Foto de Nick Ut |
No dia 8 de junho de 1972, o fotógrafo Nick Ut percorria aldeias no Vietnã do Sul, quando uma esquedrilha de caças-bombardeiros A-1 americanos trovejou sobre a sua cabeça. Era mais um raid contra agrupamentos de civis que os militares consideravam como aliados da guerrilha. No compartimento de bombas, os caças A-1 levavam artefatos de napalm. A potente arma química que os Estados Unidos utilizavam largamente em guerras e que foi desenvolvida em uma instituição que deveria propagar a paz e o saber: a Universidade de Harvard. Parece ter sido imaginada por um demônio, um tarado, algo assim. No caso, o inventor Louis F. Fieser, professor universitário. A bomba incendiária carrega gasolina em gel, uma mistura pegajosa, que gruda as chamas nos corpos das vítimas, associada a derivados de alumínio. Além disso, consome o oxigênio no perímetro da explosão e pode matar também por asfixia. Ou seja, feita para matar pessoas. Ut caminhava em uma estrada rumo a uma das aldeias bombardeadas quando viu um grupo de crianças correndo e gritando desesperadamente. Elas passam por alguns soldados que parecem indiferentes. Em outras fotos, eles aparecem tentando prestar socorro às vítimas. O fotógrafo se aproximou e acionou sua Leica várias vezes, fez uma sequência da terrível cena. A mais famosa das imagens captadas naquele dia entrou para a história e mudou a vida de Nick Ut e do grupo fotografada, especialmente da menina Kim Phuc, de 9 anos, que aparece no centro da imagem que se tornou um símbolo da insanidade das guerras. Ut ganhou o Prêmio Pulitzer de 1972. Kim Phuc mora atualmente no Canadá, é avó, e ainda tenta esquecer aquele dia e, principalmente, a fama que a foto lhe deu de "menina do napalm".
Um comentário:
Para o país que lançou bomba atômica contra civis, queimar crianças com napalm foi moleza.
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