segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Gisele Bundchen, uma das campeãs do Instagram em 2017
A revista Maxim publicou a relação das 10 estrelas que mais ganharam seguidores no Instagram em 2016. A brasileira Gisele Bundchen ficou ficou em 8° lugar com 3.888.496. (Clara S. Britto)
Veja fotos e a lista completa, clique AQUI
O que os signos dizem da vida financeira dos librianos em 2017... Temer é de Libra
por Jean-Paul Lagarride
A astróloga Mystic Meg publica no The Sun, hoje, algumas dicas para as pessoas evitarem o sufoco financeiro de acordo com o signo de cada um.
Vai aí um pequeno resumo para os nascidos entre 23 de setembro e 23 de outubro, do signo de Libra. Como Michel Temer:
"Sua previsão de caixa é complexa porque você tem muitas despesas, terá que fazer malabarismos. Mercúrio domina o mês de fevereiro, boa época para você fazer investimentos em ações. Mas Marte, a partir de junho, influenciará desvios, acordos fracassados e maus negócios. O fim do ano será favorável para compras por pechinchas ou ganhar em loterias. Em novembro haverá grandes possibilidades de você ganhar passagens para viagens inesquecíveis."
A astróloga Mystic Meg publica no The Sun, hoje, algumas dicas para as pessoas evitarem o sufoco financeiro de acordo com o signo de cada um.
Vai aí um pequeno resumo para os nascidos entre 23 de setembro e 23 de outubro, do signo de Libra. Como Michel Temer:
"Sua previsão de caixa é complexa porque você tem muitas despesas, terá que fazer malabarismos. Mercúrio domina o mês de fevereiro, boa época para você fazer investimentos em ações. Mas Marte, a partir de junho, influenciará desvios, acordos fracassados e maus negócios. O fim do ano será favorável para compras por pechinchas ou ganhar em loterias. Em novembro haverá grandes possibilidades de você ganhar passagens para viagens inesquecíveis."
domingo, 1 de janeiro de 2017
sábado, 31 de dezembro de 2016
TODA A VERDADE (QUE NUNCA FOI DITA) SOBRE O DESTEMIDO (E TEMÍVEL) VIDENTE ALLAN RICHARD WAY
Por ROBERTO MUGGIATI
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| O vidente segundo uma das clássicas representações clicadas por Cony. |
Allan Richard Way foi uma criação coletiva. O primeiro redator incumbido dele foi o Caio de Freitas, um senhor de ternos elegantes (e alma elegante) que tinha morado na Inglaterra (trabalhou na BBC) e inventou uma história em tom sherloquiano.
Havia um Dr. Watson – o jornalista inglês Robert McPherson – que era acionado em Londres pelo Célio Lyra, o homem da Manchete encarregado das relações com as sucursais. Cada início de dezembro, McPherson se dirigia para uma casa em estilo Tudor num subúrbio distante de Londres onde morava o grande astrólogo Alan Richard Way e recolhia do sábio homem suas previsões para o novo ano.
Depois, a tarefa de escrever as previsões de Allan Richard Way caiu nas mãos de Carlos Heitor Cony, que logo tratou de botar mais molho na história e no personagem.
De saída, ele cegou o vidente.
Inicialmente, a foto de Way publicada junto a suas previsões era a de um cientista qualquer de terno e gravata – uma foto de agência – que Justino puxou de uma gaveta. Depois, quando já era eu o editor de Manchete (a partir de 1975), Cony decidiu mudar o visual do professor. Numa de suas viagens pelo mundo, fotografou no aeroporto de Heathrow, em Londres, um indiano com a indumentária típica dos sikhs, incluindo barba e turbante. Este passou a ser o novo Allan Richard Way.
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| As previsões de Allan Richard Way rendiam chamada de capa na edição da Manchete que abria o Ano Novo, como em 1988. |
Certo ano, o Allan Richard Cony previu que haveria um grave problema com as colunas centrais da Ponte Rio-Niterói. Na época, nosso chefe de reportagem Sérgio Ross havia se tornado assessor de comunicação do Ministro dos Transportes e sugeriu que fosse feita uma investigação. Não deu outra: as pilastras exibiam certas estrias de rachaduras cuja gravidade teria de ser avaliada.
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| Djuna, a célebre vidente do Kremlin. Reprodução FB |
O nosso vidente cego quase provocou a demissão de uma prestigiosa jornalista de televisão da Globo. O Fantástico queria a todo custo uma entrevista exclusiva com nosso astrólogo. Sandra Passarinho, correspondente da Globo em Londres nunca conseguiu e chegou até a ser ameaçada de demissão.
De Nostradamus a Allan Richard Way, os videntes de hoje – se é que ainda existem – já não podem mais competir com o mundo real. Quem seria capaz de prever a explosão das Torres Gêmeas em 2001?
O negócio é ficar quietinho no seu canto e esperar as coisas mais absurdas deste planeta em choque consigo mesmo. Mas sempre achando um tempinho para curtir uma transgressão saudável à Justino ou à Cony. . .
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Capa: a revista Veja aposta tudo na Nefertiti brasileira
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| A capa da Veja |
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| A imagem de Nefertiti, a "Esposa do Grande Rei" do antigo Egito. |
por bqvMANCHETE
Nefertiti era mulher de Amenófis IV, o faraó que não devia ter sido.
Amen era carta descartada e só assumiu o poder porque o irmão mais velho, herdeiro legítimo, bateu as botas, melhor dizendo, as sandálias egípcias.
Nefertiti ganhou vários títulos, "Senhora de todas as mulheres", "Doce do Amor" e "Esposa do Grande Rei".
Deve ser por tudo isso que a Veja colocou na capa a senhora Temer em pose que sugere a antiga rainha do Vale do Nilo.
