sexta-feira, 17 de junho de 2022

Maria Lúcia Dahl (1941-2022): uma vida em cena

Foto; Divulgação
por Ed Sá 
Uma das mais belas atrizes brasileiras, Maria Lúcia Dahl morreu ontem, no Rio de Janeiro, aos 80 anos. Desde 2020 ela vivia no Retiro dos Artistas. A atriz sofria do Mal de Alzheimer e estava hospitalizada em função de complicações nos rins. 

A partir dos anos 1970, Maria Lúcia brilhou em novelas da Rede Globo. Participou de “Torre de Babel”, “Anos Rebeldes”, “Anos Dourados” e “Dancin’ Days”, "O Espigão", "Gabriela" e "Espelho Mágico" (1977). Em 2011 atuou em “Aquele Beijo”, sua última novela. 

Carioca, de família tradicional, Maria Lúcia se casou, em Roma, com  o cineasta Gustavo Dahl. Sua estreia no cinema aconteceu em "Bahia de Todos os Santos", de José Hipólito, em 1960. Vieram "Menino do Engenho", de Walter Lima Jr, "A Grande Cidade", de Cacá Diegues, "Pobre Príncipe Encantado", de Daniel Filho,  O Bravo Guerreiro" de Gustavo Dahl, "Cara a Cara", de Júlio Bressane e  "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade.

O segundo casamento de Maria Lúcia foi com o líder  estudantil Marcos Medeiros, o que a levou a se engajar na luta contra a ditadura e, em seguida, ao exílio em Paris.  De volta ao Brasil, tornou-se um dos simbolos sexuais na era da porchanchada. Dessa época são os filmes "O Gosto do Pecado" e "Mulher Objeto", mas ele não se limitou ao gênero e atuou em "Um Homem Célebre", de Miguel Faria Jr., "Guerra Conjugal", de Joaquim Pedro de Andrade, "Eu Matei Lúcio Flávio". Nos anos 1990 atuou em "Veja Esta Canção", de Cacá Diegues, "Quem Matou Pixote?", de José Joffily, e "O Gerente", de veterano Paulo César Saraceni, foi colunista do Jornal do Brasil e escreveu cinco livros, entre os quais "O Quebra Cabeças" e "A Bailarina Agradece". 

Maria Lúcia deixa uma filha, a atriz Joana Medeiros. 

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