé, marcado em 19 de novembro de 1969. Quase às vésperas dos 70 anos - completou 69 anos agora em outubro - o eterno craque será alvo de muitas homenagens. Nenhuma, talvez, chegue perto da crônica que lhe dedicou Nelson Rodrigues, na Manchete Esportiva, em 1959. Pelé era apenas um garoto mas Nelson já via alí, no seu estilo inimitável, o deus dos estádios. Um trecho: "Olhem Pelé, examinem suas fotografias e caiam das nuvens. É, de fato, um menino, um garoto. Se quisesse entrar num filme de Brigitte Bardot seria barrado, seria enxotado. Mas reparem: é um gênio indubitável. Digo e repito: gênio. Pelé podia virar-se para Michelangelo, Homero ou Dante e cumprimentá-los com íntima efusão: Como vai, colega? (...) Na idade em que o ser humano anda quebrando vidraça, ou jogando bola de gude, ou raspando perna de passarinho a canivete, Pelé é um campeão do mundo".
Quem dá mais

Cada um se desaperta como pode: enquanto a classe média corre para o penhor da Caixa Econômica quem está acima, muito acima, disso adere ao que já se pode considerar um novo modismo: o leilão de jóias. As de Lily Marinho, leiloadas recentemente no exterior, bateram, um recorde de faturamento. Agora é a vez de Lucia Moreira Salles, ex-primeira dama do Unibanco (foi casada com Walter Moreira Salles) leiloar as suas tão preciosas jóias, o que acontecerá breve, muito breve, na Sotheby’s de Nova York. Espera-se um novo recorde no pregão já que são jóias de quem era “refinada, elegante e glamurosa”. São jóias com grife: criações Cartier, Van Cleef & Arpels, Bulgari e Jar. Especialistas garantem que cada jóia está valendo no mínimo US$ 200 mil. Como se vê a crise financeira mundial não livra a cara (nem o pescoço dos colares, os punhos das pulseiras e os dedos dos anéis) de ninguém. Perdem-se as jóias, mas não se perde a pose.
Dá na mesma
por Eli Halfoun
A idéia é antiga, mas tudo indica que dessa vez a Câmara Municipal do Rio de Janeiro vai mesmo mudar de endereço: a sugestão do competente vereador Stephan Nercessian é que a nova Câmara se instale na Zona Portuária, em prédio a ser construído (aí é que mora o perigo) porque isso ajudaria a revitalizar o local para o qual a Prefeitura tem anunciado muitos projetos. Acredita-se que com a revitalização da área e a presença da nova Câmara Municipal o número de ladrões diminuirá significativamente. Quando soube disso um escolado eleitor não fez por menos: “vão apenas trocar uns pelos outros”, o que evidentemente não inclui todos os vereadores, inclusive porque alguns realmente trabalham em benefício próprio, é claro, e da população. Se a sugestão de mudança for aceita, o atual prédio da Câmara (Praça Floriano, sem número, Cinelândia) poderá ser transformado em museu. Não é só: nos corredores da Câmara, onde sempre se fala muito, corre também o papo de que está em estudos a idéia da CMRJ criar seu próprio Fundo para que as final de cada ano a Câmara não tenha que devolver dinheiro para a Prefeitura, o que provocou outro comentário do eleitor escolado: “Vai ser um fundo sem fundo”.
A idéia é antiga, mas tudo indica que dessa vez a Câmara Municipal do Rio de Janeiro vai mesmo mudar de endereço: a sugestão do competente vereador Stephan Nercessian é que a nova Câmara se instale na Zona Portuária, em prédio a ser construído (aí é que mora o perigo) porque isso ajudaria a revitalizar o local para o qual a Prefeitura tem anunciado muitos projetos. Acredita-se que com a revitalização da área e a presença da nova Câmara Municipal o número de ladrões diminuirá significativamente. Quando soube disso um escolado eleitor não fez por menos: “vão apenas trocar uns pelos outros”, o que evidentemente não inclui todos os vereadores, inclusive porque alguns realmente trabalham em benefício próprio, é claro, e da população. Se a sugestão de mudança for aceita, o atual prédio da Câmara (Praça Floriano, sem número, Cinelândia) poderá ser transformado em museu. Não é só: nos corredores da Câmara, onde sempre se fala muito, corre também o papo de que está em estudos a idéia da CMRJ criar seu próprio Fundo para que as final de cada ano a Câmara não tenha que devolver dinheiro para a Prefeitura, o que provocou outro comentário do eleitor escolado: “Vai ser um fundo sem fundo”.
A bola da vez