Já Amenófis era conhecido como "Touro Poderoso", "O Que Leva As Coroas" e "Divino Regente".
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| Tensão da redação da Veja. Acima, o momento em que os jornalistas decidem a importante e histórica capa da última edição de 2016. |
Não garanto, mas é possível, que o diretor de Arte da Veja divagasse em voo sobre as férteis margens do velho Nilo, como se fosse um drone dos sonhos, quando lhe veio à mente de artista a clássica imagem de Nefertiti.
Reparem na coincidência das linhas dos narizes, dos lábios, do suave maxilar e das sobrancelhas visíveis em Marcetiti e Neferla, perdão, entre a Marcela e Nefertiti.
Não há dúvida: essa edição de Veja deveria ter sido impressa em papiro.
Ou mumificada nos armários da ABI para consulta das futuras gerações.
É peça histórica que diz muito sobre a velha mídia, hoje.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Obama expulsa diplomatas russos e Rússia inova ao responder através de meme que mostra presidente americano como "pato manco"
por Jean-Paul Lagarride
Logo depois que Barack Obama anunciou a expulsão de 35 diplomatas russos, a embaixada da Rússia, em Londres, comentou a decisão através de meme.
Um "lame duck" ilustra a postagem.
O "pato manco" é uma referência nada sutil ao presidente em fim de mandato. Dizem os políticos que na fase pré-porta da rua é visível a perda de prestígio: o cafezinho já vem frio, a assistente já não abre a porta do carro, o paletó vem mal passado da tinturaria, o bacon do café da manhã é servido duro e ressecado, o ovo esparramado, o suco de laranja é de ontem, os conselheiros já pedem para ir pra casa mais cedo...
Com Obama já pedindo a saideira, a menos de um mês de voltar à planície, os russos minimizaram o episódio que seria uma retaliação a uma suposta intervenção de Moscou nas eleições presidenciais americanas através de hackers, assunto visto por eles igualmente como uma piada.
Do caso extrai-se uma conclusão: é cada vez mais comum o uso das redes sociais e até da sua linguagem descontraída e irreverente para assuntos de Estado. Donald Trump mostrou desde a campanha que sua rede social será fonte de notícias importantes da sua administração.
Não apenas políticos, mas celebridades, personalidades e dirigentes de várias áreas tendem a eliminar o "intermediário" quando querem divulgar algo. Aparentemente, a "fonte" que antes ligava para um jornalista amigo para tentar emplacar uma informação agora aciona o smartphone e lança a "exclusiva" na sua própria página.
Daí, jornalistas são obrigados e virar "seguidores". O que só resolve em parte o problema: têm acesso à informação, como todo mundo, mas perdem a "exclusiva" e ganham uma enorme ralação para, diante da "concorrência", obter um fato ou uma declaração realmente inéditos.
Coisas dos novos modelos de comunicação.
Azedaram o Réveillon de uns e outros: Segundo o site do Consultor Jurídico, anexos da Lava Jato trarão denúncias contra jornalistas e integrantes do Judiciário.
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| Reproduções acima: Blog do Conjur |
por bqvMANCHETE
É bomba armada para 2017. O site do Consultor Jurídico revela que as denúncias da Odebrecht resultaram em 800 anexos ao processo.
Até aqui o foco das delações premiadas alcançou principalmente políticos, empresários, ex-dirigentes de estatais, agregados dos acusados (parentes, parceiros, amigos etc).
Determinadas acusações foram adiante, outras ganharam poeira.
A novidade agora, segundo a nota do Conjur, é o alcance do longo braço da delação: jornalistas e membros do Judiciários cairão na rede.
Uma notícia que vai fazer tremer o brinde de Réveillon de muita gente, azedar a mesa de frutas vermelhas, deixar queijos e antepastos passados e mofar o pernil confitado.
Jornalistas e veículos ameaçados pela mordaça judicial
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| Reprodução Comunique-se |
por Tacila Rubbo (para o portal Comunique-se)
A censura contra a imprensa brasileira foi tema constante de reportagens no Portal Comunique-se durante o ano de 2016. Casos absurdos surgiram por todo o país, mostrando a ação da Justiça contra a atividade jornalística e seus profissionais. Pensando nisso, a reportagem do site organizou levantamento sobre casos de veículos e jornalistas que sofreram com a chamada censura judicial no período.
O balanço anual apresenta 18 casos em que profissionais da comunicação tiveram suas atividades cerceadas por processos. O número reacende o debate acerca da liberdade de imprensa.
Mordaça constitucional
Jornal curitibano, a Gazeta do Povo foi um dos alvos de arbitrariedade jurídica. Cinco repórteres e o veículo foram vítimas de 48 processos movidos por magistrados do Paraná. Os motivos eram reportagens publicadas em fevereiro de 2016, que abordaram o conceito de “teto constitucional” e remuneração que ultrapassa tal limite, ainda que dentro da legalidade. O conteúdo era baseado em informações públicas disponibilizadas no Portal da Transparência.
(Imagem: Antônio More/Gazeta do Povo)
Os processos foram abertos em diferentes cidades no Juizado Especial, que aceita causas de pequeno valor (até 40 salários mínimos). As ações indenizatórias contra os jornalistas foram ajuizadas mesmo após o veículo publicar o direito de resposta solicitado pela Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) e Associação Paranaense do Ministério Público (APMP).
A situação prejudicou o trabalho do impresso e dos profissionais, que foram obrigados a deixar a redação para comparecer às audiências, sob pena de serem condenados à revelia. As audiências eram marcadas para datas próximas ou mesmo coincidentes em locais distintos no Paraná.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO PORTAL COMUNIQUE-SE, CLIQUE AQUI
Da revista Zum, por Jake Romm: "Por que a capa da “Time” sobre Trump é uma obra subversiva de arte política"
por Jake Room
(Artigo reproduzido da revista Zum, originalmente publicado em inglês no site Forward.com em 8/12/2016 e traduzido com permissão).
