por Flávio Sépia
Com significativo atraso, a Época descobre que a Justiça pisca. Dizem que os políticos não têm sintonia com as ruas e não fazem a menor ideia do que se passa na cabeça do povo. Jornalismo de elite também não.
No Brasil, a madame da venda pisca desde sempre diante de interesses políticos. Poderosos, então, recebem piscadelas em cada esquina. Pisca tanto que virou uma caolha que sabe muito bem o que enxerga.
Que tal empilhar processos com a etiqueta impunidade? Basta dar um Google; Caso Banestado, Caso Cachoeira, Caso Metrô de São Paulo, Caso Mensalão Mineiro, Caso da Máfia do ICMS etc.
Nesses pacotes há escândalos arquivados por "falta de provas", corruptos que ficam livres por prescrição de crimes ou decurso de prazo, processos esquecidos em gavetas, arquivos que pegam fogo e tudo tem que ser refeito, "sorteios" que encaminham decisões a fulano gente boa, juiz que repassa decisões ao Legislativo sabendo que deputados da base governista vão trocar votos por cargos e verbas para livrar colegas.
"Lá vai o trem sem destino", como canta a letra de Ferreira Gullar para o "Trenzinho Caipira", de Villa Lobos.
Um comentário:
É claro que a dona Justiça nunca está com os olhos vendados o tempo todo, porque na verdade ela enxerga muito bem, senão como os desembargadores e juizes ficaram ricos?
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