Por Eli Halfoun
Até quem não gosta de tênis (não confundir com a velha piada dos dois portugueses que foram jogar tênis e voltaram descalços) está mobilizado para ver a jogadora Maria Sharapova ao vivo: ela estará em São Paulo nos dias 6 e7 de dezembro para jogos-demonstração na Fazenda Boavista. O interesse em torno da tenista russa se justifica plenamente: foi eleita pela (quem diria!) revista americana People uma das 10 mulheres mais bonitas do mundo. Como se não fosse suficiente está também entre as mulheres mais ricas do esporte com uma fortuna calculada em US$ 15 milhões. Ela não come criancinhas. Só adultos.
Doping
Ou o Brasil acaba com o doping ou o doping continuará causando estragos entre os atletas olimpicos. Bom lembrar que antes dos jogos do Rio-2016, vem aí Londres 2012. Na fila dos que são flagrados usando substâncias proibidas entrou agora a ginasta Daiane dos Santos. A atleta se defende, alega que passou por uma cirurgia e não estava competindo. Polêmica à parte, o que preocupa é a sucessão de casos.
A bola é de todos

Considerado (com apenas 35 anos) velho e superado para o futebol Dejan Petkovic, o Pet dos torcedores, calou com uma inegável habilidade (parece até que é brasileiro) a boca dos que não o queriam mais no Flamengo porque é um velho que nada mais tem a oferecer”. A lição de que nunca se deve duvidar (e muito menos menosprezar) qualquer profissional não é a única que Pet nos deu e dá. Não digo isso com nenhum sentimento de orgulho rubro-negro até porque sou vascaíno e serei sempre na primeira, segunda, terceira divisão, onde o Vasco estiver. Mas torcer por um time não pode nos limita a aprender as muitas lições que o futebol costuma nos oferecer. Petkovic, por exemplo, está mostrando que os velhos (ele só é considerado velho para o futebol) podem surpreender em qualquer profissão, mesmo quando, como é o caso da maioria, desacreditado. A bola que hoje rola fácil nos pés de Petkovic pode ganhar outro formato nas mãos (e pés) de outros “velhos” profissionais em qualquer trabalho ou profissão. Basta rolar outra vez a bola para eles, que só são realmente velhos porque a sociedade quer.
Edney Silvestre lança livro

às 19h, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon. Na sua estréia como romancista, Edney incursiona no mistério: em abril de 1961, quando Yuri Gagarin, o primeiro homem a entrar em órbita, voltava à Terra, dois garotos encontram um corpo às margens de um lago. O jornalista já publicou dois livros de crônicas: “Dias de Cachorro Louco” e “Outros Tempos”.
A caipirinha é nossa
por Eli Halfoun
A cerveja e o chope continuam sendo as bebidas preferidas do brasileiro (o Brasil está entre os cinco maiores consumidores do mundo do chamado precioso líquido, que também entra da lista de melhores cervejas mundiais), mas parece que qualquer mistura está valendo para justificar um generoso gole, mesmo que seja de um desses explosivos e geralmente muito ruins coquetéis. Na onda de misturas estranhas a nossa caipirinha ganhou vodka e frutas de todos os tipos e sabores, mas nada supera a verdadeira e tradicional caipirinha brasileiríssima preparada de maneira simples e saborosa. Nessa onda de misturas estranhas (há quem chame de exóticas) a caipirinha ganhou vodka e frutas de todos os tipos e sabores. A receita original é essa:
limão verde cortado em oito pedaços, sem o miolo, esmagados em um copo com duas colheres (café) de açúcar, combinados a duas doses de cachaça.
Como beber também é cultura e não só desculpa façamos um brinde ao surgimento da caipirinha: a receita foi criada entre os escravos (naquela época nem, se sonhava com barman) que trabalhavam nos engenhos de cana de açúcar do Brasil colônia. Nos anos 1920, quando estava mais aprimorada, caiu no gosto do escritor Oswald de Andrade que a transformou na bebida da moda entre os intelectuais. Vai ver é para parecer intelectual que muita gente bebe.
A cerveja e o chope continuam sendo as bebidas preferidas do brasileiro (o Brasil está entre os cinco maiores consumidores do mundo do chamado precioso líquido, que também entra da lista de melhores cervejas mundiais), mas parece que qualquer mistura está valendo para justificar um generoso gole, mesmo que seja de um desses explosivos e geralmente muito ruins coquetéis. Na onda de misturas estranhas a nossa caipirinha ganhou vodka e frutas de todos os tipos e sabores, mas nada supera a verdadeira e tradicional caipirinha brasileiríssima preparada de maneira simples e saborosa. Nessa onda de misturas estranhas (há quem chame de exóticas) a caipirinha ganhou vodka e frutas de todos os tipos e sabores. A receita original é essa:
limão verde cortado em oito pedaços, sem o miolo, esmagados em um copo com duas colheres (café) de açúcar, combinados a duas doses de cachaça.
Como beber também é cultura e não só desculpa façamos um brinde ao surgimento da caipirinha: a receita foi criada entre os escravos (naquela época nem, se sonhava com barman) que trabalhavam nos engenhos de cana de açúcar do Brasil colônia. Nos anos 1920, quando estava mais aprimorada, caiu no gosto do escritor Oswald de Andrade que a transformou na bebida da moda entre os intelectuais. Vai ver é para parecer intelectual que muita gente bebe.
Memórias de um repórter
Nelson Brandão, que trabalhou no Globo, O Dia e Extra, está aposentado da batalha de redações mas não aposentou a memória. O jornalista lança na terça-feira, 3, o livro "Pô! Que mentira, pai" (Editora Multifoco), às 19h, na própria sede da editora, na rua Mem de Sá, 126, Lapa. Brandão relata com bom humor os bastidores do seu trabalho de campo como repórter.
Boa de livro, boa de cama