Ano após ano, o anúncio da “Personalidade do Ano” da revista Time é grosseiramente mal interpretado. A Time é clara quanto a seu único critério de seleção: “a pessoa que exerceu mais influência, para o bem ou para o mal, sobre os acontecimentos do ano”. Mesmo assim, uma simples busca no Twitter revela um sem-número de pessoas que parecem acreditar que a escolha da “Personalidade do Ano” equivale a um endosso. Entre os vencedores até aqui estão Joseph Stalin (1939, 1942), o aiatolá Khomeini (1979), Adolf Hitler (1938) e outras personalidades que acredito poder afirmar com segurança que não contam com o endosso da equipe da Time.
Este ano, não deveria causar nenhuma surpresa o fato de o presidente eleito Donald Trump ser escolhido para agraciar a capa da edição anual da Time (retratado pelo fotógrafo judeu Nadav Kander). “Para o bem ou para o mal”, Trump, durante sua campanha e agora, depois de eleito, sem dúvida foi uma das pessoas que mais influenciaram os acontecimentos do ano. Podemos encontrar algumas pistas sobre as impressões da Time sobre o assunto – “para o bem ou para o mal?” – analisando a imagem escolhida para capa da edição. As determinações da Time com respeito à maneira de fotografar Trump revelam um campo de referências nuançado, com diversas camadas, que fazem da imagem, na opinião deste cronista, uma das grandes capas da revista.
Para desconstruir a imagem, focalizemos três elementos-chave (deixando de lado o posicionamento do “M” de “Time”, que dá a impressão de que Trump tem chifres vermelhos): a cor, a pose e a cadeira.
A cor
Observem como as cores estão ligeiramente lavadas, ligeiramente silenciadas, suaves. A paleta cria o que poderíamos chamar de efeito vintage. A nitidez e o detalhamento da imagem revelam a contemporaneidade da foto, mas a cor sugere um tipo mais antigo de filme, no caso o Kodachrome. O Kodachrome, filme produzido pela Kodak desde o início da década de 1900 e que teve recentemente sua produção descontinuada, tinha a função de operar a reprodução acurada das cores. Alcançou imensa popularidade entre o fim da década de 1930 e a década de 1970, e seu aspecto peculiar define nosso conceito visual comum de nostalgia.
Ao reproduzir uma paleta de cores Kodachrome, a capa da Time nos leva a reimaginar a capa como se ela fosse uma imagem da era em que o Kodachrome era muito popular. (Você é que sabe para onde vai sua mente quando pensa nos líderes da era da Segunda Guerra Mundial, da segregação e da Guerra Fria.) Esse deslocamento visual-temporal espelha, em certo sentido, uma série de tendências que impulsionaram a ascensão de Trump. A campanha de Trump se baseou em políticas e atitudes regressivas – antiproteção do meio ambiente, antiaborto, pró-carbono etc. Foi uma eleição voltada não apenas para políticas regressivas, como também para valores tradicionais (definidos basicamente pela direita cristã), para a nostalgia pela grandeza e pela segurança do país, para a nostalgia por um mundo pré-globalizado.
A pose
A pose de Trump pode ser percebida como uma intervenção subversiva em uma pose tradicional em retratos de poderosos (para outra versão esplendidamente subversiva da pose, veja-se o retrato feito por Delaroche de um Napoleão vencido – embora o tom desse retrato seja elegíaco, por oposição a maquinador).
As pinturas de monarcas sentados podem ser vistas como imbuídas de duas funções estéticas – operar a associação entre o personagem sentado e o trono, dando, desse modo, solidez à metonímia, e reforçar o sentimento de servidão no observador. O observador é forçado a aproximar-se do monarca; o monarca não se levanta com a chegada do observador.
Em nossos tempos pós-monárquicos, o poder do trono está praticamente extinto, mas o poder de um personagem sentado permanece. A cadeira em si é desimportante, o que importa é o ato de sentar. Quando incluímos um retrato nessa tradição, a cadeira assume o papel de trono e o personagem sentado o papel de rei (ou rainha) – o efeito visual é o mesmo.
Considerem esta imagem do Lincoln Memorial (para mais referências, ver imagens de Vladimir Putin e LL Cool J). Assim como as outras duas imagens, ela é uma versão exagerada da pose tradicional. Vemos nosso personagem de frente, porém, o que é mais importante, vemos o personagem de baixo. O ângulo nos obriga a olhar para cima para o personagem, o que, por sua vez, cria a impressão de que o personagem está olhando para baixo ao olhar para nós. Essa pose e ângulo, com o observador aparentemente (e literalmente, no caso do Lincoln Memorial) aos pés do retratado, fazem o personagem parecer dominador, poderoso, julgador.
Mas basta girar a imagem para que de repente tenhamos um conjunto totalmente novo de conotações. Na capa da Time, em vez de ver a cabeça de Trump de frente e de baixo, nós o vemos sentado, de trás e praticamente à altura do olhar. A relação de poder se apresenta de forma inteiramente diferente.
O giro de Trump em direção à câmera cria um tom mais conspiratório que julgador. Há duas imagens em jogo aqui – a imagem de poder imaginada, tomada de frente, e a imagem real, na qual Trump parece dirigir uma piscadela cúmplice ao observador, como se dissesse: olhem só como nós tapeamos aqueles idiotas que estão lá na frente (tanto Trump como o observador olham de cima para baixo para os que estão lá na frente). Ao subverter a dinâmica típica de poder, a Time, em certo sentido, envolve o observador na eleição de Trump, antes de mais nada no fato de ele aparecer na capa da revista.
