A capa da Veja |
A imagem de Nefertiti, a "Esposa do Grande Rei" do antigo Egito. |
por bqvMANCHETE
Nefertiti era mulher de Amenófis IV, o faraó que não devia ter sido.
Amen era carta descartada e só assumiu o poder porque o irmão mais velho, herdeiro legítimo, bateu as botas, melhor dizendo, as sandálias egípcias.
Nefertiti ganhou vários títulos, "Senhora de todas as mulheres", "Doce do Amor" e "Esposa do Grande Rei".
Deve ser por tudo isso que a Veja colocou na capa a senhora Temer em pose que sugere a antiga rainha do Vale do Nilo.
Já Amenófis era conhecido como "Touro Poderoso", "O Que Leva As Coroas" e "Divino Regente".
Tensão da redação da Veja. Acima, o momento em que os jornalistas decidem a importante e histórica capa da última edição de 2016. |
Não garanto, mas é possível, que o diretor de Arte da Veja divagasse em voo sobre as férteis margens do velho Nilo, como se fosse um drone dos sonhos, quando lhe veio à mente de artista a clássica imagem de Nefertiti.
Reparem na coincidência das linhas dos narizes, dos lábios, do suave maxilar e das sobrancelhas visíveis em Marcetiti e Neferla, perdão, entre a Marcela e Nefertiti.
Não há dúvida: essa edição de Veja deveria ter sido impressa em papiro.
Ou mumificada nos armários da ABI para consulta das futuras gerações.
É peça histórica que diz muito sobre a velha mídia, hoje.