Enquanto nossos escritores penam um bocado para vender seus livros (o brasileiro ainda não tem o saudável hábito de ler) a americana Stephenie Meyer deita confortavelmente em um punhado de papéis, no caso as verdinhas notas de dólar: é a recordista na lista de livros vendidos no Brasil. Cinco de seus livros estão entre os 10 de maior sucesso de vendas na categoria ficção: a série Crepúsculo, sobre os novos vampiros, vendeu nada menos do que 2,5 milhões até o ano passado. Stephenie está partindo para mais um recorde com A Hospedeira, sobre alienígenas, que em apenas duas semanas superou a marca de 65 mil exemplares e inspirou dois subprodutos, um dois quais O Livro de Anotações, de Catherine Hardwick, a diretora da adaptação de O Crepúsculo para o cinema.
No Brasil sucesso literário, que nunca é dos maiores, não depende só de qualidade (e não nos faltam bons produtos nacionais). Um inesperado exemplo de sucesso é O Doce Veneno do Escorpião, escrito por Raquel Pacheco, a ex-prostituta Bruna Surfistinha, que chega ao mesmo tempo ao cinema com filme estrelado por Deborah Secco e dirigido por Marcos Baldini, e ao teatro: o diretor e crítico de cinema Rubens Ewald Filho promete estrear breve (e com cenas bem realistas) a adaptação de Doce Veneno (será também o título do espetáculo) para a qual o Ministério da Cultura autorizou a captação de R$ 2 milhões pela Lei Rouanet. Como se vê é na cama que ainda se fazem os melhores negócios.
No Brasil sucesso literário, que nunca é dos maiores, não depende só de qualidade (e não nos faltam bons produtos nacionais). Um inesperado exemplo de sucesso é O Doce Veneno do Escorpião, escrito por Raquel Pacheco, a ex-prostituta Bruna Surfistinha, que chega ao mesmo tempo ao cinema com filme estrelado por Deborah Secco e dirigido por Marcos Baldini, e ao teatro: o diretor e crítico de cinema Rubens Ewald Filho promete estrear breve (e com cenas bem realistas) a adaptação de Doce Veneno (será também o título do espetáculo) para a qual o Ministério da Cultura autorizou a captação de R$ 2 milhões pela Lei Rouanet. Como se vê é na cama que ainda se fazem os melhores negócios.
Boas intenções, de novo
Já se falou aqui sobre o perigo das "boas intenções" que justificam tudo. Sou a favor da Copa de 20014 no Brasil e, ainda mais, da Olimpíada de 2016, no Rio. Mas há o risco de que, em nome desses eventos, desvios aconteçam. É a teoria do tudo-pode em função do pretexto. Tudo isso para falar que, hoje, está no jornais que o governo do estado está desistindo da parceria público-privada para a reforma do Maracanã. Aparentemente, não apareceu o parceiro privado disposto a botar dinheiro no projeto. Resultado: a obra será feita mesmo com dinheiro público e, quando pronta, entregue, aí sim, ao parceiro privado que administrará a "receita". Alguma novidade ou surpresa nisso? Claro que não. É a famosa receita da privatização-moleza desenvolvida nos anos 90. Para esclarecer: sou a favor de que o estado cuide de saúde, educação, serviços públicos, empresas mistas estratégicas e fomente o desenvolvimento, outros setores devem mesmo privatizados. Mas que tal o parceiro privado meter a mão no bolso também e não apenas usufruir dos lucros?
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Cordel bem vestido