PARA LER O ARTIGO COMPLETO VÁ AO SITE DA REVISTA ZUM, CLIQUE AQUI
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
"Hooooooaaaaaarrrrrr!" - O mico do ano: Jorge Pontual, na Globo News, vira piada e causa reações nas redes sociais e na mídia internacional
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| Reprodução |
por O.V.Pochê
De humorista Jorge Pontual, da Globo News, não tem sequer uma nanocélula mesmo que seja do Chapolin Colorado. Mesmo assim, o jornalista tentou fazer uma piada tosca com efeito sonoro original ao noticiar a morte de Carrie Fisher, a princesa Leia, de Guerra nas Estrelas.
Deu ruim. Acontece. E como aquele tio que resolve animar a noite de Natal contando a última do papagaio ou da sogra, esquece o final da piada e improvisa. Só resta à família disfarçar, sair de fininho e antecipar o jantar.
Pontual narrou o que seria uma "declaração" do Chewbacca, o personagem peludo do filme, imitando um berro gutural do personagem.
Dá para notar a perplexidade e o silêncio inicial do âncora do programa e das colegas de bancada em modo "vergonha alheia". A performance não funcionou, mas o restante da equipe amiga acaba rindo corporativamente para dar uma força. Foi pior. Pontual murmura um tímido "muito triste" para fechar seu bizarro comentário, a rede social explode em indignação, por parte dos fãs da atriz, e em um tsunami de gozações dos milhares de internautas que nem acreditaram no que viam.
Até a mídia internacional detona o estilo jornalístico Chapolim do brasileiro. Um jornal analisa que ele deve se achar um wookie. Outro atribuiu ao Pontual a "palma de ouro" do mau gosto.
A cena entra para os anais como um dos maiores micos jornalísticos do ano. E olha que em 2016, a apresentadora Glória Maria (reprodução ao lado) fumou maconha, ao vivo, na Jamaica, e protagonizou o que pareceu um momento chapanews em rede nacional.
No dia seguinte à morte de Carrie Fisher, faleceu Debbie Reynolds, mãe da atriz e quase um símbolo do estrelato da Hollywood dos anos 1950 e 1960. Até este momento não se sabe se Jorge Pontual está preparando uma nova performance temática para ilustrar a notícia na Globo News. A loura Debbie atuou, por exemplo, em "Cantando na Chuva", quando dançou ao lado de Gene Kelly e Fred Astaire. Seria esse número uma inspiração para um "Cantando no Estúdio"?
VEJA O VÍDEO DE JORGE "CHEWBACCA" PONTUAL. GUARDE A CENA PARA MOSTRAR AOS SEUS NETOS E BISNETOS. CLIQUE AQUI
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Americana reproduz no corpo as mal traçadas frases de Donald Trump
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| Pílulas do dr. Trump: "Agarrem elas pela buceta" |
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| "Você tem que tratar elas como merda" |
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| "Deve ser uma linda cena você de joelhos" |
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| "Jovem e bonito pedaço de bunda" Fotos Reprodução Tumblir |
Mídia: um jogo para você aprender a ler a pós-verdade...
por O.V. Pochê
Essa tal de pós-verdade - dizem que é a palavra do ano - sugere um joguinho que pode ser praticado clandestinamente, ao fim dos fechamentos, na planície jornalística.
Só representantes da tropa de rua participariam. Editores, por motivos óbvios não seriam admitidos.
Conscientes de que a pós-verdade foi infiltrada no meio digital e na mídia tradicional, os"rebeldes" brincariam de inverter palavras em títulos de jornais e sites.
Na maioria das vezes, isso faz sumir a pós-verdade e algo bem mais próximo da realidade vem à luz das madrugadas por trás das frases. O jogo naturalmente é informal, ilegal, não engorda e pode ser descrito conforme alguns exemplos abaixo. Experimente fazer isso: na maioria das vezes você vai encontrar a notícia escondida.
Na primeira linha, o título original pós-verdadeiro publicado na velha mídia. Segue-se a realidade invertida ou o popular leia-se:
- "Neymar diz que não tem obsessão por Bola de Ouro"
Bola de Ouro diz que não tem obsessão por Neymar.
- "TCEs aprovaram contas de estados quebrados"
Estados aprovaram contas quebradas do TCEs.
- "Base aliada teme futuro de governo"
Futuro teme base aliada de governo.
- "Temer dá sinais de retrocesso na área ambiental"
Retrocesso dá sinais na área ambiental de Temer.
- "Governo dá um mês para juros dos cartões caírem"
Juros dão um mês para cartões do governo caírem.
- "Temer evita polemizar com PSDB e tenta se aproximar de Alkmin"
Alkmin tenta polemizar com PSDB e evita se aproximar de Temer
- "Janot: Justiça pode suspender mandato"
Mandato: Justiça pode suspender Janot.
- "Transparência frágil: punição próxima do zero"
Tranparência zero: punição próxima do frágil.
- "Troca de informações: Receita terá maior controle sobre contas no exterior"
Exterior terá maior controle de informações sobre troca de contas da Receita
- "O ano em que a Lava Jato mandou na política"
O ano em que a política mandou na Lava Jato.
- "O ano em que o Supremo exibiu os músculos"
O ano em que os músculos exibiram o Supremo.
- "Abandonar Temer agora seria equívoco grave, afirma Aécio"
Temer afirma: grave equívoco seria abandonar Aécio agora.
- "Glória Maria diz que retrospectiva de 2016 foi a mais complicada que já fez"
Mais complicada: 2016 diz que fez retrospectiva de Glória Maria"
- "Renan ensina que toda regra legal também tem exceção"
Toda exceção também tem regra legal, ensina Renan.
- "STF analisará em 2017 delações da Odebrecht e validade do aborto"
Aborto da Odebrecht em 2017: STF analisará validade das delações
- “Imprensa tem papel importante na democracia”
Democracia tem papel importante na imprensa
- "Doria confirma aumento da velocidade nas marginais"
Marginais da velocidade: Doria confirma aumento.
