domingo, 12 de junho de 2022

Mídia: os cartéis do crime na Amazônia

 


A tragédia da Amazônia na capa da IstoÉ. A escalada do crime na região era previsível. A "soberania" lá é mesmo do narcogarimpo, narcopesca (esta atividade é usada para lavagem de dinheiro das drogas), contrabando de armas, madeireiras ilegais, invasores de reservas etc. Assassinatos de ambientalistas, pequenos agricultores e indígenas são comuns e raramente chegam à mídia dominante para quem toda exploração da Amazônia é pop. A maioria desses crimes ficam impunes. A mídia internacional tem sido enfática na cobertura do desaparecimento de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips.  Tem dado muito espaço e registrado protestos de rua nos Estados Unidos e na Europa, que denunciam a violência na região. Curiosamente, não há o que cobrir em manifestações de rua no Brasil. Elas não existem. A Folha de São Paulo e o Estadão mantém o sumiço do jornalista e do indigenista com destaque na primeira página. O Globo já minimizou o assunto na capa, nas duas últimas edições fez apenas chamadas para matérias internas.

Atualização em 13-6-2022: Ontem no Rio, em Copacabana, foi realizada a primeira manifestação de rua pedindo intensificação das buscas por Bruno e Dom e preservação da Amazônia.  Indígenas do Vale do Javari também dizem protesto público.

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