Muitas restrições podem ser feitas em relação a algumas decisões do governo, mas não se pode negar que apesar de tudo o presidente Lula ainda consegue ter um extraordinário bom humor que certamente o faz divertir-se com as piadas que rolam sobre ele em todos os segmentos da sociedade. Lula tem sido, por exemplo, personagem constante do cordelista Miguezin da Princesa, que por conta da recente comprar de roupas de ternos, camisas, meias, terninhos e cintos realizada pela Presidência da República o brindou com um novo cordel intitulado “Mais de Mil Paletós”. É assim: “Um pregão impertinente/das profundas do inferno/comprou uma ruma de terno/pra vestir o presidente/com o dinheiro da gente/no corpo do cabeludo/ E eu com o fundo rombudo/ e sem elástico no cós/ São mais de mil paletós/pra cobrir o rei desnudo/Pra que tanta camisa/se há armário entupido/ e pra que tanto vestido/no corpinho de Marisa/Sei que ela não precisa/já tem vestido pra tudo/E mesmo o sapo barbudo/ prefere ficar a sós/São mais de mil paletós/pra cobrir o rei desnudo”. (na foto de Ricardo Stuckert, de divulgação de Presidência da República, o presidente Lula, de paletó, ao lado da bela Michelle Obama, em recente almoço oferecido pela rainha Margaret II, da Dinamarca).
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Intolerância