- "Estadão abre inscrições para estágio de jornalismo".
Estágio de jornalismo abre inscrição para Estadão.
Essa tal de pós-verdade - dizem que é a palavra do ano - sugere um joguinho que pode ser praticado clandestinamente, ao fim dos fechamentos, na planície jornalística.
Só representantes da tropa de rua participariam. Editores, por motivos óbvios não seriam admitidos.
Conscientes de que a pós-verdade foi infiltrada no meio digital e na mídia tradicional, os"rebeldes" brincariam de inverter palavras em títulos de jornais e sites.
Na maioria das vezes, isso faz sumir a pós-verdade e algo bem mais próximo da realidade vem à luz das madrugadas por trás das frases. O jogo naturalmente é informal, ilegal, não engorda e pode ser descrito conforme alguns exemplos abaixo. Experimente fazer isso: na maioria das vezes você vai encontrar a notícia escondida.
Na primeira linha, o título original pós-verdadeiro publicado na velha mídia. Segue-se a realidade invertida ou o popular leia-se:
- "Neymar diz que não tem obsessão por Bola de Ouro"
Bola de Ouro diz que não tem obsessão por Neymar.
Estados aprovaram contas quebradas do TCEs.
- "Base aliada teme futuro de governo"
Futuro teme base aliada de governo.
- "Temer dá sinais de retrocesso na área ambiental"
Retrocesso dá sinais na área ambiental de Temer.
- "Governo dá um mês para juros dos cartões caírem"
Juros dão um mês para cartões do governo caírem.
- "Temer evita polemizar com PSDB e tenta se aproximar de Alkmin"
Alkmin tenta polemizar com PSDB e evita se aproximar de Temer
- "Janot: Justiça pode suspender mandato"
Mandato: Justiça pode suspender Janot.
- "Transparência frágil: punição próxima do zero"
Tranparência zero: punição próxima do frágil.
- "Troca de informações: Receita terá maior controle sobre contas no exterior"
Exterior terá maior controle de informações sobre troca de contas da Receita
- "O ano em que a Lava Jato mandou na política"
O ano em que a política mandou na Lava Jato.
- "O ano em que o Supremo exibiu os músculos"
O ano em que os músculos exibiram o Supremo.
- "Abandonar Temer agora seria equívoco grave, afirma Aécio"
Temer afirma: grave equívoco seria abandonar Aécio agora.
- "Glória Maria diz que retrospectiva de 2016 foi a mais complicada que já fez"
Mais complicada: 2016 diz que fez retrospectiva de Glória Maria"
- "Renan ensina que toda regra legal também tem exceção"
Toda exceção também tem regra legal, ensina Renan.
- "STF analisará em 2017 delações da Odebrecht e validade do aborto"
Aborto da Odebrecht em 2017: STF analisará validade das delações
- “Imprensa tem papel importante na democracia”
Democracia tem papel importante na imprensa
- "Doria confirma aumento da velocidade nas marginais"
Marginais da velocidade: Doria confirma aumento.
- "Estadão abre inscrições para estágio de jornalismo".
Estágio de jornalismo abre inscrição para Estadão.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Gui Gui e eu • Cobrindo o Baile das Bonecas para a Manchete
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| Guilherme Guimaráes em foto de Hélio Santos para a Manchete |
Por ROBERTO MUGGIATI
Minha primeira mulher era feminista.
Tinha sido também a grande anfitriã do soçaite-esquerda-festiva carioca antes do golpe militar. Quando a conheci, em Paris, era casada com um judeu doleiro podre de rico, era amante de um arquiteto francês que dirigia uma Porsche pelos Champs Elysées – e não é que escolheu a mim para juntar os trapos?
De volta ao Rio, depois de uma temporada de três anos na BBC de Londres, o destino não podia me reservar outra coisa: um emprego de repórter na revista Manchete. No Carnaval de 1966, fui escalado para cobrir o Baile das Bonecas, no Automóvel Clube, no Passeio Público. Nosso traje obrigatório era o smoking, lembro os primos Ricardo Gontijo e Lucas Mendes em suas roupas de pinguim no apartamento que dividiam no Bar Vinte.
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| Anúncio dos bailes do Automóvel Club, no Rio de Janeiro, em1966. Reprodução |
Como boa feminista, ela não admitia ficar de fora da festa. A mulher devia acompanhar o homem em tudo. Tinha porque tinha de me acompanhar ao Baile das Bonecas. Mas como se emperiquitar? Meu salário não dava para nada. Ela lembrou que, nos tempos de dondoca, se vestia chez Guilherme Guimarães (*), era até amiga do estilista, que morava com os avós. Lá fomos nós – Guilherme tinha então 26 anos.
Magnânimo, em retribuição aos guarda-roupas que minha primeira mulher havia comprado dele, Gui Gui escolheu uma peça de tecido tailandês, ou indonésio, sei lá, e com dois ou três toques sutis envolveu Fulana naquele pano da maneira mais elegante que só um gênio da moda seria capaz de criar.
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| Sonia Dutra na capa da Manchete, Carnaval 1966. |
Do meu texto só deve ter sido publicada a palavra Blecaute, que talvez eu tenha escrito errado, Blackout. O resto é história, está lá nas páginas mofadas da revista que chegou a ser, em certa época, o registro mais fiel da alma brasileira.
(*) Guilherme Guimarães, um dos grandes nome da moda brasileira, morreu ontem, no Rio, aos 76 anos.
Obra de arte perdida: a árvore de Natal é uma atração no Rockfeller Center. O que os visitantes não sabem é a história de um mural de Diego Rivera que o dono do complexo de prédios, o milionário Nelson Rockfeller, mandou destruir a golpes de picareta.