Ponto C, de carro?, ou Ponto G...
O novo comercial da BMW inova: a modelo fica tão impressionada com o desempenho do carro que tem um...orgasmo. Não acredita? Veja o vídeo no link BMW turbinado
Em nome de Deus
por Eli Halfoun
Todo mundo sempre quer ter ou fazer um bom negócio, ainda mais agora que o desemprego parece ser inevitável. Mesmo quem não discute (discutir é perda de tempo) ou não pratica qualquer religião concorda que uma igreja (qualquer igreja de qualquer credo) é um negócio rentável, ou seja, de lucro (bota lucro nisso) garantido. Que o diga o bispo Edir Macedo: acaba de inaugurar uma super-catedral (capacidade para 6.800 pessoas) em Johannnesburgo, na África do Sul. O bispo, que agora detém também 40% das ações da Renner Participações (controla o Banco Renner) acredita tanto em seu negócio que não se importou em demolir a antiga igreja de Johannesburgo, que só podia receber 4 mil fiéis, para construir seu novo palácio de orações, que permitirá receber mais pessoas e ter uma renda maior e garantida. Em nome de Deus
Todo mundo sempre quer ter ou fazer um bom negócio, ainda mais agora que o desemprego parece ser inevitável. Mesmo quem não discute (discutir é perda de tempo) ou não pratica qualquer religião concorda que uma igreja (qualquer igreja de qualquer credo) é um negócio rentável, ou seja, de lucro (bota lucro nisso) garantido. Que o diga o bispo Edir Macedo: acaba de inaugurar uma super-catedral (capacidade para 6.800 pessoas) em Johannnesburgo, na África do Sul. O bispo, que agora detém também 40% das ações da Renner Participações (controla o Banco Renner) acredita tanto em seu negócio que não se importou em demolir a antiga igreja de Johannesburgo, que só podia receber 4 mil fiéis, para construir seu novo palácio de orações, que permitirá receber mais pessoas e ter uma renda maior e garantida. Em nome de Deus
Delenda, aterro
Lembra a expressão delenda, Cartago (destruam Cartago)? Há algo em curso no Rio que parece quase isso. Os pretextos são vários, antes o argumento eram instalações para o PAN2007 na Marina da Glória; Eike Batista quer construir um trem suspenso entre o Hotel Glória e o Santos Dumont, os galpões da Marina da Glória viraram locais de festas, shows, convenções, semanas de moda etc. Agora, anuncia-se a construção de um prédio nas imediações da Marina destinado a abrigar o setor marítimo da Polícia Federal. Se estão recuperando a Zona Portuária não é melhor que esse setor marítimo fique... no porto? Marreélógico, mané. O projeto, dizem, é do arquiteto Paulo Casé, o mesmo que projetou o terrível obelisco de Ipanema e a tal passarela (essa, demolida). O Aterro é um dos espaços mais belos do Rio, um parque utilizado pela população. O que se espera é que os responsáveis pelas licenças ambientais defendam o patrimônio carioca dessas investidas imobiliárias. Saco!
É preciso ouvir a voz das mulheres
por Eli Halfoun
As mulheres representam cerca da metade da população do planeta e nada mais lógico (e justo) que conquistem uma cada vez maior participação na política e na administração pública. No Brasil, segundo dados do TSE, 51,71% dos 125.529.686 de brasileiros aptos a votar são do sexo feminino. Ainda assim são poucas as representantes femininas no Congresso, no Senado, nas Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas. As deputadas federais são apenas 8.8% e as senadoras são 13,3%.
As mulheres querem aumentar essa participação e contam com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, que as incentiva porque há uma janela para a participação maior da mulher na política: 67% dos eleitores acham que "se a participação política da mulher fosse maior, o nível da política seria melhor”.
É apenas “achologia”, mas mesmo assim a participação da mulher não deve ser vista com programas que atendam apenas os interesses femininos. A mulher não precisa necessariamente candidatar-se para merecer maior atenção política. O voto feminino pode fazer a diferença e nesse caso políticos de uma maneira geral devem estar atentos em suas promessas e programas de governo aos anseios das mulheres. Anseios que refletem o desejo de toda a população no estado, no município, no país.
A participação das mulheres na sociedade é cada vez maior e mais ativa: recente estudo revela números que mostram isso: a População Ocupada do Brasil tem hoje participação de 45,4% de mulheres e 54,6% de homens, enquanto a População em Idade Ativa é de 53,7% de mulheres e 46,3% de homens. Os dados mostram também que a População Economicamente Ativa é de 46,2% de mulheres e 53,8% de homens. As estatísticas revelam o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho contribuindo cinco anos menos do que os homens (elas se aposentam antes) para a Previdência. Com toda essa participação é impossível não reconhecer que a voz do povo tem a cada dia mais o tom aveludado que soam da alma das guerreiras mulheres desse país ainda e infelizmente machista. Se não no discurso certamente na maioria das atitudes.A luta das mulheres é antiga e é historicamente registrada a partir do dia 8 de março de 1857, quando operárias americanas de uma fábrica de tecidos fizeram a primeira greve para brigar por justas reivindicações. No Brasil o dia 24 de fevereiro de 1932 é considerado um marco feminino: nesta data foi instituído o voto feminino e o direito de serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.Há quem acredite (e muitas mulheres fazem parte dessa descrença) que o eleitorado ainda não confia plenamente na atuação das mulheres na política. É preciso que as mulheres se unam em torno de um trabalho que mostre disposição e capacidade para ouvir as mulheres e assim ouvir todo o eleitorado. A voz das mulheres é que é a voz de Deus.
As mulheres representam cerca da metade da população do planeta e nada mais lógico (e justo) que conquistem uma cada vez maior participação na política e na administração pública. No Brasil, segundo dados do TSE, 51,71% dos 125.529.686 de brasileiros aptos a votar são do sexo feminino. Ainda assim são poucas as representantes femininas no Congresso, no Senado, nas Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas. As deputadas federais são apenas 8.8% e as senadoras são 13,3%.
As mulheres querem aumentar essa participação e contam com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, que as incentiva porque há uma janela para a participação maior da mulher na política: 67% dos eleitores acham que "se a participação política da mulher fosse maior, o nível da política seria melhor”.
É apenas “achologia”, mas mesmo assim a participação da mulher não deve ser vista com programas que atendam apenas os interesses femininos. A mulher não precisa necessariamente candidatar-se para merecer maior atenção política. O voto feminino pode fazer a diferença e nesse caso políticos de uma maneira geral devem estar atentos em suas promessas e programas de governo aos anseios das mulheres. Anseios que refletem o desejo de toda a população no estado, no município, no país.
A participação das mulheres na sociedade é cada vez maior e mais ativa: recente estudo revela números que mostram isso: a População Ocupada do Brasil tem hoje participação de 45,4% de mulheres e 54,6% de homens, enquanto a População em Idade Ativa é de 53,7% de mulheres e 46,3% de homens. Os dados mostram também que a População Economicamente Ativa é de 46,2% de mulheres e 53,8% de homens. As estatísticas revelam o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho contribuindo cinco anos menos do que os homens (elas se aposentam antes) para a Previdência. Com toda essa participação é impossível não reconhecer que a voz do povo tem a cada dia mais o tom aveludado que soam da alma das guerreiras mulheres desse país ainda e infelizmente machista. Se não no discurso certamente na maioria das atitudes.A luta das mulheres é antiga e é historicamente registrada a partir do dia 8 de março de 1857, quando operárias americanas de uma fábrica de tecidos fizeram a primeira greve para brigar por justas reivindicações. No Brasil o dia 24 de fevereiro de 1932 é considerado um marco feminino: nesta data foi instituído o voto feminino e o direito de serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.Há quem acredite (e muitas mulheres fazem parte dessa descrença) que o eleitorado ainda não confia plenamente na atuação das mulheres na política. É preciso que as mulheres se unam em torno de um trabalho que mostre disposição e capacidade para ouvir as mulheres e assim ouvir todo o eleitorado. A voz das mulheres é que é a voz de Deus.
A triangulação que deu certo
A Rede Manchete foi vendida no embalo de uma engenharia comercial que incluiu a TV Ômega, que adquiriu as cinco concessões dos Bloch (Rio, São Paulo, Recife, Fortaleza e Belo Horizonte) e a TV Manchete Ltda, que comprou equipamentos, grande parte do acervo de programas e se responsabilizou pelas dívidas trabalhistas da TV. Posteriormente, a Justiça incluiu no acervo o prédio da emissora em SP (os demais prédios e patrimônio utilizados pela TV pertenciam à Bloch Editores, que faliu em 2000 e cuja Massa Falida se destina a cobrir dívidas trabalhistas de cerca de 3 mil funcionários, jornalistas, pessoal do administrativo e gráficos da editora e da gráfica). Para os radialistas e empregados da extinta Rede Manchete - que, é bom lembrar, não faliu, foi vendida - restou entrar na Justiça para obrigar a TV Manchete Ltda e a Rede TV (que ficou com as concessões compradas pela TV Ômega) a pagar as indenizações dos ex-funcionários da RM. História complicada? Bota confusão nisso? A TV Manchete Ltda, a que ficou com as dívidas e equipamentos hoje obviamente obsoletos, sumiu e não teria bens; a TV Ômega teria sido formada apenas para comprar as concessões; a Rede TV, que efetivamente recebeu as concessões, chegou a ser declarada pela Justiça sucessora da Rede Manchete e, por isso, responsável pela dívida aos ex-funcionários da antiga TV dos Bloch. A questão foi parar nas instâncias superiores de Brasília. Hoje, a coluna da jornalista Patricia Kogut, do Globo, informa que o STF decidiu a favor da Rede TV e considerou que essa empresa, apesar de ter herdado o bem mais valioso da Rede Manchete, as concessões, não é sua sucessora e não deve nada aos ex-funcionários. Complica-se a situação dos trabalhadores que perderam o emprego, quando a RM foi vendida, e agora perdem os direitos legítimos levados por uma operação triangular para a qual se formaram empresas, no mínimo, duvidosas. E, pela informação do Globo, operação considerada legal pelo STF.
Cartilha na mão contra o ladrão
por Eli Halfoun
Aqui tem muita, e pelo visto cada vez mais, mas corrupção não é “privilégio” do Brasil: segundo o FMI a corrupção movimenta no mundo por ano, cerca de US$ 1 trilhão, ou seja, mais do que os US$ 740 milhões gastos no mundo todos os anos com o ensino fundamental, segundo dados da UNESCO. É lamentável, mas o Brasil avança a passos largos (bastas ler o noticiário diário para constatar isso) para a conquista de uma “medalha de ouro” ou uma “medalha de prata” em corrupção e deverá atingir em 2010 sua melhor “performance” movimentando, segundo estimativas (não oficiais é claro até porque oficialmente todos são ou se dizem honestos) US$ 12 bilhões.
Tudo indica que no Brasil a coisa deve continuar correndo leve, livre e solta (nenhum corrupto vai pra cadeia), mas o mundo está se precavendo: segundo a revista Fortune, as 500 maiores empresas mundiais estão adotando (a cada dia com mais rigor) uma política específica de combate à corrupção. Não são apenas as empresas que se cuidam: agora mesmo, por exemplo, o Escritório das Nações Unidas sobre Crimes e Drogas desenvolveu o manual “Anticorrupção: políticas e medidas”. É na verdade uma cartilha que visa diminuir ( triste ilusão) a ação dos corruptos em empresas e, principalmente, na administração pública. Quer dizer: vai todo mundo voltar para escola, cartilha na mão, para aprender o que já devia saber e praticar a muito tempo.
Aqui tem muita, e pelo visto cada vez mais, mas corrupção não é “privilégio” do Brasil: segundo o FMI a corrupção movimenta no mundo por ano, cerca de US$ 1 trilhão, ou seja, mais do que os US$ 740 milhões gastos no mundo todos os anos com o ensino fundamental, segundo dados da UNESCO. É lamentável, mas o Brasil avança a passos largos (bastas ler o noticiário diário para constatar isso) para a conquista de uma “medalha de ouro” ou uma “medalha de prata” em corrupção e deverá atingir em 2010 sua melhor “performance” movimentando, segundo estimativas (não oficiais é claro até porque oficialmente todos são ou se dizem honestos) US$ 12 bilhões.
Tudo indica que no Brasil a coisa deve continuar correndo leve, livre e solta (nenhum corrupto vai pra cadeia), mas o mundo está se precavendo: segundo a revista Fortune, as 500 maiores empresas mundiais estão adotando (a cada dia com mais rigor) uma política específica de combate à corrupção. Não são apenas as empresas que se cuidam: agora mesmo, por exemplo, o Escritório das Nações Unidas sobre Crimes e Drogas desenvolveu o manual “Anticorrupção: políticas e medidas”. É na verdade uma cartilha que visa diminuir ( triste ilusão) a ação dos corruptos em empresas e, principalmente, na administração pública. Quer dizer: vai todo mundo voltar para escola, cartilha na mão, para aprender o que já devia saber e praticar a muito tempo.
Talibãs tupiniquins
Alguém lembra do que foi escrito neste paniscumovum sobre o "ovo da serpente" que é a interferência da religião na política e na administração pública? Pois é, o ovo continua chocando. Em Macaé, professores evangélicos baniram de uma escola pública um livro que fala sobre religião de origem afro. Há denúncias também que outra lei do estado do Rio de Janeiro, esta de caráter polêmico e implantada pela administração também evangélica dos Garotinho, a que obriga a contratação de professores de religião, não está sendo cumprida em relação ao ensino de temas de orgiem afro. Há dois perigos aí: um, o fanatismo evangélico avançando, outro, essa própria lei, também fundamentalista, que leva pastores e padres para doutrinar crianças em escolas públicas onde a religião deveria entrar como história e não como pregação e proselitismo. O Brasil está brincando com essa onda talibã. Não demora muito teremos apredejamento de ateus, chicotadas em adúlteros e dízimo descontado na fonte
Sem piada
por Eli Halfoun
Engana-se muito quem pensa que Portugal é apenas e tema de piada. O país está no topo do mundo em matéria de, entre outras coisas, turismo e acaba de ter sua capital, Lisboa, eleita o melhor local turístico. Portugal recebeu cinco prêmios, entre os quais o de melhor destino de cruzeiros, além de ter incluído dois de seus hotéis lisboetas entre os melhores do mundo. A eleição foi baseada nas opiniões de milhares de profissionais e não profissionais que costumam consultar sites sobre turismo. O resultado tem o aval da WTA (Wold Travel Award) que em 2008 deu esse mesmo prêmio para Copenhague. Londres foi escolhida como melhor destino turístico. É bom lembrar que Portugal fica na Europa.
Engana-se muito quem pensa que Portugal é apenas e tema de piada. O país está no topo do mundo em matéria de, entre outras coisas, turismo e acaba de ter sua capital, Lisboa, eleita o melhor local turístico. Portugal recebeu cinco prêmios, entre os quais o de melhor destino de cruzeiros, além de ter incluído dois de seus hotéis lisboetas entre os melhores do mundo. A eleição foi baseada nas opiniões de milhares de profissionais e não profissionais que costumam consultar sites sobre turismo. O resultado tem o aval da WTA (Wold Travel Award) que em 2008 deu esse mesmo prêmio para Copenhague. Londres foi escolhida como melhor destino turístico. É bom lembrar que Portugal fica na Europa.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Impresso no Brasil: livro mostra a arte gráfica de 1808 a 1930