Tradicionalmente, a árvore de Natal do Rockfeller Center é o emblema da festa em Nova York.
O site Daily Beast escolheu essa época para relembrar uma história pouco conhecida sobre o conjunto erguido pela família Rockfeller. Os prédios do complexo - são 19 edifícios - começaram a ser construídos nos anos 30, logo após o fim da depressão econômica que se seguiu ao crack da Bolsa de Valores. O capitalismo estava em crise - tal como atualmente, em meio aos golpes dos mercados financeiros especulativos e de tráfico de valores que afetam economias, implodem direitos sociais e prejudicam países - e Rockfeller decidiu responder com uma grande iniciativa.
Curiosamente, quando o conjunto ficou pronto, o empresário encomendou um mural ao pintor Diego Rivera. O milionário ignorava a trajetória política do mexicano. Marxista, Rivera não negou a ideologia e criou um afresco gigantesco sobre o futuro do homem e sua inteligência criativa.
O muralista achava que o homem, como a América ainda sob o efeitos da crise, estava em uma encruzilhada. Assim, criou uma alegoria em que o capitalismo ocupava um lado do painel em oposição ao comunismo. No lado "comunista" havia a figura de Lênin.
Foi o que bastou para que os Rockfeller fossem alertados. Rivera, que só aceitara o trabalho com a condição de liberdade artística total, disse que Lênin não sairia mas que Abraham Lincoln seria retratado no campo "capitalista" do mural. Nelson Rockfeller rejeitou a solução e, durante uma madrugada, mandou destruir o mural.
Com base em fotografias feitas durante a realização da obra, Diego Rivera recriou o painel em formato reduzido para o Palácio das Belas Artes, na Cidade do México.
Avedon, que moda é essa? Ou a alvorada do merchandising
Por ROBERTO MUGGIATI
Cinquenta foi a década do bom gosto, da coisa cool e enxuta.
Um dos highlights desta trend foi o disco Jazz Red Hot and Cool, com o Dave Brubeck Quartet. Foi o mais ouvido pelo sophisticated people nas festas daquele fim de ano.
A capa mostrava a manequim-sensação da época, Suzy Parker, num deslumbrante vestido vermelho, entre Dave Brubeck ao piano e o saxofone alto Paul Desmond, aquele que queria soar como um very dry Martini – e soava.
As notas de capa do supercrítico George Avakiam admitiam candidamente que “a capa e o título deste LP fazem parte de uma promoção conjunta da Helena Rubinstein e da Columbia do novo baton da HR", do mesmo tom de vermelho do vestido da jovem.
Tudo isso prova que, se alguém aparece com uma ideia nova e brilhante, é inteiramente possível fazer negócios e ajudar um grupo de músicos de jazz ao mesmo tempo.
O autor da foto foi Richard Avedon (à direita), o fotógrafo de nove entre dez das estrelas da moda na época. Avedon se redimiu esteticamente, décadas depois, ao fazer uma série de retratos de um realismo dramático, em preto e branco sem nenhum retoque, inclusive seu próprio autorretrato.
E vamos ouvir uma faixa do disco, que resume tudo, Lover, de Richard Rodgers e Lorenz Hart.
https://www.youtube.com/watch?v=9jSrqA-JCAI
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Mídia: a notícia e a não-notícia
por Flávio Sépia
Editar jornais, revistas, telejornais, noticiários de rádio, sites etc é fazer escolhas no mar de notícias. Para isso, jornalistas usam os filtros ideológicos, comerciais ou idiossincráticos dos veículos, os crivos declarados e os subentendidos.
Nas últimas semanas do ano, um fato político - a desobediência do presidente do Senado, Renan Calheiros, a uma decisão de um ministro do STF - deixou bem isso claro.
O país ficou estarrecido com a demonstração de poder do político alagoano. Durante dias, a mídia bateu na tecla da surpreendente desobediência institucional. O assuntou só deixou as primeiras páginas quando ficou claro que a carta na manga de Renan, aquela que sustentou o seu "dia do fico", era um ás de ouro: seria o compromisso de colocar em votação projetos de interesse dos grupos que levaram Michel Temer ao Planalto. Uma moeda de troca poderosa. A rebeldia de Renan, o homem que "desmoralizou" o STF, foi sumindo do noticiário, sumiu..., a essa altura deve estar em férias na sua Alagoas. Ficou a indignação de muitos brasileiros com a força do sujeito.
Pois Renan não foi o primeiro a não estar nem aí para o STF.
Leia essa rápida historinha: em dezembro de 2014, o ministro Ricardo Lewandovski suspendeu a divulgação da lista de trabalho escravo, uma relação de empregadores flagrados em exploração degradante de trabalhadores. A divulgação da relação dos "capitães-do-mato" modernos é determinação de lei brasileira que, diga-se, é elogiada em muitos países e tida como exemplar.
Em maio de 2016, a ministra Carmen Lúcia revogou a suspensão da divulgação da lista. Até hoje, o Ministério do Trabalho não cumpre a decisão do STF.
Viu? Não é só Renan que tem bala na agulha.
Segundo a BBC Brasil, o Ministério Público do Trabalho, cansado de esperar, acaba de entrar com uma ação judicial para obrigar o ministro do Trabalho a divulgar imediatamente a lista de empresas e pessoas físicas que foram flagradas usando mão de obra escrava.
Entre os grupos que detestam a publicação da lista e que têm ficha suja no quesito estão importantes construtoras - algumas encalacradas na Lava Jato - e ruralistas que integram a poderosa bancada do mesmo nome.
Essa desobediência ao STF, que já dura mais cerca de seis meses, não tocou corações e mentes do pessoal da velha mídia. Não foi notícia selecionada. Ficou esquecida no mesão dos editores.
Editar jornais, revistas, telejornais, noticiários de rádio, sites etc é fazer escolhas no mar de notícias. Para isso, jornalistas usam os filtros ideológicos, comerciais ou idiossincráticos dos veículos, os crivos declarados e os subentendidos.
Nas últimas semanas do ano, um fato político - a desobediência do presidente do Senado, Renan Calheiros, a uma decisão de um ministro do STF - deixou bem isso claro.
O país ficou estarrecido com a demonstração de poder do político alagoano. Durante dias, a mídia bateu na tecla da surpreendente desobediência institucional. O assuntou só deixou as primeiras páginas quando ficou claro que a carta na manga de Renan, aquela que sustentou o seu "dia do fico", era um ás de ouro: seria o compromisso de colocar em votação projetos de interesse dos grupos que levaram Michel Temer ao Planalto. Uma moeda de troca poderosa. A rebeldia de Renan, o homem que "desmoralizou" o STF, foi sumindo do noticiário, sumiu..., a essa altura deve estar em férias na sua Alagoas. Ficou a indignação de muitos brasileiros com a força do sujeito.
Pois Renan não foi o primeiro a não estar nem aí para o STF.
Leia essa rápida historinha: em dezembro de 2014, o ministro Ricardo Lewandovski suspendeu a divulgação da lista de trabalho escravo, uma relação de empregadores flagrados em exploração degradante de trabalhadores. A divulgação da relação dos "capitães-do-mato" modernos é determinação de lei brasileira que, diga-se, é elogiada em muitos países e tida como exemplar.
Em maio de 2016, a ministra Carmen Lúcia revogou a suspensão da divulgação da lista. Até hoje, o Ministério do Trabalho não cumpre a decisão do STF.
Viu? Não é só Renan que tem bala na agulha.
Segundo a BBC Brasil, o Ministério Público do Trabalho, cansado de esperar, acaba de entrar com uma ação judicial para obrigar o ministro do Trabalho a divulgar imediatamente a lista de empresas e pessoas físicas que foram flagradas usando mão de obra escrava.
Entre os grupos que detestam a publicação da lista e que têm ficha suja no quesito estão importantes construtoras - algumas encalacradas na Lava Jato - e ruralistas que integram a poderosa bancada do mesmo nome.
Essa desobediência ao STF, que já dura mais cerca de seis meses, não tocou corações e mentes do pessoal da velha mídia. Não foi notícia selecionada. Ficou esquecida no mesão dos editores.
Assédio veloz e furioso: youtuber brasileira mal consegue entrevistar o ator Vin Diesel. O cara estava carente e a perigo...
Apresentadora do canal Warner, onde mostra um bom trabalho, com naturalidade e objetividade em matérias sobre bastidores de filmes e estúdios, além de ser uma youtuber de sucesso, Carol Moreira viveu uma situação desconfortável ao entrevistar Vin Diesel, na Comi Con Experience, em São Paulo.
O vídeo da entrevista e uma explicação sobre o constrangimento que o ator impôs ao interromper várias vezes a conversa para cantar a jornalista, "muito sexy", segundo disse, e chamá-la para sair, viralizam na internet.
"Eu não sabia o que fazer, eu só ria. Só ria porque eu estava numa situação delicada, mas a verdade é que eu não gostei disso. Na hora eu não soube reagir, mas vocês vão ver que eu estava desconfortável. Ele interrompeu meu trabalho", disse Carol, no vídeo.
A entrevista agora divulgada aconteceu há duas semanas. Vin Diesel veio ao Brasil para promover o filme "Triple X". Por insistência da entrevistadora, ele respondia às peguntas, mas não sem antes cortar a conversa, como se dissesse "esquece isso, vamos sair, você é muito bonita". E, na verdade, disse ("Vamos sair daqui para almoçar").
A jornalista recebeu muito apoio em comentários na rede e o caso repercutiu nos Estados Unidos..
Mas também foi criticada. Um site (//www.ilisp.org/noticias/farsa-do-assedio-carol-moreira-e-seu-aproveitamento-pelas-feministas/) colocou no ar um vídeo onde Carol Moreira, no mesmo evento, senta no colo de um entrevistado: o ator Jason Mornoa.
O mesmo site pergunta se Carol ficou mesmo incomodada já que postou fotos com Vin Diesel nas redes sociais.
Polêmicas à parte, mesmo sem surtos "feministas" ou reações "politicamente corretas", basta ver o vídeo para perceber que Vin Diesel demonstrou uma falta de educação veloz e furiosa. E a jovem youtuber, que, na hora, não esconde seu desconforto com a situação, talvez tenha sido vítima da sua inexperiência. Os haters da internet estão, como sempre, pegando pesado.
O mesmo site pergunta se Carol ficou mesmo incomodada já que postou fotos com Vin Diesel nas redes sociais.
Polêmicas à parte, mesmo sem surtos "feministas" ou reações "politicamente corretas", basta ver o vídeo para perceber que Vin Diesel demonstrou uma falta de educação veloz e furiosa. E a jovem youtuber, que, na hora, não esconde seu desconforto com a situação, talvez tenha sido vítima da sua inexperiência. Os haters da internet estão, como sempre, pegando pesado.
PARA VER CAROL MOREIRA EXPLICANDO O "CLIMÃO"
E ENTREVISTANDO
VIN DIESEL, CLIQUE AQUI
ATUALIZAÇÃO EM 25/12 - Por meio da sua página no Facebook, o ator Vin Diesel pediu desculpas a youtuber Carol Moreira. “Como todos sabem, tento manter as minhas entrevistas mais brincalhonas e divertidas, especialmente quando estou na zona Xander (/Vin Diesel se refere ao personagem que interpreta no filme Triplo X Reativado) mas, se ofendi alguém, peço desculpas pois nunca foi minha intenção".