...o rótulo em cores vivas dos cigarros Nair e...

Será lançado na próxima sexta-feira, no Rio, o livro Impresso no Brasil, do historiador de arte e escritor Rafael Cardoso. A obra, da editora Verso Brasil, traz 350 impressos, de 1808 até 1930, garimpados na Biblioteca Nacional - a sétima maior biblioteca do mundo com um valioso acervo iconográfico - e textos de Isabel Lustosa, também historiadora, do designer e fotógrafo Joaquim Marçal Ferreira de Andrade, de Lúcia Garcia e do próprio Rafael Cardoso. Impresso no Brasil mostra caricaturas, rótulos, jornais, anúncios, cardápios, baralhos, livros e revistas e traça um painel da evolução das artes gráficas no Brasil, o advento da litografia industrial, soluções surpreendentes, a experimentação e a sofisticação da apresentaçaõ de texto e imagens. A chegada da litografia - como o paniscumovum mostrou recentemento reproduzindo jornais parisienses de impecável qualidade gráfica em impressão a cores no século 19 -, revolucionou as artes gráficas no Brasil. No livro, há numerosos exemplos de peças de alta criatividade e qualidade. Uma boa pedida.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Chico&Alaíde X Bracarense: briga boa

Você é famoso? Faça sua própria revista
Um passo a mais no segmento de jornalismo de entretenimento. O projeto MyMag, lançado nos Estados Unidos, faz com que a celebridade tenha sua própria revista. São publicações personalizadas com matérias dedicadas à dita figura. Cada edição custará 10 dólares e terá 100 páginas. Se tiver bala na agulha, o "famoso quem" também pode encomendar sua revista. A modelo Olívia Munn está abrindo a fila. Essa onde é boa? Serve para alguma coisa? Sei lá...
Paz e guerra: há 70 anos, blitzkrieg sobre Praga

Com que roupa?

“Com que roupa eu vou ao comício (samba) que você me convidou” – Lula poderia adaptar o samba no qual de Noel Rosa faz a pergunta e utilizá-lo como música da Presidência da República. É isso o que sugere a grande compra de roupa feita no Palácio. Os números não são, é claro, oficiais, mas falam em gasto de R$ 145 mil na compra de 1440 ternos azul marinho/noite (R$ 99 cada, o que significa que não são de tão boa qualidade assim), seis terninhos femininos (R$ 220 cada), além de 2461 camisas sociais, 2461 pares de meia (pretas), e 853 cintos dupla face em couro legítimo. Das duas um: ou Lula resolveu estar entre os mais elegantes ou o Palácio Alvorada vai virar um grande Magazine (a C&A que se cuide). Lula poderá usar um terno azul marinho por dia, mesmo que a coisa esteja preta.
Palavras (e não só balas) perdidas

Depois de classificar o Rio como uma nova Medellín, o colombiano Elkin Velásques, novo coordenador do Programa Cidades Mais Seguras que faz parte do também Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, anunciou que enfim teremos ação (só palavras não resolvem nada e já estamos cansados dês promessas e discursos). Um dos compromissos é implantar projetos de mediação local de conflitos em comunidades carentes brasileiras, além de estipular (olha aí mais um tiroteio de palavras) ações até 2016. E depois? Voltaremos a ser uma área de combates diário? O coordenador colombiano garante que o trabalho de mediação será feito também em São Paulo e em outro estado ainda não escolhido. O representante da ONU Não dispensa um discurso: ”Vamos fazer um trabalho complementar de prevenção da delinquência e criminalidade, principalmente no que diz respeito às favelas”. Esse tipo de trabalho leva anos para ter êxito, mas a verdade é que o Rio não tem mais saúde e paciência para esperar. Nesse momento, com as balas comendo soltas por aí, precisamos de ações imediatas. Imediatamente. Elkin Velásques usa a Colômbia como exemplo de bons resultados É, convenhamos, um exemplo nada animador embora ele ínsita em dizer que “em Medellín, onde a deliquência é alta fizemos um trabalho de integração, melhorando a convivência entre as pessoas e investimos também nas comunidades onde estava o foco da violência, o que contribuiu muito para a melhoria das estatísticas”. Então ta: vamos esperar sentados. Ou melhor: deitados atrás de trincheiras que nos protejam. Palavras não protegem ninguém. Aliás, o jornal americano The New York Times tem utilizado muito espaço para falar da violência no Rio que chama de “cidade da carnificina e da cocaína”. Nesse caso é bom lembrar ao jornalão americano um velho ditado popular: “macaco, olha teu rabo”. O Rio não é (mesmo abençoado por Deus em sua natureza) um paraíso, mas é bom não esquecer que quando Londres, a capital inglesa, foi escolhida para a Olimpíada de 2014 terroristas explodiram bombas em trens e ônibus fazendo 60 vítimas fatais e deixando mais de 700 feridos. O mundo fala demais, mas o Rio é nosso. Maravilhosamente nosso. (Na foto, de Jussara Razzé, entardecer em Ipanema)
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Nada se cria, tudo se copia e plágio virou releitura

Curiosidades: jornais de ontem...


Passando da história para a moda, o Rio recebeu estilistas, modelos e cantores, como Mariah Carey e P. Diddy, no último fim de semana, para o Oi Fashion Rocks, no Jockey Club Brasileiro. O paniscumovum não foi lá, mas entra nessa matéria, tema das revistas que chegam às bancas nesta quarta-feira. Nas revistas, você verá Carol Trentini, Isabeli Fontana e outras tops. Aqui, você viaja até janeiro de 1908 nas paginas da publicação mensal La Mode Illustrée (abaixo), também em cores e com grifes de então exibidas em bem acabadas gravuras. A moda, vê-se pela envelopada madame, escondia os tesouros. Hoje, um século depois, dão - ainda bem - o mapa da mina. Ou da discreta elegância das "minas", como se diz em Sampa.
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