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
A mulher que faria Leonardo Da Vinci dispensar a Mona Lisa. Saiba porque...
por Omelete
A Universidade do Texas reservou um dia todos os bytes dos seus supercomputadores e horas de reflexão dos seus doutores para determinar as medidas perfeitas de um mulher.
E não pelos cânones das passarelas ou das editoras de moda, mas a partir das linhas e curvas dos esboços femininos de Leonardo Da Vinci.
Essa combinação de arte e tecnologia chegou a uma sequência ideal: 99 centímetros de busto, 63 de cintura e 91 de quadril. Seria a perfeição que as vestes renascentistas guardavam.
Tais medidas certamente se aplicam a alguns milhões de mulheres de todas as etnias, mas o board de mestres da universidade escolheu para representá-las a modelo e atriz inglesa Kelly Brook.
Além do reconhecimento acadêmico, a Brook leva sua boa forma doutoral muito além dos muros dos centros de saber. T
Todo ano, ela lança um calendário que é um verdadeira tese florentina compartilhada com o mundo..
A Universidade do Texas reservou um dia todos os bytes dos seus supercomputadores e horas de reflexão dos seus doutores para determinar as medidas perfeitas de um mulher.
E não pelos cânones das passarelas ou das editoras de moda, mas a partir das linhas e curvas dos esboços femininos de Leonardo Da Vinci.
Essa combinação de arte e tecnologia chegou a uma sequência ideal: 99 centímetros de busto, 63 de cintura e 91 de quadril. Seria a perfeição que as vestes renascentistas guardavam.
Tais medidas certamente se aplicam a alguns milhões de mulheres de todas as etnias, mas o board de mestres da universidade escolheu para representá-las a modelo e atriz inglesa Kelly Brook.
Além do reconhecimento acadêmico, a Brook leva sua boa forma doutoral muito além dos muros dos centros de saber. T
Todo ano, ela lança um calendário que é um verdadeira tese florentina compartilhada com o mundo..
Da Revista Brasileiros 2017: A morte anunciada do jornalismo
(Da Revista Brasileiros)
Em momento marcado pela perda da credibilidade e pelo surgimento de novas plataformas, persistir no jornalismo de qualidade é fundamental para a defesa intransigente da democracia
por Daniela Arbex (para a Revista Brasileiros)
Este texto faz parte do especial 2017 x 24 – visões, previsões, medos e esperanças da edição número 113 da Revista Brasileiros, onde articulistas e colaboradores foram convidados a pensarem sobre o que e o quanto podemos esperar – se é que podemos – para nosso País no próximo ano.
A primeira vez que pisei em uma redação foi há 22 anos. Sempre digo que, das focas, eu era a mais otimista, porque acreditava que, através da reportagem, conseguiria mudar o mundo ou, quem sabe, em escala menos superlativa, a minha aldeia. Durante todos esses anos, experimentei – no melhor estilo Gabriel García Márquez – a paixão insaciável pelo jornalismo.
“Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte”, afirmou Gabo, na mais precisa descrição que conheço sobre este ofício.
Por ser o jornalismo uma escolha que mobiliza o nosso desejo como poucas, é difícil digerir a crise que se abateu nas redações do País. Como diria Laurentino Gomes, nunca a morte de uma carreira foi tão anunciada quanto a nossa. Os pessimistas de plantão se apressariam em dizer que estamos com os dias contados, principalmente diante do esvaziamento do noticiário e das redações, da perda de credibilidade e da mudança de modelo de negócios fomentada pelo meio digital. Na prática, ainda não se sabe quem vai pagar a conta das transformações impostas pelas novas tecnologias.
A boa notícia é que os novos formatos da notícia não dispensam o conteúdo de qualidade. Significa dizer que a velha e boa apuração continua em alta, bem como o necessário compromisso com a coletividade, o confrontamento de informações, o ideal permanente de contar histórias e de transformar escuta em escrita.
Há muito deixei de ser foca, mas jamais abandonei a crença que alimentava desde os tempos de faculdade sobre a importância deste ofício. Independentemente das mudanças que ainda estão por vir, o jornalismo de qualidade é a ferramenta fundamental para a defesa intransigente da democracia.
Aliás, neste momento de crise, o investimento em conteúdo torna-se essencial para que se consiga dar voz aos socialmente mudos e para ajudar a construir a memória de um Brasil desconhecido pelos próprios brasileiros. É uma questão de fundo, pois fazer bom jornalismo, em qualquer plataforma, exige tempo, recursos, checagem exaustiva dos dados e, por que não dizer?, o resgate da credibilidade da nossa função.
Precisamos repensar o papel da profissão diante da nova ordem social e dos equívocos cometidos por uma imprensa partidária e ineficiente. A busca por novos formatos para a produção de conteúdo de qualidade me faz pensar que, apesar de tudo, há vida longa para o jornalismo.
*Daniela Arbex é jornalista, autora do livro Cova 312, melhor livro-reportagem no Jabuti 2016, e de Holocausto Brasileiro, melhor livro-reportagem pela APCA em 2013. É também diretora do recém-lançado documentário Holocausto Brasileiro
Oportunidade: curso gratuito de jornalismo de dados no Knight Center
O Knight Center está lançando um novo curso online sobre jornalismo de dados. As inscrições estão abertas e as aulas serão ministradas pelos professores Alberto Cairo e Heather Krause. Serão seis semanas de curso, de 16 de janeiro a 26 de fevereiro de 2017, onde jornalistas serão treinados a encontrar dados, como baixá-los e como analisá-los. A web não é apenas um fabuloso manancial de informações que podem enriquecer uma reportagem mas uma inestimável fonte de pautas e uma plataforma hoje indispensável ao jornalismo investigativo, com os dados digitais fornecendo os caminhos que levam aos personagens reais de uma história. O jornalismo de dados é uma das especializações em alta nas redações.
Leia mais detalhes sobre o curso, clique AQUI.
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